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Introdução
Peritos Criminais federais são servidores públicos e nesta condição agem em nome da
Administração. Seus atos devem ser de acordo com a lei e com o interesse público. Para que
assim seja, estão sujeitos a controle e responsabilização por seus atos. Servidores públicos,
principalmente aquele imbuídos de grande responsabilidade, precisam estar cientes do tópico que
estudaremos neste capítulo. Além disto, os assuntos aqui tratados estão entre os mais cobrados
em Direito Administrativo em concursos.
A Administração Pública atua por meio de seus órgãos e seus agentes, os quais são
incumbidos do exercício das funções públicas, ou seja, da atividade administrativa. A função
administrativa existe nos três poderes, sendo que é exercida tipicamente pelo Poder Executivo e
atipicamente pelos demais poderes (Poder Legislativo e Poder Judiciário).
No exercício de suas funções, a Administração Pública sujeita-se a controle por parte dos
Poderes Legislativo e Judiciário, além de exercer, ela mesma, o controle sobre os próprios atos.
Esse controle abrange não só os órgãos do Poder Executivo, mas também os dos demais
Poderes, quando exerçam função tipicamente administrativa; em outras palavras, abrange a
Administração Pública considerada em sentido amplo.
A finalidade do controle é a de assegurar que a Administração atue em consonância com
os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, como os da legalidade, moralidade,
finalidade pública, publicidade, motivação, impessoalidade; em determinadas circunstâncias,
abrange também o controle chamado de mérito e que diz respeito aos aspectos discricionários da
atuação administrativa.
Embora o controle seja atribuição estatal, o administrado participa dele na medida em que
pode e deve provocar o procedimento de controle, não apenas na defesa de seus interesses
individuais, mas também na proteção do interesse coletivo. A Constituição outorga ao particular
determinados instrumentos de ação a serem utilizados com essa finalidade. É esse,
provavelmente, o mais eficaz meio de controle da Administração Pública: o controle popular.
Todavia, em nosso sistema não é o povo que diretamente administra o Estado, razão pela
qual escolhe seus representantes, que irão representá-lo no parlamento e editar as normas que os
agentes públicos, como administradores, deverão aplicar para alcançar o pretendido e inafastável
interesse da coletividade – o interesse público.
O controle constitui poder-dever dos órgãos a que a lei atribui essa função, precisamente
pela sua finalidade corretiva; ele não pode ser renunciado nem retardado, sob pena de
responsabilidade de quem se omitiu. Ele abrange a fiscalização e a correção dos atos ilegais e, em
certa medida, dos inconvenientes ou inoportunos.
Em resumo, podemos definir o controle da Administração Pública como o poder de
fiscalização e correção que sobre ela exercem os órgãos dos Poderes Judiciário, Legislativo e
Executivo, com o objetivo de garantir a conformidade de sua atuação com os princípios que lhe
são impostos pelo ordenamento jurídico.
Inicialmente apresentaremos conceitos básicos e fundamentais neste assunto, para nas
seções posteriores aprofundar o assunto fechando com responsabilidade da Administração, outro
tema importante para concursos públicos e mais do que isto, para a vivência do servidor público.
Espécies de Controles
Diversas classificações podem ser empregadas para os controles que existem na
Administração Publica. Uma primeira classificação, bastante usada e natural é a que considera o
poder envolvido no controle, seguindo a clássica separação de 3 poderes. Por esta classificação
temos:
Controle administrativo: feito no próprio âmbito administrativo, pode ser tutelar ou
hierárquico.
Controle legislativo: realizado pelo Poder Legislativo, com auxílio dos Tribunais de
Contas.
Controle judicial: próprio do Poder Judiciário, sendo necessariamente invocado pelo
princípio da inércia (Artigo 2º do CPC).
Errado
O controle judicial é possível mas terá que respeitar a discricionariedade administrativa, nos limites
em que ela é assegurada à Administração Pública pela lei. O Poder Judiciário não pode invadir o
espaço reservado pela lei ao administrador, pois, se o fizesse, estaria substituindo por seus
próprios critérios de escolha a opção legítima feita pela autoridade competente com base em
razões de oportunidade e conveniência que ela, melhor do que ninguém, pode decidir diante de
cada caso concreto.
3 - A anulação pode também ser feita pelo Poder Judiciário, mediante provocação dos
interessados.
Correto
Eles podem utilizar, para esse fim, quer as ações ordinárias e especiais previstas na legislação
processual, quer os remédios constitucionais de controle judicial da Administração Pública.
4 - A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação
judicial.
Correto
Trata-se do próprio texto da Súmula 473 do STF.
Errado
Também a própria administração deve controlar a legalidade de seus atos.
6 - O abuso de poder, em qualquer de suas modalidades, conduz à invalidade do ato, que poderá
ser reconhecida pela própria Administração (autotutela) ou pelo Poder Judiciário (controle judicial).
Correto
Como abuso de poder se inclui desvio de poder e excesso de poder.
7 - A Administração Pública deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de
legalidade, e pode anulá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos
Errado
Quando se trata de conveniência e oportunidade não se fala em anulação e sim em revogação.
9 - Ato administrativo, eivado de vício insanável que o torne ilegal só pode ser anulado pelo Poder
Judiciário.
Errado
Também pode ser anulado pela própria Administração.
10 - A Administração pode anular os seus próprios atos, eivados de vícios insanáveis que os
tornem ilegais, ou também revogá-los por motivo de interesse público superveniente, mas sempre
com efeito ex nunc.
Errado
A anulação tem efeitos ex tunc (retroativos).
Correto
Neste caso trata-se realmente de revogação, pois se fala em conveniência e interesse público.
Errado
Em sede de recurso administrativo, um ato pode ser anulado pela autoridade competente para
conhecer o recurso, e o será sempre que essa verificar que o ato contra o qual se recorre
apresenta alguma ilegalidade insanável. O art. 64 da Lei nº 9.784/99 é claro quanto a isso.
13 - Um determinado ato administrativo, tido por ilegal, não chega a causar dano ou lesão ao
direito de alguém ou ao patrimônio público, mas a sua vigência e eficácia, por ter caráter normativo
continuado, pode vir a prejudicar o bom e regular funcionamento dos serviços de certo setor da
Administração, razão pela qual, para a sua invalidação, torna-se particularmente cabível e/ou
necessário aplicar o instituto da anulação.
Errado
Neste caso trata-se de revogação.
14 – Todos os poderes estão sujeitos a controle externo. No caso específico do Poder Executivo é
obrigatória a existência também de sistemas de controle interno.
Errado
Todos os poderes devem ter sistemas de controle externo e interno.
Correto
A afirmação está coerente com as definições de cada espécie de controle.