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Geografia Política

Profª Juliana Nunes


Lucas Honorato

O texto de Michael Mann intitulado “Estudos nacionais na Europa e


noutros continentes: diversificar, desenvolver e naã o morrer”, objetiva criticar o
argumento de que os Estados-naçaã o estariam sendo ameaçados pelo
protagonismo do grande capital e dos blocos econoô mico supranacionais,
tomando como exemplo a Uniaã o Europeia. Trata-se de um texto da deé cada de 90,
períéodo de expansaã o e consolidaçaã o do projeto neoliberal.
Para defesa de seus argumentos, o autor mapeia a histoé ria dos estados
nacionais territoriais e seu desenvolvimento ateé os dias atuais. Compreende que
o Estado ainda estaé longe do amadurecimento, logo, de seu fim. Exemplifica esta
questaã o pontuando os estados poé s-coloniais e os estados africanos, ambos ainda
distantes da dita maturidade, sendo em alguns paíéses, inclusive, naã o presente em
toda sua extensaã o territorial, apoiados em regimes ditatoriais e em conflitos com
poder paralelos.
Dada a complexidade do processo de amadurecimento dos estados, afirma
que a abertura em si naã o representa a decadeô ncia do estado, mas pode ser visto
como processo evolutivo, jaé que a abertura pode sim acarretar a perda de
soberania do estado em algumas aé reas, mas ainda preservar a soberania do paíés.
Esta perspectiva admissíével, jaé que para o autor, neste contexto “as grandes
intromissoã es na soberania nacional naã o saã o realmente constitucionais; naã o haé
substituiçaã o de uma soberania por outra”, preserva-se a soberania nacional, visto
que, apesar da influeô ncia do oé rgaã o supranacional, o mesmo ainda responde a
jurisdiçaã o do estado-naçaã o.
Ainda acerca da soberania, o autor toma a exemplo a desmilitarizaçaã o da
Europa como demonstraçaã o do progresso em relaçaã o ao respeito mué tuo aos
estados nacionais vizinhos, que passaram a cooperar e respeitar as decisoã es
individuais, inclusive tomando decisoã es de comum acordo, onde, ao menos
ameaças diretas a soberania nacional inexistiriam.
Contudo, o que poderíéamos assistir saã o as ameaças indiretas a soberania,
na figura das pressoã es dos fundos internacionais e do grande capital
internacional, que tendem a guiar muitas das decisoã es governamentais.
O autor faz uma interessante anaé lise do conjunto de pressoã es que o estado
de estabilidade dos paíéses europeus mascara em relaçaã o as tomadas de decisaã o,
apontando ainda o protagonismo da econoô mica Alemaã como motor do bloco.
Olhando para as políéticas americanas de segurança, econoô mica e bem-
estar social, temos um panorama claro de posiçoã es teoricamente discordantes.
Assistimos a um Estado forte que procura deter grande influeô ncia sobre o
mercado e a populaçaã o, ao mesmo tempo em que sua políética externa conduz os
paíéses aos ditames do mercado e políéticas internacionais, num entrelace Estado-
mercado de uma relaçaã o de interdependeô ncia de interesses ora concordantes ora
discordantes. Um estado que resiste, evolui e se resignifica, numa coabitaçaã o com
o grande capital. Naã o um estado ameaçado em sua soberania, mas influenciado,
visto que visceralmente entrelaçado com os interesses individuais das forças
supranacionais.

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