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Vestido Negro

Naquele vestido negro foi onde tudo começou, enfim...


Lembro-me da noite a tentar teu corpo, e busco,
Por lembrar toda noite da tentação de teu busto,
Em versos íntimos tardios, um refúgio p'ra mim...

Sós, teu sorriso para as estrelas, como a lua...


Meus olhos, nebulosas d'alma que entrego a ti, nua,
Luzes que não se apagam, a aguçarem o sentido
Nesta escura noite, como teu formoso vestido.

Mulher! nunca mais será o mesmo aquele gramado!


Pois passo ali e ouço o nosso primeiro beijo molhado,
E, banhados, nossos corpos lânguidos, pelo orvalho disperso,
Dançavam ao ritmo das formas de teu vestido perverso!

Eu não sabia que aquele vestido negro seria meu fim!


Que te entregaria meu corpo com amor, assim,
Na desventura de sofrer por te querer, e sofrer a dor
De, em todas as noites frias, lutar (e pedir!) por teu calor!

Naquele vestido negro foi onde tudo acabou, eu sei...


Quando nossas lágrimas, como estrelas, o adornaram,
E meus olhos vermelhos, quais rubis, o enfeitaram,
Tendo neste céu noturno, revelado o amor que eu te dei...

Mas minh'esperança surgiu daquele negro vestido,


Quando nossas almas, em doce leito, se beijaram,
E com olhos do coração, vi teu coração despido,
E como nunca haviam se amado, elas se amaram...

(Lucas Piter Alves Costa, 2007)

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