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Esta carta foi enviada anonimamente a um sacerdote

por uma das suas paroquianas

Caro padre,

Escrevo de forma anônima porque, se lhe dissesse quem eu sou, ficaria


com vergonha de ir ao confessionário, à missa, ao lugar onde estou
sendo nutrida espiritualmente, com tanta gratidão. Quero agradecer
pelo sacerdote extraordinário que o senhor é e pelo grande trabalho de
pastor que está fazendo por nós.

Anonimamente, nos bancos da sua igreja, existem mulheres que


mantêm as famílias unidas lutando contra as forças destrutivas da
pornografia, que seduzem maridos e filhos. Nós estamos sofrendo,
envergonhadas, tolerando casamentos em vez de desfrutar deles,
lidando com as nossas insuficiências e com a depressão. Pessoalmente,
eu sinto que os 15 anos do meu casamento antes da minha descoberta
foram uma grande mentira; que eu fui "enganada" por um marido que,
por outro lado, era um fiel Cavaleiro de Colombo, envolvido com a
igreja.

Nesses três anos, desde que descobri esta situação, cheguei a acreditar
que um caso extraconjugal teria sido até mais fácil de tolerar, porque
talvez eu pudesse competir com carne e ossos, mas não com isso: com o
fato de que o prazer e a satisfação do meu marido possam vir de uma
tela bidimensional. É uma coisa que me abala profundamente; a minha
própria ideia de quem eu sou e do que eu valho ficou completamente
destruída. Meu mundo virou de cabeça para baixo e, se não fosse pelos
nossos filhos, eu teria me separado. Aliás, muitas vezes penso no dia
em que talvez eu faça isso.

Eu tenho certeza de que o senhor está ouvindo essas coisas


no confessionário, ditas pelos nossos maridos. Meu marido mesmo
tem se confessado frequentemente sobre este pecado, na luta com a
pornografia. No começo, ele sentiu um grande alívio quando viu que eu
já sabia: de alguma forma, ele achou que o meu conhecimento da
situação lhe daria mais resistência contra a tentação. Mas,
infelizmente, eu acho que isso só o fez enganar e esconder mais. Se isso
não destruir o nosso casamento, eu temo que a minha reação acabe
destruindo.

O outro lado é o lado da mulher: o nosso pecado é a profunda raiva e a


incapacidade de perdoar, porque isso não acaba. Como é que vamos
esperar que acabe? Alguns maridos lamentam a sua incapacidade de
combater essa tentação; muitos outros nem sequer acham que isso é
um problema. Só que esse problema os prende. Já ouvi outra mulher
dizer que preferia que o marido usasse drogas, porque pelo menos
existem tratamentos. Eu acredito que isso está afetando o trabalho do
meu marido e ameaçando a segurança do emprego dele. Eu estou
cedendo à raiva; a minha energia vai se consumindo na tentativa de
manter a nossa casa livre das tentações que vêm com todas as
tecnologias mais recentes; eu me vingo gastando mais. E isso não é o
que Deus quer de mim. Eu repito o que Jesus disse na cruz: "Pai,
perdoai-os, porque eles não sabem o que fazem", mas também me
respondo: "Só que ninguém prometeu a Jesus, no altar, que iria amá-lo
e respeitá-lo todos os dias da sua vida; e o meu marido, no dia do nosso
casamento, me prometeu exatamente isso".

Tenho filhos e temo pelo futuro deles e das suas futuras esposas. Tento
ensinar a eles a importância da pureza, o valor da sexualidade e a
Teologia do Corpo, mas eles sabem das revistas e dos sites que o pai
acessa e sabem que ele é um "homem bom", que "recebe os
sacramentos": então, eu acabo sendo apenas a mãe puritana e
antiquada. Eu me sinto sob ataque constante e parece que esse
sofrimento não vai ter fim.

Eu gostaria que houvesse um grupo de apoio para as mulheres que


sofrem esse drama, mas todas nós nos sentimos
tão envergonhadas por não conseguir satisfazer os nossos maridos o
suficiente e temos medo de tornar isso público e destruir a reputação
dos nossos maridos. Por isso, nenhuma de nós frequentaria esse grupo.
Nós simplesmente sofremos e morremos por dentro, sozinhas. Eu não
estou lhe dando nenhum conselho nem pedindo que o senhor faça
alguma coisa a respeito disso tudo. Talvez o senhor possa
simplesmente rezar pelas esposas da sua paróquia que tentam manter
as suas famílias unidas. Obrigada pela paciência de ler este meu
desabafo.

Obrigada.

Fonte: https://pt.aleteia.org/2014/05/09/carta-da-esposa-de-um-viciado-em-pornografia-
uma-leitura-obrigatoria-para-todos-os-maridos/

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