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ESCOLA E.B.

2/ 3 DE BEIRIZ
FICHA DE AVALIAÇÃO DE PORTUGUÊS
7º Ano - Novembro 2017

______________________________________________________________________________
GRUPO I
Texto A
Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.

Um casal apaixonado contra Salazar


Francisco Sousa Tavares e Sophia de Mello Breyner travaram todas as lutas contra a
ditadura. A PIDE não os largou e, das duas vezes em que ele esteve preso, comunicaram
em código.
25.04.2016 08:30 por Pedro Jorge Castro
Tinham passado 50 anos desde a noite em que, pela primeira vez, viu Sophia de Mello
Breyner Andresen dizer um poema, junto à fonte do jardim da tia-avó dela no Campo Grande.
Apesar de estarem já separados há oito anos, quando se sentou para escrever à mão este
episódio das suas memórias, dois meses antes de morrer, em 1993, Francisco Sousa Tavares
falou da ex-mulher como um fenómeno sobrenatural: "Não ficara certo de ter visto uma mulher ou
uma Deusa." Considerou-a "um milagre que não parecia real". E descreveu um sentimento
intenso: "O êxtase interior que me possuía e desde então me sujeitava à escravidão distante de
Sophia."
O casamento entre Francisco e Sophia, na Igreja de Lordelo do Ouro, em Novembro de
1946, não terá sido bem compreendido por alguns dos amigos da noiva, como assumiu mais tarde
Eugénio de Andrade à revista Relâmpago: "Todos os seus amigos estavam, de um ou outro modo,
enamorados dela. Talvez daí que todos eles tivessem discordado do seu casamento e o
considerassem um desastre."
Em 1958, ambos apoiaram a campanha de Humberto Delgado, o que teve como
consequência o despedimento de Francisco Sousa Tavares da função pública. As dificuldades
financeiras para educar cinco filhos – Maria, Miguel, Isabel, Sofia e Xavier – já tinham levado os
pais a enviar alguns deles para outros pontos do País, onde viveram alguns meses com familiares:
Miguel Sousa Tavares ficou dois anos em Amarante, em casa de uma tia.
Na noite de 11 de Março de 1959, Sophia, os cinco filhos e a empregada Luísa foram
dormir para a cave de uma familiar, na Rua Alexandre Herculano, onde Miguel passou toda a noite
a andar de bicicleta, enquanto devia decorrer uma operação contra o regime conhecida como
Revolta da Sé.
Em 1963, Sophia foi à Grécia pela primeira vez, com Agustina Bessa Luís, num carocha.
Francisco ficou em Portugal, mas, ao passar por Verona, em Itália, a terra de Romeu e Julieta, a
poeta tocou no túmulo de Julieta com a sua aliança, e escreveu no degrau de pedra SF, as iniciais
de Sophia e Francisco. Segundo o Público, noutra carta escreveu: "Custa-me todas estas coisas
sem o Francisco. Espero não voltar a viajar sem ele."
Miguel Sousa Tavares revela que os pais se correspondiam em código. "O código era
fabuloso. De tal maneira que jurei aos meus pais que nunca o diria. Eu era o único que sabia. Não
era fácil decifrar e sobretudo escrever em código. A PIDE apreendia poucas cartas, porque aquilo
parecia inocente. Mas as palavras tinham uma ordem de um enigma inventado por eles que era
brilhante."
Numa das cartas, dirigidas a "Sophia, meu amor", Francisco misturou uma declaração
romântica com uma lista de pedidos: "Sei que tu tens coragem. Sei que a medida de ti própria é
sempre dada nos momentos de crise. Sei que horas como esta são a melhor prova e a melhor
certeza do nosso casamento, do nosso amor, do nosso destino comum. Mande-me um bloco de
papel de carta, sobrescritos e selos. Meias, camisas, cuecas, lenços e o blazer azul. Até amanhã."
(Texto com supressões)
http://www.sabado.pt/vida/pessoas/detalhe/um-casal-apaixonado-contra-salazar

Vocabulário
1. PIDE – sigla de Polícia Internacional de Defesa de Estado.
2. êxtase – enlevo; deleite; encanto.
3. carocha – automóvel de marca Volkswagen de baixa cilindrada.
4. Romeu e Julieta – dois jovens, protagonistas de uma intensa história de amor e trágica,
escrita por Shakespeare (1597).

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.
1. As afirmações apresentadas de (A) a (G) correspondem a ideias-chave do texto. Escreve
a sequência de letras que corresponde à ordem temporal dessas ideias que aparecem no texto.
Começa a sequência pela letra (E).
(A) Francisco e Sophia casam.
(B) O filho comenta as cartas trocadas entre os pais.
(C) Na revolta da Sé, enquanto Francisco andava de bicicleta, a família foi dormir numa cave.
(D) Os filhos de Sophia passam temporadas junto a familiares, devido ao desemprego do pai.
(E) Francisco vê Sophia declamar um poema junto à fonte de um jardim.
(F) Sophia foi à Grécia sem Francisco.
(G) Francisco escreveu as suas memórias, oito anos depois da separação.

2. Seleciona, em cada item (2.1. a 2.4.), a opção correta relativamente ao sentido do texto.
Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

2.1. O casamento entre Francisco e Sophia não foi aceite por todos os amigos da escritora
(A) porque não gostavam de Francisco.
(B) porque tinham sentimentos ocultos por Sophia.
(C) porque tinham sentimentos ocultos por Francisco
(D) porque Francisco era político.

2.2. Em 1958, Francisco foi despedido


(A) por solicitar aumento.
(B) por apoiar Sophia.
(C) por ser político.
(D) por apoiar Humberto Delgado.

2.3. Miguel, o filho de Sophia e Francisco,


(A) conhecia o código de escrita dos pais e achava-o fácil.
(B) não conhecia o código de escrita dos pais.
(C) apesar de conseguir decifrar as mensagens dos pais, achava a comunicação impossível
de ler.
(D) divertia-se a ler as cartas trocadas pelos pais.

2.4. Numa das cartas dirigidas à mulher, Francisco


(A) fez-lhe uma série de pedidos entre manifestações de amor.
(B) revelou-lhe um grande segredo.
(C) declarou-se.
(D) pedia novidades sobre os filhos.

3. Seleciona a única afirmação falsa, de acordo com o sentido do texto.


Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
(A) “os” (linha 3) substitui “Francisco e Sophia”.
(B) “ele” (linha 3) substitui “Miguel Sousa Tavares”.
(C) “dela” (linha 7) substitui “Sophia”.
(D) “-a” em “considerou-a” (linha 11) substitui “Sophia”.

TEXTO B

Lê com atenção o seguinte texto:


Lê o excerto do Cavaleiro da Dinamarca de Sophia de Mello Breyner Andresen.

Quando chegou o dia de Natal, ao fim da tarde, o cavaleiro dirigiu-se para a gruta de
Belém. Ali rezou no lugar onde a Virgem, São José, o boi, o burro, os pastores, os pastores, os
Reis Magos e os Anjos tinham adorado a criança acabada de nascer. E, quando na torre das
Igrejas bateram as doze badaladas da meia-noite, o Cavaleiro julgou ouvir um cântico altíssimo
cantado por multidões inumeráveis, a oração dos Anjos:”Glória a Deus nas alturas e paz na terra
aos homens de boa vontade.”
Então desceu sobre ele uma grande paz e uma grande confiança e, chorando de alegria,
beijou as pedras da gruta.
Rezou muito, nessa noite, o cavaleiro. Rezou pelo fim das misérias e das guerras, rezou
pela paz e pela alegria do mundo. Pediu a Deus que o fizesse um homem de boa vontade, um
homem de vontade clara e direita, capaz de amar os outros. E pediu também aos anjos que o
protegessem e guiassem na viagem de regresso, para que, dai a um ano, ele pudesse comemorar
o Natal na sua casa com os seus.
Passado o Natal o cavaleiro demorou-se ainda mais dois meses na Palestina visitando os
lugares que tinham visto passar Abraão e David, os lugares que tinham visto passar a arca da
aliança, o cortejo da Rainha do Sabá e seus camelos carregados de perfumes, os exércitos da
Babilónia, as legiões romanas e Cristo pregando às multidões.
Depois, em fins de Fevereiro, despediu-se de Jerusalém e, na companhia de outros
peregrinos, partiu para o porto de Jafa.
Entre esses peregrinos havia um mercador de Veneza com quem o cavaleiro travou
grande amizade.
Em Jafa foram obrigados a esperar pelo bom tempo e só embarcaram em meados de
Fevereiro.
Mas uma vez no mar foram assaltados pela tempestade. O navio ora subia na crista da
vaga ora recaía pesadamente estremecendo de ponta a ponta. Os mastros e os cabos estalavam
e gemiam. As ondas batiam com fúria no casco e varriam a popa. O navio ora virava todo para a
esquerda, ora virava todo para a direita, e os marinheiros davam à bomba para que ele não se
enchesse de água. O vento rasgava as velas em pedaços e navegavam sem governo ao sabor do
mar.
- Ah! - pensava o cavaleiro. - Não voltarei a ver a minha terra.
Mas passados cinco dias o vento amainou, o céu descobriu-se, o mar alisou as suas
águas. Os marinheiros içaram velas novas e com a brisa soprando a favor puderam chegar ao
porto de Ravena, na costa do Adriático, nas terras de Itália.

in O Cavaleiro da Dinamarca, Sophia de Mello Breyner

1. Contextualiza este excerto na estrutura da obra a que pertence.


2. O título da obra - O Cavaleiro da Dinamarca - dá-nos de imediato duas informações a respeito
da personagem principal. Indica-as.
3. Indica o local para onde se dirigiu o Cavaleiro da Dinamarca no dia de Natal e o que aí foi fazer.
4. Explicita os sentimentos experimentados pelo cavaleiro ao ouvir as doze badaladas na gruta de
Belém, na noite de Natal.

5. Carateriza psicologicamente o cavaleiro. Justificando a tua resposta.


6. Indica o motivo pelo qual, em Jafa, o Cavaleiro ficou impossibilitado de prosseguir viagem.
7. “- Ah! - pensava o Cavaleiro. - Não voltarei a ver a minha terra.”
7.1. Explica os motivos da afirmação do Cavaleiro.
8. Uma editora está a organizar duas antologias de textos narrativos com os títulos
seguintes:
Contos e lendas portuguesas Narrativas de autores portugueses

Diz em qual destas antologias incluirias o texto que acabaste de ler, justificando a tua resposta.

Grupo II

1. Indica a classe e subclasse a que pertencem as palavras sublinhadas na frase:


Então desceu sobre ele uma grande paz e uma grande confiança e, chorando de alegria, beijou as
pedras da gruta.

2. Transforma as frases para a voz passiva:


a. O Cavaleiro fez uma promessa à família.
b. Na Noite de Natal, o Cavaleiro conheceu a gruta de Belén.

3. Completa os espaços com os verbos nos tempos indicados:


a) Se o Cavaleiro ________(viajar- Pret. Imperf. do Conjuntivo - Simples) rapidamente,
________(chegar - modo Condicional - Simples) a casa no Natal.
b) A família do Cavaleiro _________ (viver- Futuro do Indicativo - Simples) feliz.
c) O Cavaleiro ___________(viajar - Pret. Imperfeito do Indicativo - Simples) por muitos
países.

4. Atendendo às frases que se seguem, classifica os verbos mediante os complementos que


exige.
4.1. Associa os elementos da coluna A aos da coluna B.

Coluna A Coluna B
1. Verbo a) O cavaleiro rezou na gruta de Belém, na
intransitivo noite de Natal.
2. Verbo b) A família do Cavaleiro acreditava nas
transitivo promessas feitas por ele.
direto
3. Verbo c) A gruta de Belém era calmíssima.
transitivo
indireto d) O Cavaleiro prometeu regressar.
4. Verbo
copulativo e) As rezas foram ditas pelo Cavaleiro.
5. Verbo
auxiliar

GRUPO III

O Cavaleiro tinha decidido partir para Jerusalém, em peregrinação, prometendo que voltaria na
noite de Natal, dois anos depois. Na viagem, fez muitos amigos, conheceu deslumbrantes cidades
europeias e ouviu histórias maravilhosas. Agora, precisa de cumprir a promessa que fez à sua
família.
Como certamente verificaste, o excerto do livro de Sophia de Mello Breyner não nos dá a
conhecer qual terá sido o desfecho da situação vivida pela personagem.
Imagina a conclusão desta história.
No teu texto deves:
– ordenar os acontecimentos logicamente;
–caracterizar os sentimentos do Cavaleiro à medida que vai avançando na floresta;
O teu texto deve ter um mínimo de 150 e um máximo de 220 palavras.

A professora: Sónia Carreira de Freitas

BOM TRABALHO!

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