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VOLUME 2 - Manejo Reprodutivo de Caprinos e Ovinos 1

MANEJO REPRODUTIVO
DE CAPRINOS E OVINOS
SÉRIE APRISCO
Volume 2

Teresina
Edição Sebrae
2003

VOLUME 2 - Manejo Reprodutivo de Caprinos e Ovinos 2


Série Aprisco, 2
Manejo Reprodutivo de Caprinos e Ovinos
Copyright © by SEBRAE/PI – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Piauí
Av. Campos Sales, 1046, Centro – Teresina (PI)
CEP 64000-300
Fone (0xx86) 216-1300 / Fax 216-1390
www.pi.sebrae.com.br
sebraepi@pi.sebrae.com.br

EQUIPE TÉCNICA DA TECFERTIL – PRODUÇÃO ANIMAL LTDA

Antônio de Sousa Júnior


Médico Veterinário
Mestre em Produção Animal
Raimundo Nonato Girão
Médico Veterinário
Mestre em Reprodução Animal

Revisão Gramatical e de Linguagem: PLUG PROPAGANDA


Normalização Bibliográfica: Luzinete Fontenele
Capa: PLUG PROPAGANDA
Editoração e Revisão: PLUG PROPAGANDA
Fotolito e Impressão: HALLEY S/A – Gráfica e Editora
Tiragem: 2.000 exemplares

FICHA CATALOGRÁFICA

Manejo reprodutivo de caprinos e ovinos. Antônio de Sousa Júnior e


Raimundo Nonato Girão (Elab.).
Teresina: SEBRAE/PI. 2003. (aprisco, 2)
36 P.
1. Caprinocultura 2. Ovinocaprinocultura
I. Título. II. Série. III. Sousa. Júnior, Antônio de. IV. Girão,
Raimundo Nonato

CDU. 636-3

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CONSELHO DELIBERATIVO
ESTADUAL DO SEBRAE/PI

Associação Comercial Piauiense – ACP


Associação Industrial do Piauí – AIP
Banco do Nordeste do Brasil S/A - BNB
Federação da Agricultura do Estado do Piauí
Federação do Comércio Varejista do Estado do Piauí
Federação do Comércio Atacadista do Estado do Piauí
Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado do Piauí
Federação das Indústrias do Estado do Piauí – FIEPI
Instituto Euvaldo Lodi – Núcleo Regional do Piauí – IEL
Secretaria da Ind., Com. e Turismo do Estado do Piauí – SICT
Serviço Bras. de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE
Agência de Desenvolvimento do Nordeste – ADENE
Universidade Federal do Piauí - UFPI

PRESIDENCIA DO CONSELHO
Jesus Tajra Filho
Presidente do Conselho Deliberativo

DIRETORIA EXECUTIVA
José de Jesus Trabulo de Sousa Júnior

Evando Cosme Soares de Oliveira


Diretor Administrativo e Financeiro
Delano Rodrigues Rocha
Diretor Técnico

EQUIPE TÉCNICA
Raimundo Gilson de Vasconcelos
Coord. da Unidade de Desenvolvimento Setorial
Robert da Costa Ferreira
Resp. pela Área de Agronegócios do SEBRAE/PI Desenvolvimento Setorial

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Agradecimentos

Aos criadores Carlos Augusto de Assunção


Rodrigues, Fazenda Boi Não Berra; Baltasar Melo Filho; José
Andrade de Carvalho Melo; Paulo Henrique de Carvalho Melo,
Fazenda Santa Rita; Roberto Santos Barbosa, Fazenda
Europa; e ao Centro de Ciências Agrárias da UFPI, por terem
disponibilizado os cenários para produção fotográfica.
Às Dras Eneide Santiago Girão e Tânia Maria Leal, pela
colaboração em parte do material fotográfico utilizado.

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Apresentação

A Série Aprisco compõe-se de um conjunto de cartilhas


que tem como objetivo apresentar informações úteis sobre as
formas mais adequadas para a criação de caprinos e ovinos,
no sentido de proporcionar a essa atividade mudanças
significativas para a produção com visão empresarial,
notadamente na moderna perspectiva do agronegócio.
Convém salientar a enorme importância que a
ovinocaprinocultura exerce na agropecuária Nordestina, tendo
em vista sua condição de resistência ao semi-árido e estar
presente em todos os Estados.
Foi produzida em linguagem perfeitamente acessível aos
criadores de pequeno porte, fartamente ilustrada e seguramente
proporcionará um aprendizado, que trará maior rentabilidade e
competitividade a esse importante segmento agropecuário.

Jesus Tajra Filho


Presidente do Conselho Deliberativo
Estadual do SEBRAE no Piauí

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Sumário

INTRODUÇÃO
1. PUBERDADE DE MACHOS E
FÊMEAS DE CAPRINOS E OVINOS ............................................. 09
1.1. Conheça a puberdade dos machos ................... 09
1.1.1. Conheça a idade à puberdade
dos cabritos e cordeiros ..................... 10
1.2. Conheça a puberdade das fêmeas .............. 11
1.2.1. Conheça a idade à puberdade
das cabritas e cordeiras ..................... 11

2. CICLO ESTRAL ............................................................................ 12

3. CIO OU ″VIÇO″ ............................................................................. 13


3.1. Conheça o período de duração do cio .............................. 13
3.2. Conheça os sinais do cio
na cabra e na ovelha ........................................ 14

4. ESCOLHA DE ANIMAIS PARA REPRODUÇÃO ....................... 15


4.1. Escolha de reprodutores ................................... 15
4.1.1. Conheça os critérios
para a escolha de reprodutores ........ 15
4.1.2. Conheça os critérios para o descarte
de machos destinados a reprodução .. 16
4.2. Escolha de matrizes ........................................... 17
4.2.1. Conheça os critérios
para a escolha de matrizes ................. 17
4.2.2. Conheça os critérios
para o descarte de matrizes ................................. 20

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5. ESTAÇÃO DE MONTA .................................................................. 21
5.1. Conheça as vantagens da estação de monta .................. 21
5.2. Conheça as épocas para estação de monta .................... 22
5.2.1. No sistema de um parto por ano ............................. 22
5.2.2. No sistema de três
partos em dois anos ................................ 23

6. SISTEMA DE MONTA OU COBRIÇÃO .................................... 25


6.1. Monta natural não controlada ........................ 25
6.2. Monta natural controlada ................................. 25
6.2.1. Cobrição a campo
com controle de paternidade ................................ 25
6.2.2. Cobrição no centro de manejo .................................. 26
6.2.3. Horário de cobrição .................................................. 27

7. PRENHEZ OU GESTAÇÃO ........................................................... 28


7.1. Conheça a duração da prenhez ........................................ 28
7.2. Conheça os sinais da prenhez .......................................... 28
7.3. Diagnóstico da prenhez .................................................... 29
7.4. Cuidados durante a prenhez ............................................. 29
7.4.1. Conheça os cuidados
durante a prenhez ..................................... 30
7.5. Alimentação das cabras e
das ovelhas durante a prenhez ..................... 31

8. PARTO ................................................................................. 32
8.1 Duração do parto ............................................................... 33
8.2. Assistência ao parto ......................................................... 34

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................ 35

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................. 36

VOLUME 2 - Manejo Reprodutivo de Caprinos e Ovinos 8


Introdução

O sucesso dos sistemas de produção de caprinos e ovinos


depende, dentre outros fatores, da taxa de reprodução do rebanho.
Entretanto, para se aumentar a eficiência reprodutiva de um rebanho é
necessário o uso de práticas adequadas de manejo reprodutivo,
integradas a programas de alimentação e de sanidade.
Com esta cartilha objetiva-se fornecer aos criadores conheci-
mentos básicos sobre a reprodução de caprinos e ovinos e orientá-los
para o uso correto das práticas do manejo reprodutivo do rebanho.

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1
Puberdade de machos e
fêmeas de caprinos e
ovinos

A puberdade indica o início da atividade reprodutiva


dos machos e das fêmeas das diferentes espécies animais.
Em relação aos caprinos e ovinos é muito importan-
te que o criador conheça a idade e peso em que ocorre o
início da atividade reprodutiva (puberdade) dos machos e
fêmeas das diferentes raças exploradas em cada região.

1.1.Conheça a puberdade dos machos

Nos machos caprinos e ovinos antes da puberdade


a verga ou pênis é preso pela mucosa prepucial.

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Quando atinge a puberdade, ocorre o desligamento
completo da verga (pênis) da mucosa prepucial; e o macho
é capaz de realizar cobertura da fêmea (cópula).

1.1.1. Conheça a idade à puberdade dos


cabritos e cordeiros

Em geral, os cabritos das raças criadas no Nordeste


chegam à puberdade com média de 4 a 5 meses de idade e
com 12 a 15 kg de peso vivo.

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Nas raças ovinas criadas no Nordeste os cordeiros
atingem a puberdade em torno de 4 a 6 meses de idade,
pesando 22 a 28 kg de peso vivo.

Atenção: tanto os machos caprinos como os ovi-


nos só devem ser usados para reprodução a partir dos 10
meses de idade.

1.2. Conheça a puberdade das fêmeas

As cabritas e as cordeiras atingem a puberdade


quando apresentam o primeiro cio ou viço.

1.2.1. Conheça a idade à puberdade das


cabritas e cordeiras

A idade em que as fêmeas caprinas e ovinas atingem a


puberdade depende da raça, clima, alimentação e da sanidade.
Em geral, as cabritas atingem a puberdade (primei-
ro cio) em torno de 6 a 8 meses de idade e as cordeiras aos
7 a 10 meses de idade.

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2
Ciclo estral

O ciclo estral é o intervalo entre dois cios. Nas cabras, a


duração média do ciclo estral é de 21 dias, com variações de 17
a 24 dias. Nas ovelhas, o ciclo estral é um pouco menor e dura,
em média, 18 dias, apresentando variações de 14 a 19 dias.

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3
Cio ou viço

O Cio ou ″viço″ é o período em que a cabra ou a


ovelha aceita ser coberta pelo bode ou pelo carneiro.
Normalmente, depois da cobertura a cabra ou ove-
lha fica prenha.

3.1. Conheça o período de duração do cio

O cio da cabra dura em torno de um dia e meio a


dois dias (36 a 48 horas). Na ovelha a duração do cio é me-
nor, varia de um dia a um dia e meio (24 a 36 horas).

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3.2. Conheça os sinais do
cio na cabra e na ovelha

Os principais sinais apresentados pela cabra e pela


ovelha durante o cio são:
√ A vulva apresenta-se inchada e avermelhada;
√ Presença de secreção parecida com clara de ovo
(muco) na vulva;
√ Procura o macho com muito interesse;
√ Monta e deixa ser montada por outras fêmeas ou
pelo macho;
√ Fica inquieta e agitada e berra com muita freqüência;
√ A cauda apresenta movimentos laterais rápidos.

Atenção: A ovelha apresenta sinais de cio mais


discretos e os últimos dois sinais são apresentados ape-
nas pela cabra.

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4
Escolha de animais
para reprodução

4.1. Escolha de reprodutores

Os machos caprinos e ovinos destinados à reprodu-


ção devem ser avaliados e selecionados de forma criteriosa,
tendo em vista que a herança paterna (qualidades e defeitos) é
transmitida a um maior número de descendentes.

4.1.1. Conheça os critérios


para a escolha de reprodutores

Na escolha de machos caprinos e ovinos para


reprodutor o criador deve tomar os seguintes cuidados:

√ Verificar se o animal apresenta padrão racial carac-


terístico da raça escolhida;
√ Observar se os dois testículos são do mesmo ta-
manho (simétricos);

VOLUME 2 - Manejo Reprodutivo de Caprinos e Ovinos 16


√ Se têm forma ovóide e consistência e tamanho
normais;
√ Verificar se o animal apresenta boa atividade se-
xual e boa fertilidade;
√ No caso de reprodutores adultos procure conhe-
cer a descendência (filhos e filhas);
√ Comprar animais entre a primeira e a terceira muda
dentária;
√ Não comprar animal que apresente qualquer tipo
de defeito ou doença.

Atenção: caso haja dúvidas, procure orientação de


um técnico especializado.

4.1.2. Conheça os critérios para o descarte


de machos destinados à reprodução

Devem ser sumariamente descartados do reba-


nho, os machos que apresentem os seguintes problemas:

√ Ausência de um testículo e testículos pequenos;


√ Testículos duros ou
muito moles (degeneração testicular);

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√ Presença de hérnia;
√ Queixo curto (agnata);
√ Queixo comprido (prognata);
√ Baixa atividade sexual (machos “frios”);
√ Animais muito velhos e com defeitos graves
nos cascos.

4.2.Escolha de matrizes

Para a obtenção de uma boa eficiência reprodutiva é


necessário que o rebanho seja formado por matrizes que apre-
sentem boa conformação corporal e boa taxa de fertilidade.

4.2.1. Conheça os critérios para


escolha de matrizes

Na escolha de fêmeas caprinas e ovinas destina-


das à reprodução, o criador deve ficar, também, bastante
atento e observar os seguintes cuidados:

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√ Verificar se a fêmea se enquadra no padrão racial
da raça escolhida;
√ Não comprar fêmea que apresente qualquer tipo
de defeito ou doença;
√ Observar se a fêmea apresenta bom desenvolvimento
corporal, úbere normal, bem formado e bem inserido;

√ Verificar se a fêmea tem boa fertilidade e boa pro-


dução de leite, boa aptidão para criar e se teve ges-
tação e parto normais;

VOLUME 2 - Manejo Reprodutivo de Caprinos e Ovinos 19


√ Comprar fêmeas jovens e em idade compatível
para reprodução;
√ Recomenda-se comprar fêmeas que tenham feito
no máximo, a terceira muda dentária.

1 a muda 2 a muda 3 a muda

Atenção: Em caso de dúvidas solicite a orientação


de um técnico especializado.

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4.2.2. Conheça os critérios
para descarte de matrizes

√ Abortos freqüentes;
√ Baixa fertilidade (pare pouco);
√ Queixo curto (agnata);
√ Queixo longo (prognata);
√ Baixa capacidade para criar;
√ Doenças crônicas (″mal-do-caroço″, mamite, etc);
√ Ubere ″perdido″.

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5
Estação de monta

A maioria dos criadores de caprinos e ovinos ainda


usa o sistema de monta contínua no qual os reprodutores
ficam o ano todo junto com as fêmeas. O sistema de monta
contínua apresenta os seguintes problemas:

√ Aumento da taxa de mortalidade das crias;


√ Cobrição de fêmeas ainda muito novas;
√ Redução do número de animais vendidos;
√ Dificuldade no uso de práticas
de manejo do rebanho.

5.1. Conheça as vantagens


da estação de monta

√ É uma prática de fácil uso e de baixo custo;


√ Permite planejar épocas adequadas para o nasci-
mento das crias, visando maior sobrevivência;
√ Facilita a execução dos programas de melhoramen-
to genético do rebanho;
√ Aumenta a produção de cordeiros e carbritos;
√ Facilita o sistema de comercialização.

VOLUME 2 - Manejo Reprodutivo de Caprinos e Ovinos 22


5.2. Conheça as épocas
para estação de monta

5.2.1. No sistema de um parto por ano

Faça a estação de monta com duração de


60 dias, nos meses de setembro e outubro de cada
ano, conforme esquema apresentado na Figura 1.

VOLUME 2 - Manejo Reprodutivo de Caprinos e Ovinos 23


5.2.2. No sistema de três
partos em dois anos

Faça a estação de monta com duração de 42 a 45 dias,


a cada 8 meses, conforme esquema mostrado na Figura 2.

Atenção: As épocas de monta apresentadas nas Fi-


guras 1 e 2 podem ser modificadas em função do clima de
cada região e do sistema de manejo adotado, porém sem-
pre manter o mesmo intervalo.

Nas estações de monta realizadas no período seco,


recomenda-se a suplementação alimentar das matrizes e
reprodutores 40 a 30 dias antes da estação de monta e duran-
te a estação de monta.
Em cada estação de monta coloque 25 a 30 matri-
zes por reprodutor.

VOLUME 2 - Manejo Reprodutivo de Caprinos e Ovinos 24


6
.
Sistema de monta
ou cobrição

6.1. Monta natural não controlada

Nos sistemas de criação extensivos de


caprinos e ovinos é muito usada a monta ou a
cobrição natural não controlada, que acarreta bas-
tante problemas no controle zootécnico do rebanho.

6.2 Monta natural controlada

Neste sistema é importante que seja ado-


tada a estação de monta. A monta ou a cobrição pode ser
feita a campo ou no centro de manejo.

6.2.1. Cobrição a campo


com controle de paternidade

Faça a divi-
são das matrizes em
lotes e coloque cada
lote no piquete com
o reprodutor esco-
lhido.
Não sendo pos-
sível dividir as ma-

VOLUME 2 - Manejo Reprodutivo de Caprinos e Ovinos 25


trizes em lotes, deixe o reprodutor 25 a 30 dias juntos com as
fêmeas. Só coloque o outro reprodutor depois de, no míni-
mo, 20 dias entre a retirada do primeiro reprodutor e a entra-
da do outro.

Atenção: Não havendo necessidade de iden-


tificação da paternidade, pode ser colocado mais
de um reprodutor junto com as fêmeas na mesma
estação ou período de monta.

6.2.2. Cobrição no centro de manejo

Em geral, neste sistema é necessário o


uso de rufiões (machos que não produzem filhos), para iden-
tificação das fêmeas em cio.
√ Faça a marcação do rufião na região do
esterno (peito) com uma mistura de tinta xa-
drez em pó e graxa;
√ Coloque um rufião para 30 matrizes;
√ Faça inspeção do rebanho duas vezes ao dia, para
obervar as fêmeas marcadas pelo rufião;
√ Retire as matrizes marcadas pelo rufião
e coloque com o reprodutor nos currais ou baias.

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6.2.3. Horário de cobrição

As matrizes marcadas pelo rufião serão


submetidas ao seguinte esquema de cobrição:

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7
Prenhez ou gestação

É o período que vai da fertilização (enxerto), após a co-


bertura, até a ocorrência do parto.

7.1. Conheça a duração da prenhez


O período médio da prenhez da cabra e da
ovelha é de aproximadamente 150 dias, apresen-
tando variações de 146 a 154 dias.

7.2. Conheça os sinais da prenhez


Os principais sinais observados nas ca-
bras e ovelhas durante a prenhez são:
√ Ausência de cio;
√ Falta de interesse pelo macho;
√ Aumento da barriga e do úbere;
√ Fica mais calma e engorda com facilidade.

VOLUME 2 - Manejo Reprodutivo de Caprinos e Ovinos 28


7.3. Diagnóstico da prenhez

Os métodos mais usados no diagnóstico de


prenhez das cabras e ovelhas são:

√ Uso de ultra-som;

√ Palpação abdominal externa.

7.4. Cuidados durante a prenhez

Durante a prenhez as cabras e as ove-


lhas precisam receber manejo especial visando a
ocorrência de partos normais e obtenção de mai-
or número de crias vivas.

VOLUME 2 - Manejo Reprodutivo de Caprinos e Ovinos 29


7.4.1.Conheça os cuidados durante a pre-
nhez

√ Manter as cabras e as ovelhas em boas condi-


ções de saúde e bem alimentadas;
√ Evitar mudança brusca na alimentação;
√ Evitar transporte por período longo;
√ Evitar traumatismo;
√ Colocar as cabras e ovelhas que estejam perto de
parir em piquete maternidade.

VOLUME 2 - Manejo Reprodutivo de Caprinos e Ovinos 30


7.5. Alimentação das cabras e das ovelhas
no final da prenhez

As maiores exigências nutricionais das cabras e das


ovelhas ocorrem no terço final da prenhez, isto é, nos últi-
mos 50 a 45 dias antes do parto.
Mantenha as matrizes que estão no final da pre-
nhez em áreas de pastagem de boa qualidade e forneça
suplementação alimentar.
Como suplemento alimentar pode ser usado: res-
tos de lavouras, feno de capim e de leguminosas, capim
verde triturado, silagem, milho em grão triturado, rolão de
milho, ramas de leucena e ou de feijão guandu e ração
concentrada.

VOLUME 2 - Manejo Reprodutivo de Caprinos e Ovinos 31


″Alimentos usados na suplementação alimentar″

Feno de capim

Feijão guandu

Capim

Leucena

VOLUME 2 - Manejo Reprodutivo de Caprinos e Ovinos 32


8
Parto

Em geral, nas ovelhas e nas cabras o parto ocorre,


quase sempre, de forma normal, sendo pouco freqüente a
ocorrência de partos anormais.
Bem próximo ao parto as cabras e as ovelhas po-
dem apresentar os seguintes sinais:

√ Depressão marcante em cada lado da cauda;


√ Depressão nos ″vazios″ (flancos);
√ Inquietação;
√ Presença de corrimento opaco na genitália exter-
na (vulva).

VOLUME 2 - Manejo Reprodutivo de Caprinos e Ovinos 33


8.1. Duração do parto
Em condições normais, o parto dura em média 30
minutos. Logo que ocorre o rompimento da ″bolsa d’água″
aparecem os primeiros sinais de saída do feto. Surgem pri-
meiramente as patas dianteiras com a cabaça sobre elas e,
em seguida, ocorre a expulsão total da cria.

VOLUME 2 - Manejo Reprodutivo de Caprinos e Ovinos 34


8.2 Assistência ao parto
Os partos devem ocorrer em instalações
limpas e bem arejadas ou no piquete maternida-
de. Havendo necessidade, a assistência ao parto
deve-se resumir em:

√ Ajuda no ato de expulsão da cria;


√ Limpeza da cria, retirando-se os restos
do parto (placenta) e as secreções das
ventas (narinas) da cria;
√ Estímulo da respiração. Neste caso pega-se a cria
pelas pernas e coloca de cabeça para baixo por al-
guns segundos.

VOLUME 2 - Manejo Reprodutivo de Caprinos e Ovinos 35


9
Considerações Finais

As informações fornecidas nesta cartilha deverão ser


somadas às experiências de cada criador para que possamos
aumentar a eficiência reprodutiva do rebanho caprino e ovi-
no.
O somatório de conhecimentos e experiência é que
resultará num melhor aproveitamento do potencial do nos-
so rebanho, tornando este rebanho mais competitivo e com
um aproveitamento mais racional.
Desejamos boa sorte a todos os criadores e nos
colocamos a sua total disposição, para que possamos fa-
zer ruma ovinocaprinocultura forte.
10
Bibliografia

GIRÃO, R. N. ; GIRÃO, E. S.; MEDEIROS,L.P.; ITALIANO, E. C.


Recomendações técnicas para a criação de ovinos deslanados.
Teresina: Embrapa –CPAMN, 1997, 75 p.

MEDEIROS, L.P.; GIRÃO,R.N.; GIRÃO, E.S. PIMENTEL,


J. C. M. Caprinos: princípios básicos para sua ex-
ploração. Teresina: EMBRAPA CPAMN/ Brasília: EMBRAPA
-SPI, 1994.

VASCONCELOS,V.R.; BARROS,N.N. Nutrição de caprinos


e ovinos jovens. In: CONGRESSO NORDESTINO DE PRODUÇÃO
ANIMAL, 2000, Teresina, Anais... Teresina, SNPA, 2000, 143-153p.

VIANA, G. E. N.; COSTA, A. P. R.; SOUSA JUNIOR, A. Manual


Capri-Ovi: orientações básicas sobre manejo produtivo e reprodutivo
de caprinos e ovinos. Grupo de Estudo e difusão de conhecimento em
Caprino-Ovinocultura. Teresina:EDUFPI, 2001. 63p.
VOLUME 2 - Manejo Reprodutivo de Caprinos e Ovinos 38

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