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Cuidar e Ser Cuidado em

Saúde Mental
Carlos Sequeira, Ph.D.
Professor Coordenador na Escola Superior de

Enfermagem do Porto

Presidente da Sociedade Portuguesa de Enfermagem

de Saúde Mental

carlossequeira@esenf.pt
CUIDAR
É do Latim COGITARE, “pensar, cogitar”. Ter cuidados com uma situação ou pessoa
envolve pensamento e planeamento.

A primeira condição para cuidar do outro é saber se cuidar.

Uma mãe feliz, vai cuidar dos filhos com felicidade, uma mãe com tristeza vai cuidar dos
filhos com tristeza, uma profissional ... vai cuidar das pessoas de acordo como ela é.

Para fazermos o movimento de


cuidar dos outros, primeiramente
precisamos aprender a cuidar de
nós mesmos.
Todos precisamos de saúde e
de aprender, de querer, para
cuidar .
Cuidar e Ser Cuidado em Saúde Mental
…. Cada pessoa que passa em nossa vida,…,
deixa um pouco de si e leva um pouquinho
de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da
vida e a prova de que as pessoas não se
encontram por acaso,….
Charles Chaplin

As pessoas interagem e são


interdependentes, logo cuidam e
cuidam-se, precisam e ajudam, é
por vezes adoecem,.
Cuidar é um processo Complexo e dinâmico
Necessidades (competências) e o processo de cuidar

Shyu (2000) revela que existem diferentes necessidades nas fases do


processo de adaptação do cuidador a uma transição eficaz para o
exercício do papel ( padrão estável de cuidar – Role Tunning) :
Contexto da prestação de cuidados

• Raramente a decisão de prestar ou não cuidados a um


familiar é um exercício informado.

• Recebem preparação pouco estruturada para o exercício


do papel.

• As capacidades para prestar cuidados não são


frequentemente avaliadas, logo as habilidades são
desenvolvidas por tentativa e erro ou por aprendizagem
passiva.

(Brereton e Nolan, 2002)


Necessidades (competências) e o processo de cuidar

Shyu (2000) revela que existem diferentes necessidades nas fases do


processo de adaptação do cuidador a uma transição eficaz para o
exercício do papel ( padrão estável de cuidar – Role Tunning) :

1º Fase de compromisso e ajuste – necessidade de informação (estado


de saúde do doente, gestão de sinais e sintomas, tipo de assistência no
autocuidado,/)

2º Fase da negociação – necessidade de ajuda nos cuidados,


desenvolvimento de mestria nos cuidados

3º Fase de resolução – necessidade de suporte emocional


Cuidar e ser cuidado em saú
saúde mental é
Importante PORQUÊ?
 As necessidades dos prestadores de cuidados devem ser vistas como sendo tão
importantes como as dos recetores de cuidados.
(Nolan et al., 1995)
Sentir-se bem por ajudar o outro; por ver o seu familiar bem cuidado, por
retribuir o apoio do familiar, por percecionar um sentimento de utilidade,/.
SAÚ
SAÚDE MENTAL CUIDAR DO OUTRO

O QUE DEVO FAZER CUIDAR -SE

 Saúde

 Aprender

 Cuidar

 Envolver

 Integrar
Cuidar e Ser Cuidado em Saúde Mental
Trabalho; maturidade;
Expetativa; realidade; futuro; Segurança; estabilidade;
Assumir-se como adulto;
necessidades, filhos; modificações do corpo;
desempenho de papéis: estudar,
satisfação; QV, /. função física; futuro,
trabalhar, namorar, casar, filhos,
expetativas dos filhos;
profissão, afirmação, aspirações,/
morbilidades, /

Puberdade / adolescência; Reforma; envelhecimento;


Alterações no corpo; mudanças no maior fragilidade física,
corpo (aparência); identidade emocional, cognitiva, perdas,
turbulência emocional (euforia, medo ..) morbilidades,/

Autocuidado Autocuidado

Segurança Segurança

Dependente Dependente
CUIDAR E SER CUIDADO EM SAÚDE
MENTAL: Estratégias de Intervenção
Espiritual Intelectual

Social Emocional
EQUILIBRIO

profissional Física
MENTE
Emocional
“Se não cuida do seu
l
a corpo, vai viver dentro do quê?”
t u
So i ri
ci p
al s
E

l l F
u a ís
ct ic

Profissional
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te
In
Emocional
“A procura do conhecimento
deve ser realizada por
l
u
a convicção, e não por
t
So i ri pressão dos
ci p acontecimentos”
al s
E

F
ís
al ic

Profissional
u
e ct a  Procure o conhecimento
t el
In  Exercite a criatividade

 Partilha o seu conhecimento


Emocional
l
“Quem gosta do que faz,
a
u nunca vai trabalhar na vida”
it
So ir
ci p
al s
E

F
ís  Goste e valorize o seu trabalho

Profissional
l
u al ic
t a
e c
e l
I nt  Valorize o trabalho dos outros

 Desenvolva o seu potencial


Emocional
Inteligência emocional

a
l  Motivação
u
alt
So itu  Aprender a lidar com o Stress
ci ir
al p
s
E
 Visão positiva do mundo
al

Profissional
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c ís
l e ic
te a
In
Emocional
 Relacionamentos saudáveis
u
lt
a  Família; Amigos,..
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So p a
ci s  Interação com o meio ambiente
al E
Valorize e valorize-se
F
al ís

Profissional
t u ic Participe em projetos
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I nt
Emocional
“Os anos deixam rugas
na pele, mas a perda de
l um “sentido” deixa
a
t u
ri rugas na alma”
So i
ci p
al s
E

F
al
ís
ic
 Valores / crenças

Profissional
t u a
l ec
e  Ética
I nt

 Propósito de vida
CUIDAR e Cuidar-
Cuidar-se – Pode ser?
1. Eficaz
2. Seguro
3. Boa Relação Custo/Benefício
4. Simples de aplicar
5. Generalista
6. Suportado por investigação científica
7. Auto aplicável
8. …

Não espere pelo “comprimido mágico?”


Abordagem proposta - Avaliação

Modelo de Stresse de
Pearlin (Pearlin & Skaff,
1996)

Modelo de Stress
familiar: ABC-X (Rice,
2000)

Stressores
Mediadores (avaliação)
Recursos
Resultados
Transição para o exercício do papel de cuidador
(Shyu, 2000; Wennman- Larsen & Tishelman, 2002)

Transição para uma nova vida em consequência do exercício do papel


(Wennman-Larsen & Tishelman, 2002)

Necessidades
A necessidade
Necessidades do da família
familiar de cuidar
alvo de cuidados engloba: que cuida

Ponto de Equilíbrio
(“Finding a Balance point”)
Gerir comportamentos, problemas emocionais, modificar o ambiente,
usar estratégias adequadas às necessidades de cuidados,…
(Shyu, 2000)
Abordagem proposta
B- Recursos

Pessoa Prestação de Prestador de


dependente cuidados cuidados
A- Evento Tipo de dependência Idade
Grau de parentesco
Stressante Nível de dependência Situação profissional
Classe social
ABVD; AIVD Recursos económicos
Duração dos cuidados
Nível cognitivo Estado de saúde
Tipo de cuidados
Idade Experiência no cuidar
Nº de horas de cuidados
Sexo CADI C–
Ajudas no cuidar
Estado civil CAMI Factores
Gastos com o cuidar mediado
Estatuto socioeconómico Suporte Social
res

D - RESULTADOS
STRESSE/SOBRECARGA
SATISFAÇÃO/BEM ESTAR
Carer Assessment
Difficulties Index
(Nolan et al, 1996; Brito, 2002; Sequeira, 2007, 2010)

Instrumento Tipo Observações

É composto por 30 Inclui informações sobre:


potenciais dificuldades Vida social, Saúde, Situação
relacionadas com o
Índice de avaliação económica, Relacionamento,
cuidar do idoso e suas Apoio dos profissionais.
das dificuldades implicações:
Análise factorial
do cuidador
Problemas relacionais

Exigências do cuidar

Restrições sociais

Prestação de cuidados

Apoio familiar

Apoio Profissional
Dificuldades - CADI
Factores do CADI Cuidadores M DP t de Student p

CADI global C-IDSD 59,64 15,26 t (146) 4,49 p < 0,0001


C-IDCD 72,13 21,13
Problemas relacionais C-IDSD 1,48 ,52 t (141) 8,15 p < 0,0001
C-IDCD 2,29 ,76
Restriç
Restrições sociais C-IDSD 2,08 ,74 t (162) 3,7 p < 0,0001
C-IDCD 2,52 ,86
Exigências do cuidar C-IDSD 2,29 ,67 t (151) 1,83 P = 0,069
C-IDCD 2,50 ,86
Reacç
Reacções ao cuidar C-IDSD 2,00 ,69 t (173) 2,1 P = 0,037
C-IDCD 2,22 ,70
Apoio familiar C-IDSD 2,07 1,07 t (181) 6,0 p < 0,0001
C-IDCD 2,74 1,05
Apoio profissional C-IDSD 2,44 ,89 t (159) 2,34 P = 0,020
C-IDCD 2,09 1,07

Outras dificuldades:
Informação; Dificuldades no desempenho do papel de cuidador
Dificuldades - CADI

Principais dificuldades (C-IDSD) Dificuldades (C-IDCD)

“Deixa-me muito cansada fisicamente”; “A pessoa de quem cuido chega a pôr-me fora de
mim”;

“A pessoa de quem cuido necessita de muita


ajuda...”; “O comportamento da pessoa de quem cuido causa
problemas”;

“Ando a dormir pior por causa desta situação”;


“Não consigo ter tempo de descanso...”;
“A minha saúde ficou abalada”;

“...esta situação está a transtornar-me os nervos”;


“Por vezes sinto que ... não posso fazer nada”;

“As pessoas da família não dão tanta ajuda como


“Não consigo sossegar por estar preocupada”. eu gostaria”.
Carer Assessment Managing Index
(Nolan et al, 1996; Brito, 2002; Sequeira, 2007, 2010)

Instrumento Tipo Observações

O CAMI inclui 38 Estratégias agrupadas em três categorias:

Índice de afirmações Resolução de problemas


relacionadas com Percepções alternativas sobre a situação
avaliação das as estratégias de
Lidar com sintomas de stresse
estratégias de “coping”,

“coping” do Análise factorial:

cuidador Estratégias centradas na prestação de cuidados

Percepções alternativas sobre a situação

Estratégias centradas no problema

Estratégias centradas no cuidador

Estratégias centradas no meio

Estratégias relacionadas com a partilha do


problema
Estratégias de Coping (CAMI)

Factores do CAMI Cuidadores M DP t de p


Student
Estraté
Estratégias centradas na prestaç
prestação de C-IDSD 2,93 ,678 t (182 = 3,6 <0,001
cuidados C-IDCD 2,60 ,579

Percepç
Percepções alternativas sobre a situaç
situação C-IDSD 3,09 ,610 t (182 = 3,7 <0,001
C-IDCD 2,72 ,732
Estratégias centradas no problema C-IDSD 2,09 ,505 t (182 = 0,79 0,43
C-IDCD 2,03 ,543
Estratégias centradas no cuidador C-IDSD 2,52 ,701 t (172) = - 0,47
0,71
C-IDCD 2,61 ,852
Estratégias centradas no meio C-IDSD 2,81 ,680 t (182 = 1,6 0,10
C-IDCD 2,65 ,637
Estraté
Estratégias relacionadas com a partilha do C-IDSD 2,86 ,820 t (182 = 2,4 0,01
problema
C-IDCD 2,58 ,747
C-IDSD 64,94 10,35 t (182 = 1,91 0,056
CAMI GLOBAL C-IDCD 61,83 11,71
Estratégias de Coping (CAMI)
As estratégias mais utilizadas (“lidar com os Estratégias raramente utilizadas
acontecimentos/resolução de problemas”
“Ver o lado cómico da situação”;
“Manter a pessoa tão activo quanto possível”;

“Cerrar os dentes e continuar”;


“Obter o máximo de ajuda dos serviços de saúde
/sociais”;
“Descarregar o excesso de energia e sentimentos,
andando, fazer exercício, ...”;
“Procurar informação acerca do problema”;
“Descarregar a tensão falando alto, gritando, ...”;
“Falar dos problemas com alguém em quem
confio”;
“Reunir regularmente com um grupo de pessoas
com um problema semelhante”;
“Utilizar medidas preventivas”;
”Tentar animar-me, bebendo um copo,
comendo,...”;
“Estabelecer uma ordem de prioridades”;

“Experimentar várias alternativas até encontrar “Fazer como se o problema não existisse”;
uma solução”.
“Usar técnicas de relaxamento”.
REPERCUSSÕES
Carer Assessment Satisfactions Index
(Nolan et al, 1996; Brito, 2002; Sequeira, 2007, 2010)

Instrumento Tipo Observações

O CASI Inclui informações sobre três categorias:


integra um a) satisfações resultantes da dinâmica interpessoal
Índice de
conjunto de entre o prestador de cuidados e o alvo desses
avaliação da 30 itens cuidados;
agrupados
satisfação do b) satisfações de índole intra pessoal e intra psíquica;
em três
c) satisfações do desejo de obter os melhores
cuidador principais
resultados possíveis.
categorias:
Análise factorial:

Contexto da pessoa dependente

Desempenho do papel de cuidador

Contexto do cuidador

Qualidade do desempenho

Dinâmica de resultados

Dinâmica familiar
Satisfação (CASI)

Factores do CASI Cuidadores M DP t de p


Student
Contexto do cuidador C-IDSD 2,98 ,675 t (181) = 4,1 p< 0,001
C-IDCD 2,48 1,05
Desempenho do papel de cuidador C-IDSD 3,56 ,422 t (181) = 2,8 p = 0,006
C-IDCD 3,32 ,735

Contexto da pessoa dependente C-IDSD 3,35 ,582 t (181) = 7,8 p< 0,001
C-IDCD 2,52 ,868

Qualidade do desempenho C-IDSD 3,64 ,451 t (181) = 5,1 p< 0,001


C-IDCD 3,17 ,769

Dinâmica de resultados C-IDSD 3,74 ,417 t (181) = 3,97 p < 0,001


C-IDCD 3,40 ,713

Dinâmica familiar C-IDSD 2,69 ,931 t (181) = 2,7 p = 0,007

C-IDCD 2,32 ,892

CASI GLOBAL C-IDSD 65,15 14,56 t (181) = 2,5 P < 0,01


C-IDCD 52,56 15,79
Satisfação (CASI)

• Principais fontes de satisfação - pessoa


dependente
• Manter a dignidade e bem-estar;
• Garantia como a pessoa tem as necessidades satisfeitas,
• Observar pequenas melhoras na pessoa de quem cuidam;
• Ser capaz de ajudar a pessoa dependente a desenvolver as
suas capacidades;
• Cumprimento de um dever,
• Sentimento de utilidade e estima;
• É uma forma de mostrar o meu amor pela pessoa de quem
cuido;
• Ter feito o melhor que me foi possível;
• Se fosse ao contrário a pessoa faria o mesmo por mim.
Escala de Sobrecarga do Cuidador –
(Sequeira, 2007, 2010)
Os C-IDCD apresenta níveis de sobrecarga mais elevados.

Factores da ESC Cuidadores M DP t de p


Student
Impacto da prestaç
prestação de cuidados; C-IDSD 2,35 ,733 t (181) = 4,9 p< 0,001
C-IDCD 3,00 1,05

Relaç
Relação interpessoal C-IDSD 1,70 ,601 t (181) = 6,7 p< 0,001
C-IDCD 2,52 1,06

Expectativas com o cuidar C-IDSD 3,53 ,729 t (181) = 2,4 P = 0,01


C-IDCD 3,80 ,790

Percepção de auto-eficácia C-IDSD 2,36 ,917 t (182) = 1,1 P = 0,29


C-IDCD 2,22 ,921

ESC TOTAL C-IDSD 53,14 12,25 t (181) = 5,4 p< 0,001


C-IDCD 65,31 18,01

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