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CoqueBR
Versão 2.1
Análise de Fadiga em Unidades de Coqueamento
Submetidas a Ciclos Térmicos
Claudio Ruggieri
Sebastian Cravero
Depto. de Engenharia Naval e Oceânica, Escola Politécnica
Universidade de São Paulo
PETROBRÁS
Petróleo Brasileiro S. A.
Abril de 2006
Índice
Secção No. Página
1. Introdução ........................................................... 1
4. Modelos de Carregamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
4.1 Análise Elástica de Tensões Térmicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
4.1.1 Tensões Térmicas Axiais em Cascas Cilíndricas . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
4.1.2 Tensões Térmicas em Tambores de Coqueamento . . . . . . . . . . . . . . . . 19
4.1.3 Determinação da Vida à Fadiga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
4.2 Análise Estatística do Histograma de Deformações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
4.3 Análise Numérica de Tensões e Deformações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
ii
6.3.1 Metal Base @ T=400°C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
6.3.2 Metal Base @ T=500°C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
6.4 Aço 1.0 Cr - 0.5 Mo (Japan Steel Works - JWS) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
6.4.1 Metal Base @ T=454°C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
6.4.2 Metal de Solda @ T=454°C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
6.5 Aço 1.0 Cr - 0.5 Mo (National Research Institute for Metals - NRIM) . . . . . . 30
6.5.1 Metal Base @ T=300°C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
6.5.2 Metal de Solda @ T=300°C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
6.5.3 Metal Base @ T=400°C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
6.5.4 Metal de Solda @ T=400°C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
iii
7.11 Parâmetros de Análise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
7.11.1 Procedimento de Contagem de Ciclos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
7.11.2 Critério de Carregamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
7.11.3 Sistema de Unidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
8. Exemplos de Aplicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
8.1 Análise de Fadiga Utilizando Modelo Elástico de Tensões Térmicas . . . . . . 60
8.2 Análise de Fadiga Utilizando Histograma de Deformações . . . . . . . . . . . . . . 70
8.3 Análise de Fadiga Utilizando Carregamento por Estágios . . . . . . . . . . . . . . . 78
9. Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
iv
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
1. Introdução
Este documento descreve os aspectos teóricos e comandos necessários para a utilização do pro-
grama CoqueBR, um código computacional escrito em FORTRAN F77 e F90 para análise de
fadiga de unidades de coqueamento (reatores e tambores) baseado em mecanismos de iniciação
e propagação de defeitos (trincas). CoqueBR implementa o modelo de Coffin-Manson para des-
crever o estágio de iniciação de trincas sob regime de fadiga de baixo ciclo e o modelo elástico
linear de Paris para descrever o estágio de propagação de trinca sob mecanismo de fadiga até
a falha final do componente estrutural.
Devido à natureza do processo de produção de coque de petróleo, as unidades de coquea-
mento retardado (denominadas comumente como tambores ou reatores de coqueamento) estão
submetidas a severas condições térmicas cíclicas de operação as quais degradam o material e
comprometem a sua integridade estrutural. Ciclos de aquecimento, pressurização e rápido res-
friamento forçado provocam tensões e distorções térmicas elevadas no costado (chapeamento)
e elementos estruturais (bocais, saias e outras descontinuidades) dos tambores, particular-
mente nas regiões de soldas circunferenciais. A formação de trincas e defeitos induzida por tais
distorções térmicas é associada a mecanismos de fadiga de baixo ciclo. A subseqüente propa-
gação destes defeitos, também associada a mecanismos de fadiga, até que eles atinjam um ta-
manho crítico representa um dos principais modos de falha estrutural dos reatores de coquea-
mento.
O desenvolvimento do programa CoqueBR utiliza uma filosofia estruturada objetivando
implementar todas as variáveis e efeitos apresentados esquematicamente na Fig. 1. A presente
versão (V 2.0) incorpora os módulos de propriedades do material, modelo de fadiga (iniciação)
utilizando estratégia de contagem de ciclos (método Rain Flow) e regra de acúmulo linear de
dano (regra de Miner) além de um módulo para definição de carregamento. O módulo para tra-
tamento do estágio de propagação de trincas sob mecanismo de fadiga até a falha final do com-
ponente estrutural utiliza o modelo elástico linear de Paris. A versão corrente de CoqueBR uti-
liza um procedimento simplificado para tratamento do efeito de distorções térmicas (bulging)
sobre a vida à fadiga dos reatores. Procedimentos similares de análise de fadiga [22] justificam
tal abordagem simplificada uma vez que a formação e crescimento de trincas ocorre principal-
mente nas juntas soldadas circunferenciais onde há ocorrência de elevadas tensões e defor-
mações decorrentes do efeito de distorções térmicas. Algumas características específicas do
programa CoqueBR incluem uma linguagem conveniente de comandos em formato livre e uma
base de dados abrangendo propriedades de fadiga (iniciação e propagação) para aços tipica-
mente empregados em reatores de coqueamento.
Este manual é composto da seguinte forma. A Seção 2 sumariza os fundamentos teóricos
da metodologia de análise de fadiga implementada no programa CoqueBR. A Seção 3 apresen-
ta os conceitos essenciais associados ao crescimento de trincas por fadiga. A Seção 4 descreve
os modelos de carregamento utilizados em CoqueBR para determinação dos esforços (ciclícos)
agentes sobre a unidade de coqueamento. A Seção 5 apresenta as propriedade de fadiga para
aços estruturais tipicamente empregados em vasos de pressão e reatores de coqueamento. A
Seção 6 apresenta um procedimento simplificado para incorporação do efeito de distorções tér-
micas (bulging) sobre a vida à fadiga dos reatores. A Seção 7 descreve os comandos e as infor-
mações necessárias para a execução do programa CoqueBR. A Seção 8 apresenta alguns exem-
plos ilustrativo para determinação da vida à fadiga (iniciação e propagação) de um reator de
coqueamento fabricado em aço 1.25 Cr - 0.5 Mo.
1
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
CRITÉRIOS DE FADIGA
E FALHA
OUTROS
CoqueBR
EFEITOS
EFEITOS DE HISTÓRICO DE
DISTORÇÕES (BULGING) DEFORMAÇÕES
2
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
Á a = C 1(N f ) −β + C 2 (1)
onde Á a é a amplitude de deformação (total), N f é a vida à fadiga (número de ciclos) e C 1 , C 2
e β são coeficientes do modelo. A transformação de curvas Á a× N f em curvas S a × N f equiva-
lentes é feita simplesmente pela transformação da amplitude de deformação em amplitude de
tensão através da relação S a =E×Á a, onde E é o módulo de elasticidade longitudinal. Desta
forma, S a representa uma amplitude de tensões efetivas ou pseudoelásticas sempre que Á a ex-
ceder o regime elástico do material.
A forma final das curvas de fadiga ASME (Á a× N F ) especificadas nas Seções III e VIII é
obtida por meio da aplicação de fatores de redução adequados sobre a amplitude de tensões S a
e sobre o número de ciclos, N f , como mostrado esquematicamente na Fig. 2 [10][. Seguindo as
recomendações estabelecidas na Seção III do Código ASME [4], deve ser aplicado um fator divi-
sor igual a 20 sobre o número de ciclos medido experimentalmente, N f , e um fator divisor igual
a 2 sobre a amplitude de tensões, S a , correspondentes à curva média (ajustada) experimental
(ver Fig. 2). Os fatores 20 e 2, embora algo arbitrários, consideram a dispersão estatística dos
resultados experimentais Á a× N f , diferenças em acabamento superficial entre os espécimes
testados e o componente estrutural e também diferenças entre as dimensões dos corpos-de-pro-
va ensaiados e o (provável) componente em serviço. Desta forma, estes fatores não devem ser
interpretados somente como margens de segurança mas, principalmente, como fatores de
ajuste para correlacionar os resultados experimentais medidos em laboratório (utilizando, por-
3
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
N F ∕20
Sa S a = f(N f )
Curva Média Experimental
× (Ajustada)
×
× × Região de Valores Experimentais
× ×
× ×
× ×
×
× S a ∕2
×
S a = f(N F )
Curva de Fadiga ASME
Número de Ciclos N
O procedimento de análise de fadiga especificado pelo Código ASME [4] utiliza o critério de
máximas diferenças de deformação, denotado max(Á 12 , Á 23 , Á 31 ), onde Á ij representa a diferença
de deformações (totais) principais i.e., Á 12=Á 1−Á 2, Á 23=Á 2−Á 3, Á 31=Á 3−Á 1. Tal critério im-
plicitamente considera o critério de Tresca associado à máxima tensão (deformação) de cisalha-
mento. A Seção 2.4 a seguir apresenta uma breve discussão sobre critérios de fadiga sob carre-
gamento multiaxial, incluindo os critérios implementados em CoqueBR.
4
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
S
Sa
×
×
×
×
××
× ××
S
×
× × ×
Se ×
Limite de Fadiga
Número de Ciclos Nf
b
S a = σ f′ 2 N f (2)
5
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
b
S a = σ′ f 2 N * (3)
onde
1∕b
σ
N* = Nf 1− m (4)
σ f′
e σ m é a tensão média aplicada. A correção do número de ciclos à falha devido ao efeito da tensão
média expressa pela Eq. (4) acima foi proposta por Morrow [1]. Quando σ m =0, a Eq. (3) reduz-
se ao modelo convencional de Basquin.
A apresentação detalhada da metodologia S× N excede o escopo sucinto deste manual; de-
talhes adicionais podem ser obtidos nas referências [1-3]. Além disto, como discutido na seção
precedente, a análise de fadiga em vasos de pressão e, particularmente, em reatores de coquea-
mento é fundamentada sobre a consideração de deformações plásticas cíclicas e a utilização de
curvas Á a× N f . Entretanto, a simplicidade e relativa eficácia da metodologia S× N a torna um
procedimento conveniente e, ao mesmo conservador, para os casos onde a determinação direta
de deformações cíclicas, particularmente em regime elasto-plástico, é complexa.
6
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
log Á a
σ f′
Á f′ Áa = (2N f ) b + Á f′(2N f ) c
× E
× × (Modelo Ajustado)
×
×
σ f′∕E × × Valores Experimentais
×
× ×
× ×
c × ×
b
Plástico Elástico
σ f′
Áa = (2N * ) b + Á f′(2N * ) c (6)
E
onde
1∕b
σ
*
N = Nf 1− m (7)
σ f′
e σ m é a tensão média aplicada. Quando σ m =0, a Eq. (6) reduz-se ao modelo convencional de
Coffin-Manson (notar que a correção do número de ciclos à falha devido ao efeito da tensão mé-
dia expressa pela Eq. (7) acima é análoga à Eq. (4) anterior). Estudos paramétricos recentes
conduzidos pelo The Materials Properties Council (MPC) [23,24] mostram que a hipótese de de-
formações completamente reversas (i.e., com razão de deformação R=−1) descreve adequada-
mente o carregamento térmico que ocorre durante o ciclo operacional dos reatores de coquea-
mento
7
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
onde N k∕N f k é a fração da vida utilizada durante o número de ciclos N k para a amplitude de
deformações Á a k . O critério de dano acumulado linear expresso pela Eq. (8) é conhecido como
critério de Palmgren-Miner (ou simplesmente regra de Miner) e assume que a falha (definida
neste contexto como a iniciação da microtrinca ou defeito) ocorre quando a soma linear das
frações de dano N k∕N f k para cada nível de carga (deformação) atinge um valor unitário (i.e.,
100% da vida total).
Freqüentemente, também ocorre a repetição do padrão de carregamento variável durante
um certo número de vêzes caracterizando a realização de blocos repetidos de carregamento va-
riavel. Para este caso, o critério de acúmulo linear de dano resulta
Bf m
NNk
k=1 fk
=1 (9)
1 Bloco
8
r
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
Á N1 N2 N3
Á a3
Á a1
Á a2
(a)
Áa
Á a3
Á a1
Á a2
N f3 N f1 N f2
Número de Ciclos Nf
(b)
9
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
Á
I
A K
G
C
E
H t
L
J
B F
D
(a)
Á
ΔÁ ZY < ΔÁ XY ΔÁ ZY ≥ ΔÁ XY
Z
Não Há Ciclo Ciclo = XY
X X
Y Y
(b)
10
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
Adicionalmente, a norma ASTM [5] recomenda algumas estratégias diferentes para a con-
tagem de ciclos baseadas no método rainflow: 1) padrão (standard) e 2) simplificado. O procedi-
mento rainflow padrão (standard) determina os ciclos completos e também os meio-ciclos en-
quanto o procedimento simplificado computa somente os ciclos inteiros. Entretanto, o uso de
ambos os métodos (padrão e simplificado) para o cálculo da vida de iniciação em reatores de
coqueamento produz resultados bastante similares (a diferença é usualmente menor do que
5% uma vez que os ciclos térmicos operacionais associados não apresentam grandes irregulari-
dades como, por exemplo, apresentado no Exemplo 8.3).
ΔÁ eq = 1
2 1 + ν
ΔÁ 1
2 2
− ΔÁ 2 + ΔÁ 2 − ΔÁ 3 + ΔÁ 1 − ΔÁ 3
2
(10)
onde o coeficiente de Poisson, ν, é assumido igual a 0.3 para regimes elásticos e 0.5 para regi-
mes plásticos. Ainda na expressão anterior, (Á 1 , Á 2 , Á 3 ) são as deformações principais.
11
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
ΔK = ΥΔS π a (12)
onde Υ é um fator geométrico (associado à configuração e geometria do componente estrutural)
e a faixa de variação de tensões remotas, ΔS , é expressa por
da m
= C ΔK (16)
dN
onde C e m são constantes do material. A Eq. (16) acima é conhecida como modelo de Paris
[1,2,17].
Quando a amplitude do carregamento é variável, o modelo de Paris acima continua
aplicável mas torna-se necessário incorporar o efeito da variação do histórico de carregamento.
Assumindo que o crescimento de trinca para um dado ciclo não é afetado pela história anterior
de carregamento, é possível determinar o comprimento incremental da trinca correspondente
a um ciclo unitário (ΔN = 1) por meio do modelo de Paris, Eq. (16), na forma
12
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
log da I II III
dN
da m
= C ΔK
dN
ΔK th
log ΔK
Figura 7 Variação da taxa de crescimento da trinca com o número de ciclos, da?dN em função
da intensidade de tensões, ΔK.
m
Δa j = C ΔK j (17)
onde a identificação e contagem de ciclos são realizadas por meio do método Rain Flow [1] des-
crito anteriormente.
As expressões acima relacionam o crescimento de uma trinca em função da variação cíclica
do campo de tensões. Entretanto, como introduzido anteriormente, as deformações térmicas
cíclicas que ocorrem em unidades de coqueamento são de natureza plástica (acima das defor-
mações de escoamento). Desta forma, a aplicação do modelo de Paris, Eq. (16), requer a deter-
minação de tensões efetivas ou pseudoelásticas expressas na forma
ΔS ef = ΔÁE (19)
13
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
y σ y = σ(x∕t)
x
t
Figura 8 Distribuição polinomial de tensões ao longo das faces de uma trinca de comprimento a.
πa
2 3 4
t
KI = σ0 G0 + σ1 G1 a + σ2 G 2 a
t
+ σ3 G3 a
t
+ σ4 G4 a
t Q
(21)
14
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
1.65
Q = 1 + 1.464 a
c (22)
Para o caso de carregamento uniforme (tensões de membrana), σ y=σ 0 e o fator de intensidade
de tensões resulta K I=σ 0 G 0 .
Para um cilindro fechado (end capped) contendo uma trinca circunferencial superficial e
submetido a tensões de origem térmica combinadas a pressão interna e carga axial, tal como
tipicamente ocorre em uma unidade de coqueamento, o fator de intensidade de tensões por
meio da Eq. (21) é convenientemente determinado utilizando-se os coeficiente de influência G j
fornecidos pelo procedimento API 579 [25]. Em particular, os coeficientes G n , n=0,1 são obti-
dos por uma função polinominal de grau 6 expressa por
2 3 4 5 6
Gn = A n0 + A n1
2θ n 2θ
π + A2 π + A n3
2θ
π + A n4
2θ
π + A n5
2θ
π + A n6
2θ
π (23)
onde A nk , k=0,1,…,6 são os coeficientes do polinômio. No ponto mais profundo de uma trinca
superficial semielíptica (ver Fig. 9), o fator de intensidade de tensões é máximo e os coeficientes
de influência G n , n=0,1 resultam
G n θ = π = A0 + A1 + A2 + A3 + A4 + A5 + A6
2
(24)
Quando a distribuição de tensões for descrita pela forma polinomial dada pela Eq. (20), os coefi-
cientes de influência G 2 , G 3 e G 4 podem ser obtidos por expressões analíticas em função dos
coeficientes G 0 e G 1 fornecidas pela API 579 [25].
Os coeficientes polinomiais A nk são tabelados pela API 579 para diversos parâmetros adi-
mensionais R∕t, c∕a e a∕t, onde R é o raio interno do cilindro (vaso), t é a espessura da parede,
a é a profundidade da trinca e c é o meio comprimento da trinca (ver Fig. 9). Valores interme-
diários aos valores tabulados pela API 579 [25] são obtidos através de interpolação múltipla
para aqueles parâmetros adimensionais.
15
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
P P
p
(a)
2c
a θ x
y
(b)
16
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
4. Modelos de Carregamento
A análise de fadiga em componentes submetidos a carregamentos térmicos de natureza relati-
vamente complexa apresentada na seção anterior requer a determinação das tensões e defor-
mações de natureza cíclica agentes sobre a estrutura. O procedimento CoqueBR utiliza essen-
cialmente três modelos de carregamento: i) análise térmica incorporando um modelo elástico
de tensões térmicas para cilindros submetidos a gradientes axiais e circunderenciais; ii) modelo
analítico∕experimental incorporando o histograma de deformações obtido por meio de me-
dições in situ em tambores de coqueamento e iii) modelo numérico incorporando uma análise
elastoplástica e térmica de tensões e deformações do tambor de coqueamento (e seus compo-
nentes tais como a junção saia∕vaso) obtida por meio do método de elementos finitos. Este mo-
delos e suas formulações associadas implementadas em CoqueBR (quando aplicáveis) serão
sucintamente descritos a seguir.
Á t = αΔT (25)
onde α é o coeficiente de expansão térmica. Conseqüentemente, as relações tensão vs. defor-
mação elásticas generalizadas para o caso 3D e incluindo o efeito de deformações térmicas re-
sultam
γ yz = τ yz∕G (30)
γ xz = τ xz∕G (31)
onde G é o módulo de cisalhamento definido por G = E∕(2 + 2 ν). Observa-se nas expressões
acima que a dilatação térmica livre não produz nenhuma distorção angular em um sólido de
material isotrópico e, portanto, não altera as relações entre as tensões de cisalhamento e defor-
mações angulares.
Um caso simples a ser considerado dentro do contexto do procedimento CoqueBR é a distri-
buição de tensões térmicas em cilindros longos submetidos a gradientes de temperatura axial
como ilustrado esquematicamente na Fig. 10. O equilíbrio dos esforços agentes sobre a seção
AB fornece o momento M b expresso por [26]
M b = − β D αR T 0 − T 1 (32)
2L
17
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
L
t
z A
R
T1 T0
B
T0 > T1
(a)
αR
T 0 − T 1 Mb Mb
L
(b)
Figura 10 (a) Cilindro longo submetido a gradiente de temperatura axial; (b) Momento resul-
tante da diferença de temperatura à esquerda e à direita da seção AB.
1∕4
β=
3(1 − ν 2)
R 2t 2
(33)
18
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
Et 3
D= (34)
12(1 − ν 2)
Para ν=0.3, as tensões térmicas máximas axiais resultam
6 Mb Eα
σz = = 0.353 Rt T 0 − T 1 (35)
t2 L
Quando o comprimento do gradiente de temperatura, L, é pequeno comparado ao compri-
mento do cilindro é necessário adicionar uma correção ao momento M b expressa por [26]
2 2
ΔM = − M b Ä(βL) − 2M b ζ(βL) (36)
onde
EαΔT(1 − ν 2)
σ zb = 1 − e−βL sin βL + cos βL (39)
2βL
e
EαΔT
σ ym = 1 + e−βL sin βL − cos βL (40)
4βL
onde σ zb é a tensão de flexão axial, σ ym é a tensão de membrana circunferencial, ΔT é a difer-
ença de temperatura definida sobre o comprimento L e α é o coeficiente de expansão térmica.
19
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
Ainda nas expressões anteriores, o parâmetro β é definido pela Eq. (33) previamente apresen-
tada.
ΔT
y
R
σ zb = EαΔT 0.0473 − 0.00291 L
Rt
(41)
σ zm = EαΔT 0.455 − 0.0468 L
Rt
(42)
20
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
σ yb = EαΔT 0.1207 − 0.00793 L
Rt
(43)
⎡
⎤⎪
2
ΔT
z
y
R
21
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
22
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
tria) e o tratamento estatístico dos valores experimentais de deformação. Com efeito, como será
ilustrado no exemplo B da Seção 8.2 referente às medições experimentais de um reator de co-
queamento da REGAP [33], há uma grande variação nos níveis de deformação ao longo de um
ciclo e, ao mesmo tempo, uma dispersão estatística significativa deste valores para diversos
ciclos e diferentes pontos de extensometria.
O passo inicial é determinar a faixa de deformações ciclícas, ΔÁ =Á max−Á min , representati-
va do carregamento de cada ciclo operacional. Embora seja possível (e também complexo) con-
duzir uma análise rainflow para contagem de número de ciclos e reversos de deformação para
cada ciclo operacional do reator (ver Seção 2.4 deste manual), estudos anteriores realizados
pelo DNV [30] recomendam um procedimento simples consistindo na determinação do ponto
máximo e mínimo dentro de um ciclo operacional completo para obtenção da deformação ΔÁ .
A Fig. 13 a seguir apresenta a ilustração esquemática do procedimento adotado pelo DNV [30].
ΔÁ
Ciclo Operacional
t
Figura 13 Determinação da deformação cíclica Δε para um ciclo operacional da
unidade de coqueamento [30]
A repetição do procedimento anterior para cada ciclo monitorado e para cada extensômetro
(axial ou circunferencial) fornece um histograma de deformações, ΔÁ , ao longo do tempo total
de monitoração das unidades de coqueamento. Conseqüentemente, a determinação do número
de ciclos (iniciação e propagação) deve utilizar o valor médio de ΔÁ , denotado como ΔÁ , obtido
a partir de uma análise estatística adequada sobre o conjunto de valores medidos. Utilizando
uma distribuição lognormal [31, 32] para descrever a distribuição estatística dos valores exper-
imentais ΔÁ , o valor médio da deformação cíclica, ΔÁ , resulta
23
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
1
ΔÁ = exp n n
ln ΔÁk
k=1
(45)
24
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
3 4 5
2 6
1 7
t
(a)
1 2 3 4 5 6 7
Estágio
(b)
25
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
Crista
Cauda
Hb
rb
Lb
A formação de distorções térmicas na forma de bulges pode afetar severamente a vida a fa-
diga do tambor devido ao seu potencial efeito de concentração de tensões na região da junta
soldada. Conseqüentemente, as tensões ciclícas são amplificadas o que provoca uma significa-
tiva redução do número de ciclos necessários à iniciação de uma trinca ou defeito na região sob
análise. O tratamento do efeito de bulges sobre a vida a fadiga de tambores de coqueamento
implementado em CoqueBR é baseado sobre o conceito de fatores de concentração de tensões
(SCFs) os quais são fatores multiplicadores das tensões cíclicas calculadas para tambores de
26
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
coqueamento sem nenhuma distorção térmica. Como será apresentado a seguir, a determi-
nação dos SCFs depende da geometria do bulge e é obtida a partir de análises paramétricas
conduzidas pelo MPC [23,24].
Os fatores de concentração de tensão (SCFs) fornecidos pelo MPC [23,24] aplicam-se a bulges
circunferenciais/axissimétrico (360°) com extensão L b=610 mm (24 polegadas) e raio r b=152
mm (6 polegadas). As expressões para os SCFs nas direções circunferenciais (y) e axiais (z) cor-
respondentes à crista e cauda (ver Fig. 15 e também Figs. 11 e 12) são apresentadas a seguir:
S Crista
−1
SCF pzm = 1 − 0.0528 H b + 0.418 H 1.5
b
(46)
SCF p =
yb
1 + 6.185 H b
1 − 0.555 H b + 0.528 H 2b
(49)
S Cauda
k L = 1 + c 1 ln
Lb
L b,0
L c2 Hc3
b b
(54)
e o fator de ajuste para bulges com raio diferente de 152 mm, k r , é obtido por
r
k r = 1 + d 1 ln r b r d2 H d3
b,0 b b
(55)
27
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
28
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
29
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
6.3 Aço 1.25 Cr - 0.5 Mo (National Research Institute for Metals - NRIM)
6.5 Aço 1.0 Cr - 0.5 Mo (National Research Institute for Metals - NRIM)
30
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
A Figs. 31 apresenta os valores experimentais Á a× N f obtidos pelo NRIM [28] para o metal base
do aço 1.0 Cr - 0.50 Mo testado a T=400°C. As propriedades mecânicas para este material são
tensão de escoamento σ ys=216 MPa, E=181.6 GPa.
A Figs. 32 apresenta os valores experimentais Á a× N f obtidos pelo NRIM [28] para o metal de
solda do aço 1.0 Cr - 0.50 Mo testado a T=400°C. As propriedades mecânicas para este materi-
al são tensão de escoamento σ ys=373 MPa, E=177.2 GPa.
31
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
Áa
10 1
Aço 1.25 Cr - 0.50 Mo [34] σ f′ = 339
Metal Base @ T=500°C Á f′ = 0.0999
b = −0.04607
c = −0.4692
10 0
10 −1
10 2 10 3 10 4 10 5
Nf
Figura 16 Amplitude de deformação, εa , versus número de ciclos, Nf , para o metal base do
aço 1.25 Cr - 0.5 Mo utilizado nos reatores de coque Petrobrás [34].
Áa
10 1
Aço 1.25 Cr - 0.50 Mo [34]
σ f′ = 337.5
Metal de Solda @ T=500°C Á f′ = 1.7570
b = 0.02215
c = −0.92447
10 0
10 −1
10 2 10 3 10 4 10 5
Nf
32
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
da∕dN (mm∕ciclo)
10 −2
10 −3
10 −4 C = 1.313 × 10 −7
m = 2.374
10 −5
10 1 10 2 10 3
ΔK (MPa m )
Figura 18 Taxa de crescimento da trinca, da⁄dN, versus variação do fator de intensidade de tensões,
ΔK, para o metal base do aço 1.25 Cr - 0.5 Mo utilizado nos reatores de coque Petrobrás [35].
33
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
da∕dN (mm∕ciclo)
10 −2
10 −3
10 −4 C = 6.399 × 10 −8
m = 2.541
10 −5
10 1 10 2 10 3
ΔK (MPa m )
Figura 19 Taxa de crescimento da trinca, da⁄dN, versus variação do fator de intensidade de tensões,
ΔK, para a ZTA do aço 1.25 Cr - 0.5 Mo utilizado nos reatores de coque Petrobrás [35].
34
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
da∕dN (mm∕ciclo)
10 −2
10 −3
10 −4 C = 2.247 × 10 −8
m = 2.822
10 −5
10 1 10 2 10 3
ΔK (MPa m )
Figura 20 Taxa de crescimento da trinca, da⁄dN, versus variação do fator de intensidade de tensões,
ΔK, para o metal base do aço 1.25 Cr - 0.5 Mo utilizado nos reatores de coque Petrobrás [35].
35
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
Áa
10 1
Aço 1.25 Cr - 0.50 Mo [18,19] σ f′ = 656.02
Metal Base @ T=454°C Á f′ = 1.7350
b = −0.0787
c = −0.7375
0
10
10 −1
10 2 10 3 10 4 10 5
Nf
Figura 21 Amplitude de deformação, εa , versus número de ciclos, Nf , para o metal base do
aço 1.25 Cr - 0.5 Mo [18,19].
Áa
10 1
Aço 1.25 Cr - 0.50 Mo [18,19]
σ f′ = 654.60
Metal de Solda @ T=454°C Á f′ = 0.1783
b = −0.0746
c = −0.5007
0
10
10 −1
10 2 10 3 10 4 10 5
Nf
36
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
Áa
10 1
Aço 1.25 Cr - 0.50 Mo [27] σ f′ = 689.26
Metal Base @ T=400°C Á f′ = 0.4866
b = −0.0577
c = −0.6357
0
10
10 −1
10 2 10 3 10 4 10 5
Nf
Áa
10 1
Aço 1.25 Cr - 0.50 Mo [27] σ f′ = 652.70
Metal Base @ T=500°C Á f′ = 0.6616
b = −0.0881
c = −0.6924
0
10
10 −1
10 2 10 3 10 4 10 5
Nf
37
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
Áa
10 1
Aço 1.0 Cr - 0.50 Mo [18,19] σ f′ = 574.23
Metal Base @ T=454°C Á f′ = 0.5951
b = −0.0732
c = −0.5969
0
10
10 −1
10 2 10 3 10 4 10 5
Nf
Áa
10 1
Aço 1.0 Cr - 0.50 Mo [18,19] σ f′ = 618.08
Metal de Solda @ T=454°C Á f′ = 0.6324
b = −0.0715
c = −0.6508
0
10
10 −1
10 2 10 3 10 4 10 5
Nf
38
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
Áa
10 1
Aço 1.0 Cr - 0.50 Mo [28] σ f′ = 806.21
Metal Base @ T=300°C Á f′ = 0.5069
b = −0.0883
c = −0.5472
0
10
10 −1
10 2 10 3 10 4 10 5
Nf
Áa
10 1
Aço 1.0 Cr - 0.50 Mo [28] σ f′ = 791.97
Metal de Solda @ T=300°C Á f′ = 0.7637
b = −0.0795
c = −0.6627
0
10
10 −1
10 2 10 3 10 4 10 5
Nf
39
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
da∕dN (mm∕ciclo)
10 −4
C = 1.156 × 10 −11
m = 5.0592
10 −5
10 −6
Figura 29 Taxa de crescimento da trinca, da⁄dN, versus variação do fator de intensidade de tensões,
ΔK, para o metal base do aço 1.0 Cr - 0.5 Mo [29]
40
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
da∕dN (mm∕ciclo)
10 −4
C = 2.034 × 10 −10
m = 4.1493
10 −5
10 −6
Figura 30 Taxa de crescimento da trinca, da⁄dN, versus variação do fator de intensidade de tensões,
ΔK, para o metal de solda do aço 1.0 Cr - 0.5 Mo [29]
41
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
Áa
10 1
Aço 1.0 Cr - 0.50 Mo [28] σ f′ = 660.96
Metal Base @ T=400°C Á f′ = 2.6320
b = −0.0635
c = −0.7927
0
10
10 −1
10 2 10 3 10 4 10 5
Nf
Figura 31 Amplitude de deformação, εa , versus número de ciclos, Nf , para o metal base do
aço 1.0 Cr - 0.5 Mo [28].
Áa
10 1
Aço 1.0 Cr - 0.50 Mo [28] σ f′ = 688.18
Metal de Solda @ T=400°C Á f′ = 0.8507
b = −0.0695
c = −0.6956
0
10
10 −1
10 2 10 3 10 4 10 5
Nf
Figura 32 Amplitude de deformação, εa , versus número de ciclos, Nf , para o metal de solda do
aço 1.0 Cr - 0.5 Mo [28].
42
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
CoqueBR utiliza comandos em formato livre fornecidos através de um arquivo para definir os
parâmetros de análise. O arquivo de comandos permite o amplo uso de comentários podendo,
portanto, prover a análise com documentação própria.
CoqueBR pode ser executado em estações de trabalho UNIX e sistemas operacionais LI-
NUX e DOS/Windows através do comando shell:
Em sistemas UNIX e LINUX, a execução do programa pode ser colocada em segundo plano
(background) utilizando-se o comando
implica que o usuário deve informar ou fornecer um dado naquela posição da linha de comando
na classe representada pelo descritor (um número real no exemplo acima). Portanto, a linha
de comando
implica que a palavra escoamento deve ser seguida por um número real, tal como 425.7 ou
412.0, resultando em um comando fornecido pelo usuário na forma
ou
43
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
< inteiro > é uma série de dígitos opcionalmente precedidos por um sinal positivo ou negati-
vo. Exemplos são 121, +300, −410.
< real > é uma série de dígitos com um ponto decimal incluído ou uma série de dígitos se-
guidos por um símbolo exponencial (‘‘e”) indicando uma potência de 10. Números
reais também podem ser opcionalmente precedidos por um sinal positivo ou ne-
gativo. Examplos são 1.0, −2.5, 4.3e−01.
< número > representa tanto um número < real > como um número < inteiro >. O interpreta-
dor de comandos implementado em CoqueBR executa a conversão necessária
para armazenamento interno.
< label > é uma série de letras e dígitos. A seqüência deve necessariamente iniciar com
uma letra. O interpretador de comandos também aceita o caractere ‘‘_” como
uma letra válida. Um label pode ter a forma vaso_de_pressao, por exemplo,
para possibilitar maior clareza e documentação à análise.
< lista > é a notação usada para indicar uma seqüência de valores inteiros positivos −
usualmente seqüência de valores experimentais ou valores de deformações.
Uma lista de números inteiros geralmente contém duas formas de dados que po-
dem ser utilizadas simultaneamente (dentro da mesma lista). A primeira forma
de dados é uma série de números inteiros opcionalmente separados por vírgula.
Um exemplo é a lista 1, 3, 6, 10, 12. A segunda forma comum de uma lista repres-
enta uma seqüência consecutiva de inteiros e consiste de dois números inteiros
separados por um hífen. Um exemplo é a representação 1−10, a qual implica to-
dos os números inteiros da seqüência 1 até 10. Uma extensão desta forma de lis-
ta implica um incremento constante como, por exemplo, 1−10 by 2, a qual repres-
enta a seqüência 1, 3, 5, 7, 9. Uma terceira forma é utilizar a palavra all (quando
permitida pelo comando) a qual implica que todos os números inteiros
(aplicáveis à lista) devem ser associados à lista. As formas de lista previamente
descritas podem ser combinadas em um mesmo comando como, por exemplo, ...
estagios 1−100 by 3, 200−300, 500−300 by −3.
Os comandos utilizados pelo programa CoqueBR são definidos em língua portuguesa adap-
tada, evidentemente, ao conjunto comum de caracteres ASCII e não incluem, portanto, acentos
e çedilhas. Para a definição adequada de cada comando, palavras (ou parte de palavras) sublin-
hadas são requeridas para a operação correta do interpretador de comandos. Os descritores,
tais como <inteiro>, não são sublinhados mas devem sempre ser substituídos pelo dado corres-
pondente à classe especificada pelo descritor. Por exemplo, a linha de comando definida por
44
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
ativada
verificacao de dados desativada
De forma a tornar a definição do comando mais descritiva, os dados indicados por <> podem
ser adicionalmente definidos pelo seu significado físico seguidos pelo tipo ou classe a que pre-
tencem. Por exemplo, o comando
implica que a informação que deve ser fornecida após a palavra equipamento é o nome ou iden-
tificação do equipamento a qual deve ser um descritor do tipo < label >. Exemplos de comandos
são
equipamento reator_coque_rpb_1
equipam ucoque_regap_1
enquanto o comando
equipamento 1a
não é aceitável uma vez que o nome da estrutura não é do tipo label (labels devem iniciar por
uma letra).
Continuação da Linha
Uma vírgula (,) colocada ao final de uma linha faz com que a linha subseqüente seja considera-
da uma continuação lógica da linha corrente. Não há limitações para o número de continuações
de linhas. A continuação, definida pela vírgula, pode ser posicionada em qualquer ponto dentro
de qualquer comando.
Comentários
Comentários podem ser inseridos no arquivo de comandos de maneira similar à linguagem For-
tran. A letra ‘c’ ou ‘C’ colocada na primeira coluna (física) da linha a torna uma linha de com-
entários. A linha é lida pelo interpretador de comandos e (possivelmente) repetida no terminal
ou arquivo de sáida. O seu conteúdo é ignorado pelo interpretador o qual avança para a leitura
da próxima linha.
Final de Linha
A indicação de final de linha é feita através de três formas. Na primeira forma, o interpretador
de comandos examina as colunas em cada linha somente até a coluna 72. Na segunda forma,
45
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
O arquivo de entrada é composto por 5 blocos de comandos (definicao do reator, material, fa-
diga baixo ciclo, crescimento de trinca por fadiga, modelo de carrega-
mento, bulging e parametros de analise) seguidos pela palavra chave end como mos-
trado no exemplo a seguir. Cada bloco de comandos define um bloco de subcomandos utilizados
para descrever os modelos e parâmetros de análise. A leitura de parâmetros e informações de
entrada cessa quando o comando fim é encontrado pelo interpretador de comandos. Cada
bloco de subcomandos é delimitado por chaves ‘‘{” e ‘‘}” como apresentado a seguir:
c
definicao do reator {
<lista de subcomandos> }
c
material {
<lista de subcomandos> }
c
fadiga de baixo ciclo {
<lista de subcomandos> }
c
crescimento de trinca por fadiga {
<lista de subcomandos> }
c
bulging {
<lista de subcomandos> }
c
modelo de carregamento {
<lista de subcomandos> }
c
46
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
parametros de analise {
<lista de subcomandos> }
c
fim
definicao do reator{
equipamento ucoque_rpb
ciclo operacional 24
temperatura de operacao 500
espessura da chapa 12.7
diametro do reator }
Os seguintes comandos também são aceitos pelo processador de comandos (input transla-
tor) implementado em CoqueBR para auxiliar a identificação do equipamento
47
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
7.6 Material
material {
identificacao aco_Cr_Mo
tensao de escoamento 280
modulo de elasticidade 198000 }
48
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
Quando o coeficiente de Poisson não for especificado, o programa assume o valor padrão ν=0.3
típico de aços estruturais. A especificação do limite de ruptura é necessária quando o modelo
de carregamento simplificado (ver Seção 3.1) for utilizado para cálculo das tensões térmicas e
vida à fadiga do reator. Neste caso, o procedimento CoqueBR adota uma formulação adequada
para determinação das propriedades elastoplásticas e coeficiente de encruamento do material
para subseqüente utilização de curvas S× N obtidas a partir de curvas Á× N experimentais
como descrito adiante.
Embora implícito dentro da metodologia apresentada anteriormente na Seção 2, é impor-
tante observar que estas propriedades mecânicas são os valores (experimentais ou nominais)
correspondentes à temperatura de análise ou operação do equipamento ou componente estru-
tural.
49
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
ou simplesmente
parametros sigmaf < número > epsilonf < número > b_coffin <
número > c_coffin < número >
Os parâmetros acima definem a forma funcional do modelo de fadiga expresso pela Eq. (5).
A forma tabular da curva Á a× N f do material (i.e., valores experimentais) é especificada
através do comando
onde o campo < lista > define os dados necessários para o ajuste dos valores experimentais
na forma da Eq. (5). CoqueBR ajusta a curva Á a× N f através de duas formas essencialmente
similares. Na primeira alternativa, o usuário deve explicitamente especificar a utilização do
módulo de elasticidade informado na seção material através do comando
Neste caso, o campo < lista > requer os valores (Á a , σ a , N f ), onde σ a é a amplitude de
tensão correspondente à deformação total Á a .
A segunda forma para especificar a curva Á a× N f não requer a utilização explícita do mode-
lo de elasticidade e o campo <lista de dados> requer os valores (Á a , Á pa , σ a , N f ), onde Á pa
é a amplitude da componente plástica de deformação. Neste caso, CoqueBR calcula a compo-
nente elástica da deformação, Á ea , simplesmente como a diferença Á a −Á pa .
50
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
Os exemplos a seguir ilustram a definição completa da curvas Á a× N f através das duas es-
pecificações alternativas descritas.
ativada
verificacao (de) dados
desativada
51
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
geometria do defeito a 5 2c 50 }
Este comando define o modelo de crescimento de trinca por fadiga o qual permite relacionar
a taxa de propagação em cada ciclo de carregamento com a variação do fator elástico de intensi-
dade de tensões. A versão corrente de CoqueBR implementa o conhecido e largamente utilizado
Modelo de Paris (expresso pela Eq. (16) anterior). A sintaxe do comando é simplesmente
superficial eliptico
configuracao (do) defeito
passante
circunferencial
orientacao (do) defeito
longitudinal
externo
posicao (do) defeito
interno
52
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
7.9 Bulging
A seção bulging define a geometria do bulge e a localização (crista ou cauda) na qual aplicam-
se os fatores de concentração de tensões. Um bloco típico de subcomandos possui a forma
bulging {
efeito de bulging ativado
profundidade 25
extensao axial 735
raio da ponta 186
calculo de tensoes cauda }
ativado
efeito (de) bulging
desativado
cauda
calculo (de) tensoes
crista
53
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
modelo de carregamento{
procedimento de analise carregamento por estagios
numero de estagios 6
parametro de carga deformacoes principais
0.0014 0.0008 0.0006
0.0054 0.0041 0.0017
0.0061 0.0049 0.0029
0.0105 0.0063 0.0007
0.0061 0.0059 0.0055
0.0014 0.0008 0.0006 }
A versão corrente de CoqueBR utiliza três modelos de carregamento para determinação dos
esforços ciclícos e subseqüente execução da contagem de ciclos e cálculo da vida à fadiga: i) mo-
delo elástico de análise de tensões térmicas baseado em gradiente térmico; ii) análise do históri-
co de deformações medidas experimentalmente e iii) modelo de carregamento por estágios.
Uma vez que os parâmetros de análise associados a estes modelos de carregamento são também
especificados dentro deste bloco, a especificação do modelo de carregamento deve necessaria-
mente ser o primeiro comando do bloco. A sintaxe do comando para especificação do modelo de
carregamento é definida como
gradiente termico
O modelo de gradiente térmico é baseado sobre uma análise elástica para determinação da va-
riação ciclíca das tensões térmicas e mecânicas na direção axial do reator de coqueamento. A
determinação das tensões térmicas segue os procedimentos e formulações apresentadas na
Seção 4.1 deste manual. Na versão corrente de CoqueBR, as tensões mecânicas são simples-
mente representadas pela tensão de membrana devido à pressão interna do reator. Os coman-
54
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
dos para especificação dos parâmetros necessários ao cálculo das tensões térmicas e mecânicas
são apresentados a seguir
Gradiente de Temperatura
As formulações apresentadas na Seção 4.1 deste manual para determinação das tensões
(elásticas) térmicas dependem apenas da geometria do reator (especificada na seção defini-
cao do reator) e do gradiente de temperatura atuante sobre a região estrutural do reator
de interesse. O gradiente de temperatura é definido pela diferença de temperatura sobre um
comprimento e é especificado pelos comandos
Pressão Interna
O número total de extensômetros utilizados nas medições de deformações deve ser especificado
para permitir a leitura de todos os valores registrados através de um arquivo de entrada (for-
mato ASCII como descrito a seguir) e, eventualmente, selecionar aqueles valores de interesse.
A sintaxe deste comando é da forma
55
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
A versão corrente de CoqueBR ainda não implementa uma interface com análises de tensões
e deformações (via método de elementos finitos) do componente estrutural ou modelos para tra-
tamento do efeitos de distorções (bulging). Conseqüentemente, o procedimento de análise atra-
56
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
vés de carregamento por estágios permite definir a variação das deformações principais ao lon-
go do ciclo operacional como descrito a seguir.
Número de Estágios
O carregamento imposto sobre a estrutura ou componente corresponde às tensões e defor-
mações térmicas originadas pelo ciclo de aquecimento e resfriamento da unidade de coquea-
mento. Conseqüentemente, a magnitude e natureza de tais tensões e deformações depende di-
retamente da temperatura corrente sob a qual o material está submetido. O número de
estágios ao longo do ciclo operacional correspondentes à temperatura sob a qual as tensões e
deformações são calculadas é especificado através do comando
Parâmetro de Carga
O parâmetro de carga define a grandeza física utilizada para descrever o estado de carrega-
mento em cada estágio ao longo do ciclo operacional. A versão corrente de CoqueBR utiliza ape-
nas as deformações principais (totais) calculadas em cada estágio do ciclo operacional para des-
crever o histórico de carregamento. A sintaxe do comando é da forma
O campo < lista > define os valores da deformações máximas principas (Á 1 , Á 2 ,Á 3 ) onde
Á 1 >Á 2 >Á 3 .
ou
57
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
parametros de analise {
contagem de ciclos rainflow padrao
ajuste do ciclo de carregamento ativado
sistema de unidades metrico }
simplificado
contagem (de) ciclos rainflow padrao
standard
ativado
ajuste (de) carregamento
desativado
Conforme enfatizado na Seção 7.4 anterior, a presente versão de CoqueBR utiliza somente uni-
dades no sistema métrico, especificamente MPa, mm e °C. O usuário deve, portanto, estar aten-
to à especificação correta e coerente de unidades em relação a grandezas mecânicas (como
tensão), geométricas (como espessuras e dimensões lineares) e coeficientes associados às pro-
58
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
59
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
8. Exemplos de Aplicação
Esta seção ilustra a aplicação do programa CoqueBR para a determinação da vida à fadiga
de uma unidade de coqueamento típica utilizando os modelos descritos anteriormente. Os exe-
mplos apresentados nas Seções 8.1 e 8.2 referem-se ao reator de coque 52-R-01D da Refinaria
Gabriel Passos (REGAP). O exemplo apresentado na Seção 8.3 ilustra a aplicação do programa
CoqueBR para a análise de fadiga de um reator de coqueamento fabricado em aço 1.25 Cr - 0.5
Mo baseado em resultados de tensões e deformações obtidas por análise numérica através do
método de elementos finitos.
A Fig. 33 apresenta uma ilustração esquemática do reator REGAP 52-R-01D descrito no re-
latório [33]. Para determinação do número de ciclos de iniciação de um defeito foram adotados
os seguintes parâmetros: diâmetro interno D i=6400 mm, espessura do chapeamento do costa-
do t=19 mm, pressão interna P=0.5 MPa. Os dados do material correspondem ao aço 1.25 Cr
- 0.5 Mo apresentados na Seção 6.1.
Como mencionado na Seção 4.1 anterior, um aspecto-chave na utilização deste modelo de
carregamento é a correta especificação do gradiente de temperatura. Baseado em medições
experimentais (discutidas na Seção 8.2 apresentada a seguir), o exemplo de aplicação 1-A apre-
sentado aqui refere-se à análise de iniciação e propagação de um defeito na junta soldada cir-
cunferencial e adota um gradiente térmico de 400 °C∕m. O arquivos de saída do programa Co-
queBR apresentado a seguir especifica os parâmetros de entrada e blocos de comandos, assim
como os resultados principais e controles de execução. Para este exemplo de aplicação, o
número de ciclos para iniciação de um defeito é de 1090. Para efeitos comparativos, a adoção
de um gradiente de temperatura menor de 300 °C∕m resulta em um número de ciclos para in-
iciação de 4030.
O exemplo 1-B utiliza os mesmos parâmetros de entrada do exemplo anterior mas conside-
ra a existência de um bulge circunferencial (axissimétrico) de 25.4 mm de profundidade, 152.4
mm de raio da ponta e 609.6 mm de extensão. Para um gradiente térmico de 400 °C∕m, o
número de ciclos para iniciação de um defeito é reduzido para 540.
60
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
REGAP 52−R−01D
φ = 6400
0.41 MPa
t = 3 + 12, 5 Clad
3640
452 oC
t = 3 + 16 Clad
0.44 MPa
4580
462 oC
30994
22400
0.47 MPa
t = 3 + 16 Clad
4900
472 oC
t = 3 + 19 Clad
0.50 MPa
4740
482 oC
t = 3 + 25 Clad
0.53 MPa
4740
492 oC
t = 3 + 25 Clad
0.55 MPa
500 oC
4685
61
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
X X
X #### #### #### # # ###### ##### ##### X
X # # # # # # # # # # # # # X
X # # # # # # # ##### ##### # # X
X # # # # # # # # # # # ##### X
X # # # # # # # # # # # # # X
X #### #### ### # #### ###### ##### # # X
X X
X Windows Absoft F95 Versao 2.1 X
X X
X X
X Desenvolvido por C. Ruggieri e S. Cravero X
X X
X Departamento de Engenharia Naval e Oceanica X
X Universidade de Sao Paulo X
X X
X 05−Apr−06 16:40:32 X
X X
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
c
c CoqueBR Exemplo 1−A
c
c Determinacao do numero de ciclos para iniciacao de um defeito
c na junta soldada do costado de uma unidade de coqueamento
c fabricada em aco 1.25 Cr − 0.50 Mo.
c
c Valores experimentais da curva epsilon vs. N obtidas através
c de ensaios experimentais realizados sobre a junta soldada da
c chapa fornecida pela Petrobrás (cf. Secao 6.1 manual CoqueBR).
c
c Efeito de bulging desativado
c
definicao do reator {
equipamento REGAP52−R−01D
ciclo operacional 43
temperatura de operacao 500
espessura da chapa 19.0
diametro do reator 6400 }
c
material {
identificacao MS_1_25Cr_0_5Mo $! metal de solda
tensao de escoamento 570
coeficiente de poisson 0.3
coeficiente de expansao termica 4.0e−6
modulo de elasticidade 160000 }
c
fadiga baixo ciclo {
modelo de fadiga coffin−manson
parametros sigmaf 360 epsilonf 1.7570 b 0.02215 c −0.92447 }
c
crescimento de trinca por fadiga {
modelo de crescimento paris
parametros c 2.2e−08 m 2.82
62
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
5 2502.1179
50 675.5783
100 564.0924
150 526.8910
200 508.5738
250 497.8366
300 490.8802
63
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
350 486.0711
400 482.5927
450 479.9922
500 477.9990
550 476.4417
600 475.2067
650 474.2158
700 473.4137
750 472.7600
800 472.2247
850 471.7852
900 471.4240
950 471.1273
1000 470.8844
2000 470.5248
3000 472.1182
4000 473.7766
5000 475.2930
6000 476.6539
7000 477.8774
8000 478.9845
9000 479.9937
10000 480.9199
11000 481.7753
12000 482.5697
13000 483.3110
14000 484.0059
15000 484.6597
16000 485.2771
17000 485.8618
18000 486.4172
19000 486.9461
20000 487.4509
21000 487.9336
22000 488.3962
23000 488.8403
24000 489.2672
25000 489.6784
100 1251.0590
1000 337.7891
2000 282.0462
3000 263.4455
4000 254.2869
5000 248.9183
6000 245.4401
7000 243.0355
8000 241.2963
9000 239.9961
10000 238.9995
11000 238.2209
12000 237.6034
13000 237.1079
14000 236.7068
15000 236.3800
16000 236.1124
17000 235.8926
18000 235.7120
19000 235.5637
64
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
20000 235.4422
40000 235.2624
60000 236.0591
80000 236.8883
100000 237.6465
120000 238.3269
140000 238.9387
160000 239.4923
180000 239.9969
200000 240.4600
220000 240.8877
240000 241.2848
260000 241.6555
280000 242.0029
300000 242.3299
320000 242.6385
340000 242.9309
360000 243.2086
380000 243.4731
400000 243.7254
420000 243.9668
440000 244.1981
460000 244.4201
480000 244.6336
500000 244.8392
65
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
X X
X #### #### #### # # ###### ##### ##### X
X # # # # # # # # # # # # # X
X # # # # # # # ##### ##### # # X
X # # # # # # # # # # # ##### X
X # # # # # # # # # # # # # X
X #### #### ### # #### ###### ##### # # X
X X
X Windows Absoft F95 Versao 2.1 X
X X
X X
X Desenvolvido por C. Ruggieri e S. Cravero X
X X
X Departamento de Engenharia Naval e Oceanica X
X Universidade de Sao Paulo X
X X
X 05−Apr−06 16:51:27 X
X X
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
c
c CoqueBR Exemplo 1
c
c Determinacao do numero de ciclos para iniciacao de um defeito
c na junta soldada do costado de uma unidade de coqueamento
c fabricada em aco 1.25 Cr − 0.50 Mo.
c
c Valores experimentais da curva epsilon vs. N obtidas através
c de ensaios experimentais realizados sobre a junta soldada da
c chapa fornecida pela Petrobrás (cf. Secao 6.1 manual CoqueBR).
c
c
definicao do reator {
equipamento REGAP52−R−01D
ciclo operacional 43
temperatura de operacao 500
espessura da chapa 19.0
diametro do reator 6400 }
c
material {
identificacao MS_1_25Cr_0_5Mo $! metal de solda
tensao de escoamento 570
coeficiente de poisson 0.3
coeficiente de expansao termica 4.0e−6
modulo de elasticidade 160000 }
c
fadiga baixo ciclo {
modelo de fadiga coffin−manson
parametros sigmaf 360 epsilonf 1.7570 b 0.02215 c −0.92447 }
c
crescimento de trinca por fadiga {
modelo de crescimento paris
parametros c 2.2e−08 m 2.82
66
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
5 2502.1179
50 675.5783
67
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
100 564.0924
150 526.8910
200 508.5738
250 497.8366
300 490.8802
350 486.0711
400 482.5927
450 479.9922
500 477.9990
550 476.4417
600 475.2067
650 474.2158
700 473.4137
750 472.7600
800 472.2247
850 471.7852
900 471.4240
950 471.1273
1000 470.8844
2000 470.5248
3000 472.1182
4000 473.7766
5000 475.2930
6000 476.6539
7000 477.8774
8000 478.9845
9000 479.9937
10000 480.9199
11000 481.7753
12000 482.5697
13000 483.3110
14000 484.0059
15000 484.6597
16000 485.2771
17000 485.8618
18000 486.4172
19000 486.9461
20000 487.4509
21000 487.9336
22000 488.3962
23000 488.8403
24000 489.2672
25000 489.6784
100 1251.0590
1000 337.7891
2000 282.0462
3000 263.4455
4000 254.2869
5000 248.9183
6000 245.4401
7000 243.0355
8000 241.2963
9000 239.9961
10000 238.9995
11000 238.2209
12000 237.6034
13000 237.1079
14000 236.7068
68
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
15000 236.3800
16000 236.1124
17000 235.8926
18000 235.7120
19000 235.5637
20000 235.4422
40000 235.2624
60000 236.0591
80000 236.8883
100000 237.6465
120000 238.3269
140000 238.9387
160000 239.4923
180000 239.9969
200000 240.4600
220000 240.8877
240000 241.2848
260000 241.6555
280000 242.0029
300000 242.3299
320000 242.6385
340000 242.9309
360000 243.2086
380000 243.4731
400000 243.7254
420000 243.9668
440000 244.1981
460000 244.4201
480000 244.6336
500000 244.8392
69
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
70
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
μÁ
7000
6000
5000
4000
3000
2000 ΔÁ
1000
0
−1000
−2000
−3000
−4000
0 11 22 33 44
Tempo [h]
71
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
FΔ Á
0.997
0.99
0.98
0.95
0.90
0.75
0.50
ΔÁ = 2697
0.25
0.10
0.05
0.02
0.01
0.003
6.5 7 7.5 8 8.5 9 9.5 10
lnΔÁ
72
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
FΔ Á
0.997
0.99
0.98
0.95
0.90
0.75
0.50
0.25 ΔÁ = 1948
0.10
0.05
0.02
0.01
0.003
0.001
6.5 7 7.5 8 8.5 9 9.5 10
lnΔÁ
73
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
X X
X #### #### #### # # ###### ##### ##### X
X # # # # # # # # # # # # # X
X # # # # # # # ##### ##### # # X
X # # # # # # # # # # # ##### X
X # # # # # # # # # # # # # X
X #### #### ### # #### ###### ##### # # X
X X
X Windows Absoft F95 Versao 2.1 X
X X
X X
X Desenvolvido por C. Ruggieri e S. Cravero X
X X
X Departamento de Engenharia Naval e Oceanica X
X Universidade de Sao Paulo X
X X
X 05−Apr−06 19:17:23 X
X X
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
c CokerBR Exemplo 2
c
c Determinacao do numero de ciclos para iniciacao de um defeito
c no costado de uma unidade de coqueamento fabricada em
c aco 1.25 Cr − 0.50 Mo.
c
c Valores experimentais da curva epsilon vs. N obtidas através
c de ensaios experimentais realizados sobre chapa fornecida
c pela Petrobrás (cf. Secao 5.1 manual CoqueBR).
c
c
definicao do reator {
equipamento REGAP52−R−01D
ciclo operacional 43
temperatura de operacao 500
espessura da chapa 19.0
diametro do reator 6400 }
c
material {
identificacao MB_1_25Cr_0_5Mo
tensao de escoamento 350
coeficiente de poisson 0.3
coeficiente de expansao termica 4.0e−6
modulo de elasticidade 150000 }
c
fadiga baixo ciclo {
modelo de fadiga coffin−manson
parametros sigmaf 339.0 epsilonf 0.0999 ,
b −0.0461 c −0.4692 }
c
crescimento de trinca por fadiga { }
74
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
c
modelo de carregamento {
procedimento de analise historico de deformacoes
arquivo de medicoes inp_strain
numero total de extensometros 24
use extensometro longitudinal 6 8 9 11 16 17 21 23 24
numero de ciclos monitorados 42
numero de medicoes por ciclo 259
carregamento uniaxial criterio deformacao longitudinal }
c
parametros de analise {
sistema de unidades metrico
contagem de ciclos rainflow simplificado
ajuste do ciclo de carregamento ativado }
c
fim
5 1512.9996
50 662.3088
100 537.2345
150 479.9594
200 445.0370
250 420.7803
300 402.6094
350 388.3064
400 376.6467
450 366.8904
500 358.5602
550 351.3322
600 344.9775
650 339.3293
700 334.2624
750 329.6809
800 325.5100
850 321.6902
900 318.1733
950 314.9202
1000 311.8985
2000 276.5296
3000 259.8050
4000 249.3703
5000 241.9878
6000 236.3709
7000 231.8895
8000 228.1921
75
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
9000 225.0646
10000 222.3677
11000 220.0062
12000 217.9124
13000 216.0366
14000 214.3414
15000 212.7979
16000 211.3833
17000 210.0797
18000 208.8723
19000 207.7490
20000 206.7000
21000 205.7167
22000 204.7923
23000 203.9205
24000 203.0963
25000 202.3151
100 756.4998
1000 331.1544
2000 268.6173
3000 239.9797
4000 222.5185
5000 210.3901
6000 201.3047
7000 194.1532
8000 188.3233
9000 183.4452
10000 179.2801
11000 175.6661
12000 172.4888
13000 169.6646
14000 167.1312
15000 164.8405
16000 162.7550
17000 160.8451
18000 159.0866
19000 157.4601
20000 155.9493
40000 138.2648
60000 129.9025
80000 124.6852
100000 120.9939
120000 118.1854
140000 115.9447
160000 114.0960
180000 112.5323
200000 111.1838
220000 110.0031
240000 108.9562
260000 108.0183
280000 107.1707
300000 106.3989
320000 105.6917
340000 105.0398
360000 104.4361
380000 103.8745
400000 103.3500
420000 102.8584
76
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
440000 102.3961
460000 101.9602
480000 101.5481
500000 101.1576
77
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
Com os dados da tabela anterior, obtém-se a Tabela 2 que contém os logaritmos dos númer-
os de ciclos à falha, das deformações alternadas e das tensões alternadas.
A Eq. (1) acima é a equação de uma reta com inclinação 1∕ b e ordenada no origem − 1 logσ f.
b
Portanto, podem−se definir as seguintes relações
1=m e − 1 logσ f = d (58)
b b
78
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
T
Gás de Vapor de
Préaquecimento Resfriamento
Água de
Resfriamento
Enchimento
Vapor de Préaquecimento
t
(a)
Estágio 5
Estágio 4
Estágio 3
Estágio 2
Estágio 6
Estágio 7
Estágio 1
t
(b)
79
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
Aplicando o método dos mínimos quadrados aos resultados experimentais podem−se obter os
valores para m e d. Os valores obtidos para a junta sodada deste material são os seguintes
ΔÁ eq = 1
2 1 + ν
ΔÁ 1
2 2
− ΔÁ 2 + ΔÁ 2 − ΔÁ 3 + ΔÁ 1 − ΔÁ 3
2
(65)
80
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
Δε A
= 0.0083825 − 0.00040704 = 3.9877 ⋅ 10 −3
eq
εA
a =
2 2
Δε Beq
ε Ba = = 0.0065507 − 0.0005547 = 2.998 ⋅ 10 −3
2 2
Δε C
= 0.00250089 − 0.00215385 = 1.735 ⋅ 10 −4
eq
εC
a = (66)
2 2
Estas deformações alternadas serão usadas para o cálculo de vida a iniciação.
O número de ciclos que produz a iniciação para cada um dos subciclos contados na seção ante-
rior é obtido pela equação de Coffin-Manson
σf b c
εa = 2Nf + εf 2Nf (67)
E
O número de ciclos Nf que satisfaz a eq. (67) são aqueles correspondentes ao número que produ-
ziriam a iniciação da trinca se cada um dos subciclos fossem aplicados independentemente. A
solução da eq. (67) é obtida numericamente uma vez que o número de ciclos que satisfaz a equa-
ção não pode ser obtido diretamente. São apresentados a seguir os números de ciclos que satis-
fazem a eq. (67) para cada um dos subciclos.
Ciclo A : NA
f = 3743
Ciclo B : N Bf = 10787
Ciclo C : NC
f
=∞
81
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
Estágio
0
6 C
B
A
8
0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.010
ε eq
−1 −1
Nf = 1 + 1 + 1
N1 N2 N3
= 3743
1 + 1 + 1
10787 ∞
= 2778 ciclos (68)
82
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
ε eq
.010
.008
.006
.004
.002
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
(a) Estágio
ε eq
.010
A
.008 B
.006
.004 C
.002
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
(b)
Figura 39 (a) Estágios de carregamento, (b) Sub−ciclos obtidos pelo método Rainflow.
83
Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
X X
X #### #### #### # # ###### ##### ##### X
X # # # # # # # # # # # # # X
X # # # # # # # ##### ##### # # X
X # # # # # # # # # # # ##### X
X # # # # # # # # # # # # # X
X #### #### ### # #### ###### ##### # # X
X X
X Windows Absoft F95 Versao 2.1 X
X X
X X
X Desenvolvido por C. Ruggieri e S. Cravero X
X X
X Departamento de Engenharia Naval e Oceanica X
X Universidade de Sao Paulo X
X X
X 05−Apr−06 16:55:09 X
X X
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
c
c CoqueBR Exemplo 3
c
c Determinacao do numero de ciclos para iniciacao de um defeito
c na junta soldada entre a saia e costado de uma unidade de
c coqueamento fabricada em aco 1.25 Cr − 0.50 Mo.
c
c Valores experimentais da curva epsilon vs. N e calculo das
c deformacoes principais em cada estagio de carregamento segundo
c artigo ”Mechanical Integrity Evaluation of Delayed Coke Drums”
c de Ramos et al. (ASME PVP 359, pp. 291−298, 1997).
c
c
definicao do reator{
equipamento cokedrum_pvp1997
ciclo operacional 28
temperatura de operacao 454 }
c
material {
identificacao MB_1_25Cr_0_5Mo_weld
tensao de escoamento 250
modulo de elasticidade 173403.1 }
c
fadiga baixo ciclo {
modelo de fadiga coffin−manson
verificacao de dados desativada
curva epsilon−n experimental
1.000e−2 0.00774 412.8624 260
0.750e−2 0.00540 385.4036 795
0.500e−2 0.00305 359.9062 1142
0.375e−2 0.00197 330.4861 3165
0.250e−2 0.00089 299.1046 25578 }
c
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Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
c
crescimento de trinca por fadiga {
modelo de crescimento paris
parametros c 2.906e−012 m 2.9556
configuracao do defeito superficial eliptica
orientacao do defeito circunferencial
posicao do defeito externa
geometria do defeito a 5 2c 50 }
modelo de carregamento {
procedimento de analise carregamento por estagios
numero de estagios 7
carregamento multiaxial
criterio deformacao equivalente
parametro de carga deformacoes principais
0.0014 0.0008 0.0006
0.0054 0.0041 0.0017
0.0061 0.0049 0.0029
0.0105 0.0063 0.0007
0.0061 0.0059 0.0055
0.0093 0.0018 −0.0032
0.0015 0.0007 0.0005 }
c
parametros de analise {
contagem de ciclos rainflow
ajuste do ciclo de carregamento ativado }
c
fim
Sigma−f = 654.60111
Epsilon−f = 0.17828
Expoente b = −0.07461
Expoente c = −0.50073
1 0.000555
2 0.002501
3 0.002154
4 0.006551
5 0.000407
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Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
6 0.008382
7 0.000705
1 0.008382
2 0.000555
3 0.002501
4 0.002154
5 0.006551
6 0.000407
7 0.008382
1 0.000174 0.002327
2 0.002998 0.003553
3 0.003988 0.004395
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Manual do Usuário - CoqueBR 2.1
9. Referências
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20. Ruggieri, C., Comunicação Privada, 2004.
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