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Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Educação e Humanas

Curso de Especialização em Estudos Literários

EROS

Joycineia Porto da Silva

São Gonçalo

2013
Joycineia Porto da Silva

Eros

Trabalho apresentado como exigência


para obtenção da aprovação da matéria
Poéticas da modernidade do Curso de
Especialização em Estudos Literários da
Universidade do Estado do Rio de
Janeiro.

Docente: Dr. Fernando Barros

São Gonçalo

2013
LEGITIMAÇÃO DA ESCOLHA DO TEMA

Ao pensar em um tema para abordar em um trabalho de conclusão de


matéria e principalmente no início quando foi proposto o trabalho pareceu-me
interessante uma confrontação com os clássicos da tragédia grega, depois ao
repensar modernidade apesar de muitas vezes sermos traçados e classificados
por pós modernidade comecei a pensar em como tais características podem
ser encontrados nos textos atuais pensei sobre a retomada dos deuses e como
eles são relatados, mas cheguei a conclusão que não poderia fazer uma
análise completa pois, a não ser que eu escolhesse Percy Jackson que não
acredito ter uma relação completa com os deuses e ao meu ver carecer de
elementos para legitimar tal escolha, pensei na série The goddess test de
Aimèe Carter, porém só pude ter acesso aos primeiros livros da serie não
podendo ter acesso ao último livro que trataria supostamente dos Titãs no qual
estaria mais presente a figura do melancólico em Cronus. Ao desistir desta
ideia me veio a mente trabalhar ainda com os textos da atualidade pensei em
trabalhar com Música anterior, mas depois de ler um post antigo no facebook
da Dra. Nicia (...) resolvi trabalhar com os bestsellers da atualidade, claro que
podemos encontrar nessa lista de bestsellers os mais variados tipos e temas,
até alguns até estranhos para a atualidade como um livro de poesia, fato que
chamou a atenção no meio acadêmico. Ao reler seu comentário percebi que
seria possível uma legitimação de pesquisa por esses livros, mas qual escolher
para fazer este trabalho? Pensei no próprio livro citado pela Dra Nicia, depois
ao repensar optei pela série de Sylvia Day Crossfire, pensei depois dessa
escolha em voltar para outra análise, mas ao pensar melhor resolvi trabalhar
com o romance que me inspirou a trabalhar com o tema dos Bestsellers visto
que o livro, mesmo que de um nível inusitado, tem como tema principal um dos
assuntos abordados em nosso curso e agora neste trabalho verificando sua
mutação ou não na modernidade popular.
INTRODUÇÃO

Freud diz que o ser humano é um ser dividido


Eros

Eros (ἔρως) palavra grega que nos remete principalmente a paixão física
utilizada até os dias tanto na língua grega quanto em estudos sobre o amor e
sua relação com o outro. Em 50 tons, assim como em vários livros que se
seguiram, tais como Crossfire, e mais recentemente Forever Black, temos o
Eros como um dos temas principais, suplantado apenas pelo romance do casal
principal e a aflição dos personagens.

Desde a antiguidade clássica o amor Eros apesar de não ser


classificado apenas como o amor carnal, lembrando a existência também das
palavras Philia (φιλία) e Ágape (ἀγάπη) também designada como amor, porém
estes sendo o amor global e o amor não sexual entre um casal, um amor maior
que esses dois é chamado de Eros. Porém o amor a ser retratado e analisado
aqui será o Eros como amor carnal, não que os outros dois amores não
possam ser encontrados na série ou em qualquer outro Bestseller que nos
últimos tempos tem se propagado e que geralmente tem características muito
similares.

Em 50 tons nos temos a mulher como símbolo das aflições do


protagonista principal, começando com sua mãe, a amiga de sua família a Sra.
Robinson, que lhe apresentou ao mundo do Eros, e posteriormente Anastacia
Steele. Ele projetou durante anos a figura da mãe em suas parceiras sexuais
no qual eram punidas por sua natureza frágil e imutável não questionaste as
punições dadas, Agamben cita Freud quando diz:

(...)a fixação fetichista nasce da recusa do menino em tomar consciência


da ausência do pênis na mulher (na mãe). Diante da percepção dessa ausência, o
menino se recusa (Freud usa o termo Verleugnung - “renegação, negação”) a
admitir sua realidade, pois isso faria pesar uma ameaça de castração sobre o
próprio pênis.

O fetiche não é, portanto, senão “o substituto do pênis da mulher (da mãe),


em cuja existência o menino acreditou e a que agora, e nós sabemos por que
motivo, não quer renunciar”. (Agambem, página 59)
Essa projeção sexual que se realiza em 50 tons por meio de fetichismo
como também abordado por Agamben não e um tema fácil de ser retratada e
nem fácil de ser interpretado. Em 50 tons a Christian Grey era um órfão de pai
e não conseguia projetar a figura de pai em ninguém e a mãe era uma viciada
em drogas que não podia cuidar de si mesmo muito menos do filho, ao
presenciar a morte dela até o pouco de segurança que ele tinha se dissolveu e
mesmo ao ser adotado não teve a projeção dos pais verdadeiramente na
família Grey, fato que ocorreu inconscientemente só sendo estabilizado por
meio do fetiche introduzido pela Sra. Robinson que aproveitando da
vulnerabilidade dele como um adolescente. Ele depois passa a projetar a
ausência e a raiva pela imutabilidade de sua mãe nas parceiras sexuais, ele
percebendo que de alguma forma precisa de ajuda, não necessariamente pelo
fetichismo mais de tudo procura ajuda de um psicólogo, fator esse que se
repete neste “novo” tipo de literatura, novo na atualidade, pois temas ligados ao
amor carnal já foi muito abordado.

Os protagonistas destes novos Bestsellers tem muitas características


comuns: Ambos são seres atormentados pela consciência do conhecimento,
aceitação ou questionamento pelo estilo de paixão carnal que exercem; Em
todos eles são salvos ou resgatados por mulheres fortes que tem em si o poder
e o dever de resgatar o parceiro e também instigar no parceiro ao amor Ágape
que até então eles não tinham contato; Desejo de estabilidade e ao mesmo
tempo aversão e deslumbramento do desconhecido; Atitude controladora como
um homem que deve se impor e não mostrar fraqueza, pois fraqueza
submissão é algo para as mulheres pelo menos no caso deles.

Há um momento no segundo livro em que podemos ver a quebra total do


personagem, e isso se dá quando os papéis se invertem e Christian passa a
ser o submisso. Nesse momento também somos apresentados as conclusões
de Ana que vê na cena a representação do menino que ele um dia foi e o
adolescente que foi corrompido ainda mais e entregue ao fetiche pela Sra.
Robinson .
Como podemos ver no trecho acima retirado do segundo livro, há uma inversão no
qual o Christian Grey algo acontece e mais uma vez ele é corrompido o que gera um
desconhecimento de ser no subconsciente dele provocando a inversão de papeis convertendo-
o em uma de suas subs como Leila que foi citado que no capitulo anterior também teve uma
perda de si ocasionando sua internação em uma clínica psiquiátrica para tratar o que na vida
dela se transformou em distorção da realidade e de sua personalidade. Chamando a atenção
também para a fala de Anastácia que demonstra a batalha interior sofrida por Christian Grey
que ao se mostrar autossuficiente e dominador tenta suprimir seu lado que precisa de
proteção.
AFLIÇÃO

Tema abordado
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, Carlos Drummond de. Sentimento do mundo. 1ªed. São Paulo: Companhia
das letras, 2012.

Drummond testemunho da experiencia humana. (s.d.). Acesso em 10 de junho de 2013,


disponível em projeto memória: http://www.projetomemoria.art.br/drummond/

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