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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ATUARIAIS
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
PROFESSORA WENDY BEATRIZ WITT HADDAD CARRARO

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA CONTABILIDADE

Aluno: Adilson Astir Lenz


Cartão: 00046187

Porto Alegre
2017
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA CONTABILIDADE

A contabilidade desenvolveu-se a partir do despertamento de certas necessidades e sua


evolução se valeu de outras áreas da ciência e ela, por sua vez, também contribuiu para o
desenvolvimento de outras searas do conhecimento. Considerando o dinamismo da humanidade
e seus vários aspectos culturais, constata-se que a história contábil é fruto desse dinamismo pois
ao longo do tempo teve seus primeiros passos, seus aperfeiçoamentos, atualizações e segue se
adaptando às atuais necessidades. Assim, é natural que a contabilidade de hoje não será a
mesma daquela exercida daqui a duzentos anos, por exemplo, da maneira como a de hoje não
é idêntica à do mesmo período passado.
A história contábil inicia bem antes da obra Summa de Luca Pacioli. Como afirmam
Silva, Zucolotto e Emmendoerfer (2009, p. 3), “vários acontecimentos anteriores podem ser
apresentados para explicar o surgimento desta ciência e seu desenvolvimento ao longo dos
anos”.
Estima-se que os primórdios contábeis remontam há quatro mil anos atrás. Segundo
Hendriksen e Van Breda (2007), sistemas contábeis familiares com o método das partidas
dobradas existiram na China em 2000 a.C e que no Egito os agricultores recebiam recibos dos
cobradores de impostos em forma de desenhos. Ainda afirmam que na Mesopotâmia fichas de
argila eram usadas para fins contábeis.
As culturas egípcia, indiana, mesopotâmica e do Oriente Médio contribuíram
expressivamente para o progresso da humanidade e canalizaram para a Europa o conhecimento
propulsor para o desenvolvimento do Renascença. Vários fatores fizeram com que ela se
transformasse em um movimento que mudou a história e, claro, impactou a contabilidade: a
produção de papel, a invenção da imprensa por Guttemberg, o êxito das grandes navegações, a
expansão das rotas comerciais, o progresso do comércio, entre outros.
Da Itália, berço do Renascentismo, surgiu o método das partidas dobradas, conceito
contábil básico existente até hoje. Neste sentido, Hendriksen e Van Breda (2007, p. 38) atestam
que “os sistemas de partidas dobradas mais antigos são encontrados no norte da Itália, e
remontam ao século XIV”. O método de Pacioli, de 1494, fez com que ele se tornasse “uma
celebridade e assegurou-lhe um lugar na história como ‘o pai da contabilidade’” (ACCPR).
Santos et al (2007) argumentam que a história do pensamento contábil iniciou especialmente
com a publicação da obra de Pacioli.
O método reflete o conhecimento da época da sua criação. Por exemplo, crédito e débito
foram dispostos em lados paralelos e por fim somados isoladamente visto que o conceito de
números negativos era desprezado. Palavras hoje utilizadas na contabilidade provêm do
Renascimento. Segundo Hendriksen e Van Breda (2007, p. 41) “dívidas, devedores, debêntures
e débitos [...] são palavras que resultam da base debere, ou dever”. Por outro lado, “créditos
vêm da mesma raiz da palavra credo, ou seja, algo em que se acredita” (HENDRIKSEN; VAN
BREDA, 2007, p. 41).
O método de Pacioli, largamente aceito, associado ao fato de que o caráter científico foi
atribuído à contabilidade em razão do advento do rigor técnico, permitiram que ela tomasse um
novo rumo. Conforme Pinto (2002, p. 16), o período “foi marcado pela grande divulgação dos
métodos das partidas dobradas e a sua adoção mundial como técnica de escrituração”.
Com o declínio da economia doméstica, a partir da Revolução Industrial, a importância
dos registros contábeis se acentuou expressivamente visto o crescimento do número de
empresas, acompanhado do número de negócios e do zelo pela gestão patrimonial. A
contabilidade não ficou imune à transformação oriunda da Revolução, de modo que “os ingleses
foram buscar na fonte (Itália), as técnicas de partidas dobradas, como tentativa inicial de
adaptabilidade da contabilidade financeira à contabilidade industrial” (HANSEN, 2001, p. 16).
Embora o avanço do pensamento contábil tenha sido expressivo no Renascimento, a
regulamentação da profissão contábil ocorreu somente mais de trezentos anos depois, com a
criação de associações de contadores.
O profissional contábil jamais deve negligenciar o passado histórico da profissão bem
como o empenho dos primeiros estudiosos que contribuíram para o desenvolvimento da teoria.
O êxito da ciência contábil no futuro só é viável quando se têm consciência das suas origens e
ao se trazer ao presente o exercício dentro dos princípios básicos, jamais negligenciando a ética.
Apenas há futuro próspero na área contábil, quando no presente, se olha com respeito para o
passado.

Referência bibliográfica

ACCPR, Academia de Ciências Contábeis do Paraná. Frei Luca Pacioli. Disponível em


<http://www.accpr.org.br/frei-luca-pacioli/>. Acesso em: 02 jan. 2018.

HANSEN, J. E.. A Evolução da Contabilidade: da Idade Média a Regulamentação Americana.


Revista Pensar Contábil, Rio de Janeiro, v. 4, nº 13, p. 13-20, ago./out. 2001.

HENDRIKSEN, E.; VAN BREDA, M.. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Editora Atlas,
2007.
PINTO, L. J. S.. A Evolução Histórica da Contabilidade e as Principais Escolas
Doutrinárias. 2002. 35 f. Trabalho para a obtenção do Grau de Especialista em Finanças e
Gestão Corporativa (Monografia). Universidade Cândido Mendes, Rio de Janeiro, 2002.

SILVA, G. M.; ZUCCOLOTTO, R.; EMMENDOERFER, M. L. Institucionalismo, Processo


Decisório e Interlocuções Entre Estudos Contábeis e Sociologia Econômica. In: XIV
Congresso Brasileiro de Sociologia, 2009, Rio de Jameiro. XIV Congresso Brasileiro de
Sociologia, 2009.
http://www.sbsociologia.com.br/portal/index.php?option=com_docman&task=doc_download
&gid=3646&Itemid=171
GRUPO DE TRABALHO - ENSAIO

SANTOS, J. L.; SCHMIDT, P.; FERNANDES, L. A.; MACHADO, Nilson P.. Teoria da
contabilidade: introdutória, intermediária e avançada. São Paulo: Editora Atlas, 2007.

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