Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
09/01/2006
BIBLIOGRAFIA
No âmbito estadual:
1
DIREITO ADMINISTRATIVO
IV - livre concorrência;
DIRETA
Foi a que mais sofreu modificações com a política neoliberal. Vem sendo
terceirizada.
INDIRETA
2
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços
públicos.
Os 3 setores são típicos da estrutura Federal e dos Estados, mas não dos
Municípios, uma vez que pouco exerceram a função de agente econômico.
3
DIREITO ADMINISTRATIVO
Na União, dispõe sobre esse setor o Dcreto-lei 200/67, arts. 4º e 5º. No ERJ,
deve-se examinar a Constituição Estadual.
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos
direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
4
DIREITO ADMINISTRATIVO
• Até 1988, o celetista da estatal não fazia concurso. Com o art. 37,II,
CF, o concurso tornou-se obrigatório após 1988.
Em resumo: o regime trabalhista não foi alterado nas estatais, mas foi
introduzida a obrigatoriedade de concurso para ingresso.
• Antes de 88:
1) regime do cargo público (não utilizar o termo estatutário)
2) celetista sem concurso
• Após 88:
O art. 39 CF, antes das emendas, exigiu a criação de um regime jurídico
único, sem definir qual seria, se regime de cargo público ou trabalhista.
A União cria a Lei 8.112/90, que optou pelo regime do cargo público para
a Administração Direta, autárquica e fundacional.
Art. 19 ADCT:
5
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 19. Os servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, da administração direta, autárquica e das fundações públicas, em exercício
na data da promulgação da Constituição, há pelo menos cinco anos continuados, e que
não tenham sido admitidos na forma regulada no art. 37, da Constituição, são
considerados estáveis no serviço público.
§ 1º - O tempo de serviço dos servidores referidos neste artigo será contado como título
quando se submeterem a concurso para fins de efetivação, na forma da lei.
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o
prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e
funções de confiança; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II - exoneração dos servidores não estáveis. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 19, de 1998)
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes
para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste
artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado
6
DIREITO ADMINISTRATIVO
16/01/2006
2) o fim do regime jurídico único (para que a Adm. Direta pudesse ser
loteadas por celetistas).
Contudo, o Governo não logrou êxito. O art. 37, II, CF ainda exige concurso
público para cargo e emprego público:
7
DIREITO ADMINISTRATIVO
A Lei 8.112/90 mudou de nome. Não é mais Lei do Regime Único, mas sim
Lei do Regime de Cargo Público.
José dos Santos Carvalho Filho diz que a EC 19 aboliu o regime jurídico
único. Isto não é correto. Ela só acabou com a obrigatoriedade do regime,
mas este não foi abolido. O ERJ o adota.
LEI 9.962/2000
8
DIREITO ADMINISTRATIVO
Essa redação, porém, não vingou. Ficou definido, então, que lei específica
definiria a questão para cada categoria.
O PT impetra a ADIN 2.310 contra essa Lei, uma vez se tratar de carreira que
detém atribuição de fiscalizar, poder de polícia, o que exige para seus
integrantes a estabilidade do regime estatutário.
9
DIREITO ADMINISTRATIVO
Não há, agora, exemplo de lei específica que defina o regime celetista para
uma carreira da União.
Art. 1 º
§ 2o É vedado:
II – alcançar, nas leis (específicas) a que se refere o § 1o , servidores regidos
pela Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, às datas das respectivas publicações.
10
DIREITO ADMINISTRATIVO
Órgão público não é pessoa jurídica. Ele está em uma pessoa jurídica. Ex. de
órgão: Presidência da República; a PJ é a União. Congresso, STF, TRF são
órgãos. Art. 92 CF:
DEFINIÇÃO:
11
DIREITO ADMINISTRATIVO
Ar. 48, IX, CF: Cabe ao Congresso, com respaldo do Presidente, criar órgão
público; logo, ele é criado por lei.
DESCONCENTRAÇÃO X DESCENTRALIZAÇÃO
(cria órgão) (cria pessoa jurídica)
3 CLASSIFICAÇÕES:
12
DIREITO ADMINISTRATIVO
2) Simples
13
DIREITO ADMINISTRATIVO
EXCEÇÃO:
AGENTE POLÍTICO
Segundo Celso Antônio di Pietro (de São Paulo), o agente político é somente
quem tem mandato transitório. O concursado vitalício não o seria. Contudo,
para concurso na área federal, é bom defender a tese anterior.
XIX - somente por lei específica poderão ser criadas empresa pública , sociedade de
economia mista, autarquia ou fundação pública;
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação,
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
• Agora somente por lei específica para autarquia; e lei autorizativa par as
demais (empresas públicas, sociedades de economia mista e fundação)
14
DIREITO ADMINISTRATIVO
15
DIREITO ADMINISTRATIVO
1) Autarquia
2) Agência executiva*
3) Agência reguladora*
4) Agência de desenvolvimento*
5) Conselhos que controlam profissões regulamentadas*
16
DIREITO ADMINISTRATIVO
23/01/2006
AUTARQUIAS
As autarquias estão deixando de ser uma pessoa jurídica para ser um regime.
QUESTÃO: MP/94
Resposta:
17
DIREITO ADMINISTRATIVO
AUTARQUIA
PERSONALIDADE JURÍDICA De direito público.
Art. 5º DL 200/67
§ 2º - Considera-se:
I - autarquia - o serviço autônomo criado por lei,
com personalidade jurídica de direito público,
patrimônio e receita próprios, para executar
atividades típicas da administração pública, que
requeiram, para seu melhor funcionamento,
gestão administrativa e financeira
descentralizada;
18
DIREITO ADMINISTRATIVO
descentralizada.
19
DIREITO ADMINISTRATIVO
decorrentes.
20
DIREITO ADMINISTRATIVO
21
DIREITO ADMINISTRATIVO
22
DIREITO ADMINISTRATIVO
1
Quais são as atividades típicas do Poder Público?
23
DIREITO ADMINISTRATIVO
ENTIDADES AUTÁRQUICAS
1) FUNDAÇÃO PÚBLICA
24
DIREITO ADMINISTRATIVO
FUNDAÇÕES
Pessoa J. de Direito Público
FUNDAÇÃO PÚBLICA
Pessoa J. de Direito Privado2
2
Esta aqui não tem nada a ver com a fundação particular, nem com as regras
do Código Civil. Ela pertence ao Direito Administrativo. Vide o art. 5º, § 3º,
DL 200/67, que afasta as disposições do CC.
Se a lei diz que a fundação pública é de direito privado, como se atribuiu a ela
personalidade jurídica de direito público? O que criou toda essa confusão? O
jeitinho brasileiro, a vontade de burlar o princípio da impessoalidade. Antes
25
DIREITO ADMINISTRATIVO
26
DIREITO ADMINISTRATIVO
27
DIREITO ADMINISTRATIVO
Sobre a questão, deve-se ler texto de Paulo Silveira Leão Júnior (Procurador
do Estado); seu trabalho foi escrito antes da alteração de entendimento de
Hely Lopes Meirelles. Ler também o livro da Di Pietro.
28
DIREITO ADMINISTRATIVO
30/01/2006
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação,
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
29
DIREITO ADMINISTRATIVO
empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
30
DIREITO ADMINISTRATIVO
31
DIREITO ADMINISTRATIVO
32
DIREITO ADMINISTRATIVO
• a empresa pública
• a sociedade de economia mista
• a fundação pública de direito privado e
• o sistema S – serviços sociais autônomos
33
DIREITO ADMINISTRATIVO
EMPRESA SOCIEDADE DE
PÚBLICA ECONOMIA MISTA
PERSONALIDADE Pessoa de direito privado
JURÍDICA
REGIME DE Regime trabalhista (CLT) – evite a expressão `regime
PESSOAL de emprego públcico
34
DIREITO ADMINISTRATIVO
35
DIREITO ADMINISTRATIVO
QUESTÃO 1:
36
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços
públicos.
(...)
3) Para José dos Santos de Carvalho Filho e Eros Grau (concurso para o
Estado), o art. 173 abrange as estatais prestadoras de serviços públicos porque
são lucrativas, constituindo, portanto, espécie do gênero estatais que exploram
atividade econômica. Ex. empresas das áreas de telecomunicações e de
energia elétrica.
QUESTÃO 2:
37
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa,
nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida
pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Art 14 - Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal, estadual e
municipal, o não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção
dos inconvenientes e danos causados pela degradação da qualidade ambiental
sujeitará os transgressores:
38
DIREITO ADMINISTRATIVO
QUESTÃO 3:
FALÊNCIA DA ESTATAL
A) De início, a estatal sempre foi protegida da falência pelo art. 242 da Lei das
S/A. Ela protegia expressamente a sociedade de economia mista, mas a
jurisprudência e a doutrina estendeu essa proteção às empresas públicas.
Fundamento: se a empresa mista não pode falir, quanto mais a empresa
pública, que tem capital integral do Poder Público.
B) O art. 10 da Lei 10.303/01 (que alterou a Lei das S/A) revogou o art. 242, o
que levou a doutrina a entender que as estatais poderiam falir. Mas José
Santos Carvalho Filho e Celso Antônio Bandeira de Mello defendem que só a
estatal prestadora de atividade econômica poderia falir, o que para
Carvalhinho é uma contradição em sua tese. Para eles, a estatal prestadora de
serviço público não pode falir em razão do princípio da continuidade do
serviço público. Além disso, esse serviço não se equipara à iniciativa privada,
e está, portanto, fora do alcance do art. 173 e, por conseguinte, recebe
tratamento diferenciado.
C) Com o art. 2º da nova Lei de Falências/05, ficou fixado que as estatais não
podem falir. Essa é a atual posição legal sobre a matéria. Mas Celso Antônio
Bandeira de Mello já tece crítica. Para ele, o dispositivo é inconstitucional,
pois contraria o tratamento igualitário previsto no art. 173 CR/88 no que
concerne à estatal prestadora de atividade econômica.
39
DIREITO ADMINISTRATIVO
QUESTÃO 4:
O art. 242 da Lei das S/A dizia que havia responsabilidade subsidiária. A
nova Lei de Falências nada fala a respeito. É a doutrina, então, que dispõe
sobre a matéria:
______________________________________________________________
06/02/06
QUESTÃO 5:
Segundo Hely Lopes Meirelles, os bens das estatais são bens públicos
especiais (não confundir com “de uso especial”), mesmo tratando-se de
pessoa jurídica de direito privado. Atenção: Esta posição conflita com o CC.
40
DIREITO ADMINISTRATIVO
2) Carvalho Filho
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas
de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa
a que pertencerem.
41
DIREITO ADMINISTRATIVO
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou entidade pública que
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos
ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de
natureza pecuniária.
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o
auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
.....
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e
valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e
sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles
que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao
erário público;
42
DIREITO ADMINISTRATIVO
QUESTÃO 6:
ESTATAIS DEPENDENTES
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
43
DIREITO ADMINISTRATIVO
QUESTÃO 7:
A princípio, a penhora é aceita. O art. 242 da Lei das S/A (revogado) garantia
a penhora. Hoje, não há norma dispondo sobre a matéria.
44
DIREITO ADMINISTRATIVO
QUESTÃO 8:
LICITAÇÃO
45
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 17, II, e, Lei 8.666/93 (segundo essa norma, até compra de matéria-prima
é atividade meio)
Com o advento da EC19, foi alterado o art. 22, XXVII, CR/88, passando a
prever 2 leis de licitação distintas. Na verdade, a intenção inicial do governo
era acabar com a licitação para as pessoas jurídicas de direito privado. Não
conseguiram, mas obtiveram a flexibilização para as estatais.
46
DIREITO ADMINISTRATIVO
Já para as estatais, aplicar-se-ia o art. 173, § 1º, CR/88, que prevê o estatuto da
estatal, que regularia, também, a licitação para essas pessoas, que
continuariam a licitar, porém sob uma lei mais flexível.
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
47
DIREITO ADMINISTRATIVO
48
DIREITO ADMINISTRATIVO
EMPRESA SOCIEDADE DE
PÚBLICA ECONOMIA MISTA
FORMA Qualquer forma admitida Sempre S/A
em direito
Art. 5º, II, DL 200/67 Art. 5º, III, DL 200/67
*atualmente em razão de
segurança nacional e
relevante interesse
coletivo
49
DIREITO ADMINISTRATIVO
_____________________ ______________________
QUANTO À Só dinheiro público Dinheiro público e privado
FORMAÇÃO DO
CAPITAL Art. 5º, II, DL 200/67: Só
pode ter dinheiro público
da União? Hoje não há
mais essa exigência de
exclusividade por força do
DL 900/69, cujo art. 5º
abriu a possibilidade de
outras pj dir público
participar, inclusive as
estatais (emp. Públicas e
soc. Economia mista!!!,
que tem participação de
capital privado!!!!)
Art . 5º Desde que a maioria
do capital votante permaneça
de propriedade da União, será
admitida, no capital da
Emprêsa Pública (artigo 5º
inciso II, do Decreto-lei
número 200, de 25 de
fevereiro de 1967), a
participação de outras pessoas
jurídicas de direito público
interno bem como de entidades
da Administração Indireta da
União, dos Estados, Distrito
Federal e Municípios.
50
DIREITO ADMINISTRATIVO
SOCIEDADE DE
EMPRESA PÚBLICA ECONOMIA MISTA
____________________ ______________________
556
É COMPETENTE A JUSTIÇA
COMUM PARA JULGAR AS
CAUSAS EM QUE É PARTE
SOCIEDADE DE ECONOMIA
MISTA.
51
DIREITO ADMINISTRATIVO
13/02/2006
CONSÓRCIOS PÚBLICOS
O art. 241 CR foi alterado pela EC 19, passando a ter a seguinte redação:
Art. 241. Aos delegados de polícia de carreira aplica-se o princípio do art. 39, § 1º,
correspondente às carreiras disciplinadas no art. 135 desta Constituição.
Pensava-se que a Lei 11.107/05 trataria desses dois institutos, mas não foi isso
que aconteceu.
52
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 116 Lei 8.666/93 – que rege a licitação e os contratos (o rol não está
fechado, há outros instrumentos)
Art. 116. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos convênios,
acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres celebrados por órgãos e
entidades da Administração.
Os atos arrolados acima não são contratos; o convênio não é contrato, se fosse,
não haveria razão para o art. 116. Sua natureza não é contratual.
53
DIREITO ADMINISTRATIVO
A Lei 8.666/93 não é lei nacional, é federal, mas ela tem alguns artigos
considerados como normas gerais, estas sim aplicadas em nível nacional. A
natureza jurídica da Lei 8.666 é de lei federal.
O art. 116 não cita o consórcio porque a União, a princípio, não o celebra.
Art. 1o Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de
objetivos de interesse comum e dá outras providências.
Art. 13
Art. 1º
54
DIREITO ADMINISTRATIVO
idéia é que esse novo consórcio não vai substituir o consórcio ato
administrativo complexo.
Classificação de
Carvalho Fo.
Este é muito mais burocrático, pois exige a criação de uma pessoa jurídica
para administrá-lo. Art. 1º, § 1º e art. 6º Lei 11.107/05.
Art. 1º
55
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 241 CR
Indaga-se: Será que esse dispositivo constitucional está aludindo a outro tipo
de convênio que não o tradicional, pois o tradicional admite particulares e o
estatuído no art. 241 CR parece não admitir. Mas isso é especulação, uma vez
que a Lei 11.107/05 só regulamentou o consórcio e, ainda assim, o novo, o
consórcio público.
Art. 1º
56
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 6º
§ 1o O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a
administração indireta de todos os entes da Federação consorciados.
Caso se optar por constituir uma pessoa jurídica de direito privado, observará
o regime público no que concerne à licitação, prestação de contas a Tribunal
de Contas, concurso público. Na verdade, será um híbrido, não havendo
menção se integrará a Administração Indireta.
Art. 6º
§ 2o No caso de se revestir de personalidade jurídica de direito privado, o consórcio
público observará as normas de direito público no que concerne à realização de
licitação, celebração de contratos, prestação de contas e admissão de pessoal, que
será regido pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.
A participação não, mas o mau uso dessa participação sim, uma vez que a
União tem mais recursos e, por isso, teria condições de conseguir mais direito
a voto, impondo a sua vontade e ferindo a autonomia federativa.
57
DIREITO ADMINISTRATIVO
A Lei não fecha a questão; poderá ter qualquer fim: gestão de hospital,
disposição do lixo, transporte etc.
3 – O consórcio pode prestar serviço para os entes que o criaram? Que outros
serviços, além o do objeto de sua criação, poderão ser prestados pelo
consórcio? Há entendimento de que ele poderá oferecer serviços outros aos
entes, dispensado de participar de licitação para isso.
A Lei da PPP, em seu art. 2º, § 4º, estabelece que não pode haver PPP abaixo
de 20 milhões de reais. Com isso, os Municípios estão praticamente
excluídos. Uma forma de trazê-los para a PPP é o consórcio público, que
celebraria a PPP, porque assim teria recursos para bancar o limite imposto.
É bem verdade que os Municípios podem alegar que o art. 2º da Lei da PPP
não é norma geral (competência da União para legislar sobre normas gerais e
contratos) e, assim, desconsiderar o limite mínimo fixado na lei para
participação em PPP. Tal dispositivo está como norma geral, mas não é
norma geral. Mas trata-se de tese não muito bem aceita, que deve ser evitada
em concurso, dando-se preferência à anterior.
58
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 3o O consórcio público será constituído por contrato cuja celebração dependerá
da prévia subscrição de protocolo de intenções.
O contrato de rateio – Art. 8º - Define com quanto cada ente irá colaborar;
repasse anual, pena de exclusão pelo seu descumprimento; torna mais seguro o
repasse de verbas. Isso falta nos tradicionais consórcios e convênios, regidos
pela liberdade, sem obrigação quanto ao cumprimento do pactuado.
59
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 13. Deverão ser constituídas e reguladas por contrato de programa, como
condição de sua validade, as obrigações que um ente da Federação constituir para
com outro ente da Federação ou para com consórcio público no âmbito de gestão
associada em que haja a prestação de serviços públicos ou a transferência total ou
parcial de encargos, serviços, pessoal ou de bens necessários à continuidade dos
serviços transferidos.
§ 1o O contrato de programa deverá:
I – atender à legislação de concessões e permissões de serviços públicos e,
especialmente no que se refere ao cálculo de tarifas e de outros preços públicos, à de
regulação dos serviços a serem prestados; e
II – prever procedimentos que garantam a transparência da gestão econômica e
financeira de cada serviço em relação a cada um de seus titulares.
60
DIREITO ADMINISTRATIVO
FIM DO 1º SETOR
61
DIREITO ADMINISTRATIVO
20/02/2006
2º SETOR
2º SETOR
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços
públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o
caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de
caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
II - os direitos dos usuários;
III - política tarifária;
IV - a obrigação de manter serviço adequado.
62
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 22, XXVII – cabe à União criar normas gerais de licitação e contratos
(Lei 8.666/93). A Lei Federal 8.987/95 estatui normas gerais para os Estados
e Municípios. Polêmica: quais são as normas gerais para os Estados e
Municípios? A mesma polêmica ocorre com a Lei de Licitação.
2) Quando o art. 175 CR/88 fala em “diretamente”, ele abraça todo o 1º Setor,
seja autarquia, órgão, estatal, não só a Administração Direta.
A Lei Orgânica do Município do Rio de Janeiro, em seu art. 148, § 1º, fala
expressamente em contratos de concessão e nos termos de permissão,
deixando claro que, para esse legislador, a permissão de serviço público ainda
é ato administrativo.
63
DIREITO ADMINISTRATIVO
A ADIN 1.491-DF e a Lei 8.987/95, cujo art. 2º, IV, nos dá o conceito de
permissão e o art. 40 estabelece tratar-se de contrato de adesão.
Vê-se que, para a lei, a permissão de serviço público deixou de ser ato
administrativo para figurar como contrato de adesão. Ressalte-se que todo
contrato administrativo é um contrato de adesão, já que é anexo obrigatório ao
edital de licitação: art. 40, § 2º, III, Lei 8.666/93 e art. 18, XIV e XVI, da Lei
8.987/96
Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome
da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo
da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para
recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos
envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte:
64
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 18. O edital de licitação será elaborado pelo poder concedente, observados, no
que couber, os critérios e as normas gerais da legislação própria sobre licitações e
contratos e conterá, especialmente:
XIV - nos casos de concessão, a minuta do respectivo contrato, que conterá as
cláusulas essenciais referidas no art. 23 desta Lei, quando aplicáveis;
XVI - nos casos de permissão, os termos do contrato de adesão a ser firmado.
65
DIREITO ADMINISTRATIVO
66
DIREITO ADMINISTRATIVO
Permissão – art. 2º, IV, Lei 8.987/95 – delegação a título precário, não há
segurança jurídica.
PRECARIEDADE DA PERMISSÁO
67
DIREITO ADMINISTRATIVO
pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas
pertinentes e no respectivo contrato.
§ 1 Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade,
o
68
DIREITO ADMINISTRATIVO
art. 6º, § 3º
Política tarifária. A tarifa tem que ser baixa, pois o povo não pode pagar.
Isso, claro, conflita com o interesse de lucro do concessionário/permissionário.
Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos
respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos:
69
DIREITO ADMINISTRATIVO
Resposta: O art. 124 Lei 8.666/93 determina que o prazo de 6 anos do art. 57
só se aplica subsidiariamente à Lei 8.987/95. Esta nada define quanto ao
prazo, deixando-o para ser fixado em edital, caso a caso. Art. 18
Art. 18. O edital de licitação será elaborado pelo poder concedente, observados, no
que couber, os critérios e as normas gerais da legislação própria sobre licitações e
contratos e conterá, especialmente:
I - o objeto, metas e prazo da concessão;
70
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 9 A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo preço da proposta
o
71
DIREITO ADMINISTRATIVO
06/03/2006
REAJUSTE
A Lei 8880, arts 11 e 12, que é a Lei do Plano Real, determinou que reajustes
só existirão para contratos com mais de um ano.
O artigo 40, XI, da Lei 8666/93, c/c o artigo 18, VIII, da Lei 8987/95, fazem a
previsão do reajuste, e estabelecem que o edital deve prever os critérios de
reajuste a ser adotados no contrato:
72
DIREITO ADMINISTRATIVO
O artigo 23, III, da Lei 8987/95, determina que os critérios são cláusula
essencial do contrato de concessão:
REVISÃO
A revisão da tarifa pública ocorrerá por motivo imprevisível. Não tem data par
ocorrer. Liga-se à teoria do fato do príncipe.
73
DIREITO ADMINISTRATIVO
................................
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
74
DIREITO ADMINISTRATIVO
Cabe lembrar que, pela teoria objetiva, se houve dano, quem o causou é
responsável, sendo devedor da indenização, independentemente de ter agido
com culpa/dolo.
Extinção da Concessão:
75
DIREITO ADMINISTRATIVO
Das formas de extinção elencadas nos incisos do artigo 35, três merecem
maior atenção: a encampação, a caducidade e a rescisão.
76
DIREITO ADMINISTRATIVO
A forma pelo qual ela se dá é a lei. Antes da edição da Lei 8987, podia se dar
por decreto. Com a edição desta lei, passou a ser necessária a edição de lei
autorizativa específica. Portanto, cabe ao legislador, usurpando atribuição do
poder executivo, editar ou não a lei. Até hoje não houve questionamento a
respeito desta atribuição ao legislativo de competência antes atribuída ao
executivo.
77
DIREITO ADMINISTRATIVO
Podemos verificar que o artigo traz tantas exceções, que a disposição chega a
ser inútil, pois é difícil imaginar outra hipótese de serviço público, além das
acima elencadas, ou que não tivessem sido já autorizadas pela Constituição
Federal, pelas constituições estaduais e pelas leis orgânicas dos municípios.
78
DIREITO ADMINISTRATIVO
79
DIREITO ADMINISTRATIVO
Há garantia de ampla defesa, uma vez que se trata de uma punição. Antes da
edição do decreto deve ser instaurado processo administrativo.
80
DIREITO ADMINISTRATIVO
Cabe frisar que existe a exceptio no direito administrativo, mas não no que se
refere a prestação de serviços públicos. Vale citar o artigo 78, XV, da Lei
8666/93:
Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:
(...)
XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela
Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas
destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública,
grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o
direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que
seja normalizada a situação;
81
DIREITO ADMINISTRATIVO
Extinção da Permissão:
82
DIREITO ADMINISTRATIVO
Os dispositivos não são mencionados por Di Pietro. Carvalhinho, por sua vez,
cita os dispositivos, mas diz que eles não se aplicam a serviços públicos, mas a
serviços particulares.
83
DIREITO ADMINISTRATIVO
13/03/2006
Na PPP:
84
DIREITO ADMINISTRATIVO
ATENÇÃO: é o art. 2º, § 2º, que não fala em serviço público. Este parágrafo é
um verdadeiro enigma. Objeto da concessão é a prestação de serviço público
ao Poder Público e não à população. O Poder Público é que é usuário. Ora, se
ela é a usuária, sinal que tem dinheiro. Como manter o discurso de que a PPP
foi criada para captar recursos que o Poder Público não tem?
85
DIREITO ADMINISTRATIVO
Na PPP participativa, não tem como o parceiro privado perder dinheiro, pois,
a par da tarifa, a iniciativa privada será paga por dotação orçamentária e, se
necessário, se houver calote do Poder Público, pode ela se socorrer do Fundo
Garantidor da PPP – art. 16. Não precisará sequer recorrer ao Poder
Judiciário/precatório. CRÍTICA: esse sistema não atende ao interesse
público.
86
DIREITO ADMINISTRATIVO
A Lei 11.079/04 é federal e não nacional, mas contém algumas normas gerais.
Todos os entes podem legislar sobre PPP. Daí que os Municípios podem
defender que o dispositivo que limita a PPP a um teto mínimo não é norma
geral, pois exclui a maioria dos Municípios. A única forma que os Municípios
terão para chegar à PPP é por meio do consórcio público.
Art. 2º, §4º, II – Contrato com no mínimo de 5 anos de duração, o que não
aprisiona a concessão comum.
Art. 3º, §2º - Nada na Lei da PPP vai respingar na Lei da Concessão Comum.
87
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 3º, §1º - À PPP patrocinada aplica-se, subsidiariamente, toda a Lei 9.997.
Art. 3º, caput – Pinça alguns artigos dessa Lei para a PPP administrativa.
LICITAÇÃO NA PPP:
Art. 10 e seguintes
Art. 10 – Será na modalidade de CONCORRÊNCIA e poderá ter
características de pregão (arts. 10 e 13) – Lei 10.520/02. Poderá ser clássica
ou mesclada com características do pregão, mas não deixará de ser
concorrência. O edital definirá.
Art. 9º - Quem ganhar a licitação terá que criar empresa específica para gins
da PPP. “Sociedade de propósito específico”. Daí porque se diz que a estatal
não poderá ser parceira, pois seu objeto já está definido em lei.
• vinculação de receita – o art. 10 cita o art. 167, IV, CR/88, que, incrível,
veda essa vinculação !!!!
• fundo garantidor da PPP (FGP) – art. 16, §1º - natureza privada,
patrimônio próprio.**
** O FGP não usa dotação orçamentária, não é fundo orçamentário, logo não
precisa se submeter à regra da CR/88 sobre criação de fundo especial. Essa é
a defesa para a crítica de que o FGP burla a regra constitucional para criação
de fundos especiais.
Critica-se, também, que tal fundo burla a ordem dos precatórios (art. 100
CR/88). Como defesa, alegam que a utilização do fundo não decorre de
decisão judicial, mas sim de cláusula contratual.
88
DIREITO ADMINISTRATIVO
20/03/2006
3º SETOR
Art. 29, XII, CR/88 – Desde 1988 já eram reconhecidas pela Constituição
comod “ associações representativas”. Qualquer colaboração com Poder
Público encaixa-se no 3º Setor.
SISTEMA ‘S’
Nunca tivemos uma lei de referência geral para o Sistema S (Serviço Social
Autônomo). Surgem através de lei autorizativa. A matéria está entregue à
doutrina, que pouco interesse demonstrou.
De onde saem os recursos para manter essas entidades? Art. 149 CR/88.
Contribuições sociais pagas pela indústria e comércio, instituída,
exclusivamente, pela União. Logo, é tributo, é dinheiro público que as
sustentam, não importa quem seja o contribuinte (a indústria ou o comércio).
89
DIREITO ADMINISTRATIVO
E quanto ao concurso público? A doutrina diz que não está no art. 37, II,
CR/88, logo, não precisa observar o concurso público. Às vezes, fazem
90
DIREITO ADMINISTRATIVO
SISTEMA OS
Criado em 1998, pela Lei 9.637/98, lei federal, que regula a parceria entre as
OS e a União. A lei pioneira, inclusive, não foi da União, mas do Pará e,
depois, de São Paulo. Já a Lei da OSCIP, Lei 9.790d/99 é nacional, rege
todos os entes federativos.d
SISTEMA OS: art. 1º Lei 9.637/98 – O alvo da OS é uma Ong que atue em
uma das áreas arroladas; é qualificar uma Ong já existente que atue em uma
dessas áreas de interesse, de forma a estimulá-la, inclusive com repasses de
verbas.
91
DIREITO ADMINISTRATIVO
Como se dá, na União, a qualificação de uma ONG em OS? Art. 2º, I, Lei
9.637/98 – requisitos formais para habilitação; inc. II – “conveniência e
oportunidade” Escolha discricionária. Marçal Justin Fo é o único que
critica e defende a necessidade de licitação. Para ele, a discricionariedade no
caso é inconstitucional, pois configura burla ao princípio da impessoalidade. O
procedimento deveria ser obrigatório, já que há competição. Di Pietro fala
que deveriam ser respeitados os princípios da licitação.
Entidade pública que vira OS: está havendo substituição do Poder Público, e a
OS não deveria se prestar a isso, pois está isenta de licitação e concurso. Isso
tudo seguindo critérios de discricionariedade.
Controle do TCU : art. 70, p. único, CR/88 e art. 71, II, CR/88. As OS são
controladas pelo TCU. Porém, os arts. 8º e 9º da Lei 9.637/98 estabelece que
quem qualifica controla. Na lei, o TCU só é citado no art. 9º, que cria um
intermediário, afastando o controle direto do TCU. Na prova, devem ser
apresentados os 2 sistemas de controle: 1) o da CR/88: TCU e 2) o da Lei das
OS: órgão que a qualificou mais TCU em caso de necessidade.
92
DIREITO ADMINISTRATIVO
Por isso, aqui, não haveria necessidade de licitação para qualificação. Mas,
para celebrar o termo de parceria, é necessário licitação? Segundo Marçal,
sim, pois daqui resultam vantagens. Di Pietro nada menciona.
Vantagens da OSCIP: ela poderá receber dotação orçamentária: art. 10, § 2º.
Não há previsão de cessão de servidor. Para esse fim, não pode ser utilizado o
art. 93 da Lei 8.112/90, posto que ela só admite cessão para o 1º setor.
93
DIREITO ADMINISTRATIVO
Para a OSCIP, o tratamento está sendo mais brando do que aquele concedido à
OS, pois esta pode substituir o Poder Público sem se sujeitar a licitação ou
concurso. Já a OSCIP não se prestam a essa substituição, somente colaboram
com o Poder Público.
Art. 4º, VII, d, Lei 9.790/99 – Aqui, na OSCIP, está claro o duplo controle:
TCU e órgão com quem celebrou a parceria. São 2 sistemas de controle> o
parlamentar e o do órgão parceiro.
27/03/2006
[EC 51/06 – Será um novo regime de contratação do setor público? Art. 198,
§§4º, 5º e 6º, CR/88. § 4º “processo seletivo” e § 6º “não serão estáveis.]
ATO ADMINISTRATIVO
94
DIREITO ADMINISTRATIVO
CARACTERÍSTICAS / ATRIBUTOS:
1) IMPERATIVIDADE
É poder de impor a sua vontade dentro dos parâmetros legais em que o agente
público foi investido.
Ex. tombamento. Art. 216, §5º, CR/88. Até mesmo o legislador pode fazer
tombamento. Segundo Hely Lopes Meirelles, até mesmo o Judiciário pode
obrigar o Executivo a tombar.
Não são todos os atos administrativos que têm imperatividade; isto porque não
precisam. Não se trata de atos subalternos. Eles não têm imperatividade
porque não geram obrigações a ninguém. Há 2 grupos:
OBS. Di Pietro alega que esses atos sem imperatividade não são atos
administrativos. Ela os chama de “atos da Administração”. Ela defende,
porém, posição isolada.
95
DIREITO ADMINISTRATIVO
Limite da legitimidade
3) EXECUTORIEDADE / AUTO-EXECUTORIEDADE
Há atos que não têm executoriedade. Ex. Decreto expropriatório, pois se não
houver acordo quanto ao preço, o Poder Público só poderá concretizar a
desapropriação indo a juízo. Ex. A aplicação da multa é executória, mas sua
cobrança não, pois, se não houver o pagamento espontâneo, terá a multa que
ser cobrada no Judiciário.
96
DIREITO ADMINISTRATIVO
Tanto ao ato jurídico como o ato administrativo exigem: agente capaz, forma
prescrita em lei e objeto lícito. Como o interesse e o patrimônio públicos
são indisponíveis, interessa saber do gestor público o porquê e o para quê de
seus atos. Temos então o motivo e a finalidade.
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo
anterior, nos casos de:
a) incompetência;
b) vício de forma;
c) ilegalidade do objeto;
d) inexistência dos motivos;
e) desvio de finalidade.
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as
seguintes normas:
97
DIREITO ADMINISTRATIVO
98
DIREITO ADMINISTRATIVO
03/04/2006
99
DIREITO ADMINISTRATIVO
MOTIVO = = MOTIVAÇÃO
O motivo é um dos requisitos do ato. Ele existirá sempre, senão, o ato não
existe. Pode estar escrito ou não, mas sempre existirá.
Depois da CR/88: ela tem artigos que parecem ter alterado a TMD, tal como o
art. 5º, LV:
100
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos
e dos fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem
de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato
administrativo.
§ 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em
declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações,
decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.
......
A Lei 10.177/98, de São Paulo, em seu art. 8º, determina que todo ato
administrativo discricionário seja motivado.
101
DIREITO ADMINISTRATIVO
O legislador não define onde e quando o administrador deve atuar, este deve
integrar a norma e completar a vontade do legislador naquilo que não estiver
estabelecido na norma, mas o fará dentre de uma margem de escolha, de um
limite legal para atuação.
Mérito
102
DIREITO ADMINISTRATIVO
Ex. DL 3.365/41, art. 27, § 1º, com redação da MP 2.183. Foi objeto da
ADIN 2.332/01, na qual foi concedida liminar pois o STF não vislumbrou
razoabilidade na MP.
103
DIREITO ADMINISTRATIVO
Para se definir qual das 2 figuras se deve utilizar, deve-se fazer as seguintes
perguntas:
1- Qual o objeto?
2- Quem fez?
3- Quais os efeitos?
Segundo a Súmula STF 473, constitui a anulação como um poder e não como
um dever.
A ADMINISTRAÇÃO PODE ANULAR SEUS PRÓPRIOS ATOS, QUANDO
EIVADOS DE VÍCIOS QUE OS TORNAM ILEGAIS, PORQUE DELES NÃO SE
ORIGINAM DIREITOS; OU REVOGÁ-LOS, POR MOTIVO DE
CONVENIÊNCIA OU OPORTUNIDADE, RESPEITADOS OS DIREITOS
ADQUIRIDOS, E RESSALVADA, EM TODOS OS CASOS, A APRECIAÇÃO
JUDICIAL.
104
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de
vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos.
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da
data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
§ 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-
se-á da percepção do primeiro pagamento.
§ 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade
administrativa que importe impugnação à validade do ato.
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse
público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis
poderão ser convalidados pela própria Administração.
17/04/2006
105
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício
de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos.
Quem, no Executivo, tem poder para revogar? A mesma autoridade que teve
competência para o ato. Mas também todo e qualquer superior hierárquico
pode revogar ato de subalterno, desde que dentro da mesma linha de
hierarquia.
A anulação, segundo a Súmula 473 STF, tem efeito ex tunc e desfaz tudo que
foi feito, porque de ato ilegal não se originam direitos. O art. 53 Lei 9.784/99
não é claro quanto aos efeitos da anulação.
A revogação atinge ato lícito, logo, tudo que foi feito até a data da publicação
da revogação foi válido. Ela não retroage, tem efeito ex nunc, a contar da
publicação. Art. 53 da Lei 9.784/99.
106
DIREITO ADMINISTRATIVO
107
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público
nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser
convalidados pela própria Administração.
108
DIREITO ADMINISTRATIVO
CONTRATO ADMINISTRATIVO
MANIFESTAÇÃO BILATERAL DE VONTADE
PROCEDIMENTO LICITATÓRIO
109
DIREITO ADMINISTRATIVO
MODALIDADES DE LICITAÇÃO
Modalidade == Tipo
110
DIREITO ADMINISTRATIVO
I - para obras e serviços de engenharia: (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais); (Redação dada pela
Lei nº 9.648, de 1998)
b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);
(Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
c) concorrência - acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil
reias); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior: (Redação dada pela
Lei nº 9.648, de 1998)
a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); (Redação dada pela Lei nº
9.648, de 1998)
b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil
reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais).
(Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
111
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 23, § 4º: pode-se trocar a modalidade de menor valor pela de maior,
nunca o inverso.
24/04/2006
Art. 23, II, Lei 8.666/93 (Ler Di Pietro, Licitações, Ed. Malheiros)
II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior:(Redação dada pela Lei
nº 9.648, de 1998)
a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); (Redação dada pela Lei nº
9.648, de 1998)
b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil
reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais).
(Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
112
DIREITO ADMINISTRATIVO
OBS. Consórcio público – art. 23, § 8º. Acrescentado pela Lei 11.107/05.
Prevê limites maiores que os previstos na tabela do art. 23.
HABILITAÇÃO NA CONCORRÊNCIA:
• edital
• habilitação
• julgamento
• homologação
• adjudicação
113
DIREITO ADMINISTRATIVO
§ 2o O recurso previsto nas alíneas "a" e "b" do inciso I deste artigo terá efeito
suspensivo, podendo a autoridade competente, motivadamente e presentes razões de
interesse público, atribuir ao recurso interposto eficácia suspensiva aos demais
recursos.
Art. 34. Para os fins desta Lei, os órgãos e entidades da Administração Pública que
realizem freqüentemente licitações manterão registros cadastrais para efeito de
habilitação, na forma regulamentar, válidos por, no máximo, um ano. ....
Contudo, alguns documentos não têm validade de 1 anos. Estes terão que ser
apresentados junto com o certificado de registro cadastral quando expirados:
1) CND – Certificado Negativo de Débito, emitido pelo INSS, exigido pela
CR/88, art. 195, § 3º. (validade de 30d, mas é variável)
114
DIREITO ADMINISTRATIVO
115
DIREITO ADMINISTRATIVO
HABILITAÇÃO NO CONVITE:
Art. 43, § 4º
Art. 32, § 1º - pode-se dispensar toda documentação. Habilitação presumida.
Art. 32. Os documentos necessários à habilitação poderão ser apresentados em
original, por qualquer processo de cópia autenticada por cartório competente ou por
servidor da administração ou publicação em órgão da imprensa oficial. (Redação
dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 1o A documentação de que tratam os arts. 28 a 31 desta Lei poderá ser
dispensada, no todo ou em parte, nos casos de convite, concurso, fornecimento de
bens para pronta entrega e leilão.
É a única modalidade de licitação que não começa com edital. Como o não
convidado saberá do convite? Não há obrigatoriedade de publicidade, pois o
art. 21 não cita o convite. Não há obrigatoriedade de publicação da carta-
convite.
Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências, das tomadas
de preços, dos concursos e dos leilões, embora realizados no local da repartição
interessada, deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por uma vez:
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
116
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 2º As pessoas jurídicas em débito com o FGTS não poderão celebrar contratos
de prestação de serviços ou realizar transação comercial de compra e venda com
qualquer órgão da administração direta, indireta, autárquica e fundacional, bem
como participar de concorrência pública.
No art. 32, § 1º, fazer remissão ao art. 195, § 3º, CR e ao art. 2º Lei 9.012/95.
2ª POSIÇÃO: O art. 195, § 3º, CR/88 estabelece que “não poderá contratar” e
não que não poderá participar de licitação.
• edital
• julgamento
• habilitação
• adjudicação
• homologação
117
DIREITO ADMINISTRATIVO
Lei 11.196/05: acrescentou o art. 28-A à Lei 8.987/95, para admitir a inversão
das fases. Postula-se o mesmo para a Lei 8.666/93.
MODALIDADES;
Dispensa: art. 24
1) quanto à utilização – a dispensa é uma faculdade (ato discricionário) do
administrador.
118
DIREITO ADMINISTRATIVO
OBS 2. Pode-se ter vários candidatos, mas torna-se inviável a competição, por
não haver critério objetivo – art. 25, III – Ex. contratação de artistas para
show.
119
DIREITO ADMINISTRATIVO
08/05/2006
Inciso IV – por emergência: seja qual for o prazo, a motivação deve ser a
IMPREVISIBILIDADE; situação que foge ao controle de qualquer
planejamento. Art. 26, I.
120
DIREITO ADMINISTRATIVO
A contratação direta terá que ser com base no edital deserto, qualquer
mudança no edital exigirá licitação. Como se encerra uma licitação deserta?
Revoga-se a licitação? Não, pois a revogação é por conveniência da
Administração. Se esta continua querendo contratar, não há porque revogar.
Encerra-se declarando a licitação deserta. Declaração de licitação deserta.
121
DIREITO ADMINISTRATIVO
VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens
produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração
Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em data
anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o
praticado no mercado; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
122
DIREITO ADMINISTRATIVO
empresa, por força do art. 173 CR. Não há, porém, doutrina sobre isto, logo,
evitar, quanto possível, o tema em uma prova.
INEXIGIBILIDADE
“Natureza singular” está para o serviço e não para o profissional (este está no
inciso I). Assim, preliminarmente, deve-se caracterizar o objeto da licitação
(art. 13) e, depois, o serviço técnico de natureza singular.
123
DIREITO ADMINISTRATIVO
PROCEDIMENTO LICITATÓRIO
Art. 43 Lei 8.666/93- é o mais importante
Art. 38
• edital
• habilitação
• julgamento
• homologação
• adjudicação
Art. 43, § 4º - essa seqüência pode ser alterada nas outras modalidades que
não a concorrência.
EDITAL
Art. 39. Sempre que o valor estimado para uma licitação ou para um conjunto de
licitações simultâneas ou sucessivas for superior a 100 (cem) vezes o limite previsto
no art. 23, inciso I, alínea "c" desta Lei, o processo licitatório será iniciado,
obrigatoriamente, com uma audiência pública concedida pela autoridade
responsável com antecedência mínima de 15 (quinze) dias úteis da data prevista
para a publicação do edital, e divulgada, com a antecedência mínima de 10
(dez) dias úteis de sua realização, pelos mesmos meios previstos para a publicidade
da licitação, à qual terão acesso e direito a todas as informações pertinentes e a se
manifestar todos os interessados.
FASE INTERNA:
124
DIREITO ADMINISTRATIVO
É norma não geral; a Lei 8.666 não regula; cada órgão faz a sua norma.
Numa prova múltipla escolha, marcar que a licitação inicia-se com o edital.
Na discursiva, mencionar a fase interna.
A Lei de Responsabilidade Fiscal mexeu com a fase interna: art. 16, I, regula a
despesa pública. Seu § 4º determina que o ordenador de despesas motive
(atenção, o empenho só se dá após a licitação.)
Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome
da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo
da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para
recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos
envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte:
PUBLICAÇÃO DO EDITAL
§ 5o Não se exigirá, para a habilitação de que trata este artigo, prévio recolhimento
de taxas ou emolumentos, salvo os referentes a fornecimento do edital, quando
125
DIREITO ADMINISTRATIVO
Incisos I e III art. 21: é para a União: DOU + jornal de grande circulação
da região.
15/05/2006
EDITAL – Continuação
126
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 109. Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem:
I - recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato ou da
lavratura da ata, nos casos de:
a) habilitação ou inabilitação do licitante;
b) julgamento das propostas;
c) anulação ou revogação da licitação;
d) indeferimento do pedido de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou
cancelamento;
e) rescisão do contrato, a que se refere o inciso I do art. 78 desta lei;
e) rescisão do contrato, a que se refere o inciso I do art. 79 desta Lei; (Redação
dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
f) aplicação das penas de advertência, suspensão temporária ou de multa;
Prazo para resposta à impugnação interposta por qualquer cidadão: Art. 41,
§ 1º : 3 dias úteis. Antes de se passar à fase de habilitação, a impugnação deve
estar decidida.
127
DIREITO ADMINISTRATIVO
CUIDADO com o art. 37, XXI, CR/88. Em razão dele, alguns descartam a
habilitação jurídica e a regularidade fiscal por inconstitucionais. Mas isso não
está correto. Tal dispositivo quer apenas disciplinar os critérios de
qualificação técnica e econômico-financeira para que não se restrinjam os
candidatos em demasia.
Art. 43, § 1º
128
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 43, § 2º
A licitação pode ser feita em 1 só dia. Art. 43, III: “desistência expressa”.
129
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 43
§ 6o Após a fase de habilitação, não cabe desistência de proposta, salvo por motivo
justo decorrente de fato superveniente e aceito pela Comissão.
**Este prazo não é para a Administração, e sim para fins de liberar o licitante
do compromisso assumido. Não existe prazo para a
Administração contratar. A Administração pode levar anos para
contratar, desde que não altere as condições. O licitante só
contrata se quiser, uma vez decorrido o prazo de 60 dias.
Ainda quanto ao art. 64, § 3º, é de uso corrente a expressão “prazo de validade
das propostas”, embora não esteja correta, pois, após o prazo do enfocado
dispositivo, as propostas continuam válidas. Jessé Torres ensina que, dentro
do prazo, o licitante vencedor é obrigado a assinar o contrato. Art. 81: fazer
remissão ao art. 87 – sanções administrativas.
130
DIREITO ADMINISTRATIVO
Qualquer recurso na fase de habilitação deve ter efeito suspensivo por força do
O licitante inabilitado recebe de volta o envelope de sua proposta fechado. A
devolução do envelope aberto não tem repercussão nenhuma para o
procedimento. O funcionário responsável responde a processo disciplinar por
desídia na guarda dos envelopes, a não ser que a inabilitação tenha sido
forjada.
JULGAMENTO:
131
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 3º, § 2º -
HOMOLOGAÇÃO E ADJUDICAÇÃO
Art. 43. A licitação será processada e julgada com observância dos seguintes
procedimentos:
132
DIREITO ADMINISTRATIVO
Quem é a autoridade competente a que alude o art. 43, que também daria
início com a publicação do edital? O Ministro, teoricamente, já que a lei não
fechou a questão. Normalmente, essa atribuição é delegada. Cada órgão
define quem é essa autoridade. Freqüentemente a delegação recai sobre a
comissão de licitação (art. 40, § 1º).
• edita
• habilitação
• julgamento
• adjudicação
• homologação
A Lei 8.666/93 inverteu a ordem final, para que a homologação venha antes
da adjudicação. Contudo, a antiga ordem ainda é defendida por alguns, cujo
entendimento é reforçado pela redação do art. 38, VII, da própria Lei 8.666:
Para piorar, a Lei 10.520/02 mantém a seqüência antiga para o pregão. Mas é
majoritário o entendimento de que, para a Lei 8.666, primeiro vem a
homologação e depois a adjudicação.
133
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 50. A Administração não poderá celebrar o contrato com preterição da ordem
de classificação das propostas ou com terceiros estranhos ao procedimento
licitatório, sob pena de nulidade.
134
DIREITO ADMINISTRATIVO
Toshio Mukae, por sua vez, defende, para fins de aplicação do citado
princípio, que a revogação é ato vinculado – art. 49 : Toshio dá ênfase à
palavra “somente”.
CONTRATO ADMINISTRATIVO
Contratos Administrativos
135
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei
confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de
interesse público, respeitados os direitos do contratado;
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79
desta Lei;
III - fiscalizar-lhes a execução;
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis,
imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da
necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo
contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo.
§ 1o As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos
administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado.
§ 2o Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras
do contrato deverão ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual.
136
DIREITO ADMINISTRATIVO
Contratos Públicos
O professor, porém, entende que, do art. 58, só cabe o disposto no inciso III,
pois os demais incisos não podem ser aplicados, posto que quebrariam o
equilíbrio das partes e constituiriam, por isso, cláusulas leoninas. MAS a
doutrina vem aceitando a inclusão de cláusulas exorbitantes nos contratos de
direito privado celebrados pela Administração. É esse o entendimento
expresso de Di Pietro e não tão expresso do Carvalhinho.
29/05/2006
CLÁUSULAS EXORBITANTES
137
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei
confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de
interesse público, respeitados os direitos do contratado;
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art.
79 desta Lei;
III - fiscalizar-lhes a execução;
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis,
imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da
necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo
contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo.
§ 1o As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos
administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado.
§ 2o Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras
do contrato deverão ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual.
I – a modificação unilateral
MODIFICAÇÃO UNILATERAL:
Os contratos podem ser alterados por acordo das partes (art. 65, II) ou
unilateralmente: Art. 58, I c/c art. 65, I
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas
justificativas, nos seguintes casos:
I - unilateralmente pela Administração:
a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor
adequação técnica aos seus objetivos;
b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de
acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta
Lei;
138
DIREITO ADMINISTRATIVO
139
DIREITO ADMINISTRATIVO
Esta alteração unilateral pode se dar por vários aditamentos contratuais desde
que o somatório não ultrapasse 25%.
FATO DO PRINCIPE
A amparar esse entendimento está o art. 65, II, ‘d’, que lista e, por isso, faz
distinção entre as duas figuras:
140
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas
justificativas, nos seguintes casos:
FATO DA ADMINISTRAÇÃO
Se for total, poderá dar ensejo à rescisão por culpa da Administração (art. 78,
XVI).
XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para
execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das
fontes de materiais naturais especificadas no projeto;
141
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 78, XII: Admite a rescisão sem culpa do contratado por razão de interesse
público. Remissão: art. 79, § 2º: ressarcimento de prejuízos, mas só danos
emergentes e não lucros cessantes.
142
DIREITO ADMINISTRATIVO
§ 2o Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos XII a XVII do artigo anterior,
sem que haja culpa do contratado, será este ressarcido dos prejuízos regularmente
comprovados que houver sofrido, tendo ainda direito a:
I - devolução de garantia;
II - pagamentos devidos pela execução do contrato até a data da rescisão;
III - pagamento do custo da desmobilização.
Art. 78, XIII, XIV, XV e XVI, não são considerados cláusulas exorbitantes. A
rescisão se dá por culpa da Administração, logo, não há por que haver cláusula
exorbitante para protegê-la. A despeito disso, o contratado não está autorizado
a unilateralmente rescindir o contrato; tem que procurar um acordo ou destrato
e, por último, o Poder Judiciário.
143
DIREITO ADMINISTRATIVO
Há 3 situações distintas:
Pede-se indenização ao Poder Público e não ao empreiteiro, pois este fez tudo
certo, não houve erro na execução da obra. Responsabilidade do ente da
Federação que encomendou a obra. TEORIA OBJETIVA.
144
DIREITO ADMINISTRATIVO
145
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 116. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos convênios,
acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres celebrados por órgãos e entidades
da Administração.
146
DIREITO ADMINISTRATIVO
29/05/2006
SERVIDOR PÚBLICO
RECORDANDO:
Vimos também que a EC 19/98 flexibilizou a estabilidade. Alterou o art. 169, § 4º, CF ,
de forma que o servidor estável pode perder o cargo por excesso de gasto orçamentário.
Antes, porém: § 3º - redução de 20% dos cargos em comissão; depois, § 3º, II
exoneração dos servidores não-estáveis.*
Em 2000, a União acaba com o regime jurídico único mediante a edição da Lei n.º
9.962/2000 (atenção: não foi a EC 19 que deu fim ao regime, ela só flexibilizou sua
adoção). Na União, há agora 2 regimes de contratação: o regime do cargo público
(estatutário), ainda regido pela Lei n.º 8.112/90; e o regime de emprego público (CLT) da
Lei n.º 9.962/2000. Tais regimes, no âmbito federal, são aplicados à Adm. Direta,
autárquica e fundacional.
Vale lembrar que houve alegação de vício formal na votação da EC 19, na ADIN
2.135/2000, impetrada pelo PT, contra a redação do art. 39 dada pelo destaque à EC 19.
Em 11/2001, foi obtido voto favorável à liminar requerida, para que se resgatasse a redação
original. Em 06/2002, 3 Ministros também se pronunciaram favoravelmente. Em 08/2002,
Nelson Jobim pede vistas do processo e só o devolveu ao deixar o cargo, em 2006, com
voto no sentido de indeferir a liminar. Após, o min. Ricardo Levandowsky (????) pediu
vista. Recomenda-se acompanhar o julgamento do mérito da ADIN, embora seja
plausível supor que tal julgamento demore muito a ocorrer.
147
DIREITO ADMINISTRATIVO
Provimento
*Obs.: Os incisos III e IV, antes de ser revogados pela Lei 9.527/97, foram considerados
inconstitucionais pelo STF.
Provimento Derivado
a) Vertical: Promoção
Ascenção (inconstitucional)
148
DIREITO ADMINISTRATIVO
b) Horizontal: Readaptação
Transferência (inconstitucional)
recondução
1) Readmissão
O art. 37, II, que trata da exigência de concurso para o ingresso no serviço
público, alterou a norma anterior, que determinava a obrigatoriedade do
concurso para a primeira investidura no serviço público. Eis o texto atual:
149
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
(...)
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Assim, não existe mais o chamado concurso interno, nem a ascensão funcional
de um cargo para o outro, anteriormente possível, pois só era exigido o
concurso para o ingresso inicial no serviço público.
150
DIREITO ADMINISTRATIVO
Temos, pois, que mudança de cargo só ocorre pela via do concurso público. A
decisão do STF fala expressamente em ascensão, transferência e
aproveitamento.
151
DIREITO ADMINISTRATIVO
2 - Transferência
TRANSFERÊNCIA REMOÇÃO
Muda a localidade
Muda o quadro Mesmo quadro
Muda o órgão Mesmo órgão
Ex1: do Min. da Fazenda para o Min. Ex1: de setor do Min. da Fazenda
da Agricultura para outro setor do mesmo ministério
Ex2: Juiz da 1ª Região para a 2ª Ex2: Juiz da 1ª Região, de um
Região município para outro
3 - Readmissão
152
DIREITO ADMINISTRATIVO
153
DIREITO ADMINISTRATIVO
POSSE
Obs. Se o candidato ocupa outro cargo, não precisa pedir exoneração. Ele não
pode ter exercício remunerado em outro cargo. Pode, portanto, pedir
licença sem remuneração, no cargo de origem, e declarar que não tem
exercício em outro cargo. Não é hipótese de acumulação, e é permitido.
O EXERCÍCIO
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados
para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
154
DIREITO ADMINISTRATIVO
PROVIMENTOS DERIVADOS
• DE REINGRESSO
A Reintegração
155
DIREITO ADMINISTRATIVO
156
DIREITO ADMINISTRATIVO
157
DIREITO ADMINISTRATIVO
QUESTÃO:
A Recondução
Súmula 22 do STF:
158
DIREITO ADMINISTRATIVO
A lei 8122 criou uma hipótese de recondução com vida própria, que não é
conseqüência de uma reintegração.
Esta hipótese se aplica a servidor público estável, que faz outro concurso
público federal, passa, e vai para uma nova função. A estabilidade não é no
cargo, é no serviço público – e não se comunica entre os entes.
159
DIREITO ADMINISTRATIVO
O aproveitamento
160
DIREITO ADMINISTRATIVO
19/06/2006
161
DIREITO ADMINISTRATIVO
Não deve ser usada a Lei 8.112/90, e sim o artigo 40 da CF/88, que foi
alterada pelas ECs 20, e 41.
CF,
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime
de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo
ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios
que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
Art. 93 - ........................................
VI - a aposentadoria com proventos integrais é compulsória por invalidez ou aos setenta
anos de idade, e facultativa aos trinta anos de serviço, após cinco anos de exercício
efetivo na judicatura;
VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o
disposto no art. 40; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
Art. 129 - ...........................................
§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 40 - ......................................
§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de
livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego
162
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 40 - ................................
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no
serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as
seguintes condições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de
idade e trinta de contribuição, se mulher; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de
15/12/98)
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com
proventos proporcionais ao tempo de contribuição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
20, de 15/12/98)
163
DIREITO ADMINISTRATIVO
servidores mais humildes teriam que trabalhar por mais tempo, para
conseguir se aposentar.
164
DIREITO ADMINISTRATIVO
165
DIREITO ADMINISTRATIVO
decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a
aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão, na forma da lei. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)
Observe-se que, embora seja assegurado reajuste, isto não é o mesmo que a
regra da paridade, que garantia que sempre que houvesse modificação para
os servidores em atividade esta seria extensiva aos inativos.
ATENÇÃO
166
DIREITO ADMINISTRATIVO
§ 15 - Observado o disposto no art. 202, lei complementar disporá sobre as normas gerais para a
instituição de regime de previdência complementar pela União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, para atender aos seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)
§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa
do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que couber,
por intermédio de entidades fechadas de previdência complementar, de natureza pública, que
oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade de
contribuição definida. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser
aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de
instituição do correspondente regime de previdência complementar. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 20, de 15/12/98)
167
DIREITO ADMINISTRATIVO
2 – Acumulação
Regra
Art. 37 - ..................................................
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias,
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e
sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Exceções
A própria Constituição cria exceções para a regra:
168
DIREITO ADMINISTRATIVO
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 34, de 2001)
No tocante aos cargos técnico ou científico (letra b), cabe observar que o
parâmetro para o que seja cargo científico é ser cargo para o qual a
formação em curso de 3º grau é obrigatório. Para o cargo técnico, não há
regra estabelecida, e é verificado caso a caso se o cargo é considerado
técnico ou não.
EC 20 - .................................................
Art. 11 - A vedação prevista no art. 37, § 10, da Constituição Federal, não se aplica aos
membros de poder e aos inativos, servidores e militares, que, até a publicação desta
Emenda, tenham ingressado novamente no serviço público por concurso público de
provas ou de provas e títulos, e pelas demais formas previstas na Constituição Federal,
sendo-lhes proibida a percepção de mais de uma aposentadoria pelo regime de
previdência a que se refere o art. 40 da Constituição Federal, aplicando-se-lhes, em
qualquer hipótese, o limite de que trata o § 11 deste mesmo artigo.
169
DIREITO ADMINISTRATIVO
CONCEITO
Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado
em lei.
Parágrafo único. Nenhum servidor receberá, a título de vencimento, importância inferior ao salário-
mínimo.
Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias
permanentes estabelecidas em lei.
170
DIREITO ADMINISTRATIVO
a) diárias;
b) ajuda-de-custo em razão de mudança de sede ou indenização de transporte;
c) auxílio-fardamento;
d) gratificação de compensação orgânica, a que se refere o art. 18 da Lei nº 8.237, de 1991;
e) salário-família;
f) gratificação ou adicional natalino, ou décimo terceiro salário;
g) abono pecuniário resultante da conversão de até 1/3 (um terço) das férias;
h) adicional ou auxílio-natalidade;
i) adicional ou auxílio-funeral;
j) adicional de férias, até o limite de 1/3 (um terço) sobre a retribuição habitual;
l) adicional pela prestação de serviço extraordinário, para atender situações excepcionais e
temporárias, obedecidos os limites de duração, previstos em lei, contratos, regulamentos,
convenções, acordos ou dissídios coletivos e desde que o valor pago não exceda em mais de
50% (cinqüenta por cento) o estipulado para a hora de trabalho na jornada normal;
m) adicional noturno, enquanto o serviço permanecer sendo prestado em horário que
fundamente sua concessão;
n) adicional por tempo de serviço;
o) conversão de licença-prêmio em pecúnia facultada para os empregados de empresa pública
ou sociedade de economia mista por ato normativo, estatutário ou regulamentar anterior a 1º
de fevereiro de 1994;
p) adicional de insalubridade, de periculosidade ou pelo exercício de atividades penosas
percebido durante o período em que o beneficiário estiver sujeito às condições ou aos riscos
que deram causa à sua concessão;
q) hora repouso e alimentação e adicional de sobreaviso, a que se referem, respectivamente, o
inciso II do art. 3º e o inciso II do art. 6º da Lei nº 5.811, de 11 de outubro de 1972,
171
DIREITO ADMINISTRATIVO
REVISÃO
Observe-se que revisão não é aumento. O aumento não precisa ser geral,
pode ser concedido a uma categoria específica, é ato discricionário da
administração, pode ter por intuito valorizar determinada carreira, corrigir
injustiças, etc.
172
DIREITO ADMINISTRATIVO
TETO
173
DIREITO ADMINISTRATIVO
Entretanto, até hoje a questão não está bem resolvida. Ainda há Tribunais
de Justiça no país que não adaptaram suas legislações, e não introduziram o
subsídio. O CNJ, ao tentar disciplinar a questão do teto, teve que fazer duas
resoluções, uma para os TJs que adotaram o subsídio como forma de
remuneração, e outra para os TJs que continuam com o sistema anterior.
§ 11 - Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o
inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. (§
11 acrescentado pela Emenda Constitucional 47/05, ceap de 31/12/03)
Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:
I - indenizações;
II - gratificações;
III - adicionais.
174
DIREITO ADMINISTRATIVO
26/06/2006
Teto Remuneratório - Continuação
Os Estados podem fixar o teto máximo, para cada um dos poderes, de acordo
com o subsídio fixado para o poder judiciário.
Em âmbito federal, o teto máximo é o subsídio dos ministros do STF, que vale
para os três poderes da União.
EC 41
Art. 9º Aplica-se o disposto no art. 17 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
aos vencimentos, remunerações e subsídios dos ocupantes de cargos, funções e empregos
públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de
mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie
remuneratória percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de
qualquer outra natureza.
ADCT
175
DIREITO ADMINISTRATIVO
176
DIREITO ADMINISTRATIVO
O artigo 2º da Res 13/06 estabelece que verbas estão sujeitas ao teto, e o art. 4º
exclui várias verbas da incidência do teto, algumas de caráter indenizatório,
outras de caráter eventual, e ainda algumas de caráter permanente, tais como a
177
DIREITO ADMINISTRATIVO
Assim, como já foi dito, o teto remuneratório continua sendo uma ficção, pois,
na prática, permanecem aplicáveis diversos adicionais e gratificações, o que
interessa, principalmente, ao Poder Judiciário e ao Ministério Público.
RESPONSABILIDADE DO ESTADO
Bibliografia:
Programa de Responsabilidade Civil - 6ª Ed. 2005
Cavalieri F, Sergio
Celso Antonio Bandeira de Melo (acho que é no Curso de Dir.
Administrativo).
Hoje, esta tese vem sendo questionada, cabendo mencionar Lúcia Vale
Figueiredo, que, em seu Curso de Direito Administrativo, defende a tese
oposta, no sentido de que o Estado é responsável também pelos atos
jurisdicionais e legislativos, e, ainda, por danos causados pela morosidade do
178
DIREITO ADMINISTRATIVO
179
DIREITO ADMINISTRATIVO
180
DIREITO ADMINISTRATIVO
EXCEÇÃO
O artigo 133 do CPC cria uma exceção a esta regra, nos casos em que houver
dolo e fraude, e ainda quando houver recusa, omissão ou retardo na adoção de
providências, hipóteses em que a responsabilidade é do Estado, mas caberá
ação regressiva:
Art. 133 - Responderá por perdas e danos o juiz, quando:
I - no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude;
II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de
ofício, ou a requerimento da parte.
Parágrafo único - Reputar-se-ão verificadas as hipóteses previstas no inciso II
só depois que a parte, por intermédio do escrivão, requerer ao juiz que determine a
providência e este não lhe atender o pedido dentro de 10 (dez) dias.
OBS. A teoria objetiva não foi feita para proteger juizes ou legisladores, mas
para facilitar a ação de responsabilidade para o cidadão, que não precisa
provar culpa do Estado. A não aplicação desta teoria a juízes, senadores,
181
DIREITO ADMINISTRATIVO
deputados, etc., não significa que estes não possam ser processados. É
permitido a quem seja lesado ingressar com ação contra estes servidores – até
porque a CF/88 veda a exclusão de apreciação pelo Judiciário de lesão ou
ameaça de direito:
182
DIREITO ADMINISTRATIVO
A aplicação da teoria objetiva não significa que o Estado seja sempre culpado
pela ocorrência de danos. Há que provar o nexo causal entre a omissão e o
dano. Quando o dano for decorrente de caso fortuito ou força maior, ou
quando o órgão ou entidade tiver agido dentro dos limites de suas
possibilidades, não há a responsabilidade do Estado.
183
DIREITO ADMINISTRATIVO
1) provação do dano;
2) relação do dano com o ato do agente público.
O sujeito que foi lesado não tem que comprovar a culpa do Estado. O Estado é
que tem que provar que não houve o dano ou o nexo de causalidade entre o ato
do agente público e o dano causado.
1) excludente de responsabilidade:
1.1) culpa exclusiva da vítima (atos de terceiros)
1.2) caso fortuito ou força maior (forças da natureza)
184
DIREITO ADMINISTRATIVO
OBS. A CF/88 não disse que a aplicação da teoria objetiva ocorre quando há
relação de consumo. Entretanto, o STF, em decisão bastante questionável, e
que, aliás, vem sendo criticada pela doutrina, manifestou-se no sentido de que
a responsabilidade civil das pessoas de direito privado prestadoras de serviço
público ocorre quando há relação de consumo:
Teoria do risco
185
DIREITO ADMINISTRATIVO
186
DIREITO ADMINISTRATIVO
Esta teoria incide nos casos em que o Estado assume uma atividade
potencialmente perigosa, como:
Obs. Não há fixação do que seria o tempo nem a distância máxima para
caracterizar a hipótese de aplicação da teoria do risco suscitado.
11/08/2006
187
DIREITO ADMINISTRATIVO
No art. 186 CR, temos os 2 primeiros incisos que tratam de Direito Ambiental
e os 2 últimos que tratam do Direito do Trabalho.
A CR indica onde se acha a função social da propriedade urbana: Art. 182, § 2º.
188
DIREITO ADMINISTRATIVO
estamos diante de uma requisição branda; caso não possa (ex. cobertor),
drástica.
1 - limitação administrativa
2 – servidão administrativa
3 – ocupação temporária
4 – tombamento
5 – requisição
1 – requisição
189
DIREITO ADMINISTRATIVO
Lei 9.074/95
Art. 10. Cabe à Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, declarar a utilidade
pública, para fins de desapropriação ou instituição de servidão administrativa, das
áreas necessárias à implantação de instalações de concessionários, permissionários e
autorizados de energia elétrica. (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
Lei 9.427/96
Art. 3o-A Além das competências previstas nos incisos IV, VIII e IX do art. 29 da
Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, aplicáveis aos serviços de energia elétrica,
compete ao Poder Concedente: (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)
190
DIREITO ADMINISTRATIVO
191
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 15-B. Nas ações a que se refere o art. 15-A, os juros moratórios destinam-se a
recompor a perda decorrente do atraso no efetivo pagamento da indenização fixada
na decisão final de mérito, e somente serão devidos à razão de até seis por cento ao
ano, a partir de 1o de janeiro do exercício seguinte àquele em que o pagamento
deveria ser feito, nos termos do art. 100 da Constituição.
192
DIREITO ADMINISTRATIVO
193
DIREITO ADMINISTRATIVO
LIMITAÇÃO SERVIDÃO
ADMINISTRATIVA ADMINISTRATIVA
Quanto à forma lei Decreto
Quanto ao SP indeterminado SP determinado
sujeito passivo
Quanto ao objeto Bem móvel, imóvel, Bem imóvel *
atividades econômicas etc
(é o mais ampla possível)
Ex. vistoria, uso de cinto,
fixação de preço em
mercadoria, enfim, poder
de polícia. São prestações
positivas, negativas e de
permitir.
194
DIREITO ADMINISTRATIVO
Art. 14. A. coisa tombada não poderá saír do país, senão por curto prazo, sem
transferência de domínio e para fim de intercâmbio cultural, a juízo do Conselho
Consultivo do Serviço do Patrimônio Histórico e Artistico Nacional.
CUIDADO: Uma vez tombado, o bem não pode ser destruído, mas também
não pode ser conservado sem a orientação do IPHAN: 2 efeitos negativos –
art. 17 DL 25/37.
Art. 17. As coisas tombadas não poderão, em caso nenhum ser destruidas,
demolidas ou mutiladas, nem, sem prévia autorização especial do Serviço do
Patrimônio Histórico e Artistico Nacional, ser reparadas, pintadas ou restauradas,
sob pena de multa de cincoenta por cento do dano causado.
195
DIREITO ADMINISTRATIVO
196