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Marie-Hélène Brousse
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BROUSSE, Marie-Hélène. “De l’enfant objet aux objets de l’enfant”. Em: La Petite Girafe, Donner sa
langue au ça. Paris: Agalma, n.25, junho 2007. Texto estabelecido a partir de uma conferência pronunciada
em 2 de dezembro de 2006 em Aix-en-Provence no grupo Boutchou du Nouveau Réseau CEREDA.
Transcrição de Dominique Pasco.
O objeto a
2
LACAN, Jacques. O Seminário, livro 23: o sinthoma (1975-1976). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2007.
3
Idem, “La tercera” (1974) Em: Intervenciones y Textos n. 2. Buenos Aires: Manantial, 1988, ps. 73-113.
4
MILLER, J.-A. “Uma fantasia” (2004). Em: Opção Lacaniana n. 42. São Paulo: Eolia, fevereiro 2005, p.8.
“colocação do campo da realidade”. Supõe a perspectiva de uma
simbolização e a tese lacaniana é que não há objeto sem significante, o
que distingue o ensino de Lacan daquele dos pós-freudianos. A tese
dos teóricos geneticistas sobre a questão de saber de onde saem os
objetos e em que momento o bebê os encontra, é uma espécie de
autismo radical; e a tese dos teóricos da relação de objeto é que, de
início, existe o objeto. Isso fornece um modelo no qual o Um é
fundamental e um modelo no qual o dois também é.
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LACAN, Jacques. O Seminário, livro 3: as psicoses. (1955-1956). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1985;
O seminário, livro 4: a relação de objeto (1956-1957). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1995; O seminário,
livro 5: as formações do inconsciente (1957-1958). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1999; e “O seminário,
livro 6: o desejo e sua interpretação”, inédito.
metáfora operada pela simbolização da qual o inconsciente é uma
conseqüência desastrosa.
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Idem, O Seminário, livro 5: as formações do inconsciente, op. cit, ps. 231-233.
Os três tempos do objeto
Por um lado, isso repousa sobre o fato de que é ele quem satura
a falta materna, o objeto que a preenche; por outro, o desconhecimento
da diferença entre os sexos: “todos são iguais, todo mundo tem a
mesma coisa”, “mamãe tem filhos, eu também”, “eu tenho um pênis,
mamãe também”. Trata-se do tempo de alienação do sujeito, Lacan fala
de o assujeito (l’assujet), assujeitado ao desejo do Outro. Em seguida
Hans cai da posição de ser o objeto do desejo da mãe. Com efeito, ele
lhe mostra seu pênis e a mãe o recusa delicadamente. A posição de
objeto ideal que ele tinha até aí se fende. A descoberta da castração
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Idem, ibidem, ps. 185-203.
materna faz irrupção na fantasia de ser o falo materno. É o fundamento
de todos os sintomas neuróticos.
Objeto e linguagem
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Idem, ibidem, ps. 280-283.
reenvia ao valor fálico, absoluto. Todas as demais espadas-sabres são
mensuráveis a partir desse objeto.
Ser ou ter
É isso que faz com que sua identidade seja sempre difícil de discernir da
identidade do outro. Daí a introdução da mediação de um objeto comum,
objeto de concorrência cujo status decorre da idéia de posse – ele é seu ou é
meu 12.
11
Idem, ibidem.
12
Idem, ibidem.
O falo é a unidade de medida e os objetos que aí funcionam são
os igualmente fálicos, são todos os nossos objetos. Em O Seminário, A
angústia, Lacan ainda acrescenta:
Os objetos a e o Outro
14
Idem, ibidem.
não o perdeu e opera diferentemente com: não há mistura entre o
campo deste objeto e o campo fálico, o campo da linguagem.