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Francisco e o Irmão Sol

Teatro: Para ser lido ou representado.


Personagens: Francisco de Assis, Sol, Maria e João

FRANCISCO: Paz e bem, irmãos. Estou num lugar fascinante. Aqui, ao meio-dia, não há
sombras. Os raios do Sol incidem neste local verticalmente.
SOL: Francisco... Irmão Francisco!
FRANCISCO: Estou a reconhecer a tua voz, irmão Sol. Dediquei-te uns versos no
Cântico das Criaturas: «Louvado sejas, ó meu Senhor, com todas as tuas criaturas,
especialmente o meu senhor irmão Sol, o qual faz o dia e por ele nos alumias. E ele é belo
e radiante, com grande esplendor: de ti, Altíssimo, nos dá ele a imagem.»
SOL: Obrigado, Francisco.
FRANCISCO: Diz-me onde estou. Que terra é esta?
SOL: Chama-se equador, a famosa linha imaginária no centro da Terra, que a divide em
hemisfério sul e hemisfério norte.
FRANCISCO: No meu tempo, pensávamos que tu, irmão Sol, giravas em torno da Mãe
Terra. Nós achávamos que éramos o centro do Universo.
SOL: Na tua época, havia alguma ignorância e também arrogância! Na verdade, a Terra
é minha filha, Francisco. Sou um dos elementos necessários para que haja vida. A Terra
é um planeta pequeno que gira em torno de mim, do mesmo modo que os outros mais
pequenos Vénus, Mercúrio, Marte, e grandes: Júpiter, Saturno...
FRANCISCO Então, irmão Sol, és o centro do Universo?
SOL: Não, Francisco. Sou cem vezes maior do que a Terra, mas no Universo não passo
de um pequeníssimo ponto luminoso. E há muitíssimas estrelas maiores do que eu.
FRANCISCO: «Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra de
suas mãos» (Salmo 8)!
SOL: Os céus proclamam-no, sim, mas os teus irmãos humanos esquecem-se disso com
demasiada frequência!
FRANCISCO: Porque te irritaste, irmão Sol?
SOL: Porque vocês não me aproveitam!... As plantas fazem-no. Elas descobriram o meu
poder há milhares de milhões de anos.
JOÃO: Eram algas pequeníssimas, que flutuavam nos mares, e que aprenderam a nutrir-
se da luz. Os raios do Sol, ao entrar naquelas plantinhas primitivas, eram capturados por
uma substância verde chamada clorofila. Por meio dela, as algas fabricavam o seu
alimento. Ainda hoje vivem graças a essa invenção genial da Natureza. Desde as ervas
do campo até às altivas sequoias, todas as plantas se alimentam de luz. Depois, os animais
comem as plantas. E assim, todos os seres vivos da Terra se alimentam da energia do Sol.
FRANCISCO: E foram as plantas que descobriram essa maravilha?
MARIA: As plantas foram e continuam a ser mais inteligentes do que nós humanos.
Precisam de energia para viver e consomem energia limpa que é a do Sol. Nós, que
também precisamos de energia para viver, o que fazemos? De onde a tiramos? Vamos
buscá-la aos alimentos, mas aprendemos a cozinhá-los. E, para isso, de onde temos
retirado a energia? Da queima de combustíveis fósseis: madeira, carvão, petróleo, gás.
Depois, para economizar energia, inventámos máquinas e meios de transportes.
SOL: Vocês precisavam de muita energia para mover tudo o que inventam. Eu tenho
energia para mil planetas do tamanho da Terra. É energia limpa, que não polui.
JOÃO: Mas já inventámos painéis solares, para dotar de conforto as habitações, e baterias
que armazenam a tua energia para fazer locomover os meios de transporte. Tenham
esperança, irmão Francisco e irmão Sol, as coisas estão a mudar.

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