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Kronstadt e a terceira Revolução

Russa
HISTÓRIA GERAL
Considerada o “orgulho e glória da revolução”, a fortaleza de
Kronstadt viu uma revolta contra o poder bolchevique, em
1921, ser esmagada pelo exército Vermelho.


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Um dos fatos que geraram grande divergência sobre os


caminhos tomados pela Revolução Russa foi o
esmagamento da comuna de Kronstadt, em 1921.
Apontado por seus defensores como a terceira
Revolução Russa, e por seus detratores como a última
revolta comandada pelo Exército Branco, o certo foi que
o fim da revolta marcou também o início da dominação
completa pelo Partido Bolchevique da sociedade
soviética.

A fortaleza de Kronstadt em gravura do século XIX. Segundo Trotsky, o local era o “orgulho e glória da

revolução”
Kronstadt era uma fortaleza naval localizada em uma
ilha no golfo da Finlândia, próxima à cidade de São
Petersburgo. Tradicional base de apoio às frotas da
marinha Russa no mar Báltico e principal proteção da
cidade de São Petersburgo, a fortaleza de Kronstadt e
os marinheiros que nela trabalhavam eram
considerados o “orgulho e glória da revolução”.
Esta fama foi conquistada pelas ações pioneiras nas
revoluções de 1905 e 1917. A participação dos
marinheiros de Kronstadt na revolução de 1905 ficou
imortalizada no célebre filme de Sergei Eisenstein, o
Encouraçado Potenkim. E mesmo em fevereiro de 1917,
foram os marinheiros deKronstadt os primeiros a
declararem a criação de um soviete, responsável pela
organização dos trabalhadores e órgão de oposição ao
Estado capitalista que estava se constituindo com os
governos provisórios.
Durante a Guerra Civil de 1918-1920, a fortaleza naval
se destacou pelo papel desempenhado na defesa da
revolução contra as forças do exército Branco, um dos
motivos pelos quais Trotsky, líder do Exército Vermelho
à época, proferiu a frase indicada acima, o “orgulho e
glória da revolução”. Por conta das ironias da história,
foi também Trotsky quem chefiou as tropas do exército
Vermelho que massacraram os revoltosos de Kronstadt,
em março de 1921.

Os defensores apontam a revolta de Kronstadt como a


terceira Revolução Russa, argumentando que ela
reavivava os princípios da democracia operária
inaugurados após fevereiro de 1917 e perdidos durante
o comunismo de guerra. Após o apoio à greve dos
trabalhadores de São Petersburgo, realizada após o final
da Guerra Civil contra a precária situação de vida, os
marinheiros dos navios Sevastopol e Petropavlovsk se
solidarizaram com os grevistas e aprovaram um
manifesto de 15 pontos que pediam, dentre outras
coisas, eleições livres para os sovietes, liberdade de
imprensa e organização para os operários. Pretendiam,
assim, conter a dominação bolchevique construída
durante a Guerra Civil, já que o poder da ameaça do
exército branco havia sido quase exterminado.
Mas esta não era a forma de ver os fatos dos dirigentes
do partido Bolchevique. Para eles, a revolta era uma
reação do que havia sobrado das forças do exército
Branco, sendo a revolta liderada por um antigo general
czarista. Além disso, argumentavam os bolcheviques
que os participantes eram membros dos partidos que
estavam fora da representação dos sovietes, como os
socialistas revolucionários e os mencheviques. Outra
razão para derrotar os revoltosos era o fato de eles
defenderem posições pequeno-burguesas, de
camponeses e artesãos, que pesavam contra as
conquistas da revolução proletária de outubro de 1917.

Com essa divergência sobre os rumos a serem dados à


revolução, os revoltosos de Kronstadt e o exército
Vermelho lutaram durante 10 dias, entre 7 e 17 de
março de 1921, sobre as águas congeladas em torno da
fortaleza. Estimativas apontam que milhares de
combatentes morreram até a conquista da fortaleza
pelo exército Vermelho em 17 de março. Interessante é
notar que entre os dias 8 e 16 de março de 1921 estava
sendo realizado o X Congresso do Partido Bolchevique,
em Moscou, onde também foram derrotadas as
tendências políticas de oposição à direção do partido,
representada nas figuras de Lênin, Trotsky e Stálin,
principalmente.
As tendências foram derrotadas por defenderem a volta
de sovietes e sindicatos livres, além de liberdades de
imprensa, já que a guerra civil havia terminado. Pontos
muito semelhantes aos dos revoltosos da fortaleza
naval. Derrotados internamente, muitos oposicionistas
partiram para auxiliar a repressão à Kronstadt,
evidenciando uma das várias contradições da
Revolução Russa.

Por Tales PInto


Graduado em História
Gostaria de fazer a referência deste texto em um
trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

PINTO, Tales dos Santos. "Kronstadt e a terceira


Revolução Russa"; Brasil Escola. Disponível em
<http://brasilescola.uol.com.br/historiag/kronstadt-
terceira-revolucao-russa.htm>. Acesso em 07 de janeiro
de 2018.

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