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São elas:
Artropatias, Doenças da Coluna Vertebral, Doenças Osseas (osteopatias) e Doenças Musculares
(miopatias).
As ARTRITES podem ser por deposito de cristal (ex: Gota), auto-imunes (ex: lúpus, artrite reumatoide, febre
reumática), artrites infecciosas e artrites que ocorrem por desgaste degenerativo das articulações.
1.1) Em relação `as artropatias por desgaste degenerativo, a principal forma de apresentação e’ a artrose. A
artrose e’ subdividida em doença primaria e doença secundaria.
A artrose primaria e’ aquela que tem uma intima relação hereditária, tem-se desgaste evolutivo tanto pela
idade, quanto por fatores genéticos. Normalmente, tem-se como acometimento as interfalangeanas
principalmente distais com nódulos de Heberden (lembrando que nódulos de Bouchard estão mais
relacionados `a artrite reumatoide). Na metatarsofalangeana do halux pode-se ter desgaste formando
joanete (halux valgo). As áreas mais comuns de ocorrência da artrose primaria são: articulações de mãos,
pés, quadril, joelho, coluna cervical e lombar.
Hallux rigidus e a
Nódulos de Heberden Artrite do tornozelo
formação do halux valgo
também associados `a
artrose primaria.
Artrite do joelho
Artrite da coluna lombar
Artrite da coxofemoral
A artrose do quadril, em especial, pode ser avaliada com alguns testes: o de Tredelenburg avalia a
sustentação do quadril, o de Fabere Patrick avalia a coxofemoral e tem o teste de Thomas que também
avalia a coxofemoral (fazer flexão de coxa e perna. Se a pessoa tem uma mobilidade normal da coxofemoral,
a perna contralateral continua reta. Se a coxofemoral esta doente, ele não consegue manter a perna reta e
acaba dobrando-a. O que acontece: quando dobra a perna, levanta o quadril e levanta junto o fêmur porque
não tem uma boa mobilidade da articulação coxofemoral).
Na artrose secundaria, ela será secundaria a algum dano articular que acabou levando a um desgaste
daquela articulação, causada por um dano especifico. Por exemplo, um trauma sobre uma articulação pode
levar a uma disfunção daquela articulação e, secundariamente, `a artrose. Doenças ocupacionais com uso
exagerado de certa articulação com alguma atividade especifica, também pode levar `a artrose daquela
articulação. Obesidade também e’ muito comum levar a um desgaste acima do habitual, especialmente para
articulação de joelho e quadril por ter que sustentar um peso acima do habitual. Esporte competitivo
também e’ comum levar ao uso exagerado da articulação acima das capacidades habituais. Outro exemplo
seria a artrose secundaria `a má formações, como pé chato, geno valgo e geno varo – utilização do aparelho
articular de forma inadequada, sobrecarregando certas porções que acabam se desgastando
excessivamente. Logo, artoses secundarias são situacoes onde tem-se um desgaste articular além do normal
e que e’ um problema local/daquela articulação especifica.
Artroses comuns por TRAUMAS: cotovelo (formando a bursite do olecrano – foto 1), artrose e lesão de
ombro (comum – foto 2), artrose por trauma (lesando a coxofemoral – foto 3), artrose de joelho (por lesão
ligamentar ou de menisco – fotos 4 e 5).
Artroses comuns OCUPACIONAIS: pe de bailarinas, faciite plantar (dependendo do tipo de calcado que tem
que usar no trabalho), epicondilites (tenistas, passadeiras de roupa que usam exageradamente a
articulacao), tunel do carpo, cervical, lombar (foto abaixo na ordem).
OBS: na artose secundaria, a articulação envolvida não esta dentro daquele contexto das diversas
articulações comprometidas como na artrose habitual (primaria). Na primaria, normalmente o cara que tem
artrose de joelho, tem algum sinal de artrose das mãos, da coluna, ou seja, e’ um fenômeno que acomete
varias articulações. Na artrose secundaria não, aqui tem-se artrose exclusiva de uma única articulação e não
depende de idade, podendo acontecer em jovem ou em uma criança que teve um trauma e lesou
gravemente o joelho e ainda na infância evoluiu com artrose. Logo, aqui não se tem o fenômeno do desgaste
progressivo associado `a idade e `a doença hereditária.
1.2) Em relação `as artropatias por depósitos de cristais, especificaremos na artrite gotosa. Tem-se depósitos
excessivos de cristais de acido úrico.
Anamnese:
Habitualmente homens jovens – 30 anos (pouco frequente em mulheres, quando acomete e’ depois da
menopausa).
Existe uma hereditariedade marcante.
O abuso de dieta (carnes e frutos do mar) e de álcool e’ marcante não só para acontecer a doença, mas
principalmente para desencadear crises. Sente-se mais dor apos abuso dessas substancias, pois aumentam a
concentração de acido urido (ricas nesse acido), podendo formar mais cristais.
Muito frequentemente a primeira manifestação e’ uma MONOARTRITE aguda da primeira articulação
metatarsofalangeada – PODAGRA. O individuo pode ter artrite no joelho, no cotovelo, podagra ou em
qualquer uma das articulações, mas grande parte das vezes tem-se uma monoartrite (uma única articulação
acometida em cada crise), apesar de não ser regra. Ajuda um pouco a diferenciar, pois a grande maioria das
artrites são poliarticulares, a gotosa não.
Habitualmente tem-se lesão de pele com descamação e prurido depois de crises.
Classicamente e’ uma doença recidivante com períodos assintomáticos inter-crises – depende mesmo do
habito alimentar e ingesta alcoólica para recidivas. Quando essa doença começa a ser recidivante e evolutiva
com crises frequentes, aparecem outros sinais associados: sequelas articulares (são as artroses por processo
inflamatório de repetição – artroses secundarias a artrites) e formação dos tofos (acumulo de cristais em
regiões fora das articulações, como lobo de orelha ou próximo da própria articulação).
Exame Físico:
Como e’ uma monoartrite, haverá sinais flogisticos – calor, edema, rubor e muita dor local – (a artrite
gotosa tem um processo inflamatório exuberante; portanto, terão sinais flogisticos intensos).
Tofos, que ajudam no diagnostico da artrite ser gotosa.
OBS: pode-se fazer cirurgia para retirada dos tofos do ponto de vista estético, mas o que se deve fazer para
evitar novas crises e’ baixar os níveis de acido úrico do individuo. Enretanto, os pacientes gotosos são
habitualmente pouco aderentes ao tratamento: saem das crises e param de tomar a medicação. O tofo e’
indicativo nos níveis altos do acido, mas ele não e’ um problema, e’ apenas um ponto a mais de deposito de
cristal. Pode ser retirado, mas não esta tratando o problema.
1.3) Em relação `as artropatias autoimunes, as mais frequentes são: febre reumática, artrite reumatoide,
lúpus eritematoso sistêmico (LES) e esclerodermia.
Febre Reumática
Normalmente acomete crianças e adolescentes com historia de infecção recente pelo estreptococos -
hemoli ́ticos grupo A de Lancefield.
Essa infecção geralmente precede a crise de artrite em duas/três semanas. O individuo tem infecção de
garganta, toma antibiótico, melhora a infecção e depois começa com a artrite. Quanto mais precoce e
eficiente for a antibioticoterapia, menor o risco de desenvolver febre reumática.
Além dos sintomas articulares, aparecem os sintomas sistêmicos (diferencia da artrose, pois nela ha apenas
sintomas articulares!): anorexia, febre, emagrecimento e palidez.
E’ classicamente uma POLIARTRITE simétrica, migratória e NÃO deixa sequela!!! O individuo começa com a
crise de dor em joelhos (faz artrite de joelho importante) ai começa a melhorar e passa a ter uma artrite de
cotovelos. Melhora cotovelo, passa a ter artrite de calcanhar, mãos, etc. Migra-se a dor articular
simetricamente e quando melhora uma, piora a outra ate que se resolve o quadro articular. Isso tudo ocorre
sem deixar sequelas (difere da artrite gotosa, que deixa sequelas).
Possibilidade de acometimento de outros órgãos: Cardite Reumática, Coreia de Syndenham e Eritema
Marginado e nódulos subcutâneos.
Eritema marginado: lesão com área eritematosa e
com margem nítida.
Formação de nódulo subcutâneo. São reações
inflamatórias associadas a essa doença autoimune
fora da articulação.
Artrite Reumatoide
Anamnese:
Classicamente do sexo feminino e de inicio entre 20 a 40 anos. A doença se prolonga para o resto da vida;
controla, mas não cura.
Apresenta hereditariedade bem marcada.
Sinais sistêmicos que `as vezes precedem a doença: adinamia (falta de forca muscular), emagrecimento –
associados ao processo inflamatório sistêmico.
POLIARTRITE simétrica e progressiva (não e’ migratória como a febre reumática – ajuda a diferenciar,
apesar de não serem doenças que se confunde muito pois a faixa etária também e’ muito diferente. Pode
confundir, `a vezes, com uma artrite reumatoide juvenil – casos mais raros). Significado: começa inflamando
punho, depois joelho (mantendo o punho inflamato), depois cotovelo (mantem punho e joelho inflamado) e
assim por diante. E’ somatório.
Deixa sequela (outra diferença da febre reumática).
Diferença importante para a artrose: a artrite reumatoide causa rigidez de repouso assim como a artrose,
mas enquanto na artrose a rigidez de repouso rapidamente passa, na artrite reumatoide essa rigidez e’ muito
prolongada. O individuo amanhece duro e sem conseguir se movimentar adequadamente por incapacidade
funcional da articulação e isso perdura por mais do que 30 minutos. Na artrose essa rigidez melhora depois de
15 minutos de “aquecimento” articular.
Exame Físico:
Artrite de interfalangeanas (principalmente as mais proximais, formando os nódulos de Bouchard – foto 4
abaixo), de metacarpofalangeanas, punhos, joelhos, tornozelos – são as articulações mais acometidas (foto 1
abaixo – a artrite e’ difusa, simétrica, deformante e somatória).
Normalmente quando não se trata adequadamente na fase precoce, tem-se muita deformidade articular
que e’ definitivo e sequelar (frequente nas mãos – foto 3 abaixo).
Presença de nódulos subcutâneos (foto 2 abaixo).
Quadro mais clássico na foto 3 = artrite de metacarpofalangeana, artrite de interfalangeana proximal com
atrofia da musculatura interossea na região da mão e artrite de punho.
Manifestações mais comuns do lúpus: artrite, lesão renal, lesão de serosas, alterações cardiovasculares pelas
vasculites e a lesão de pele com eritema de face.
Exames complementares: o marcador mais comum do lúpus e’ o FAN ou AAN (fator anti-núcleo ou anticorpo
anti-núcleo). O FAN e’ um marcador sorológico do lúpus, mas não e’ especifico e nem sensível. Pode-se ter
lúpus com FAN negativo ou muito FAN positivo que marca outro processo que não o lúpus. Existem alguns
anticorpos que marcam mais o lúpus (ex: anti-DNA ativo). Para ajudar no diagnostico (que e’ muito difícil)
também existem critérios diagnósticos (ele não falou quais).
OBS: essa parte de exames complementares foi duvida de alguém, acho que não e’ importante para a prova
dele.
Esclerodermia
Anamnese
Doença que acomete mais mulheres (as doenças reumatologicas quase todas tem predomínio no sexo
feminino, assim como as doenças auto-imunes).
Faixa etária: 20-60 anos.
Manifestação clinica: espessamento cutâneo com perda das dobras (rugas da pele) principalmente em
extremidades (mãos).
Sintomas sistêmicos associados: edema subcutâneo, febre, adinamia.
Dores articulares (artralgia). Aqui não e’ comum a artrite!
Muito comum o fenômeno de Raynaud.
Exame Físico
Faces de esclerodermia: pele esticada, mas toda irrugada na região perioral e o individuo apresenta
microstomia (dificuldade de abrir a boca, que fica com a abertura bem pequena) – foto 1 abaixo.
Ulcerações/microulcerações em extremidades, comuns devido `a isquemia na extremidade – foto 2 abaixo.
Dedo grosso, roliço, esticado (parece uma salcicha). Tenta pegar a pele, mas não consegue fazer prega, pois
tem um edema difuso do subcutâneo – foto 3 abaixo (apresenta também o fenômeno de Raynaud).