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MICROBIANAS – AVI

Data: 27.02.2015
Prof: José Luís

HISTOPLASMOSE

É uma micose sistêmica causada por um fungo dimórfico presente em matéria orgânica no
ambiente (fezes). O bioagente mais comum é o Histoplasma capsulatum que é encontrado nas fezes
de morcegos e pássaros, está em ambiente rico em matéria orgânica.
O Histoplasma capsulatum é um fungo dimórfico, então como micelial ele vai apresentar
uma hifa bem fininha, porém ele normalmente libera uma fiálide e um esporo. Nós classificamos
como H. capsulatum porque ele possui uma bicamada, possui espículas.
No ambiente ele vai estar como esporo e o esporo pode ser pequeno ou grande, também é
chamado de microaleuriosporos e macroaleuriosporos. O microaleuriosporo tem a capacidade de
ficar flutuando, ele fica suspenso aonde tem maior concentração de fezes, porque ele precisa dessas
fezes como alimento, então se ele fica suspenso ele é inalado. Já o macroaleuriosporo é mais pesado
e não fica suspenso, então ele é ingerido.
O gato faz muito mais quadro respiratório e o cão faz mais quadro digestivo. A citologia não
fecha diagnostico, tem que fazer cultura.

Patogênese:
A principal porta de entrada é o sistema respiratório quando falamos de microaleuriosporos,
pois eles são inalados e atingem os alvéolos. Atingindo os alvéolos eles causam um quadro
infeccioso respiratório. Quando temos um quadro respiratório, o ideal é fazer um lavado
bronquioalveolar. A bactéria também fica associada com ele.
O Histoplasma entra como esporo e na temperatura corporal vira levedura, então essa
levedura é fagocitada e começa a se multiplicar dentro da célula. Então a célula faz a disseminação
para linfonodos e vai fazer uma disseminação via hematógena, atingindo outros órgãos. Então num
animal infectado podemos encontrar hepatomegalia, linfonodos infartados, então só com a ultra
não dá para fechar o diagnóstico, temos que associar com a clínica.
Se for um macroaleuriosporo, ele será ingerido e passa a ser levedura, então o sistema
monocítico-fagocitário vai fagocitar essa levedura e ocorre multiplicação dentro da célula por
brotamento. Porém, ele vai estar em tubo digestivo, então vai chegar até o epitélio intestinal,
causando uma inflamação que chamamos de enterite granulomatosa. No momento que temos essa
enterite granulomatosa, o fungo causa lesão na parede e ele precisa crescer, mas o organismo não
quer que ele cresça, então começa a irritar a parede e a primeira coisa que o animal tem é uma
diarreia com sangue. Só que o veterinário pensa primeiro em verminose, então faz a vermifugação e
o animal continua tendo diarreia com sangue, então o veterinário pensa numa bactéria muito forte e
começa a dar antibiótico, com isso o tempo vai passando e o animal não melhora. Geralmente o
animal já está a 4-6 meses com diarreia, por isso precisamos dar uma importância maior para esse
fungo.
Não adianta fazer exame coproparasitológico, o fungo não sai nas fezes, temos que fazer
uma biópsia.

Sintomatologia clínica:
 Gatos: os gatos têm mais quadros pulmonares, então eles têm os sinais inespecíficos de
quadro respiratório que são perda de peso, anorexia, febre e depressão. O animal também
pode apresentar alteração de sons pulmonares e respiração estertorante. As lesões oculares
são raras, mas podem ocorrer lesões em órgãos como medula óssea, fígado, baço e
linfonodos. É raro, mas também pode acometer rim, adrenal, pele e SNC. As lesões no SNC
podem causar claudicação por osteólise e osteomielite.
 Cães: eles têm mais quadros digestivos, mas também podemos ter lesões pulmonares.
Porém, o mais comum são lesões gastrointestinais com diarreia persistente. Também pode
ocorrer lesões cutâneas, óssea e no SNC, apesar de não ser comum pode acontecer. Um
achado hematológico é anemia arregenerativa normocítica normocrômica, porque temos
uma infecção crônica.

Amostras:
Da parte nasal vamos precisar fazer endoscopia, ou lavagem traqueal ou lavagem de árvore
brônquica. Também podemos fazer rinoscopia, broncoscopia ou escovação para retirar o material.
Da parte neurológica podemos pegar o licor e mandar para cultura.
 Broncoscopia: podemos fazer o lavado endotraqueal ou o lavado transtraqueal. No lavado
transtraqueal coloca o animal em estação, levantando o pescoço e localizando a carina.
Então faz tricotomia da região laríngea, com a cabeça do paciente voltada para o teto, faz
lidocaína subcutânea nessa região, palpa-se a traqueia e ascende lentamente. Devemos
introduzir o cateter acoplado a uma seringa de 5 ml de soro fisiológico, joga o soro para
dentro e depois puxa. O animal normalmente tosse.
No laboratório a primeira coisa que vamos fazer é uma citologia, depois faz a cultura.

PITIOSE

É uma micose sistêmica granulomatosa crônica causada por fungos zoospóricos. O bioagente
é o Pythium insidiosum. É um fungo micelial, muito agressivo que chega a formar granulomas.
Acomete equídeos em geral e acomete o homem também, mas o homem precisa ingerir o
zoósporo, isso é muito comum acontecer ingerindo hortaliças hidropônicas. O equídeo que se
mantém num terreno pantanoso, num terreno alagadiço, ele pode manter uma pele mais friável e
assim os zoósporos penetram. Então geralmente vamos ter granulomas de membros, de partes
baixas.
Os cães e gatos normalmente são infectados por ingestão, então teremos quadros
gastrointestinais, mas pode acontecer do cão pegar do equídeo, não é impossível de acontecer. Os
peixes também podem ser acometidos e os bovinos também, mas é mais difícil.
No caso do cão, por exemplo, ele vai ingerir o zoósporo, esse zoósporo vai passar pelo tubo
gastrointestinal e em qualquer porção ele pode chegar a nível epitelial, então ele começa a agredir
esse tecido, porque ele tem que crescer. E esse fungo tem um crescimento rápido quando
comparado a outros fungos. Então como ele é um MO grande, não vai ter um combate celular, mas
vai ter uma ação granulomatosa, o granuloma vai ser transcutâneo e a tendência é ele invadir cada
vez mais o lúmen do órgão. Então pode ocorrer uma obstrução que começa parcial e a tendência é
fazer uma obstrução total, porque o crescimento vai ocorrer. Então o animal vai apresentar um
histórico de perca de peso progressivo, anorexia, vai apresentar vômitos e uma massa palpável. Com
esses sinais sempre pensamos primeiro em neoplasia e na ultra vamos ver uma massa,
“confirmando’’ essa suspeita. Porém, se for um bom ultrassonografista ele tem que pegar a imagem
e começar a diferenciar. No ultrassom quando temos um processo difuso de todo um trecho,
geralmente é um processo infeccioso, quando temos uma neoplasia, o processo é focal. Só que o
Pythium é um caso focal e infeccioso, então para diferenciar temos que pensar que num processo
neoplásico temos a neoplasia se instalando com perda da arquitetura de camadas. Então no
intestino nós temos a mucosa, submucosa, muscular, subserosa e serosa, então uma neoplasia vai
bagunçar as camadas e na pitiose não.

Patogênese:
Eles vivem em águas limpas, o estágio infectivo são os zoósporos biflagelados que penetram
pela pele ou podem ser ingeridos. Eles têm uma quimiotaxia por raízes de plantas.

Pitiose equina:
Em equídeos normalmente vemos tecido granulomatoso muito intenso. Normalmente
aonde o fungo está ele faz uma agressão tecidual e nessa agressão começa uma área de
mineralização, uma concreção mineral chamada de Kunkers. Esses Kunkers não são formados em
cães e gatos. Uma doença que tem uma característica bem comum a essa é a habronemose, então é
um diagnóstico diferencial.
Precisamos coletar material para mandar ao laboratório, então precisamos fazer uma
biópsia profunda. Temos que achar a concreção mineral para retirar um fragmento, incluindo essa
concreção. Hoje conseguimos achar essa concreção através do ultrassom, então guiado pelo
ultrassom conseguimos retirar o fragmento. Então coleta o material e coloca no soro fisiológico com
antibiótico como ampicilina, para que bactérias não cresçam ali e a amostra seja enviada para o
laboratório.
Na forma cutânea pode causar dermatites granulomatosas proliferativas crônicas dos
membros, abdômen, glândula mamaria, escroto, pescoço, cabeça e lábios. Normalmente tem uma
evolução rápida, é altamente pruriginosa acompanhada de automutilação, é frequentemente
ulcerativa e com descarga sero-sanguinolenta. Além disso, vamos ter formações arboriformes
imersas no granuloma, denominadas “kunkers”, “coral-like”, “leech”, de consistência e tamanho
variados e cor cinza-amarelada. Em equinos a forma cutânea é a mais frequente e nos bovinos
também.

Pitiose canina:
No cão a forma gastrointestinal é mais comum e pode ser entérica e/ou hepática e/ou
pulmonar e/ou gástrica. Pode ocorrer metástase para linfonodos regionais ou tegumento cutâneo. A
forma cutânea é mais rara, mas pode acontecer.
 Sintomas: vômito, perda de peso pronunciada, massa abdominal palpável (estomago ou
intestino) e diarreia. A maioria das lesões intestinais tem engrossamento transmural (5 a
25cm) e ulceração na mucosa. Os sintomas só aparecem com a infartação, perfuração ou
obstrução e nas formas cutâneas e nasofaríngea podemos ter nódulos ou placas, prurido,
ulceração, mas não tem kunkers.

Amostras:
Devemos fazer biopsia de pele para equídeo, lembrando que o envio de amostras deve ser
em soro fisiológico + ampicilina (10mg/ml).

Tratamento:
Anfotericina associada a cetoconazol.

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