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PROF.

 RENATO PORPINO

TRANSITIVIDADE VERBAL
Chama‐se transitividade/predicação verbal o
resultado da ligação que se estabelece entre o
sujeito e o verbo e entre o verbo e o(s)
complemento(s). Quanto à predicação, os
verbos podem ser intransitivos, transitivos ou
de ligação.

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TRANSITIVIDADE VERBAL
1) Verbo Intransitivo ‐ É aquele que traz em si a ideia
completa da ação, sem necessitar, portanto, de um
outro termo para completar o seu sentido. (Sujeito +
Verbo = Sentido Completo).
Ex.: O avião caiu.

OBS.: O verbo cair é intransitivo, pois encerra um


significado completo. Se desejar, o falante pode acrescentar
outras informações, como:
Ex.:
local: O avião caiu no centro urbano.
modo: O avião caiu lentamente.
tempo: O avião caiu nesta manhã. 3

2) Verbo Transitivo ‐ É o verbo que vem acompanhado


por complemento: quem sente, sente algo; quem
revela, revela algo a alguém. (Sujeito + Verbo = Sentido
Incompleto)
Ex.: As crianças precisam de amor.

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CLASSIFICAÇÃO DOS TRANSITIVOS
a) Transitivo Direto: é quando o complemento vem
ligado ao verbo diretamente, sem preposição
obrigatória. (Sujeito + Verbo – O QUÊ?)
Ex.: Nós temos dificuldades múltiplas.

b) Transitivo Indireto: é quando o complemento vem


ligado ao verbo indiretamente, com preposição
obrigatória. (Sujeito + Verbo – DE QUÊ?)
Ex.: Os homens modernos carecem de honestidade.

c) Transitivo Direto e Indireto: é quando o verbo


necessita de dois complementos, sendo um direto
(SEM PREP.) e o outro indireto (COM PREP.). 5

3) Verbo de Ligação ‐ É aquele que, expressando estado,


liga características ao sujeito. NÃO EXPRESSA AÇÃO.
Ex.:Sandra é alegre;Júlia ficou brava;
Marta parece melhor.

Observação: a classificação do verbo quanto à


predicação deve ser feita de acordo com o contexto e
não isoladamente. Um mesmo verbo pode aparecer
ora como intransitivo, ora como de ligação.

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OLHO NA FCC
Gabarito – B

1. 2016 – FCC ‐ TRF ‐ 3ª REGIÃO – “Como criadores, tanto o


metódico Paul McCartney como o irrequieto John Lennon
expressavam à perfeição a dualidade proposta por Nietzsche”.
(6° parágrafo)

O verbo que possui, no contexto, o mesmo tipo de complemento


que o da frase acima está empregado em:
a) Os Beatles eram um mecanismo de criação.
b) Fizeram coisas boas.
c) ... a mais nobre forma de arte que jamais existiu.
d) ... criavam obcecados com a presença (ou ausência)...
e) ... que a dialética de Lennon e McCartney brilhou pela última vez.
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OLHO NA FCC
Gabarito – E

2. 2015 – FCC ‐ DPE‐RR – Joaquim Serra, Juvenal Galeno e Bernardo


Guimarães debulharam lágrimas de esguicho, quentes e
sinceras. O verbo transitivo empregado com o mesmo tipo de
complemento com que foi empregado o verbo grifado acima
está em:
a) É mentira!
b) A notícia chegou ao Instituto Histórico durante uma sessão
presidida por d. Pedro II.
c) ... que estava vivo, bem vivo.
d) E morreu num naufrágio...
e) Entre exclamações, alguém citou Horácio...
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OLHO NA FCC Gabarito – B

3. 2015 – FCC ‐ DPE‐RR – Suspensa a sessão, começaram as


homenagens...

O segmento grifado exerce na frase acima a mesma função sintática


que o segmento também grifado em:

a) As comunicações se arrastavam a passo de cágado.


b) O brigue chegou a Marselha com um morto a bordo.
c) Ao ler o seu necrológio no jornal outro dia...
d) Terá sido devorado pelos tubarões.
e) ... dois meses depois chegou o desmentido...
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OLHO NA FCC Gabarito – E
4. 2015 – FCC ‐ TRE‐AP – Três vezes voltou Saint‐Hilaire ao interior
do Brasil... O elemento em destaque na frase acima exerce a
mesma função sintática que o segmento grifado em:
a) “Os livros de Auguste (...) leem‐se aos quinze anos...”
b) Nenhum estrangeiro deixou entre nós lembrança mais
simpática.
c) Pelo desconforto dos nossos dias, apesar das estradas de ferro
e do automóvel, podemos avaliar as dificuldades e fadigas...
d) A fama de Auguste Saint‐Hilaire não teve a projeção da de seu
irmão Geoffroy, o continuador de Lamarck...
e) “...exposta com tanta clareza e simplicidade que a profundeza
do julgamento parece apenas bom senso”.

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OLHO NA FCC Gabarito – B

5. 2015 – FCC ‐ TRE‐AP – ...antes de fazer o túmulo,


resolveu reconstruir a Catedral de São Pedro.
O elemento que possui a mesma função sintática do
sublinhado acima se encontra também sublinhado em:
a) Recém‐chegado a Roma em 1505...
b) ... havia uma forte insegurança.
c) O corpo humano foi o campo de batalha artística de
Michelangelo.
d) Como definiu o pintor futurista Umberto Boccioni...
e) Mas Júlio II mudou de ideia...
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COMPLEMENTOS PRONOMINAIS
• Denomina‐se OBJETO DIRETO o complemento do verbo
transitivo direto ou o complemento sem preposição do
VTDI:
Ex.:
A banda compusera apenas boas canções.
A busca pela aprovação implica algumas privações.

NAS PROVAS FCC: São muito frequentes questões em que


se propõe ao aluno a substituição de complementos
verbais por pronomes correspondentes. Os pronomes
oblíquos átonos O, A, OS, AS substituem adequadamente
os objetos diretos de terceira pessoa:
Ex.:
O professor espera resultados. – O professor OS espera.
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Sempre que os pronomes O; A; OS; AS estiverem à
direita do verbo (ênclise), haverá a necessidade de observar
a terminação do verbo.

TERMINAÇÃO  FORMA
VERBAL EM: PRONOMINAL

SOM VOCÁLICO O; A; OS; AS

R; S; Z O; A; OS; AS

M; Til (~) O; A; OS; AS
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FIXAÇÃO
1.Substitua os objetos diretos destacados por pronomes
oblíquos átonos enclíticos aos verbos:

a) Fiz um acordo:______________________________________
b) Devo expor meus sentimentos: ________________________
c) Quisemos uma explicação:____________________________
d) Reelegeram o deputado: _____________________________
e) Propõe uma solução: ________________________________
f) Dão certas explicações: ______________________________
g) Falem a verdade: ___________________________________

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• Denomina‐se OBJETO INDIRETO o complemento
preposicionado do verbo transitivo indireto ou do
verbo transitivo direto e indireto:
Ex.:
Os homens necessitam de resultados.
A preservação das florestas cabe a todos.

NAS PROVAS FCC: Os pronomes oblíquos átonos LHE e


LHES substituem, na maioria dos casos, os objetos
indiretos de terceira pessoa regidos pela preposição A:
Ex.:
O homem a seu chefe. ‐ O homem LHE obedecia.

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OLHO NA FCC
1. FCC – 2016 – TRT ‐ 23ª REGIÃO (MT) ‐ Analista Judiciário
Em 1949, quando o pai morreu, Manoel herdou suas terras em
Corumbá. Pensou inicialmente em vender as terras, mas a mulher
convenceu Manoel a restabelecer raízes no Pantanal. Por ocasião do
lançamento de "O Guardador das Águas", que daria a Manoel o seu
primeiro Prêmio Jabuti, afirmou: "Entre o poeta e a natureza ocorre
uma eucaristia".
Fazendo‐se as alterações necessárias, os elementos sublinhados
acima foram corretamente substituídos por um pronome, na ordem
dada, em:
a) vendê‐las − convenceu‐o − lhe daria
b) vender‐lhes − convenceu‐lhe − daria‐lhe
c) as vender − convenceu‐lhe − o daria
d) vendê‐las − lhe convenceu − daria‐no
e) vender‐lhes − o convenceu − lhe daria 16
OLHO NA FCC

2. FCC – 2015 – TCE‐SP – Auxiliar da Fiscalização Financeira II

A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente,


com os necessários ajustes, foi feita corretamente no segmento que
se encontra em:

a) uma forma de nomear os mais velhos = uma forma de lhes nomear


b) cria profissionais e instituições = cria‐lhes
c) não oferece instrumentos = não os oferece
d) ofereceria aos mais velhos a oportunidade = ofereceria‐lhes a
oportunidade
e) que impõe outro recorte à geografia social = que impõe‐no à
geografia social
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OLHO NA FCC

3. FCC – 2015 – TRT ‐ 9ª REGIÃO (PR) – Técnico Judiciário


... desrespeitando interlocutores.
Enxurradas de fotos invadem o espaço virtual...
... que caracteriza a obsessão pelos “cliques”.

Fazendo‐se as alterações necessárias, os elementos sublinhados nos


segmentos acima foram corretamente substituídos por um pronome, na
ordem dada, em:

a) desrespeitando‐os − invadem‐no − a caracteriza.


b) desrespeitando‐lhes − o invadem − caracteriza‐lhe.
c) desrespeitando‐os − lhe invadem − a caracteriza.
d) desrespeitando‐nos − invadem‐no − lhe caracteriza.
e) desrespeitando‐lhes − invadem‐no − caracteriza‐a.
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OLHO NA FCC

4. FCC – 2015 – MPE‐PB – Técnico Ministerial

Tinha filhos e pensava dar aos herdeiros uma criação melhor.


O povo, a princípio, não levava a sério o Santa Fé.
Viam aquele homem de fora...

Fazendo as devidas alterações, os segmentos sublinhados acima foram


corretamente substituídos por um pronome, na ordem dada, em:
a) dá‐los ‐ não levava‐lhe a sério ‐ Viam‐o
b) dá‐los ‐ não levava‐o a sério ‐ Viam‐lhe
c) lhes dar ‐ não lhe levava a sério ‐ Viam‐o
d) dar‐lhes ‐ não o levava a sério ‐ Viam‐no
e) dar‐lhes ‐ não levava‐lhe a sério ‐ Viam‐no
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LÍNGUA PORTUGUESA
PROF. RENATO PORPINO

CONCORDÂNCIA VERBAL

SUJEITO
CONC. VERBAL  
é o estudo das 
relações que existem 
entre... 
VERBO

Ex.: Na vida e na morte existem, apesar da


necessidade de compreensão desses eventos,
dúvidas insolúveis.
O verbo está no plural por quê?
Qual é a classificação do sujeito?
Quais as características do sujeito?
ARMADILHAS EM CONCURSO

1. Principais armadilhas
Atenção com os 
afastamentos entre o 
verbo e o núcleo do 
sujeito.

Atenção 
Cuidado com  com as 
Atenção 
as maldades inversões 
com os 
verbos TER  entre 
e VIR verbo e 
sujeito

ARMADILHAS EM CONCURSO

O som agradável dos cantos dos pássaros acalmam 
nossas almas intranquilas.
O choro das crianças das comunidades carentes nos 
comovem.
Vinha de algum lugar indefinido os que viajavam.
Ocorreu mudanças significativas no processo eleitoral.

Ao homem humilde surge, todo dia, apesar do 
contínuo esforço, certas necessidades.
As crianças da cidade grande se mantém alheias a tudo. 

CUIDADO COM O SUJ. ORACIONAL; 
SILEPSE E SUJ. COMPOSTO!
OLHO NA FCC

1. FCC ‐ TRT ‐ 16ª REGIÃO (MA) ‐ Analista Judiciário ‐ O 


verbo indicado entre parênteses deverá flexionar‐se no  
plural para preencher corretamente a lacuna da seguinte 
frase: 
a) _____________ (ganhar) proeminência, entre as 
convicções de Montesquieu, a de que Deus nunca se 
afasta em definitivo de suas criaturas, ainda quando estas 
o esqueçam. 
b) Às leis imutáveis do mundo físico não se __________ 
(ater) a legislação dos homens, caracterizada muitas vezes 
pela inconstância e pela dificuldade de cumprimento. 

c) Dado que não ____________ (competir) aos homens 
governar o mundo natural, deveriam eles buscar governar 
a si mesmos do modo mais justo e mais eficiente possível. 
d) Montesquieu lembra que ____________ (dever) caber 
aos filósofos alertar os homens para não se esquecerem 
das leis morais que devem ser cumpridas. 
e) ____________ (atuar) claramente nesse texto, onde 
tão bem se representa o pensamento de Montesquieu, os 
conceitos fundamentais de mundo físico e mundo 
inteligente. 
CASOS ESPECIAIS
1‐ A maioria; a minoria; grande parte de; coletivos e 
percentuais.
• Sem especificação – verbo na 3ª pessoa singular.
• Com especificação – verbo na 3ª pessoa singular 
OU concordando com a especificação. 
Ex.:    
A maioria __________. (Votar – pret. perfeito)

A maioria dos jovens __________. (Votar – pret. 
perfeito)

A maioria dos jovens __________. (Votar – pret. 
perfeito)

2‐ Existir; ocorrer; acontecer.
Esses verbos são pessoais, ou seja, têm sujeito.
Ex.:
Na vida ___________, apesar do grande esforço
humano, preocupações. (Acontecer no presente do
indicativo)
Sempre _____________, independente de qualquer situação, 
tensões nas relações humanas. (Ocorrer no fut. do presente 
do indicativo) 
2. Oração sem Sujeito
A oração estará sem sujeito na ocorrência dos chamados
verbos impessoais, dentre os quais, destacam‐se:
2. 1. Os que expressam fenômeno natural em sentido
denotativo:
Ex.:
_________ durante vários dias em Londres. (Chover no
pret. perf.)
Durante a madrugada, __________ em Porto Alegre e
cercanias. (Chover no pret. perf.)

CUIDADO!

Ex.: Durante as eleições, chovem promessas absurdas.

2. 2. Verbo HAVER, empregado com sentido de existir ou


ocorrer.
Ex.:
Na feira, _________ artigos preciosos. (Haver – pret.
Imperf.)
__________ tumulto no congresso durante a plenária.
(Haver – pret. perf.)
2. 3. Verbos HAVER e FAZER, quando indicam tempo
decorrido.
Ex.:
O fenômeno ocorreu ______ alguns dias. (Haver no
presente)
______ alguns anos que não o vejo. (Fazer no presente)
2. 4. Verbos que indicam tempo meteorológico,
cronológico ou temperaturas.
Ex.:
Ontem _______ um calor infernal durante as aulas.
(Fazer – pret. perf.)

Ontem, _______ quarenta graus no centro do Rio. (Fazer


– pret. imperf.)

2. 5. Verbo SER, indicando dias, horas ou distâncias:


Ex.:
Já _________ dez e quinze da manhã. (Ser no presente do
indicativo)
De Londres a Paris, de trem, __________ duas horas de
viagem. (Ser no presente do indicativo)

2. 6. Verbos bastar e chegar + de (com sentido de


suficiência):
Ex.:
________ de tanta calúnia. (Bastar no presente)
________ de injustiça. (Chegar no presente)
3. Verbo‐SE: (...SE verbo...)

1º Passo – encontrar o verbo e o sujeito. (Ler de trás pra 
frente inserindo o verbo SER).
Ex.: Ouviu‐SE umas notícias. Umas notícias foram ouvidas.
Sujeito

Respeita‐SE os delegados. Os delegados são respeitados.
Sujeito

“da mulher linda” ‐ Não é suj.
Gosta‐SE da mulher linda. Não dá para ler de 
trás para frente.

2º Passo:
a) Com sujeito perceptível:
SE – Partícula apassivadora (PA).
VOZ – Passiva sintética (ou pronominal).
CONCORDÂNCIA – o verbo concorda com o sujeito.
Ex.: 
Ouviu‐SE uma notícia. (voz passiva sintética)

Respeita‐SE os delegados. (voz passiva sintética)
b) Com sujeito imperceptível:
SE – Partícula de indeterminação do sujeito (PIS)
VOZ – Ativa
CONCORDÂNCIA – Verbo na 3ª pessoa do singular.

Ex.: Morre‐SE bem na Suécia.

Ama‐SE aos amigos.

Foi‐se feliz no passado.

PA e PIS

DIFERENÇAS IMPORTANTES 

PA PIS
Com VTI; VL; VI; VTD 
Com VTD; VTDI
+ OD preposicionado
Voz Pas. Sintética Voz Ativa
O verbo concorda com  O verbo fica na 3ª 
o sujeito. pessoa do singular
4‐ Que e Quem:
4.1 – Que: o verbo concordará com o antecedente;
4.2 – Quem: o verbo concordará com o antecedente 
OU irá para a 3ª pessoa do singular;

Ex.: 
Fui eu que _______ a verdade.

Fui eu quem ________ a verdade.

Foram os meus alunos quem _____________ a verdade.
(Falar no Pret. Perf.)

5‐ Locuções pronominais: 
(Pronome indefinido / interrogativo + de ou dentre + PPR)

Se o 1º pronome estiver no:
a) Singular – verbo na 3ª pessoa do singular.
b) Plural – verbo na 3ª pessoa do plural OU 
concordando com o pronome pessoal reto.
Ex.: Quem de nós não _______...? (pron. Sing. 3ª p.s.) 

Ex.: Quais de nós ainda não __________________... 


(pron. plural  3ª p.pl. ou concorda com o PPP.)
OLHO NA FCC
FCC – 2016 – TRF - 3ª REGIÃO - A respeito da
concordância verbal, é correto afirmar:
a) Em "A aquisição de novas obras devem trazer
benefícios a todos os frequentadores", a
concordância está correta por se tratar de expressão
partitiva.
b) Em "Existe atualmente, no Brasil, cerca de 60
museus", a concordância está correta, uma vez que
o núcleo do sujeito é "cerca".
c) Na frase "Hão de se garantir as condições
necessárias à conservação das obras de arte", o
verbo "haver" deveria estar no singular, uma vez que
é impessoal.

d) Em "Acredita‐se que 25% da população frequentem 
ambientes culturais", a concordância está correta, uma 
vez que a porcentagem é o núcleo do segmento 
nominal. 
e) Na frase "A maioria das pessoas não frequentam o 
museu", o verbo encontra‐se no plural por concordar 
com "pessoas", ainda que pudesse, no singular, 
concordar com "maioria".
OLHO NA FCC
FCC – 2015 – TRT ‐ 9ª REGIÃO – O verbo que pode ser 
flexionado em uma forma do plural, sem prejuízo da 
correção e sem que nenhuma outra modificação seja 
feita no segmento, encontra‐se sublinhado em:
a) É claro que isso depende de termos atingido...
b) ... cada um de nós parece ter uma velocidade ideal...
c) A serenidade corresponde a um estado de espírito no 
qual...
d) O termo serenidade costuma estar associado a mais 
de um significado...
e) A maior parte das pessoas sente‐se mal quando...

OLHO NA FCC
FCC – 2016 – TRF ‐ 3ª REGIÃO – O elemento que justifica a 
flexão verbal da frase está sublinhado em: 
a) Gemas preciosas como Julia têm as impressões digitais do 
parceiro... (4°parágrafo)
b) ... também o lado suave de Lennon se nutria da presença 
benfazeja de Paul. (4° parágrafo) 
c) Em contrapartida, sem o olhar crítico de Lennon, sem sua 
verve, os mais conhecidos padrões de McCartney teriam 
sofrido perdas poéticas. (3°parágrafo) 
d) A força propulsora desse mecanismo era a interação 
dialética de John Lennon e Paul McCartney. (1° parágrafo) 
e) ... tais forças teriam criado, a seu ver, a mais nobre forma 
de arte... (5°parágrafo)
OLHO NA FCC
FCC – 2016 – TRT ‐ 14ª Região – O verbo indicado entre 
parênteses deverá flexionar‐se em uma forma do plural para 
preencher corretamente a lacuna da frase: 
a) Nem se ...... (pensar) em dar ouvidos às pessoas que não 
acreditam no poder da arte de contar histórias. 
b) Aos meninos do bairro ...... (parecer) melhor ouvir 
histórias do que se entreter com jogos eletrônicos. 
c) Das histórias que ouviram nada os ...... (encantar) mais do 
que as inflexões do narrador. 
d) É improvável que nos anos futuros ...... (deixar) de haver 
gratas recordações dessas histórias que ouvimos. 
e) Para a maioria dos alunos ainda se ...... (conservar) os 
momentos mágicos daquela antiga sessão.

OLHO NA FCC
FCC – 2015 – DPE‐RR – As normas de concordância verbal 
estão plenamente respeitadas na redação da seguinte 
frase:
a) Tantas mudanças sofreram nossa moeda ao longo do 
tempo que é difícil saber quanto representaria hoje os 
cerca de trezentos cruzeiros gastos pelo cronista na 
compra de um guarda‐chuva. 
b) Dos mais atentos aos mais distraídos, talvez não se 
encontre quem não tenha esquecido ao menos um 
guarda‐chuva na vida, para não falar daqueles que já não 
têm ideia de quantos guarda‐chuvas teriam perdido.
c) Muito mais do que nos anos em que Rubem Braga 
escrevia as suas crônicas tão saborosas, que coisas hoje 
não teria sofrido mudança significativa ao longo de um 
curto período de tempo? 
d) Escrever sobre coisas aparentemente insignificantes e 
corriqueiras denotam um extraordinário talento que as 
pessoas comuns quase nunca tem. 
e) Modelos mais avançados, coloridos e estampados 
como costumava ser a sombrinha no tempo de Rubem 
Braga, convive hoje com o tradicional guarda‐chuva, 
preto e austero.

OLHO NA FCC
FCC – 2015 – DPE‐RR – As normas de concordância estão 
respeitadas em:
a) Deflagrada em 1789 com a queda da Bas lha − prisão 
parisiense onde se confinava criminosos e dissidentes 
polí cos − a Revolução Francesa levou milhares de 
condenados à guilhotina.
b) A maré das inovações democráticas na Europa e nos 
Estados Unidos chegariam com algum atraso ao Brasil, mas 
com efeito igualmente devastador.
c) As ideias revolucionárias do século 18, apesar do 
isolamento do país, viajava na bagagem da pequena elite 
brasileira que tivera oportunidade de estudar em Portugal.
d) No final do século 18, haviam mudanças profundas na 
tecnologia, com a invenção das máquinas a vapor 
protagonizadas pelos ingleses.
e) Em 1776, ano da Independência dos Estados Unidos, 
havia nove universidades no país, incluindo a prestigiada 
Harvard, e chegava a três milhões de exemplares por ano 
a circulação de jornais.

PAGODE DA CONCORDÂNCIA
Se ligue, então, na loc. verbal Não se engane, com o 
Repare o verbo principal QUEM não tem terror, o 
Se ele for impessoal em sua  antecedente e a terceira 
construção tem valor (do singular!)
É que nesse caso de 
concordância,  No singular, o verbo 
HAVER sempre será igual 
Se aprende uma lição:
ao ocorrer...
O principal sendo impessoal, o 
auxiliar não varia (não) Estou cantando e 
aprendendo como o 
Com o QUE, vou concordar  Porpino diz...
com o antecedente, para  E desse jeito eu serei feliz.
acertar...
PROF. RENATO PORPINO

CONCORDÂNCIA NOMINAL

UM DETERMINANTE
É O ESTUDO DAS 
RELAÇÕES 
EXISTENTES 
UM NOME 
ENTRE...
(DETERMINADO)

Quais classes gramaticais podem ser determinantes?

Os meus dois alunos aprovados do RJ são bons servidores


Numerais Locuções Adjetivas
Pronomes
Artigos
PARA DETERMINAR A CLASSE DE 
CERTAS PALAVRAS 

SE A PALAVRA  X  A PALAVRA X
SE  REFERE A:  SERÁ:
Verbo; 
Adjetivo;  Advérbio 
Advérbio;  (Invariável)
Oração;
Numeral;
Substantivo; 
Adjetivo; 
Pronome
Pronome.
PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
3

PROBLEMAS NA IDENTIFICAÇÃO DA CLASSE

Boa parte dos políticos do Brasil tem muito problema 
com a Polícia Federal
As crianças do Brasil possuem menos oportunidades que
outras.

Chegue mais e beba mais café forte.

Observa‐se pouco o pouco tempo que se tem para viver.


O automóvel está caro.

O rapaz procedeu bonito no trânsito.


O automóvel custa caro.
OLHO NA QUESTÃO

O segmento do texto em que o vocábulo “mais” pertence


a uma classe diferente das demais é
(A) “A questão acerca da aposentadoria das mulheres em
condições mais benéficas...”.
(B) “um dos maiores e mais antigos bancos do Brasil”.
(C) “Filhos estudam por mais tempo”.
(D) “recebem salários mais baixos”.
(E) “uma aposentadoria em idade mais jovem”.

OLHO NA QUESTÃO

A frase em que o vocábulo MAIS (texto 4) mostra uma 
classe gramatical diferente das demais é:
(A) “O cigarro é um dos produtos de consumo mais vendidos 
no mundo”;
(B) “Os cigarros estão entre os produtos de consumo mais 
lucrativos do mundo”;
(C) “Isso equivale a 50 vezes mais mortes do que as 
causadas pelas drogas ilegais”;
(D) “Mas os fumantes que persistem em fumar têm um vício 
ainda mais idiota”;
(E) “um mercado em mais rápida expansão”.
CASOS ESPECIAIS
1. Substantivo feminino exercendo a função sujeito sem
determinante + adjetivo (É bom, é necessário...)
‐ O adjetivo fica invariável.
Ex.: Fanta é bom. Poesia é ótimo.

OBS.: Se ocorrer o elemento determinante, a concordância 
será estabelecida obedecendo ao gênero:
Ex.: A cerveja é boa.                       Aquela poesia é ótima.

Como ficariam estes casos?
É proibid___ entrada de menores.
Não é permitid___ permanência de estranhos.
É proibid___ a entrada de menores
PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
Não é permitid___ a entrada de pessoas estranhas. 7

2. Mesmo:
2.1. O vocábulo mesmo poderá funcionar como pronome
de reforço (demonstrativo), equivalendo a próprio.
Neste caso, poderá variar.
Ex.: Os rapazes mesmos compuseram a canção. (próprios)
Ela mesma fez o trabalho. (própria)

2.2. Se funcionar como palavra denotativa de inclusão 
(equivalendo a inclusive, até), ficará invariável.
Ex.: Todas deverão passar, mesmo as preguiçosas. 
(inclusive, até)
Mesmo os alunos inteligentes erraram a questão. 
(inclusive, até) PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
8
3. Só:
3.1. Só (= sozinho, sozinha) ‐ é adjetivo. Vai concordar 
com o substantivo;
Ex.: Vocês estão sós ou acompanhadas? (sozinhas)
As noivas nunca ficam sós, disse a sogra. (sozinhos)

3.2. Se funcionar como palavra denotativa de exclusão 
(= apenas, somente), ficará invariável.
Ex.: Elas comeram só arroz com ovo. (apenas, somente)
Só vocês faltaram à reunião. (apenas, somente)
OBS.: A expressão a sós é invariável.
Ex.: Ele estudava a sós em seu quarto.
Elas estudam a sós em seu quarto.       
PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
9

4. Anexo, Incluso, Separado:
Os vocábulos anexo , incluso e separado são adjetivos,
devendo concordar com o substantivo em gênero e
número.
Ex.: Segue anexa a carta.
Vão anexas as fotos.
Correm anexos aos processos vários documentos.
Já está inclusa nas despesas a compra do carro.

OBS.: Em anexo e Em separado – são expressões 
invariáveis.
Ex.: Os documentos vão em anexo.
Em separado, enviamos as certidões negativas.
5. Possível
‐ Com o mais ... possível, o menos ... possível, o melhor
... possível, o pior ... possível o adjetivo possível
concordará com o artigo, ainda que se afaste do
vocábulo mais.

Ex.: Paisagens o mais possível belas.

Paisagens as mais belas possíveis.

OBS.: quanto possível – é uma expressão invariável:


Ex.:Paisagens belas quanto possível.
PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
11

6. Menos, alerta, pseudo e salvo


Essas palavras são invariáveis.
Ex.: Ela estudou menos este ano.
Menos pessoas compareceram à palestra.
Nós estamos sempre alerta.
Ele teve pseudo‐problemas.
As meninas passaram, salvo Maria.

OBS.: As expressões EM ALERTA e A SALVO


são invariáveis.
PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
12
8. Bastante:
‐ Como adjetivo ou pronome adjetivo, é
vocábulo variável;
Ex.:
Ele tem cédula bastante para a viagem. (adjetivo)

Conversei bastantes vezes hoje. (pronome indefinido)

‐ Como advérbio, invariável.


Ex.: Elas hoje dormiram bastante. (advérbio)

9. Meio 
‐ Como advérbio, é invariável.
meio
Ex.: A porta estava __________ aberta.

- Como numeral (ou pronome indefinido), é variável.
meia 
Ex.: O moleque comprou __________ lata de cerol. 

meia 
Tenho por você uma __________ paixão

OBS.: Todo, mesmo sendo advérbio, poderá concordar:
Ex.: Ela chegou todo molhada. (língua culta)
Ela chegou toda molhada. (língua popular)
PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
14
11.Tal  qual:
O vocábulo tal concorda com o primeiro elemento 
da comparação; e qual, com o segundo
Ex.:
Ele é tal qual o pai.

Eles são tais qual o pai.

Eles são tais quais os pais.

Ele é tal quais os pais.
PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
15

UM ADJETIVO CONCORDANDO COM MAIS DE UM SUBSTANTIVO

1. Caso o determinante esteja após os substantivos:
A concordância pode ser atrativa ou gramatical.
Ex.: 
Pai e filho afetuosos ou afetuoso.

2. Caso o determinante esteja anteposto a dois ou mais 
substantivos:
‐ O adjetivo concordará com o substantivo mais próximo.
Ex.: Ele tinha elevada cultura e talento.
Resolveu bons exercícios e questões de prova.
Obs: Se o adjetivo funcionar como predicativo, CUIDADO!
Ex.: Estavam sujos a boca e o nariz.
Estava suja a boca e o nariz.
Complete as frases abaixo, estabelecendo a concordância:
Ela sempre gostou de si __________.  (mesmo)
A água é ________ para a saúde.  (necessário)
Seguem __________ as orientações.  (incluso)
O cascalho e as pedras foram __________ .  (esmagado)
Ela possuía __________ talento e disposição.  (belo)
Elas __________ prepararam o jantar.  (mesmo)
Era meio‐dia e __________, quando chegaram. (meio)
São cartas o mais amorosas __________ .  (possível)
Vai _________ ao processo a documentação.  (anexo)
É __________ entrada de menores no recinto.  (proibido)
Elas já estavam __________ crescidas.  (bastante)
Compramos __________ canetas.  (bastante)
__________ algumas medidas, nada se alterou.  (salvo)

Os escoteiros estão sempre __________ .  (alerta)
Elas moravam __________ a uma pequena casa.  (junto)
As meninas não estavam __________.  (só)
Deverá ser _________ a presença de alunos. (permitido)
O rapaz tinha _________ as mãos e os braços.  (sujo)
Estavam __________ as mãos e os braços.  (sujo)
Lá estavam mãe e filho __________ .  (querido)
É __________ ajuda de terceiros.  (necessário)
Elas estavam __________ ou acompanhadas?  (só)
A caneta estava __________ arranhada.  (meio)
As casas custaram __________ .  (caro)
Comprei os livros e paguei __________ .  (barato)
Eles eram _________ o pai.  (tal qual)
Clarice estava __________ da porta.  (junto)
OLHO NA FCC

FCC – 2015 – DPE‐RR – A concordância está correta na


seguinte frase, redigida a partir do texto:
a) As postagens de intolerância, de ódio e de racismo devem
ser monitorados por um aplicativo.
b) Quaisquer tipos de mensagens de ódio, recorrentes nas
redes sociais, devem ser combatidos.
c) É preciso que seja interrompido a circulação de conteúdos
ofensivos no meio virtual.

PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
19

d) Com a disponibilização dos dados, serão criados


políticas públicas para amparar as vítimas.
e) Métodos para reprimir os vários tipos de violência na
internet se tornaram imprescindível.

Gabarito B

PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
20
OLHO NA FCC
FCC – 2015 – TRE‐AP – As normas de concordância estão
plenamente observadas na seguinte frase:
a) Ao estilo verborrágico do típico escritor do começo do
século foi contraposto pelos modernistas novas maneiras de
se fazer literatura, num estilo mais próximo da oralidade e
do coloquial.
b) O aumento da frequência das consultas aos dicionários
eletrônicos, instalados em boa parte dos computadores,
parecem evidenciar que não demorará muito para os
dicionários em papel se tornarem obsoletos.
c) A prosa de Mário Quintana, assim como muitos dos
textos de sua obra poética, são caracterizadas pela ironia e
PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO

pela aparente simplicidade da linguagem e do pensamento. 21

d) Escritores rebuscados, como Coelho Neto,


contemporâneo de Rui Barbosa, teve inegável
responsabilidade no grande prestígio que o discurso
grandiloquente e pomposo adquiriu no Brasil no final do
século XIX e início do XX.
e) Muitos escritores já confessaram ver no dicionário não
um manual de consulta esporádica, mas um livro como
quaisquer outros e que pode ser lido do começo ao fim.

Gabarito E

PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
22
OLHO NA FCC
FCC – 2015 – TRT ‐ 4ª REGIÃO – Expressões utilizadas no
texto motivaram a redação de outras frases. A frase que
respeita as orientações da norma‐padrão da língua, no que
se refere à concordância, é:
a) Parece muito óbvio, de acordo com o noticiário, a
intenção de os artistas de ópera pugnarem por melhores
condições de trabalho e por melhores salários.
b) No planejamento constam várias cotações para a compra
dos instrumentos, e nota‐se que é bastante caro os de
corda, como o violino e a harpa.
c) De acordo com o especialista, são muito fugaz, mesmo, as
variações de tom no canto inicial, mas é exatamente essa
PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
23
diversificação que dá brilho ao trecho.

d) Foram realmente débeis, por confrontos com outras


encenações, a série de entradas do tenor em cena, mas isso
foi atribuído à insegurança de um iniciante.
e) A ópera, considerados sua concepção e entendimento
atuais, pode ser tida como uma arte menos exótica, mas
sempre transformadora.

Gabarito E

PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
24
OLHO NA FCC

FCC – 2015 – TRT – 4ª REGIÃO – As normas de concordância


verbal e nominal estão inteiramente respeitadas em:
a) Quem escrevia nos jornais sulistas do final do século XIX e
início do século XX não criaram os modelos ideais de boas
mães e esposas virtuosas, pois reproduziam o que já fazia
parte do imaginário ocidental, e podia ser encontrado na
literatura, nos sermões das missas e nas tradições locais.
b) Formadas por casais oriundas das ilhas dos Açores e da
Madeira, a população que ocupou parte do Rio Grande do
Sul, a partir de meados do século XVIII, tornaram‐se
responsáveis pelo desenvolvimento econômico da região.
PORTUGUÊS: SINTAXE ‐ RENATO PORPINO
25

c) A escolha de numerosas imagens de mulher denota uma


preocupação muito viva com a definição dos papéis femininos,
mas é difícil saber como eram vividas, experimentadas no
cotidiano, essas imagens que os jornais reproduziam.
d) Em cada capital do Sul, os grupos de pessoas mais abastados
assumiram diferentes configurações, porém foi principalmente
os comerciantes e pequenos industriais ligados à população de
imigração recente que ditou as características das novas elites
urbanas.
e) O surgimento de inúmeros conflitos regionais levaram ao
estabelecimento de costumes diferenciados do restante do país,
e registra‐se vários testemunhos de viajantes sobre o modo de
vida familiar nessa época, destacando o papel de mulheres que
comandavam pequenas propriedades. PORTUGUÊS: SINTAXE ‐ RENATO PORPINO
26
Gabarito C
OLHO NA FCC

FCC – 2015 – TRE‐RR – As normas de concordância verbal e


nominal estão inteiramente respeitadas em:
a) Certos jogadores conseguem, em momentos do jogo, que
passa a ser considerado quase mágica, fazer a bola descrever
curvas inesperadas que ludibriam barreiras e, principalmente,
goleiros, que resulta no gol que hipnotiza os torcedores mais
apaixonados.
b) As torcidas organizadas, muitas vezes objeto de críticas por
um comportamento violento e antissocial, tem sido alvo de
intervenções do poder público, no sentido de que se evite
brigas que resultam, habitualmente, em morte de torcedores
de times rivais. PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
27

c) Nem sempre é aceitável, para um torcedor apaixonado por


seu time, os reveses durante uma partida de futebol, visto que
uns poucos minutos de jogo pode definir um resultado negativo
inesperado e contrariar todas as expectativas de sucesso.
d) O noticiário de jornais, especialmente os esportivos, dão
conta dos múltiplos interesses que envolvem times, dirigentes,
atletas, além do espetáculo, por vezes dramático, de jogadores
que, estimulados pela torcida, busca atingir seu momento de
glória.
e) A brilhante atuação de um jogador em campo torna
realizáveis todos os sonhos da grande massa fiel de torcedores
que veem, encantados, materializar‐se a conquista das metas
estabelecidas, em cada campeonato, pelos dirigentes de seu
time favorito. PORTUGUÊS: SINTAXE ‐ RENATO PORPINO
28
Gabarito E
PROF. RENATO PORPINO

VALORES SEMÂNTICOS COORDENATIVOS
O período composto por coordenação é formado por
orações sintaticamente independentes, denominadas
orações coordenadas. Observemos:

Ex.:
As crianças faziam destruíam tudo, os pais
observavam a cena calmamente e o gerente
do estabelecimento desesperava‐se aos poucos.

2
As Orações Coordenadas podem ser:
A. Quando desprovidas de conjunção coordenativa, são
denominadas orações coordenadas assindéticas:
Ex.: Os cães estavam atentos e os ladrões se mantinham
afastados.

B. Quando introduzidas por conjunções coordenativas, são


denominadas orações coordenadas sindéticas:
Ex.: Os cães estavam atentos e os ladrões se mantinham 
afastados.

Classificação das Sindéticas


ADITIVAS: expressam ideia de adição, sequência lógica,
simultaneidade ou uma ideia que não se contraponha à
antecedente. Normalmente são introduzidas pelas
conjunções coordenativas aditivas e, nem, não só... mas
também, não só... como também:
Ex.:
Os homens dedicam‐se ao
estudo incessante ___
obtêm notável êxito em
suas realizações.

Não apenas era um homem


de palavra, _________ agia
com honestidade
inquestionável.
ADVERSATIVAS: Expressam oposição à ideia antecedente.
Contrapõem‐se à ideia que as precede em evidente
contraste. Normalmente, são introduzidas pelas
conjunções coordenativas adversativas: mas, porém,
contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante:

Ex.:
Detinha muita beleza,
_______ o homem fugia dela.

Agia com imensa discrição,


________ não tiravam os
olhos dela.

ALTERNATIVAS: Expressam alternância ou escolha entre as


ideias ou impedem relações de concomitância entre os
fatos. Normalmente, são introduzidas pelas conjunções
coordenativas alternativas ou, ou... ou, ora... ora, já... já,
quer... quer, seja... seja:
Ex.:
Faria as tarefas segundo as
normas ____ seria afastado
do cargo.

Ora o cidadão está


empregado _____ não se
insere no mercado de
trabalho.
CONCLUSIVAS: Expressam uma conclusão à ideia que as
precede. Normalmente, são introduzidas pelas
conjunções coordenativas conclusivas logo, portanto,
assim, então. Podem receber o conectivo pois, desde
que posposto ao verbo:
Ex.:
Era jovem e impetuoso,
logo agia sem muita calma.

Tinha idade avançada,


detinha, pois, muita
experiência.

EXPLICATIVAS: Expressam explicação à ideia antecedente (em


que se encontra, normalmente, um verbo no imperativo).
Normalmente, são introduzidas pelas conjunções
coordenativas explicativas pois (introduzindo a oração),
porque, que, porquanto, visto que, uma vez que:

Ex.:
Age com discrição,pois os olhos
de todos estão sobre ti.

Intensifiquemos os estudos, que


a prova é iminente.
Exercício 1: Seguindo o código proposto, classifique as orações
coordenadas sindéticas em destaque abaixo:

Adit. ‐ Aditiva; Adve. ‐ Adversativa; Alte. ‐ Alternativa; Conc. ‐


Conclusiva; Expl. ‐ Explicativa

A. (     ) Era pessoa de poucos amigos e vivia afastada de tudo e 
todos.
B. (     ) Era pessoa de poucos amigos,mas tinha boa relação com 
os vizinhos.
C. (     ) Seu peito era cheio de mágoas e ostentava aquele sorriso 
eterno.
D. (     ) O homem era dedicado à caridade, logo não recusaria 
auxílio ás vitimas da enchente.
E. (     ) Seja rápido, que o tempo não espera.

F. (     ) O homem devia gostar muito de comida, porque era 
imenso de gordo.
G. (     ) Sê fiel, que a recompensa será tua.
H. (     ) Pedro era fiel a seus princípios, entretanto cedia às 
maldades da mulher.
I. (     ) Esconde de todos a tua dor, que o mundo só ama aos 
fortes.
J. (     ) Era homem de negócios, portanto entenderia meus 
interesses.
K. (     ) Não só se afastara das pessoas como evitava qualquer 
contato virtual.
L. (     ) Somos amigos, ajudemo‐nos, pois.
Por definição, oração coordenada que seja desprovida de
conectivo (conjunção) é denominada
assindética. Observando os períodos seguintes:

I. Não caía um galho, não balançava uma folha.


II. O filho chegou, a filha saiu, mas a mãe nem notou.
III. O fiscal deu o sinal, os candidatos entregaram a prova.
Acabara o exame.
Nota‐se que existe coordenação assindética em:
a) I apenas
b) II apenas
c) III apenas
d) I, II e III
e) nenhum deles

OLHO NA FCC

2015 – FCC – TRE‐SE – O termo Contudo, em destaque no


segundo parágrafo, tem valor

a) explicativo, e equivale a Pois.


b) conclusivo, e equivale a Então.
c) final, e equivale a Para tanto.
d) adversativo, e equivale a Porém.
e) conformativo, e equivale a Conforme.

12
OLHO NA FCC

2015 – FCC – TRE‐PB – E, no entanto, o cinema chegou num


ponto em que é capaz de expressar...

Sem prejuízo da correção e do sentido, o elemento


sublinhado acima pode ser substituído por:
a) porquanto
b) em detrimento disso
c) desse modo
d) embora
e) todavia 13

OLHO NA FCC

2014 – FCC – TJ‐AP – Porém, há que se pensar de que modo


efetivar esse processo tendo em vista a melhor contribuição
possível para a formação dos alunos.

Na frase acima, os elementos sublinhados têm, 
respectivamente, o sentido de
a) Ainda assim / afim
b) Por conseguinte / por conta de
c) Entretanto / objetivando
d) Ou melhor / apesar de
e) Aliás / retificando 14
OLHO NA FCC

2014 – FCC – TJ‐AP – No caso específico desta região do


Amapá e norte do Pará, são séculos de acúmulo de
experiências de contato entre si que redundaram em
inúmeros processos, ora de separação, ora de fusão grupal,
ora de substituição, ora de aquisição de novos itens culturais.

O termo ora, em destaque, expressa ideia de
a) finalidade.
b) causa.
c) alternância.
d) comparação.
e) conclusão. 15

OLHO NA FCC

2014 – FCC – TJ‐AP – Muitas desconhecem as letras do


alfabeto, mas leem a mata, a água e o céu.

Sem efetuar qualquer outra alteração na frase, o termo mas


será corretamente substituído, tendo‐se o sentido e a
estrutura frasal preservados, de acordo com a norma‐ padrão
da língua portuguesa, por
a) contudo.
b) embora
c) apesar de.
d) portanto.
16
e) como.
PROF. RENATO PORPINO

VALORES SEMÂNTICOS SUBORDINATIVOS
As orações subordinadas adverbiais desempenham a
função sintática de adjunto adverbial e são introduzidas
por conjunções subordinativas adverbiais. Relacionam‐se
a uma oração denominada principal e atribuem‐lhe
valores circunstanciais. São elas:

2
CONDICIONAIS: Expressam um pré‐requisito, uma
condição pra que se realize o que se expressa na oração
principal. Seus principais conectivos são *se, *caso,
desde que, contanto que, conquanto que, sem que, a
menos que:
Ex.:
O ser humano seria mais saudável se
ele se dedicasse à família.

Contanto que se imponham limites, 
a criança terá liberdade. 3

CAUSAIS: Expressam valor de motivo, razão, causa. Revelam


o porquê da ideia expressa na oração principal. Seus
principais conectores são porque, visto que, como, na
medida em que, uma vez que, porquanto, por:
Ex.: 
Como as ruas estão escuras e frias, preferiu ficar em casa.

A vida é tranquila porque optei pela solidão pacificadora. 4
COMPARATIVAS: Expressam valor circunstancial de
comparação, analogia, correlação. Estabelecem analogia
com a oração principal e têm, normalmente, seu verbo
implícito. Seus principais conectores são como, tal qual,
feito, que, do que, tanto quanto:
Ex.:
As palavras eram vazias como o cérebro.

Há mais profundidade nas declarações


de uma criança do que nas de muitos
adultos. 5

CONSECUTIVAS: Expressam valor circunstancial de


consecução, consequência, resultado, efeito à oração
principal. Seu principal conector é que (normalmente,
antecedido por “tão, tal...”):
Ex.:
O cidadão era tão chato que as 
funcionárias ignoravam sua presença.

Havia tanta dor em sua fala que


comoveu a todos.
6
CONCESSIVAS: Expressam valor de concessão, oposição.
Contrapõem‐se à expectativa gerada pela ideia da oração
principal, ainda que não impeçam sua realização. Seus
principais conectores são apesar de, ainda que,
conquanto, em que pese, posto que, embora, por mais
que, por menos que, mesmo que:

Ex.:
Era idolatrada por homens apesar
de não ter atributos apreciáveis.

Ainda que sumisse por meses, não era abandonado. 7

CONFORMATIVAS: Expressam valor circunstancial de


conformidade, previsibilidade, predeterminação ao
conteúdo da oração principal. Seus principais conectores
são conforme, consoante, segundo, do modo que,
como:
Ex.:
As filhas procedem conforme o pai determina.
Segundo se pressupunha, o presidente americano foi 
reeleito.

8
FINAIS: Expressam finalidade, propósito, objetivo à oração 
principal. Seus principais conectores são a fim de, para 
que, porque, que:
Ex.:
Dedicava‐se aos estudos para que obtivesse êxito nos 
concursos.

Porque não fosse considerado fraco, agia como lutador. 9

PROPORCIONAIS: Expressam ideia de proporção. Seus


principais conectores são à proporção que, à medida
que, quanto mais... mais, quanto menos... menos:
Ex.:
Acumula‐se cultura à proporção que se estuda. 

Quanto mais conheço os homens,


mais cresce minha amor pelos
animais.

10
TEMPORAIS: Expressam valor circunstancial de tempo,
momento, instante. Revelam quando a ideia expressa na
principal acontece. Seus principais conectivos são:
quando, assim que, no momento em que, mal, desde
que, tão logo, antes que, depois que, apenas:
Ex.:
A mulher gostou quando ele se aproximou com presente.

Logo que se percebeu sozinho, chamou pelos irmãos. 11

ALGUMAS FORMAS REDUZIDAS
 POR + INFINITIVO = “VALOR CAUSAL”

PARA + INFINITIVO = “VALOR FINAL”

A + INFINITIVO = “VALOR CONDICIONAL”

AO + INFINITIVO = “VALOR TEMPORAL”

12
VALORES SEMÂNTICOS DAS PREPOSIÇÕES
Por ter gritado muito, ficou rouco.
Com o progresso, tudo mudou radicalmente.
Tremer de frio. 
Vir para ficar. 
Vir em socorro.
OLHO NA QUESTÃO

“... combate ao trabalho infantil doméstico, nas ruas, NO


LIXO e COM O LIXO, e na agricultura...” (texto 3) Os
dois termos destacados indicam, respectivamente:
(A) lugar e meio;                 (B) meio e companhia;
(C) modo e finalidade;       (D) finalidade e lugar;
(E) modo e companhia. 13

Seguindo o código proposto, classifique as orações 
subordinadas adverbiais abaixo:

1. Condicional
2. Causal
3. Comparativa
4. Conformativa
5. Consecutiva
6. Concessiva
7. Final
8. Proporcional
9. Temporal
14
( ) Ainda que lesse, pouco sabia sobre as coisas.
( ) Fora tão cruel com os filhos que não recebiam afeição.
( ) Consoante se determinara, os trabalhadores voltaram.
( ) O seu olhar me aquecia feito o calor de mil sóis.
( ) Mantinham‐se perto dela porque morriam de ciúmes.
( ) Assim que nasce o sol, saio de casa.
( ) Se te impuseres, respeitar‐te‐ão.
( ) Falava alto para que pudessem ouvi‐lo bem.
( ) À medida que se envolvia com ela, mais se encantava.

15

(     ) Conquanto que ajamos com discrição, não nos hão 
de notar.
(     ) Mal surgi à porta com flores, ela me envolveu em 
seus braços. 
(     ) O jogador novo  era mais habilidoso que os seus 
antecessores.
(     ) Cumpriu as tarefas com tanto esmero que recebeu 
um opulento aumento salarial.
(     ) Recebia constantes homenagens conquanto fosse 
escritor medíocre.
(     ) Quanto menos veem programas televisivos, menos 
sofrem influências tolas.
16
OLHO NA FCC
2016 – FCC – TRF ‐ 3ª REGIÃO – Analista Judiciário –
“Quando os Beatles se separaram, essa magia se
rompeu”. (7° parágrafo)
Considerado o contexto, a oração subordinada da frase
acima estabelece noção de
a) conformidade.
b) tempo.
c) comparação.
d) proporcionalidade.
e) consequência.
17

OLHO NA FCC

2016 – FCC – TRT ‐ 14ª Região – Técnico Judiciário O


acervo do José Veríssimo estava com o marechal [Inácio
José Veríssimo, filho do acadêmico], que era uma
pessoa voltada para a literatura, apesar de ser militar.

A passagem destacada permite concluir que, na opinião de


Helena Araújo Lima Veríssimo,

18
a) não é muito comum haver militares interessados em
literatura.
b) não é raro encontrar militares que entendam
profundamente de literatura.
c) é esperado que os militares de alta patente entendam
de literatura.
d) é natural que um filho de acadêmico se torne um
militar apaixonado por literatura.
e) é frequente encontrar militares com formação
especializada em literatura.

19

OLHO NA FCC

2015 – FCC – TRT ‐ 9ª REGIÃO – Analista Judiciário ‐ Embora


as esculturas ficassem longe do público, elas foram vistas
por artistas que visitavam Picasso.

Sem prejuízo da correção e do sentido, o elemento


sublinhado acima pode ser substituído por:
a) Porquanto
b) Apesar de
c) Contudo
d) Conquanto
e) A despeito de
20
OLHO NA FCC
2015 – FCC – TRE‐AP – Técnico Judiciário – “Michelangelo
fugiu de Roma ao ser comunicado que, antes de produzir as
estátuas da futura tumba do papa Júlio II, deveria pintar o
teto da Capela Sistina. Só a muito custo foi convencido a se
aventurar na pintura, meio que julgava não dominar tão
bem quanto a escultura. ____________ , ao ser tirado da
zona de conforto, o artista criaria sua obra máxima”.

Mantendo‐se as relações de sentido e a correção gramatical,


preenche corretamente a lacuna acima o que se encontra em:
a) Porquanto b) Embora c) Contudo
d) Uma vez que e) Conquanto
21

OLHO NA FCC

2015 – FCC – TRT ‐ 4ª REGIÃO – Analista Judiciário – “O


rubor pode subir às faces de alguém que está sendo
objeto da atenção de uma plateia, mesmo que esta
atenção seja motivada pelo elogio, pelo recebimento de
um prêmio, portanto acompanhada de um juízo positivo”.

Outra redação para o segmento acima manterá o sentido e


a correção se o elemento destacado, e apenas ele, for
substituído por:
a) conforme.                     b) ainda que.       c) embora.
d) conquanto que.           e) sempre que.
22
PROF. RENATO PORPINO

V E R B O 

Palavra que exprime uma ação, um estado ou um 
fenômeno da natureza e localiza‐os no tempo. 

Ex.:
“ Beijou sua mulher como se fosse a última...” (Ação)

“ E você era a princesa que eu fiz coroar...” (Estado)

“ Uns dias chove, noutros dias bate sol...”


(Fenômeno da Natureza)
CONJUGAÇÃO VERBAL
Os verbos são classificados de acordo com  a sua 
terminação: 
terminados em “AR” – 1ª  conjugação:       “amar, 
falar,cantar”
terminados em “ER” – 2ª conjugação:      “ler, 
escrever, sofrer”
terminados em “IR” – 3ª conjugação:       “sorrir, 
permitir, partir”. 

OBS.: Os verbos terminados em “OR” fazem


parte da 2ª conjugação

SEMÂNTICA DOS MODOS 
INDICATIVO, quando o emissor apresenta o fato 
como certo, real, convicto.
Ex.: Eu viajo esta noite sem falta. (atitude de certeza)

SUBJUNTIVO, quando o emissor apresenta o fato 
como duvidoso, incerto, hipotético.
Ex.: Talvez eu viaje esta noite”. (hipótese)

IMPERATIVO, quando o emissor apresenta o fato


como ordem, pedido ou conselho:
Ex.: Viajem durante o dia. (ordem, sugestão)
SEMÂNTICA DOS TEMPOS VERBAIS
PRESENTE – O tempo presente situa a ação na atualidade.
(Indicativo; Subjuntivo – E e A)
Ex.: “Tem dias que a gente se sente...”
PRETÉRITO PERFEITO – Expressa a ideia de uma ação
passada, iniciada e concluída: (Indicativo ‐ I; STE; U;
MOS; STES; RAM) – Passado Pontual.
Ex.: “Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou
morreu...”
PRETÉRITO IMPERFEITO – passa a ideia de uma ação
passada, iniciada e não concluída. Normalmente,
contínua ou habitual.
(Indicativo – 1ª conjugação – VA/VE;
2ª e 3ª conjugações – IA/IE;
Subjuntivo – SSE em qualquer verbo)
Ex.: “Eu amava, como amava um pescador”.

PRETÉRITO MAIS‐QUE‐PERFEITO – Faz referência a um


fato totalmente concluído e que ocorreu antes de outro
fato também já concluído (RA/RE átonos);
Ex.: Quando falamos as verdades, a consciência já falara
às mentes.
FUTURO DO PRESENTE – passa a ideia de uma ação que
ainda poderá ocorrer:
(Indicativo – REi/RIA;
Subjuntivo – AR; ER; IR)
Ex.: “Olha, será que ela é moça...?”

OBS.: FUTURO DO SUBJUNTIVO ou INFINITIVO?


FUTURO DO PRETÉRITO – transmite a ideia de uma ação que
poderia ocorrer (RIA/RIE):
Ex.: “Não existiria som se não houvesse o silêncio...”
OLHO NA FCC

2016 – FCC – Prefeitura de Teresina – A frase em que o


tempo verbal evidencia uma hipótese está em:
a) As culturas populares não se constituem em agregados
de traços culturais passíveis de serem inventariados.
b) Elas não desapareceram...
c) ... essas formas socioculturais teriam cada vez mais
perdido seus atributos definidores.
d) Perdeu a autenticidade.
e) ... circula de modo amplo e difuso em nosso cotidiano
uma perspectiva sobre as culturas populares...
PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
7

2016 – FCC – Prefeitura de Teresina – ... eles mereciam


reverência. (1º parágrafo)
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o
grifado acima está também grifado em:
a) ... mas sempre seremos derrotados ao final.
b) ... que considero irmãs de sangue...
c) ... saber o que era...
d) ... enfrentam a labuta do dia a dia.
e) ... aquilo que só mais maduro poderia...
PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
8
2016 – FCC – TRT ‐ 23ª REGIÃO (MT) – “... para quem
Manoel de Barros era comparável a São Francisco de
Assis...” O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que
o da frase acima está em:
a) Dizia‐se um "vedor de cinema"...
b) Porque não seria certo ficar pregando moscas...
c) Na juventude, apaixonou‐se por Arthur Rimbaud e
Charles Baudelaire.
d) Quase meio século separa a estreia de Manoel de
Barros na literatura... PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO

e) ... para depois casá‐las... 9

FORMAÇÃO DO IMPERATIVO

Cuidado com a correlação que deve existir entre verbos e 
pronomes!
OLHO NAS PROVAS

Na frase “Abrace‐me, meu filho, antes de eu ir embora!”,


se colocada na forma negativa, a opção correta seria:
(A) Não me abraces;
(B) Não me abraça;
(C) Não me abraças;
(D) Não me abrace;
(E) Não me abraceis.

PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
11

OLHO NAS PROVAS

FGV ‐ TJ/SC – 2015 ‐ Entre as mensagens abaixo, a única


que está de acordo com a norma escrita culta é:
(A) Verifique os dados da conta a pagar. Clica neste botão!
(B) Demonstra que você é esperto. Pague suas contas em
dia.
(C) Controla teu dinheiro e viaje tranquilo.
(D) Não despreze as feias. Confira suas qualidades.
(E) Em caso de fogo, procure os extintores. Pede o apoio
da brigada.
PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
12
VOZES DO VERBO

Expressa o tipo de relação entre o sujeito e o verbo. São 3 
as vozes:
‐ Na VOZ ATIVA – o sujeito pratica a ação. 
Ex.: A plateia aplaudiu o artista. (o suj. é o agente da ação).
‐ Na VOZ PASSIVA – o sujeito sofre a ação. 
Ex.: O artista foi aplaudido pela plateia. (o suj. é paciente 
da ação).
‐ Na VOZ REFLEXIVA – ocorre quando o fato é praticado e
sofrido pelo sujeito.
Ex.: O atleta olhava‐se no espelho. 
CONVÉM RELEMBRAR UM POUCO DE 
TRANSITIVIDADE VERBAL

VOZ PASSIVA ANALÍTICA (V.P.A)

V. P. A. = Sujeito sofre a ação verbal;
V. P. A. = locução verbal;

É comum aparecer AGENTE DA PASSIVA na V. P. A.


(Termo que pratica ação na Voz Passiva Analítica.
Estrutura: Por (preposição) + Substantivo/ Pronome).
Ex.:
Os reféns foram libertados pelos sequestradores.
Agente da Passiva
A carta foi entregue à moça pelo carteiro.
Agente da Passiva
TRANSPOSIÇÃO DE VOZ ATIVA EM PASSIVA ANALÍTICA
Ex.:
Os jovens franceses  observam  as praias brasileiras hoje.
SUJ.  AGENTE V.T.D. OBJETO DIRETO CIRCUNSTÂNCIA
DE TEMPO

As praias brasileiras são observadas pelos jovens franceses hoje.
SUJ. PACIENTE LOCUÇÃO  AGENTE DA  CIRCUNSTÂNCIA
DE TEMPO
VERBAL PASSIVA

VOZ PASSIVA SINTÉTICA (V.P.S)

V. P. S. = Sujeito sofre a ação verbal. 
V. P. S. =  Verbo na 3ª pessoa do sing./ plural. + SE –
pronome apassivador.
As paisagens são contempladas pelos turistas todos os dias. 
SUJEITO PACIENTE LOCUÇÃO VERBAL AGENTE DA PASSIVA
VOZ PASSIVA 
ANALÍTICA

Contemplam ‐se  as paisagens todos os dias. 


VERBO TRANS. 
SUJEITO PACIENTE
DIRETO

VOZ PASSIVA 
SINTÉTICA
PARTÍCULA 
APASSIVADORA
Voz reflexiva: ação reflexiva ou ação recíproca:

O aluno          cortou em sala de aula.
SE VOZ REFLEXIVA

PRONOME REFLEXIVO – AÇÃO REFLEXIVA

Os alunos         cortaram em sala de aula.
SE VOZ REFLEXIVA

PRONOME REFLEXIVO – AÇÃO REFLEXIVA OU 
RECÍPROCA

CORRIGINDO A AMBIGUIDADE
Os alunos cortaram A SI MESMOS em sala de aula.
AÇÃO REFLEXIVA
OU
Os alunos cortaram UNS AOS OUTROS em sala de aula. 
AÇÃO RECÍPROCA

OLHO NA FCC

2016 – FCC – Prefeitura de Teresina – Desse modo, festas,


artesanatos, lendas, formas musicais, dança, culinária
articulam simbolicamente concepções coletivas de
sociedade. (5º parágrafo)
Transpondo‐se a frase acima para a voz passiva, a forma
verbal resultante será:
a) tinha sido articulada.
b) são articuladas.
c) foi articulado.
d) são articulados.
PORTUGUÊS: SINTAXE ‐ RENATO PORPINO

e) eram articuladas. 18
OLHO NA FCC

2016 – FCC – TRF ‐ 3ª REGIÃO – A frase que NÃO admite


transposição para a voz passiva encontra‐se em:
a) ... o acesso das obras a um status estético que as exalta.
b) ... elas protestam contra os fatos da realidade, os
poderes...
c) Muitas obras antigas celebram vitórias militares e
conquistas...
d) O museu, por retirar as obras de sua origem...
e) ... a crítica mais comum contra o museu apresenta‐o...
PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
19

OLHO NA FCC

2016 – FCC – TRT ‐ 14ª Região – O marechal organizou o


acervo...

A forma verbal está corretamente transposta para a voz


passiva em:
a) estava organizando
b) tinha organizado
c) organizando‐se
d) foi organizado
e) está organizado PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
20
OLHO NA FCC

2016 – FCC – TRT ‐ 23ª REGIÃO (MT) – Empregam‐se todas as formas


verbais de acordo com a norma culta na seguinte frase redigida a partir
do texto:
a) Para que se mantesse sua autenticidade, o documento não poderia
receber qualquer tipo de retificação.
b) Os documentos com assinatura digital disporam de algoritmos de
criptografia que os protegeram.
c) Arquivados eletronicamente, os documentos poderam contar com a
proteção de uma assinatura digital.
d) Quem se propor a alterar um documento criptografado deve saber
que comprometerá sua integridade.
e) Não é possível fazer as alterações quePORTUGUÊS: SINTAXE –
convieremRENATO PORPINO
sem comprometer
21
a integridade dos documentos.

OLHO NA FCC

2015 – FCC – DPE‐RR – A frase do texto que permite


transposição para a voz passiva é:
a) Em seguida gravou uma mensagem na sua secretária
eletrônica...
b) Mas o poeta, este de fato não morreu.
c) Em 1862, chegou aqui a notícia da morte de Gonçalves
Dias.
d) O poeta estava a bordo do Grand Condé...
e) ... de como tudo neste mundo caminha cada vez mais
depressa. PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
22
TEMPOS COMPOSTOS 

Empregam‐se os verbos auxiliares TER ou HAVER


seguidos do particípio do verbo principal. Apenas os
auxiliares são flexionados:
Ex.:
“Eu tenho andado tão sozinho ultimamente...”
“ Tenho andado distraído, impaciente e indeciso..” 

TEMPOS COMPOSTOS 

Pretérito Perfeito composto: é formado pelo verbo


auxiliar conjugado no presente + particípio: “tenho
amado”.

Pretérito Mais‐que‐perfeito composto: o verbo auxiliar


é conjugado no pretérito imperfeito + particípio:
“tinha amado”.
No futuro do presente composto:o verbo auxiliar é
conjugado no futuro do presente: “terei amado”

No futuro do pretérito composto: o verbo auxiliar é


conjugado no futuro do pretérito: “teria amado”.
OLHO NA FCC

2015 – FCC – TRE‐PB – “... que ali havia um novo parâmetro


artístico...”

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o


sublinhado acima encontra‐se em:
a) Eu diria que sim.
b) ... se alguém dissesse...
c) Existem a internet e as novas tecnologias...
d) A princípio, pensava que a imagem...
e) Como se estivéssemos esperando por um Chaplin...
PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
25

Obs.: 
Os verbos derivados são conjugados como os primitivos:

A) Os policiais deteram o bandido após muitos dias de procura.

B) O filho interviu na briga dos pais.

C) Se eu proposse a ideia, ela rapidamente seria aceita.

D) Quando eu compor a canção, ficarei famoso.

E) Ele reteu todo o conteúdo de que precisa. 

PORTUGUÊS: SINTAXE ‐ RENATO PORPINO

26
26
PROF. RENATO PORPINO

OS PRONOMES RELATIVOS E AS ORÇÕES ADJETIVAS

Pronomes Relativos
São aqueles que retomam nomes já mencionados
anteriormente (portanto, referência anafórica) e com os
quais se relacionam. Introduzem as orações subordinadas
adjetivas.
Ex.:
O racismo é um pensamento equivocado que afirma a
superioridade de um grupo racial sobre os demais.

OBS. 1 – “que afirma a superioridade de um grupo racial sobre


outros” é uma Oração Subordinada Adjetiva”.

OBS. 2 – O pronome relativo "que" refere‐se à


palavra “pensamento" e introduz uma oração subordinada. Diz‐se
que a palavra “pensamento" é antecedente do pronome relativo que.
OBS.: O antecedente do pronome relativo pode ser o
pronome demonstrativo o, a, os, as.
Ex.: Não sei o que você está querendo dizer.

Observe o quadro abaixo:

Quadro dos Pronomes Relativos
Variáveis
Invariáveis
Masculino Feminino
o qual os quais a qual as quais quem
cujo cujos cuja cujas que
PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
quanto quantos quanta quantas onde 3

Uso de QUE
‐ O pronome que é o relativo de mais largo emprego, sendo
por isso chamado relativo universal. Pode ser substituído
por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu
antecedente for um substantivo.
Ex.:
O trabalho que eu fiz refere‐se à corrupção. (= o qual)

A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual)

Os trabalhos que eu fiz referem‐se à corrupção. (= os quais)

As cantoras que se apresentaram eram ruins. (= as quais)
4
PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
Uso de O Qual...
‐ São exclusivamente pronomes relativos; por isso, são
utilizados didaticamente para verificar se palavras como
"que", "quem", "onde" (que podem ter várias classificações)
são pronomes relativos. Todos eles são usados com referência
à pessoa ou coisa:
Ex.:
É importante a presença de pessoas nas quais confiamos
nesta reunião
Uso de Quem  
‐ O pronome "quem" refere‐se a pessoas e vem sempre 
precedido de preposição.
Ex.: 
O rapaz de quem lhe falei não é aquele? 5
PORTUGUÊS: RENATO PORPINO

Uso de Cujo... 
‐ O pronome "cujo" não concorda com o seu antecedente, 
mas com o consequente. 
Ex.:
Cortaram as árvores cujos troncos estavam podres.

Uso de Onde
‐ Como pronome relativo, sempre possui antecedente e só
pode ser utilizado na indicação de lugar.
Ex.:
A casa onde morava foi assaltada.
6
PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
Uso de Quanto
‐ É pronome relativo quando tem por antecedente um
pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo:
Ex.:
Ele fez tudo quanto havia prometido.

Uso de Quando
‐ Na indicação de tempo, deve‐se empregar quando ou em
que.
Ex.:
Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no
exterior.
7
PORTUGUÊS: RENATO PORPINO

Uso de Como 
‐ Pode ser utilizado como pronome relativo, nesse caso será 
equivalente a “pelo qual...”
Ex.:
Não me parece correto o modo como você agiu semana 
passada.

8
PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
Obs.: Ao refletir a respeito de um período, é necessário levar
em conta as diferenças de significado que as orações
restritivas e as explicativas implicam.
Ex.:
Mandei um texto para meu irmão que mora em Milão.

Ex.:
Mandei um telegrama para meu irmão, que mora em Roma.

9
PORTUGUÊS: RENATO PORPINO

OLHO NA FCC

1. 2016 – FCC – ELETROBRAS‐ELETROSUL – Está correto o


emprego de ambos os elementos sublinhados em:
a) O efeito de que as moças pretendem obter em suas
fainas, ao fim e ao cabo realizam‐se como pretendido.
b) A técnica ilusória com cuja as moças contam acaba por se
mostrar favorável diante do batatal.
c) Consiste a magia das moças maoris, a cada plantação, de
cantar e dançar para que se alcance os melhores resultados.
d) A magia de um rito, cuja força as moças convocam no
plantio, não as deixa frustrar‐se.
e) As sementeiras de batatas, de cujo plantio as moças se
aplicam, estão sujeitas para com os efeitos do vento leste.10
PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
OLHO NA FCC

2. 2016 – FCC – ELETROBRAS‐ELETROSUL – Considere as


seguintes passagens do texto:

I. E foi exatamente por causa da temperatura que foi


construída em Abu Dhabi uma das maiores usinas de
energia solar do mundo. (1º parágrafo)

II. Não vão substituir o petróleo, que eles têm de sobra por
mais 100 anos pelo menos. (2º parágrafo)

PORTUGUÊS: RENATO PORPINO 11

III. Um traçado urbanístico ousado, que deixa os carros de


fora. (3º parágrafo)

IV. As ruas são bem estreitas para que um prédio faça


sombra no outro. (3º parágrafo)

O termo “que” é pronome e pode ser substituído por “o


qual” APENAS em
a) I e II.
b) II e III.
c) I, II e IV.
d) I e IV.
e) III e IV.
12
PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
OLHO NA FCC

3. 2016 – FCC – TRT ‐ 14ª Região – “Isto pode despertar a 


atenção de outras pessoas que tenham documentos em 
casa e se disponham a trazer para a Academia, que é a 
guardiã desse tipo de acervo, que é muito difícil de ser 
guardado em casa, pois o tempo destrói e aqui temos a 
melhor técnica de conservação de documentos", disse 
Cavalcanti. 

O termo sublinhado faz referência a 
a) pessoas.      b) acervo.         c) Academia.
d) tempo.        e) casa.
13
PORTUGUÊS: RENATO PORPINO

OLHO NA FCC

4. 2016 – FCC – TRT ‐ 14ª Região – Atente para as seguintes


frases:
I. Ele ama os joguinhos eletrônicos, que vê como desafios.
II. Ele se vicia em joguinhos eletrônicos, independentemente
do grau de dificuldade que ofereçam.
III. Ele sente especial atração pelos joguinhos eletrônicos
difíceis, nos quais vem se aprimorando.

A supressão da vírgula altera o sentido do que está APENAS


em
a) I. b) I e II. c) I e III.
d) II e III. e) III. 14
PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
OLHO NA FCC

5. 2016 – FCC – TRT ‐ 23ª REGIÃO – No segmento de que


árvore ou arbusto caíam aquelas sementes vermelhas
(3°parágrafo), o termo sublinhado pode ser substituído
corretamente por:

a) de quanta
b) de cujos
c) de cuja
d) dos quais
e) de qual

15
PORTUGUÊS: RENATO PORPINO

OLHO NA FCC

6. 2015 – FCC – TRE‐PB – “No Engenho do Pau d’Arco, na


Paraíba, nas ruas do Recife e João Pessoa, no início do século
XX, cismava, sofria, escrevia poemas, um homem jovem,
magro e taciturno, que se tornaria conhecido na história da
literatura brasileira pelo nome de Augusto dos Anjos”.

O elemento que NÃO é um pronome está sublinhado em:


a) ... o próprio poeta decidiu que habitaria o cotidiano... (5º
parágrafo)
b) ... que se tornaria conhecido na história da literatura
brasileira... (1º parágrafo)
16
PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
c) ... alguns traços que caracterizam a nova poesia... (4º
parágrafo)
d) ... o poeta moderno lança mão de uma série de recursos
que constituem... (último parágrafo)
e) ... o mundo que se deve transformar. (5º parágrafo)

17
PORTUGUÊS: RENATO PORPINO

OLHO NA FGV

7. 2015 – FCC – TCE‐CE – Empregam‐se corretamente as 


expressões destacadas em:

a) O crime racial constitui uma maneira de penalizar aqueles 
de que se deixam levar por atitudes que rejeitam um outro a 
quem se é diferente. 
b) As ações movidas por preconceito, aonde se observa um 
juízo prévio de um indivíduo de que não se conhece muito 
bem, devem ser repreendidas. 

PORTUGUÊS: RENATO PORPINO 18
c) A propagação de preconceitos, fenômeno pelo qual
todos podemos ser responsáveis, deve ser abrandada por 
penalizações rigorosas, às quais os infratores estejam 
sujeitos. 
d) O preconceito é uma maneira com que os grupos sociais 
encontraram para excluir aqueles que são considerados 
estranhos e de quem não se confia. 
e) As leis são um meio ao qual o preconceito pode ser 
contido, mas não extinto, pois ele estará presente mesmo 
nas culturas às quais o punem com rigor.

19
PORTUGUÊS: RENATO PORPINO

OLHO NA FCC

8. 2015 – FCC – 15ª Região –No uso popular e poético


emprega‐se o termo com frequência para exprimir a
aspiração a estados ou objetos desconhecidos e apenas
pressentidos ou vislumbrados, os quais, no entanto, se julgam
mais perfeitos que os conhecidos e os quais se espera
alcançar ou obter no futuro. (3° parágrafo)

Os elementos sublinhados acima podem ser substituídos, sem


prejuízo da clareza e da correção gramatical,
respectivamente, por:
a) que – onde b) que – que c) onde – cujos
d) cujos – que e) onde – de que PORTUGUÊS: RENATO PORPINO 20
PROF. RENATO PORPINO

Orações Subord. Substantivas 

Orações subordinadas substantivas


desempenham as funções típicas do substantivo (objeto
direto, objeto indireto, sujeito, aposto, predicativo do
sujeito e complemento nominal). Quando desenvolvidas,
são introduzidas pelas conjunções integrantes que ou se.

OBS: Para classificar corretamente uma Oração


subordinada Substantiva, é necessário observar a Oração
Principal. Pois, a função sintática que faltar à Oração
Principal será exercida pela Oração Subordinada
Substantiva.
Ex.:
“Eu só quero que você saiba...”
“ Ela me disse que trabalha no correio...”
Classificação das Orações 
Subordinadas Substantivas

OBJETIVAS DIRETAS: Desempenham função sintática de


objeto direto de um verbo transitivo direto ou
bitransitivo presente na oração principal:

Ex.:
Supúnhamos que houvesse solução para o problema.

O político ignorava se suas promessas surtiriam efeito.

OBJETIVAS INDIRETAS: Desempenham função sintática


de objeto indireto (complemento verbal
necessariamente preposicionado) de um verbo
transitivo indireto ou bitransitivo presente na oração
principal:

Ex.:
Oponho‐me a que se façam concessões.

A criança desconfiava de que os pais lhe mentiam.
COMPLETIVAS NOMINAIS: Desempenham função
sintática de complemento preposicionado de nome
presente na oração principal.

Ex.:
Sempre fui contrário a que se ignorassem as normas.

A mulher estava convicta de que o marido a traía com a


empregada.

APOSITIVA: Desempenham função sintática de aposto de


um termo evasivo presente na oração principal:

Ex.:
Só nos resta isto: que nos unamos.

As mulheres só desejam uma coisa: que sejam 
respeitadas.
PREDICATIVAS: Desempenham função sintática de
predicativo de um sujeito (substantivo) presente na
oração principal:

Ex.:
Seu maior anseio era que não houvesse desigualdades
em seu país.

O sonho de todo professor é que toda uma turma seja


aprovada.

SUBJETIVAS: Desempenham função sintática de sujeito


da oração principal. Ocorrem em quatro situações:
I. OP com verbo de ligação e predicativo:
É admirável que ainda haja gente honesta neste país.
II. OP com verbo transitivo direto e pronome apassivador:
Impunha‐se que nos dedicássemos.
III. OP com voz passiva analítica:
Foi proposto que nos afastássemos do cargo.

IV. OP com verbos como ocorrer, constar, convir, urgir,


bastar, parecer...
Convinha que houvesse resistência.
Resolução do exercício Classifique as orações
subordinadas substantivas em destaque:
( ) Os homens modernos sabem que esse conceito é
relativo.
( ) Não concordamos com que se libertem os culpados.
( ) O prisioneiro era convicto de que fora acusado
injustamente.
( ) Tínhamos certeza de que já estávamos no caminho
certo.
( ) Creio em que se ergam novas possibilidades diante de
nossos olhos.

(    ) Não sei se esse projeto é o melhor caminho 
realmente.
(    ) Fiz‐lhe uma séria imposição: que ficasse ao meu 
lado.
(     ) Seu maior anseio era que tudo se tornasse claro.
(     ) Basta que você me diga a verdade.
(     ) Previa‐se que aquilo pudesse ocorrer.
(     ) O temor do povo é que o corrupto se reeleja.
OLHO NA FCC

2016 – FCC – SEGEP‐MA – Auditor Fiscal da Receita


Estadual – A oração sublinhada exerce a função de
sujeito no seguinte período:

a) Parece que o mito da tolerância já não se sustenta


entre nós.

b) A internet derrubou a crença de que somos


tolerantes.
RENATO PORPINO 11

OLHO NA FCC

c) As redes sociais deram vazão à intolerância que já se


notava nas ruas.

d) Uma vez disseminados, os preconceitos vão


revelando nossa intolerância.

e) Quando se acessa uma rede social depara‐se com


uma onda de intolerância.

RENATO PORPINO 12
OLHO NA FGV

2015 – FCC – TRE‐PB – Analista Judiciário – O elemento


que NÃO é um pronome está sublinhado em:

a) ... o próprio poeta decidiu que habitaria o cotidiano...


(5º parágrafo)

b) ... um homem jovem, magro e taciturno, que se


tornaria conhecido na história da literatura brasileira...
(1º parágrafo)
RENATO PORPINO 13

OLHO NA FGV

c) ... alguns traços que caracterizam a nova poesia... (4º


parágrafo)

d) ... o poeta moderno lança mão de uma série de


recursos que constituem... (último parágrafo)

e) ... o mundo que se deve transformar. (5º parágrafo)

RENATO PORPINO 14
OLHO NA FGV

2015 – FCC – MANAUSPREV – Técnico Previdenciário –


No segmento ...hoje pedimos ao amador que procure 
tirar dela um prazer diferente..., a oração sublinhada 
complementa o sentido de um

a) verbo, e pode ser substituída por um substantivo.
b) verbo, e pode ser substituída por um adjetivo.
c) substantivo, e pode ser substituída por um verbo.
d) verbo, e pode ser substituída por outro verbo.
e) substantivo, e pode ser substituída por um adjetivo.
RENATO PORPINO 15

OLHO NA FGV

FCC – TRT ‐ 2ª REGIÃO (SP) – Técnico Judiciário – Não há


dúvida de que leitores, ouvintes e espectadores seguem
suas preferências ao fazer uso dos meios de
comunicação: querem se divertir ou se distrair, querem
se informar ou tomar parte em debates públicos. (início
do texto).
Considerando o trecho acima, é INCORRETO afirmar:

RENATO PORPINO 16
a) A oração principal do período é Não há dúvida.
b) A oração subordinada de que leitores, ouvintes e
espectadores seguem suas preferências tem função
sintática de objeto indireto.
c) As orações que se seguem aos dois‐pontos constituem
um conjunto de quatro orações coordenadas, formando
dois grupos de orações de sentido alternativo.
d) A oração ao fazer uso dos meios de comunicação
denota noção de tempo, sendo equivalente a quando
fazem uso.
e) O sujeito de querem – verbo repetido nas orações
após os dois‐pontos – está anteriormente expresso numa
das orações subordinadas do período. 17
PROF. RENATO PORPINO

CRASE
É o encontro da preposição A com o artigo A(s) ou com os Pronomes
Demonstrativos A(s), Aquele... Esse encontro é marcado com o acento
grave.
Ex.: Irei __ praia de Copacabana.

IPCM1: Para que haja crase:


‐ Tem que ser antes de palavra feminina;
‐ Tem que dar a “regra do cão”;
‐ Tem que dar a regra do “X é legal” ou “X são legais”; 
Ex.: Sempre faço alusão __ questão complexa. (a ou à)
A gramática é infinitamente útil __ aluna estudiosa. (a ou à)
Em minhas análises, nunca me referi __ ela. (a ou à)
Seja fiel __ pessoas que o amam. (a ou à)  2
Crase Proibida: 

1. Antes de palavras masculinas: Andou a cavalo e a pé.


2. Antes de verbo: Começou a chorar. Voltou a ser criança.
3. Antes de pronomes pessoais: Dirigiu a palavra a ela.

EXCEÇÕES: senhora, senhorita, madame, dona. Falou à senhora, à


madame, à dona Maria…

4. Antes dos pronomes “quem”, “cujo...”, “esta” e “essa”: Não foi a


esta festa.
5. Antes de referências indefinidas: Obedeci a toda regra.
6. Entre palavras repetidas: Ficamos frente a frente.
7. A sem S ante de palavra no plural: A tabela diz respeito a dívidas
públicas.
3

Crase Obrigatória: 
1. Nas locuções prepositivas femininas(a + pal. feminina + de):
Os jovens vivem à procura de amor.
2. Nas locuções conjuntivas femininas (a +pal. Feminina+que):
À proporção que o tempo passa, meu preparo aumenta.
3. Nas locuções adverbiais femininas (de tempo, modo e lugar):
Ela sai à noite, às pressas e às vezes.
4. Nas locuções adjetivas femininas: Fui a uma festa à fantasia.
Crase Facultativa:
1. Antes de nome próprio de mulher: Referia‐se à Marli (ou a
Marli).
2. Antes de pronome possessivo feminino: Referia‐se à minha irmã
(ou a minha irmã).
3. Depois da preposição até: Vou até à praia (ou até a praia). 4
Crase nos Prononomes
1. Àquele(s); Àquela(s); Àquilo: Basta que o termo regente exija a
preposição A.
Ex.: Falou favoravalmente __queles alunos.
Informei o novo horário __quelas que estavam interessadas.

2. À(s) que; À(s) de: Entende‐se da mesma forma que o caso


anterior.
Ex.: Eu disse verdades __ que estava nervosa.

3. À qual; Às quais: A preposição exida pelo termo posterior deve


ser colocada antes do Pronome Relativo.
Ex.: A pessoa __ qual me referi está muito doente.
IPCM2: Há e A – Expressando tempo.
Ex.: O concurso será daqui __ três meses. O último foi __ dois anos.
5

Casos Especiais:

1. Casa: Só haverá crase se for especificada.


Ex.: Fui __ casa.
Fui __ casa do Senhor.
Fui __ casa azul.
Fui __ bela casa.
Fui __ casas verdes.
Fui __ casinha.

2. Terra:
a. Planeta: Com crase;
b. Terra natal: Com crase;
c. Chão, terra chão, terra firme: Com crase.

6
3. A distância de: Só se a distância for específica, exata.

4. À moda (de): Haverá crase ainda que a expressão esteja


oculta.

5. Nomes de lugar: Se venho de – crase pra quê?


Se venho da – crase no A!

Fixação:
a) “A casa fica ______ direita de quem sobe a rua, ______
duas quadras da avenida do Contorno”.
b) “Estamos ______ poucas horas da cidade ______ que
vieram ter, _____ tempos, nossos avós”.
c) Ainda ontem, na hora marcada, foram entregues ___
coordenadoria textos destinados ____ correções.
d) “Quando ___ dois dias disse ____ ela que ia ___ Itália para
concluir meus estudos, pôs‐se ____ chorar”.
e) No território nacional‐___ estatísticas o demonstram‐___
cada trinta minutos uma pessoa sucumbe ___ tuberculose”.
g) “Não nos vimos ____ tanto tempo, que ____ primeira vista
não ___ reconheci”.
8
h) “Chamam ___ isto de aventura? Tão logo desceram ___
terra, os aviadores foram ___ sessão, depois voltaram ___
pressas, deixando os repórteres ____ meio quarteirão de
distancia”.
i) “Para ganhar mais dinheiro, Manuel passou ____ entregar
compras em domicílio ____ segundas‐feiras”.
j) “Os que assistiram ___ peça chegaram ____ aplaudi‐la de
pé, postando‐se ____ poucos metros do palco”.
k) “Diga ____ elas que estejam daqui ___ pouco ___ porta da
biblioteca”.
l) Não devemos da aceitação ____ ideias antipatrióticas, pois o
amor ____ Pátria é próprio do bom cidadão.
m) “___ noite, todos os operários voltaram ___ fábrica e só
deixaram o serviço ___ uma hora da manhã”. 9

OLHO NA FCC

1. 2016 – FCC ‐ TRT ‐ 14ª Região ‐ No que se refere ao emprego do


acento indicativo de crase e à colocação do pronome, a alternativa
que completa corretamente a frase O palestrante deu um
conselho... é:
a) à alguns jovens que escutavam‐no.
b) à estes jovens que o escutavam.
c) àqueles jovens que o escutavam
d) à juventude que escutava‐o.
e) à uma porção de jovens que o escutava.
OLHO NA FCC

2. 2016 – FCC ‐ TRT ‐ 14ª Região ‐ Está plenamente adequado o


emprego de ambos os elementos sublinhados em:

a) Ele não se dispõe à abandonar os jogos eletrônicos, mas volta e


meia fica atento às histórias que lhe narram.
b) Mesmo àqueles meninos estudiosos não falta tempo para os
joguinhos eletrônicos com cujos se entretêm.
c) A conexão da qual eles permanecem interligados permite‐lhes
conversarem todo o tempo à muita distância.
d) As narrativas clássicas, a cuja mágica oralidade sentimo‐nos
presos, competem com os meios da informática.
e) Cabe à plateia de um contador de histórias participar ativamente
da narração em cuja se acha envolvida.

OLHO NA FCC

3. FCC – 2016 – TRF ‐ 3ª REGIÃO – O sinal indicativo de crase está


empregado corretamente em:

a) Não era uma felicidade eufórica, semelhava‐se mais à uma brisa


de contentamento.
b) O vinho certamente me induziu àquela súbita vontade de abraçar
uma árvore gigante.
c) Antes do fim da manhã, dediquei‐me à escrever tudo o que me
propusera para o dia.
d) A paineira sobreviverá a todas às 18 milhões de pessoas que hoje
vivem em São Paulo.
e) Acho importante esclarecer que não sou afeito à essa tradição de
se abraçar árvore.
OLHO NA FCC

4. FCC – 2016 – TRF ‐ 3ª REGIÃO – Ao se reescrever um segmento


do texto, o sinal indicativo de crase está correto:

a) Frequentemente não temos consciência de uma emoção,


pois somos incapazes de à controlar propositadamente.
b) Essa é, à propósito, a semelhança que permite que a arte cruze
fronteiras.
c) Por sinal, à essa semelhança imputa‐se a causa da arte ser capaz
de cruzar fronteiras.
d) A partir dessa semelhança, permite‐se à arte cruzar fronteiras.
e) À uma região profunda do tronco cerebral atribui‐se o ponto de
partida de reações como um sorriso nascido de um prazer genuíno.

OLHO NA FCC

5. FCC – 2016 – TRT ‐ 23ª REGIÃO (MT) – O acento indicativo de


crase está empregado corretamente em:

a) À esta assinatura eletrônica que usa algoritmos de criptografia


assimétrica, dá‐se o nome de assinatura digital.
b) Destinada à resguardar a integridade de um documento, a
assinatura digital usa a criptografia.
c) A assinatura digital destina‐se à preservação da autoria de
documentos eletrônicos.
d) A assinatura digital é útil à todas as pessoas que desejam
proteger seus documentos eletrônicos.
e) A assinatura digital atende à várias finalidades, das quais se
destaca a verificação da autoria do documento.
OLHO NA FCC

6. FCC – 2015 – TRT ‐ 4ª REGIÃO (RS) – A idealização das mulheres


em seus papéis familiares é muito semelhante àquelas idealizações
divulgadas no final do século XVIII e início do século XX nos grandes
centros europeus.
Mantém‐se a correção no emprego do sinal indicativo de crase se o
segmento grifado na frase acima for substituído por:

a) à uma determinada idealização divulgada.


b) à cada uma das idealizações divulgadas.
c) à algumas idealizações divulgadas.
d) à típica idealização divulgada.
e) à qualquer das idealizações divulgadas.

OLHO NA FCC

7. FCC – 2015 – TRT ‐ 15ª Região – O termo entre parênteses


preenche corretamente a lacuna da frase em:
a) A mudança, começaram ...... senti‐la apenas os descendentes dos
escravos. (à)
b) Não foi apenas com o intuito de libertar ...... escravos que se
promulgou a lei Áurea. (aos)
c) As condições iniciais dos libertos eram muito próximas ...... de
escravidão. (as)
d) ...... vésperas do século XX ainda eram debatidas questões como
a escravidão. (Às)
e) Muito embora lhes fosse conferida ...... condição de liberto,
muitos continuavam subjugados. (à)
OLHO NA FCC

FCC – 2015 – MANAUSPREV – O sinal indicativo de crase pode ser


corretamente suprimido em:

a) ...nos permitimos fabricá‐las à feição dos nossos sonhos.


b) ...não está à mercê dos botânicos...
c) ...não incorpora a árvore à atmosfera de nossos cuidados...
d) ...incapazes de trazê‐lo à nossa domesticidade...
e) Renunciamos assim às árvores...
PROF. RENATO PORPINO

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

1. Acentuam‐se as palavras monossílabas tônicas 
terminadas em a, e, o, seguidas ou não de s.
Ex: já, fé, pés, pó, só...

2. Acentuam‐se as palavras oxítonas terminadas em a, e, o 
‐ seguidas ou não de s ‐ , em, ens.
Ex: cajá, café, jacaré, cipó, também, parabéns, metrô, 
inglês...

Não se acentuam: as oxítonas terminadas em i e 
u.
Ex: ali, caqui, rubi, bambu, rebu, urubu, reduzi‐
los, feri‐las.
2
3. Acentuam‐se as palavras paroxítonas exceto aquelas
terminadas em a, e, o ‐ seguidas ou não de s ‐ em, ens;
bem como, não se acentuam prefixos paroxítonos
terminados em i ou r.
Ex: dândi, júri, irmã, órfã, César, mártir, revólver,
álbum,bênção, bíceps, espelho, famosa, medo, ontem,
socorro, polens, hifens, pires, tela...

Atenção: Acentuam‐se as paroxítonas terminadas


em ditongo oral seguido ou não de s e as
terminadas em ÃO (s).
Ex: jóquei, superfície, água, área, ingênuos,
Estêvão. 3

4. Acentuam‐se as palavras proparoxítonas sem exceção.


Ex: ótimo, incômoda, podíamos, abóbora, bússola, cântaro, 
dúvida, líquido, mérito, nórdico, política, relâmpago, 
têmpora .

5. Acentuam‐se os ditongos abertos ei, oi, eu, seguidos ou 
não de s em palavras monossílabas e oxítonas.
Ex: carretéis, dói, herói, chapéu, anéis.

Atenção: Pela nova ortografia não se acentuam


ditongos abertos ei, oi, eu, seguidos ou não de s em
palavras paroxítonas. Ex: ideia, plateia, assembleia.

4
6. Não se acentuam, pela nova ortografia, palavras
paroxítonas com hiato oo ou ee seguidos ou não de s.
Ex: voos, enjoo, abençoo, creem, leem...

7. Acentuam‐se sempre as palavras que contenham i , u,


que constituem 2ª vogal de hiato;
a) formando sílabas sozinhas ou com s: COM acento;
b) formando sílabas com outras consoantes: SEM acento
c) seguidas de nh: SEM acento;
d) precedidas de ditongo decrescente: SEM acento
e) sendo homorgânicos: SEM acento.
Ex: aí, balaústre, baú, egoísta, faísca, heroína, saída, saúde,
viúvo, juízes, Piauí.
5

8. Pela nova ortografia, não se acentua com acento agudo o


u tônico dos grupos verbais que, qui, gue, gui:
Ex.: argui, arguis, averigue, averigues, oblique, obliques,
apazigues.

9. Da mesma forma não se usa mais o trema:


Ex.: aguento, frequente, tranquilo, linguiça, aguentar,
unguento, tranquilizante.

6
10. O acento diferencial foi excluído. Mantém‐se apenas
nestas quatro palavras, para distinguir uma da outra
que se grafa de igual maneira:

• pôde (verbo poder no tempo passado) / pode (verbo


poder no tempo presente);
• pôr ( verbo) / por (preposição);
• vem ( verbo vir na 3ª pessoa do singular) / vêm (verbo vir
na 3ª pessoa do plural);

OLHO NA FCC

1. 2016 – FCC – Copergás‐PE – Está escrita corretamente a


frase:
a) Meninos e meninas corriam no terraço onde os raios de
sol, secavam as roupas extendidas nos varaus.
b) O sol do outono refletia nos vitrais, enquanto as crianças
brincavam sob a copa de árvores milenares.
c) Os jovens sentados sobre os degrais da entrada do
colegio, esperavam animados, o inicio das aulas.
d) Os trabalhadores no fim da tarde, voltavam a suas
residencias com a espectativa, de rever a família.
e) Os cidadães passaram o dia na praia, no mar ou na areia,
onde se dedicaram, a praticas esportivas.
8
OLHO NA FCC

2. 2016 – FCC – TRF‐3ª REGIÃO – Atente para as 


afirmativas:
I. Em ... presta homenagem às potências dominantes... (1°
parágrafo), o sinal indicativo de crase pode ser suprimido 
excluindo‐se também o artigo definido, sem prejuízo para a 
correção.
II. O acento em "têm" (2° parágrafo) é de caráter diferencial, 
em razão da semelhança com a forma singular "tem", 
diferentemente do acento aplicado a "porém" (3°
parágrafo), devido à tonicidade da última sílaba, terminada 
em "em".
III. Os acentos nos termos "excelência" (2° parágrafo) e 
"necessário" (3° parágrafo) devem‐se à mesma razão. 9

Está correto o que consta em 
a) I, II e III.         
b) I, apenas.           
c) I e III, apenas.           
d) II, apenas.          
e) II e III, apenas.

10
USO DA VÍRGULA NO INTERIOR DA ORAÇÃO
Regra magna: A vírgula, posta entre A e B, indica que:
• ambos os termos são contíguos (adjacentes,
imediatos, vizinhos...)
• mas não associados sintaticamente entre si. (Por
essa razão, não se usa vírgula entre o sujeito e o verbo,
nem entre o verbo e o “complemento”)

Exemplos:

Entre certos povos, antigos rituais religiosos incluem o


sacrifício de crianças.

Entre certos povos antigos, rituais religiosos incluem o


sacrifício de crianças.

• do adjunto adverbial
Ex.: As cidades, no mundo moderno, cresceram 
exageradamente.

OBS.: Cuidado com o tamanho do Adjunto Adverbial!

• da conjunção
Ex.: Os candidatos prometem milagres. Os governantes, 
porém, não conseguem realizá‐los.
• do aposto

O general De Gaulle, ex‐presidente da França, foi alvo 
de vários atentados.

• do vocativo

Sinto muito, freguesa, mas esse desconto eu não posso 
fazer.

• do adjunto adverbial (no início da oração):
Ex.: Com cuidado e atenção, poucos erros se dão.

• do complemento pleonástico antecipado ao verbo:
Ex.: Os dias sagrados e festivos, o povo ainda os comemora
com devoção.

• do nome de lugar antecipado às datas:
Ex.: Brasília, 22 de abril de 1500.
Ex.: Os Jogos Olímpicos reúnem países de Europa,
América, Ásia e África.

Ex.: Vamos comemorar antes a paz. Depois, a vitória.

VÍRGULA ENTRE ORAÇÕES DO PERÍODO

• Não se separam da principal por meio de vírgula.
Ex.: Não imaginava que a propaganda seria tão agressiva.

• Exceto a apositiva, que se separa por dois pontos ou 
vírgula.
Ex.: Fica estabelecida esta lei: que aqui ninguém é 
intocável.
• RESTRITIVAS

Não se separam da OP por vírgula (ou travessões).
Ex.: São raros os programas de TV que trazem algum 
proveito.

• EXPLICATIVAS

Vêm sempre isoladas entre vírgulas
Ex.: O juiz, que era íntegro, não se vendeu.

• Antecipadas à oração principal: sempre se separam.
Ex.: “Quando o inverno chegar, eu quero estar junto a ti...”

• Após a oração principal: é sempre correta a vírgula, mas 
não obrigatória

Ex.: Eu quero estar junto a ti, quando o inverno chegar.


• Assindéticas: sempre se separam por vírgula.
Ex.: Pegou o recado, leu‐o, disparou para a rua.

• Sindéticas: é sempre correto e aconselhável separá‐las por


vírgula, exceto as aditivas introduzidas pela conjunção e.
Ex.: Penso, logo existo.

OUTROS SINAIS DE PONTUAÇÃO

Principais usos...

‐ Para separar orações coordenadas assindéticas (com 
relação entre si).
Ex.: O rio está poluído; os peixes estão mortos.

‐ Para separar orações coordenadas, quando pelo menos 
uma delas já possui elementos separados por vírgula.
Ex.: Eles resolverem problemas, questões complexas; mas, 
não se concentraram para isso.
‐ Para alongar a pausa de conjunções adversativas (mas,
porém, contudo, todavia, entretanto, etc.) , substituindo,
assim, a vírgula.
Ex.: Gostaria de vê‐lo hoje; todavia, só o verei amanhã.

‐Para separar orações coordenadas quando a conjunção


aparecer deslocada.
Ex.: Esperava encontrar todos os produtos no
supermercado; obtive, porém, apenas alguns.
‐ Para separar itens de uma enumeração.
Ex.: No parque de diversões, as crianças encontram:
brinquedos;
pipoca;
21
balões.

Indicam uma citação de outrem ou dão início


a uma sequência que explica, discrimina ou
desenvolve a ideia anterior.
Principais usos...
‐ Para anunciar a fala de personagens:
Ex.: “Ouvindo passos no corredor, abaixei a voz :
– Podemos avisar sua tia, não?" (Graciliano Ramos)

‐Para anunciar uma citação.
Ex.:
Bem diz o ditado: ”água mole em pedra dura, tanto bate 
até que fura”.
Lembrando um poema de Vinícius de Moraes: "Tristeza não 
tem fim, Felicidade sim“.
‐Para anunciar uma enumeração.
Ex.: Os convidados da festa que já chegaram são: Júlia, 
Renata, Paulo e Marcos.

‐ Para indicar um esclarecimento, resultado ou resumo 
do que se disse.
Ex.:
Marcelo era assim mesmo: não tolerava ofensas.
Resultado: corri muito, mas não alcancei o ladrão.
Em resumo: montei um negócio e hoje estou rico.

23

Principais usos...
‐Para indicar continuidade de uma ação ou fato.
Ex.: O tempo passa...

‐Para indicar suspensão ou interrupção do pensamento.
Ex.: Vim até aqui achando que...

‐ Para representar, na escrita, hesitações comuns na 
língua falada.
Ex.: Não quero sobremesa...porque...porque não estou com 
vontade.
‐ Para realçar uma palavra ou expressão.
Ex.: Não há motivo para tanto...mistério.

‐Para realizar citações incompletas.
Ex.: O professor pediu que considerássemos esta passagem 
do hino brasileiro: "Deitado eternamente em berço 
esplêndido..."
‐Para deixar o sentido da frase em aberto, permitindo 
uma interpretação pessoal do leitor.
Ex.: "Estou certo, disse ele, piscando o olho, que dentro de 
um ano a vocação eclesiástica do nosso Bentinho se 
manifesta clara e decisiva. Há de dar um padre de mão‐
cheia. Também, se não vier em um ano..." (Machado de 
Assis) 25

‐ Para separar qualquer indicação de ordem explicativa, 
comentário ou reflexão.
Ex.: Zeugma é uma figura que consiste na omissão de um
termo (geralmente um verbo) que já apareceu
anteriormente na frase.

‐Para incluir dados informativos sobre bibliografia (autor, 
ano de publicação, página etc.)
Ex.: " O homem nasceu livre, e em toda parte se encontra 
sob ferros" (Jean‐ Jacques Rousseau, Do Contrato Social e 
outros escritos. São Paulo, Cultrix, 1968.)
‐ Para isolar orações intercaladas, em substituição à vírgula 
e aos travessões.
Ex.: Afirma‐se (não se prova) que é muito comum o 
recebimento de propina para que os carros apreendidos 
sejam liberados sem o recolhimento das multas.

‐ Para delimitar o período de vida de uma pessoa.
Ex.: Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1987).

‐ Para indicar possibilidades alternativas de leitura.
Ex.: Prezado(a) usuário(a).

27

‐No discurso direto, para indicar fala de personagem e 
mudança de interlocutor.
Ex.: – O que é isso, mãe?
– É o seu presente de aniversário, minha filha.
‐ Para separar expressões ou frases explicativas, 
intercaladas.
Ex.: "E logo me apresentou à mulher – uma estimável 
senhora – e à filha." 
‐Para destacar algum elemento, servindo muitas vezes 
para realçar o aposto.
‐Ex.: "Junto do leito meus poetas dormem – O Dante, a 
Bíblia, Shakespeare e Byron – na mesa confundidos“. 
‐Antes e depois de citações ou transcrições textuais.
Ex.: Como disse Machado de Assis: "A melhor definição do
amor não vale um beijo de moça namorada“.
‐Para representar nomes de livros ou legendas.
Ex.: Camões escreveu "Os Lusíadas" no século XVI.
‐Para assinalar estrangeirismos, neologismos, gírias,
expressões populares, ironia.
Ex.: O "lobby" para manter a autorização de importação de
pneus usados no Brasil está cada vez mais descarado.

Com a chegada da polícia, os três suspeitos "se


mandaram" rapidamente.

‐ Para realçar uma palavra ou expressão.


Ex.: Mariana reagiu impulsivamente e lhe deu um "não".
Quem foi o "inteligente" que fez isso?

Obs.: em trechos que já estiverem entre aspas, se


necessário usá‐las novamente, empregam‐se aspas
simples.

30
OLHO NA FCC

3. 2016 – FCC – SEGEP‐MA – A frase escrita com correção é:

a) Humberto de Campos, jornalista, critico, contista, e


memorialista nasceu, em Miritiba, hoje Humberto de
Campos no Maranhão, em 1886, e falesceu, no Rio de
Janeiro em 1934.
b) O escritor Humberto de Campos, em 1933, publicou o
livro que veio à ser considerado, o mais celebre de sua obra:
Memórias, crônica dos começos de sua vida.
c) Em 1912, Humberto de Campos, transferiu‐se para o Rio
de Janeiro, e entrou para O Imparcial, na fase em que ali
encontrava‐se um grupo de eximios escritores. 31

d) De infância pobre e orfão de pai aos seis anos;


Humberto de Campos, começou a trabalhar cedo no
comércio, como meio de subsistencia.
e) Humberto de Campos publicou seu primeiro livro em
1910, a coletânea de versos intitulada Poeira; em 1920, já
membro da Academia Brasileira de Letras, foi eleito
deputado federal pelo Maranhão.

32
OLHO NA FCC

4. 2016 – FCC – SEGEP‐MA – Atente para as seguintes


construções:

I. O cronista critica os velhos, em quem reconhece dois traços


perigosos.
II. São condenáveis os velhos, cuja avareza mesquinha se
funda numa ilusão.
III. Ao falar dos velhos, o cronista rejeita suas memórias
fantasiosas.

A exclusão da vírgula alterará o sentido do que está APENAS


em
a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III. 33

OLHO NA FCC

5. 2016 – FCC – Prefeitura de Teresina – PI – É preciso


sabedoria para aceitar que nossos atributos se modificam
com o passar dos anos. Que nenhuma cirurgia devolverá aos
60 o rosto que tínhamos aos 18, mas que envelhecer não é
sinônimo de decadência física para os que se movimentam,
não fumam, comem com parcimônia, exercitam a cognição e
continuam atentos às transformações do mundo. (5o
parágrafo)

A respeito do segmento acima, afirma‐se corretamente:


a) Haverá prejuízo da correção e do sentido caso o segmento
“aos 60” seja isolado por vírgulas. 34
b) Sem prejuízo do sentido e da correção gramatical, a
vírgula colocada imediatamente após “18” pode ser
substituída pelo sinal de dois‐pontos.
c) Fazendo‐se as devidas alterações entre maiúsculas e
minúsculas, o ponto final após "anos" pode ser substituído
por “vírgula”, sem prejudicar a compreensão do sentido e a
correção gramatical.
d) A vírgula colocada imediatamente após “parcimônia” é
facultativa e pode ser suprimida.
e) Sem alterar a correção e o sentido original, o sinal de
travessão pode ser colocado imediatamente após
“movimentam”.
35

OLHO NA FCC

6. 2016 – FCC – TRT ‐ 23ª REGIÃO – Está pontuada 


corretamente, a frase:

a) Nascido em Cuiabá, em 1916 Manoel de Barros estreou, 
com o livro, Poemas Concebidos sem Pecado em 1937.
b) Cronologicamente vinculado, à Geração de 45, mas 
formalmente, ao Modernismo brasileiro, Manoel de Barros 
criou um estilo próprio.
c) Subvertendo a sintaxe e criando construções que não 
respeitam as normas da língua padrão, Manoel de Barros é 
comparado a Guimarães Rosa.
36
d) Em 1986, o poeta Carlos Drummond de Andrade 
declarou, que Manoel de Barros era o maior poeta 
brasileiro vivo.
e) Antonio Houaiss, um dos mais importantes filólogos e 
críticos brasileiros confessou nutrir, pela obra de Manoel 
de Barros grande admiração.

37
PROF. RENATO PORPINO

EMPREGO DOS PORQUÊS
1. Utiliza‐se POR QUE (separado) quando:
Iniciar ou mediar uma oração interrogativa, seja 
direta ou indireta.
Ex.:                        Admite a palavraCVMOTIVO ao lado
Por que você faltou ontem à aula? 
Pron. Interrog.
Preposição
Admite a palavraCVMOTIVO ao lado
Gostaria de saber por que você faltou a aula ontem.
Pron. Interrog.
Preposição

A expressão puder ser substituída por pelo qual e flexões 
(pelo qual...). Preposição
Pron. Relativo
Ex.:
Não me esqueci do vexame por que passei.
2. Utiliza‐se POR QUÊ quando:
For a última palavra de uma ordem direta. 

Ex.: Você não chegou a tempo e todos querem saber por quê. 
Preposição
Pron. Interrog. Tônico

PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
3

Qual é a justificativa para os usos dos porquês? 

 Por que você não gosta de gramática? 
início da oração

 Você não gosta de gramática por quê?
final da oração

 Não entendo por que você não gosta de gramática.
interrogativa indireta

 Desconheço o motivo por que você não gosta de gramática.
Prep. + PR (= pelo qual...)
porque
3. Utiliza-se PORQUE quando:

Empregado como conjunção para introduzir uma:

a) explicação: 
Não reclames, porque é pior. 
= pois
Usados nas respostas
b) causa:
Faltou à aula, porque estava doente. 
= visto que
c) Finalidade
Estudou, porque passasse no próximo concurso. 
= para que

4. Utiliza‐se PORQUÊ quando:
Usado como substantivo; é sinônimo de motivo, razão. 
Ex.:
Não sei o porquê disso tudo.
(Não sei a razão disso tudo.)

OBS.: É o uso caso que pode ir para o plural.


Ex.:

Não entendo os porquês da vida.


PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
7

Outros exemplos
Você não saiu                     ?
por quê

Porque ela perdeu, fique triste. 
A estrada                andei não tinha fim.
por que
Não entendi o                de tanto medo. 
porquê
Não sei                 fui mal na prova. 
por que

Cheguei atrasado                 o carro quebrou.
porque
Você vai embora?                 ?
Por quê
Por que devo fazer o trabalho sozinho?
Diga‐me os                  de sua revolta. 
porquês

Ninguém sabe                   ele faltou.
por que
OLHO NA FCC
Gab. E
2014 – FCC – TJ‐AP – A expressão em destaque está grafada e
empregada corretamente em:
a) O português da índia Dorica não é nada mal, considerando que
esse não é seu idioma nativo.
b) Por que a viagem é longa, Dorica, Jovelina e Rossilda saem muito
cedo de casa.
c) As parteiras não se assustam com sangue, por que isso faz parte de
sua rotina.
d) A repórter queria entender porquê aquelas mulheres tinham se
tornado parteiras.
e) O dia mal começou e elas já estão viajando sobre barcos ou
tateando caminhos com os pés. PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
9
9

OLHO NA FCC
Gab. E
2015 – FCC – TRT ‐ 15ª – “... é porque estou morto...”

O elemento sublinhado acima também pode ser corretamente


empregado na lacuna da frase:

a) Não entendi o ...................... da sua atitude na reunião.


b) Percebi logo ................... ele demorou para chegar.
c) .................. você não confia nas suas ideias?
d) Esclareça o .................... da necessidade desse procedimento.
e) Os jovens às vezes erram ...................... são muito ansiosos.

10
OLHO NA FCC

2014 – FCC – TRF ‐ 3ª REGIÃO – Em nossa cultura, ...................


experiências ................... passamos soma‐se ........................ dor,
considerada como um elemento formador do caráter, contexto
........................ pathos pode converter‐se em éthos.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem


dada:
a) às ‐ por que ‐ a ‐ no qual
b) as ‐ por que ‐ a ‐ do qual
c) às ‐ porque ‐ a ‐ em que
d) às ‐ pelas quais ‐ à ‐ de que
e) as ‐ que ‐ à ‐ com que 11
CLASSIFICAÇÃO DA PALAVRA QUÊ EXEMPLOS DE EMPREGO

Substantivo: vem precedido de um


artigo, pronome adjetivo ou
Ele tem um quê de mistério.
numeral. Aparece sempre
acentuado.

Pronome interrog. Adjet.: usa‐se em


orações interrogativas diretas. Que lugar é esse?
Acompanha um substantivo.

Pronome interrog. Subst.: usa‐se em


orações interrogativas diretas,
Que me dizes desta proposta?
equivale a que coisa. Junto ao ponto
de interrogação, leva acento. 13

CLASSIFICAÇÃO DA PALAVRA QUÊ EXEMPLOS DE EMPREGO

Advérbio: Intensifica a ideia


Que longe ficava o posto na
expressa por um adjetivo ou por um
estrada!
advérbio; equivale a quão.

Pronome indefinido: é seguido de


substantivo e equivale a quanto, Que apetite ele tem!
quantos, quanta, quantas.

Preposição: equivale à preposição


de. Liga os verbos das locuções Tenho que estudar Língua
verbais formadas pelos auxiliares ter Portuguesa todos os dias.
ou haver + verbo principal. 14
CLASSIFICAÇÃO DA PALAVRA QUÊ EXEMPLOS DE EMPREGO

Interjeição: expressa sentimento,


Quê! Mais uma vez perdi a 
emoção. É sempre seguido de ponto
chance?
de exclamação. Acentuado.

Pronome relativo: refere‐se a um


termo antecedente ao qual O caminho que seguimos era o 
substitui. Equivale a “o qual”, “a mais distante.
qual”, “os quais”, “as quais”.

Partícula expletiva ou de realce: tem


caráter expressivo, estilístico. Pode Ela é que provocou toda essa
ser retirado do contexto no qual se confusão.
encontra. 15

CLASSIFICAÇÃO DA PALAVRA QUÊ EXEMPLOS DE EMPREGO

Conjunção coordenativa aditiva:


equivale a e. Entre formas verbais Fala que fala e nada resolve.
idênticas.

Conjunção coordenativa adversativa: 


Minta para todos, que não seus
equivale a mas. Introduz uma oração
pais.
que expressa oposição. 

Conjunção coordenativa explicativa:


Fique quieto, que a aula 
equivale a pois e normalmente
começou.
posterior a um verbo no Imperativo.
16
CLASSIFICAÇÃO DA PALAVRA QUÊ EXEMPLOS DE EMPREGO

Conj. subordinativa concessiva:


equivale a embora. Introduz uma Inteligente que seja, não
oração que expressa quebra de conseguiu resolver a questão.
expectativa.

Conj. subordinativa condicional:


equivale a caso, se. Que fosse eu o campeão, ficaria
feliz.  

Conj. subordinativa causal: equivale Levou o agasalho que podia 


a porque. esfriar de madrugada.
17

CLASSIFICAÇÃO DA PALAVRA QUÊ EXEMPLOS DE EMPREGO

Conj. subordinativa consecutiva:


Fez tanto barulho que acordou o 
precedida de tão, tanto, tal,
bebê.  
tamanho.

Conj. subordinativa comparativa:


Fiquei mais triste que você.
precedida de mais, menos…

Conj. subordinativa final: equivale a Faço votos que vocês se 


para que. entendam.
18
CLASSIFICAÇÃO DA PALAVRA QUÊ EXEMPLOS DE EMPREGO

Conj. subordinativa integrante:


Sei que não mereço todo o seu
Introduz Oração de valor
apreço.  
substantivo. (ISTO; NISTO e DISTO)

19

Mais exemplos:

Toda mulher tem um quê de alegria.

Que horas são?

Que foi feito do amor?

O assunto a que me refiro é Uso do Acento Grave.

Que linda é esta obra.

Que sujeira ele fez.

Há que ter um lugar melhor.

Aceito muitos times, que não o Vasco.
Mais exemplos:
Quê! Não acredito!

Os pássaros é que voam, portanto saia da janela.

Corre que corre e não sai do lugar.

A aluna estudou Língua Portuguesa que queria passar.

A aluna estudou tanta Língua Portuguesa que passou.

O homem fala menos que a mulher.

Não meço esforços que vocês passem.

Eu apenas queria que você soubesse.

“Malandro que sou, eu não vou vacilar...”

PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
22
OLHO NA FCC

2016 – FCC – TRT ‐ 23ª REGIÃO – O termo "que" NÃO é um


pronome em:

a) Lembro bem com que alegria eu me abaixava e estendia a mão


para tocar o pequeno grão, que por causa da ponta preta tinha
uma aparência que a mim lembrava vagamente um olho.

b) descobri que mulungu é o mesmo que corticeira e que também


é conhecido pelo nome de flor‐de‐coral.

c) Entrávamos pelo portão principal e seguíamos primeiro pela


aleia imponente que vai dar no chafariz.
PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
23

OLHO NA FCC
GAB. B
d) Mas a grandeza das manhãs se media pela quantidade de
mulungus que me restava na palma da mão na hora de ir para
casa. (3° parágrafo)

e) Lembro bem com que alegria eu me abaixava e estendia a mão


para tocar o pequeno grão, que por causa da ponta preta tinha
uma aparência que a mim lembrava vagamente um olho.

PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
24
OLHO NA FCC
Gab. A
2015 – FCC – TRE‐PB – O elemento que NÃO é um pronome está
sublinhado em:

a) o próprio poeta decidiu que habitaria o cotidiano...

b) um homem jovem, magro e taciturno, que se tornaria conhecido


na história da literatura brasileira pelo nome de Augusto dos Anjos.

c) ... alguns traços que caracterizam a nova poesia... (4º parágrafo)

d) ... o poeta moderno lança mão de uma série de recursos que


constituem... (último parágrafo)

e) ... o mundo que se deve transformar.PORTUGUÊS: SINTAXE –


(5º parágrafo) RENATO PORPINO
25

OLHO NA FCC

2015 – FCC – TRT ‐ 3ª Região – “Perguntando‐me a mim mesmo por


que processo de associação ela me viera à memória, não atinei com
o porquê. Pensei, então, no motivo de eu lastimar sua ausência e
não obtive de imediato a resposta. Passaram‐se muitos meses
quando, de repente, percebi o sentido disso tudo: ela era, sempre
fora e sempre seria a concretização da fantasia primeira da minha
adolescência”.

PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
26
OLHO NA FCC

Considere o trecho acima e as afirmações que seguem:

I. Em “Perguntando‐me a mim mesmo, há duas formas − me e a


mim mesmo − que expressam reflexividade da ação, motivo pelo
qual uma delas pode ser elidida sem prejuízo do sentido”.

II. Em “por que processo de associação ela me viera à memória”, o


segmento destacado está grafado segundo as normas gramaticais.

III. Em “não atinei com o porquê”, a palavra destacada apresenta


erro de grafia: o acento gráfico não é justificável.

IV. Em “percebi o sentido disso tudo”, a palavra destacada resume


27
as razões citadas após os dois‐pontos.

Gab. B

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I.

b) I e II.

c) II e III.

d) III e IV.

e) e) II e IV.

PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
28
OLHO NA FCC Gab. B
2015 – FCC – METRÔ‐SP – O elemento que NÃO é um pronome está
sublinhado em:

a) ... determinam a forma final que um filme terá...

b) Num filme está um impulso ao mesmo tempo mais primitivo que


o da leitura e mais tecnologicamente sofisticado que o do teatro.

c) as plateias do final do século XIX contentavam‐se com uma


tomada estática, que durava algo em torno de três minutos.

d) ... o conceito narrativo que iria dominar o cinema...


PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
e) As normas que hoje regem o mercado... 29
PROF. RENATO PORPINO

MODOS DE ORGANIZAÇÃO TEXTUAL

1. Narração
Modalidade em que um narrador, participante ou não, conta
um fato, real ou fictício, que ocorreu num determinado tempo e
lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de
anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o
passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam
histórias infantis até às piadas do cotidiano.
2. Descrição
Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar,
uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais
utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função
caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode‐se até
descrever sensações ou sentimentos. Não há relação de
anterioridade e posterioridade. Significa "criar" com palavras a
imagem do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do
objeto ou da personagem a que o texto se Pega. Tem predominância
em gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado,
etc.

PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
3

3. Dissertação
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto,
discorrer sobre ele e defender uma tese. A dissertação pode ter
caráter expositivo ou argumentativo.
3.1 Dissertação‐Exposição ‐ Apresenta um saber já construído e
legitimado, ou um saber teórico. Apresenta
informações sobre assuntos, expõe, reflete, explica e
avalia ideias de modo objetivo. O texto expositivo apenas
expõe ideias sobre um determinado assunto por meio de
pesquisas, dados científicos... A intenção é informar,
esclarecer.
Ex.: aula, resumo, textos científicos, enciclopédia, textos expositivos
de revistas e jornais, etc.
PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
4
3.2 Dissertação‐Argumentação
Um texto dissertativo‐argumentativo faz a defesa de ideias ou
um ponto de vista do autor. O texto, além de explicar, também
persuade o interlocutor, objetivando convencê‐lo de algo.
Caracteriza‐se pela progressão lógica de ideias.
Geralmente utiliza linguagem denotativa. É tipo predominante
em: sermão, monografia, dissertação, tese, ensaio, editorial
de jornais e revistas.

PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
5

4. Injunção / Instrucional
Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva e
simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo
imperativo, porém nota‐se também o uso do infinitivo e o uso do
futuro do presente do modo indicativo. Ex: ordens; pedidos; súplica;
desejo; manuais e instruções para montagem ou uso de aparelhos e
instrumentos; textos com regras de comportamento; textos de
orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com
votos e desejos (de natal, aniversário, etc.).

OBS1.: Muitos estudiosos do assunto listam apenas os tipos acima.


Alguns outros consideram que existe também o tipo predição
(PREDITIVO).

PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
6
5. Predição
Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a
crer em alguma coisa, a qual ainda está por ocorrer. É o tipo
predominante nos gêneros: previsões astrológicas, previsões
meteorológicas, previsões escatológicas/apocalípticas.

OBS2: Alguns estudiosos listam também o tipo Dialogal, ou


Conversacional. Entretanto, esse nada mais é que o tipo narrativo
aplicado em certos contextos, pois toda conversação envolve
personagens, um momento temporal (não necessariamente
explícito), um espaço (real ou virtual), um enredo (assunto da
conversa) e um narrador, aquele que relata a conversa.

PORTUGUÊS: RENATO PORPINO 7

Dialogal / Conversacional
Caracteriza‐se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo
predominante nos gêneros: entrevista, conversa telefônica, chat,
etc.

PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
8
OLHO NA FCC

1. 2016 – FCC – ELETROBRAS‐ELETROSUL – Ofertas do Google


Uma das coisas que admiro nas pessoas que sabem muito é o
desapego. Elas não se contentam em saber − espalham
generosamente o que sabem, vivem prontas a ensinar e fazem isso
de graça, pelo prazer de ajudar. O conhecimento não é para ser
guardado a ferros, mas dividido − aliás, a única maneira de
multiplicá‐lo.
Tive a sorte de trabalhar ou conviver com alguns verdadeiros
arquivos vivos, gente capaz de responder na lata sobre muitos
assuntos além dos de sua área − entre outros, Otto Maria Carpeaux
e Franklin de Oliveira. Uma pergunta a um deles era a garantia de
uma aula.
PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
9

OLHO NA FCC

De 15 anos para cá, o Google se esforça para substituir as


sumidades do conhecimento. É o maior banco de dados do mundo e
ameaça tornar ociosos os dicionários, enciclopédias e compêndios −
já absorvidos por ele, ao alcance de consultas rápidas e, melhor
ainda, grátis.
Ou não? Posso estar errado, mas tenho visto que, de algum
tempo para cá, ao procurar por qualquer assunto no Google, ele nos
cumula de pechinchas comerciais sobre o dito assunto. Se você
pesquisar “sorvete”, “livro” ou “apartamento”, ele aproveitará para
apregoar um irritante varejo desses produtos.
(Adaptado de: CASTRO, Ruy. “Ofertas do Google”. Disponível em:
www.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2016/03/1748685‐ofertas‐dogoogle.shtml)
PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
10
O autor faz uma crítica
a) ao fato de o Google ter feito com que os homens sábios
parecessem charlatões.
b) à maneira como o Google divulga informações sem dar crédito
aos autores.
c) à superficialidade do conteúdo do Google comparado com os
livros tradicionais.
d) à falta de variedade de conteúdo disponível para pesquisas
rápidas no Google.
e) à divulgação de conhecimento no Google aliada a interesses
comerciais.
Gabarito E
PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
11

OLHO NA FCC

2. 2016 – FCC – SEDU‐ES –


A maioria dos países da América Latina, incluindo o Brasil, só
começou a montar seu sistema escolar quando em muitas outras
nações do mundo já existiam universidades bem estruturadas e de
qualidade. Mesmo assim, era um privilégio para poucos. Apenas nos
anos 1970 e 1980 começou na América Latina a discussão sobre a
educação ser um direito de todos. Mas claramente ainda nos falta a
percepção moderna de que esse é um fator estratégico para o
avanço. Se buscamos uma sociedade ancorada no conhecimento,
tudo, absolutamente tudo, deve se voltar para a escola.
(TORO, Bernardo. Veja, 18 nov. 2015,.17) 

PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO 12
Em relação aos modos de organização textual, esse texto apresenta,
em sequência, a
a) descrição e a narração observadas na recuperação histórica de
fatos, em formas verbais do pretérito; a argumentação, apoiada em
argumentos de autoridade, em formas verbais do presente.
b) descrição de acontecimentos do passado, por meio de relato
histórico, em formas verbais do presente; a narração, responsável
pela apreciação do autor, em formas verbais do pretérito.
c) narração, em formas verbais do pretérito, fundamentada na
descrição de acontecimentos históricos, situados no tempo
presente.

PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
13

d) argumentação, no pretérito, sobre acontecimentos históricos;


a descrição e a narração de argumentos e de pontos de vista, em
formas verbais do presente.
e) narração de fatos historicamente situados, em formas verbais
do pretérito; a argumentação, observada nas opiniões emitidas em
formas verbais do presente.

Gabarito E
PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
14
OLHO NA FCC

3. 2015 – FCC – TRT ‐ 3ª Região – Dona Doida


Uma vez, quando eu era menina, choveu grosso,
com trovoada e clarões, exatamente como chove agora.
Quando se pôde abrir as janelas,
as poças tremiam com os últimos pingos.
Minha mãe, como quem sabe que vai escrever um poema,
decidiu inspirada: chuchu novinho, angu, molho de ovos.
Fui buscar os chuchus e estou voltando agora,
trinta anos depois. Não encontrei minha mãe.
A mulher que me abriu a porta, riu de dona tão velha,
com sombrinha infantil e coxas à mostra.
Meus filhos me repudiaram envergonhados,
meu marido ficou triste até a morte,
eu fiquei doida no encalço.
Só melhoro quando chove. (PRADO, Adélia. Poesia Reunida. São Paulo, Siciliano, 1991, p. 15
PORTUGUÊS: RENATO PORPINO 108)

Na construção do poema, predomina o tipo


a) dissertativo, sinalizado por pronomes possessivos, como
minha e meu.
b) descritivo, sinalizado por advérbios como exatamente e Só.
c) descritivo, sinalizado por verbos como choveu e repudiaram.
d) dissertativo, sinalizado por advérbios, como quando e depois.
e) narrativo, sinalizado por advérbios como agora e quando.

Gabarito E
PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
16
OLHO NA FCC

4. 2016 – FCC – Copergás – PE


A velhinha contrabandista
Todos os dias uma velhinha atravessava a ponte entre dois
países, de bicicleta e carregando uma bolsa. E todos os dias era
revistada pelos guardas da fronteira, à procura de contrabando. Os
guardas tinham certeza que a velhinha era contrabandista, mas
revistavam a velhinha, revistavam a sua bolsa e nunca encontravam
nada. Todos os dias a mesma coisa: nada. Até que um dia um dos
guardas decidiu seguir a velhinha, para flagrá‐la vendendo a
muamba, ficar sabendo o que ela contrabandeava e,
principalmente, como. E seguiu a velhinha até o seu próspero
comércio de bicicletas e bolsas.
PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
17

Como todas as fábulas, esta traz uma lição, só nos cabendo


descobrir qual. Significa que quem se concentra no mal
aparentemente disfarçado descuida do mal disfarçado de aparente,
ou que muita atenção ao detalhe atrapalha a percepção do todo, ou
que o hábito de só pensar o óbvio é a pior forma de distração.

(VERISSIMO, Luis Fernando. O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008, p. 41)

18
PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
Os dois parágrafos que compõem o texto constituem‐se,
respectivamente, de uma
a) tese exposta de modo categórico e sua demonstração factual.
b) narrativa de sentido intrigante e sua elucidação aberta em
hipóteses.
c) narrativa de propósito moral e sua contestação no confronto
com outro fato.
d) fábula de sentido enigmático e a busca inútil de seu
esclarecimento.
e) fábula formulada como hipótese e a confirmação cabal de seu
sentido.

Gabarito B PORTUGUÊS: RENATO PORPINO

OLHO NA FCC

5. 2016 – FCC – SEDU‐ES –


De cima, a água laranja do Rio Doce parece estática. A lama de
rejeitos se move a cerca de 1,2 quilômetro por hora desde o dia 5,
quando aconteceu a tragédia, e vai percorrer toda a calha de 853
quilômetros entre o município de Rio Doce, em Minas, até Regência,
vila do município de Linhares, no Espírito Santo, onde encontra o
Oceano Atlântico. A expectativa é que a onda atinja o oceano neste
fim de semana, levando mais problemas de abastecimento a
cidades capixabas.
(CASTRO, Fábio de; RIBEIRO, Bruno; CARVALHO, Marco Antônio. Enxurrada de lama
tira vida dos ecossistemas. O Estado de S. Paulo, 15 nov. 2015, p. A25)

PORTUGUÊS: RENATO PORPINO 20
Segundo a classificação de tópico frasal e de desenvolvimento de
parágrafo proposta por GARCIA, em Comunicação em Prosa
Moderna (2002), a construção desse parágrafo dá‐se,
respectivamente, por
a) alusão histórica − confronto.
b) omissão de dados identificadores − analogia.
c) declaração inicial − descrição de detalhes.
d) definição − razão e consequência.
e) divisão − citação de exemplos.

Gabarito C
PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
21

OLHO NA FCC

6. 2015 – FCC – TCM‐GO


Prazer sem humilhação
O poeta Ferreira Gullar disse há tempos uma frase que gosta de
repetir: “A crase não existe para humilhar ninguém". Entenda‐se: há
normas gramaticais cuja razão de ser é emprestar clareza ao
discurso escrito, valendo como ferramentas úteis e não como
instrumentos de tortura ou depreciação de alguém.

PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
22
OLHO NA FCC
Acho que o sentido dessa frase pode ampliar‐se: “A arte não
existe para humilhar ninguém", entendendo‐se com isso que os
artistas existem para estimular e desenvolver nossa sensibilidade e
inteligência do mundo, e não para produzir obras que separem e
hierarquizem as pessoas. Para ficarmos no terreno da música: penso
que todos devem escolher ouvir o que gostam, não aquilo que
alguém determina. Mas há aqui um ponto crucial, que vale a pena
discutir: estamos mesmo em condições de escolher livremente as
músicas de que gostamos?

PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO
23

Para haver escolha real, é preciso haver opções reais. Cada vez
que um carro passa com o som altíssimo de graves repetidos
praticamente sem variação, num ritmo mecânico e hipnótico, é o
caso de se perguntar: houve aí uma escolha? Quem alardeia os
infernais decibéis de seu som motorizado pela cidade teve a chance
de ouvir muitos outros gêneros musicais? Conhece muitos outros
ritmos, as canções de outros países, os compositores de outras
épocas, as tendências da música brasileira, os incontáveis estilos
musicais já inventados e frequentados? Ou se limita a comprar no
mercado o que está vendendo na prateleira dos sucessos,
alimentando o círculo vicioso e enganoso do “vende porque é bom,
é bom porque vende"?

PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
24
Não digo que A é melhor que B, ou que X é superior a todas as
letras do alfabeto; digo que é importante buscar conhecer todas as
letras para escolher. Nada contra quem escolhe um “batidão" se já
ouviu música clássica, desde que tenha tido realmente a
oportunidade de ouvir e escolher compositores clássicos que lhe
digam algo. Não acho que é preciso escolher, por exemplo, entre os
grandes Pixinguinha e Bach, entre Tom Jobim e Beethoven, entre
um forró e a música eletrônica das baladas, entre a música dançante
e a que convida a uma audição mais serena; acho apenas que temos
o direito de ouvir tudo isso antes de escolher. A boa música, a boa
arte, esteja onde estiver, também não existe para humilhar
ninguém.
(João Cláudio Figueira, inédito)

PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
25

O autor da crônica se reporta ao emprego da crase, ao sentido


da arte em geral e ao da música clássica em particular. A tese que
articula esses três casos e justifica o título da crônica é a seguinte:

PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
26
a) É comum que nos sintamos humilhados quando não
conseguimos extrair prazer de todos os níveis de cultura que se
oferecem ao nosso desfrute.
b) Costumamos ter vergonha daquilo que nos causa prazer, pois
nossas escolhas culturais são feitas sem qualquer critério ou disciplina.
c) A possibilidade de escolha entre os vários níveis de expressão da
linguagem e das artes não deve constranger, mas estimular nosso
prazer.
d) Tanto o emprego da crase como a audição de música clássica são
reveladores do mau gosto de quem desconsidera o prazer verdadeiro
dos outros.
e) Somente quem se mostra submisso e humilde diante da
linguagem culta e da música clássica está em condições de sentir um
verdadeiro prazer. PORTUGUÊS: SINTAXE – RENATO PORPINO

Gabarito C 27

OLHO NA FGV

7. 2014 – FCC – Câmara Municipal de São Paulo – SP


[Representações da infância]
Para vários escritores, as origens de suas narrativas estão na
infância e na juventude, cujo mundo é uma promessa de um futuro
livro. A memória incerta e nebulosa do passado acende o fogo de
uma ficção no tempo presente.

PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
28
OLHO NA FGV

Cada escritor elege seu paraíso. E a infância, um paraíso perdido


para sempre, pode ser reinventada pela literatura. Mas há também
vestígios de inferno no passado, e isso também interessa ao escritor.
Traumas, decepções, desilusões e conflitos alimentam trançados de
eventos, tramas sutis ou escabrosas, veladas ou escancaradas.
Cenas e conversas que presenciamos ‐ ou que foram narradas por
amigos e parentes ‐ permanecem na nossa memória com a força de
algo verdadeiro, que nos toca e inquieta. A infância, com seus
sonhos e pesadelos, é prato cheio para a psicanálise, mas também
para a literatura.
(HATOUM, Milton. Um solitário à espreita. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 180)

PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
29

Para conferir maior expressão ao texto, o autor recorre


a) à analogia criativa, como em Cenas e conversas que
presenciamos.
b) à enumeração caótica, sem critério, como em Traumas,
decepções, desilusões.
c) a um jogo de oposições, como em tramas sutis ou escabrosas,
veladas ou escancaradas.
d) à ironia e ao sarcasmo, como em cujo mundo é uma promessa
de um futuro livro.
e) à poesia e ao lirismo, como em é prato cheio para a
psicanálise.
Gabarito C PORTUGUÊS: RENATO PORPINO
30
PROF. RENATO PORPINO

COESÃO REFERENCIAL

COESÃO é o recurso  Referencial Pronomes


textual destinado à 
conexão das ideias 
Sequencial Conjunções
e sequências do 
texto .
Lexical Substantivos

Ex.:
O presidente do país tem diversas funções a cumprir. Essas
responsabilidades, entretanto, devem ser planejadas.

O aluno com tanta seriedade e disciplina, que conseguirá a vaga.

O presidente do Flamengo, Eduardo B. de Melo, afirmou que a CBF


não autorizou a mudança de sede. Segundo o dirigente, o fato não
prejudicará as receitas do clube.
COM RELAÇÃO À POSIÇÃO DO REFERENTE

COESÃO

ENDOFÓRICA EXOFÓRICA
(Dêitica)

Tempo

ANAFÓRICA  CATAFÓRICA 
(Referente antes) (Referente após) Lugar

1ª Pes.

2ª Pes.

Nós temos no semelhante um aliado para os


embates da vida. Os homens mesmos precisam
reconhecer isso, inclusive naquelas situações em que
julgam, equivocadamente, não precisar de alguém.
Portanto, tal aliança precisa ser estabelecida sobre
alicerces firmes. O que nos tornará pessoas mais
sensíveis e nos fará enxergar no próximo um amigo.

A) 2 B) 3 C) 4 D) 5 E) 6
COESÃO COM PRONOMES DEMONSTRATIVOS

PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Variáveis
Pessoas Invariáveis
Masculino Feminino
Singular Plural Singular Plural
1ª este estes esta Estas Isto
2ª esse esses essa essas Isso
3ª aquele aqueles aquela aquelas aquilo

São também pronomes demonstrativos:


1º) o, a, os, as ‐ quando equivalem a isto, isso, aquele, aquela, aqueles, aquelas;
Ex.: Imagino o que ela já sofreu. (=aquilo)
2º) mesmo e próprio, quando reforçam pronomes pessoais ou fazem referência a
algo expresso anteriormente; Ex.: Eu mesma vi a cena repetir‐se.
3º) tal e semelhante, quando equivalem a esse, essa, aquela.
Ex.: Em tais ocasiões é preciso prudência. (=essas)

Demonstrativos Dêiticos Espaciais 
(uso em relação ao espaço): 

A) Este(s), esta(s) e isto ‐ indicam o que está perto da pessoa que


fala;
Ex.: Este relógio de bolso que eu estou usando pertenceu ao meu avô.

B) Esse(s), essa(s) e isso ‐ indicam o que está perto da pessoa com


quem se fala;
Ex.: Mamãe, passe‐me essa revista que está perto de você.

C) Aquele(s), aquela(s) e aquilo ‐ indicam o que está distante tanto


da pessoa que fala quanto da pessoa com quem se fala;
Ex.: Olhem aquela casa!
Demonstrativos Dêiticos Espaciais 
(uso em relação ao espaço): 

A) Este(s), esta(s) e isto ‐ indicam o tempo presente em relação à


pessoa que fala:
Ex: Esta tarde irei ao supermercado fazer as compras do mês.

B) Esse(s), essa(s) e isso ‐ indicam o tempo passado (ou futuro)


próximo ao momento da fala:
Ex: Essa noite dormi mal, tive pesadelos horríveis.

C) Aquele(s), aquela(s) e aquilo ‐ indicam um afastamento no tempo,


tempo remoto (passado ou futuro):
Ex: Naquele tempo, os jovens de famílias ricas iam estudar na França.

Demonstrativos Dêiticos Espaciais 
(uso em relação a outros elementos do texto): 
A) Este(s), esta(s) e isto – referem‐se classicamente a elementos
posteriores ( REFERÊNCIA CATAFÓRICA), mas é possível que eles
façam referência a termo anterior também (REFERÊNCIA
ANAFÓRICA);
Ex.: Este é um dos meus maiores prazeres: a aprovação de meus
alunos.

B) Esse(s), essa(s) e isso ‐ referem‐se a elementos anteriores


(REFERÊNCIA ANAFÓRICA),
Ex.: A vida é uma maravilha. Isso ninguém pode tirar de nós.
OBS.: Fazendo referência a dois termos anteriores, empregam‐se
ESTE... (para o último, termo mais próximo) e AQUELE... (para o
primeiro, termo mais distante).
Ex.: As seleções de Brasil e de Argentina têm ótimos camisas 10. O
d______ é o Messi e o d_________ chama‐se Neymar.
Exercícios de fixação
Complete estas frases com os pronomes demonstrativos
adequados:

a) ________ pincel que tenho em minhas mãos pertenceu a um


famoso pintor brasileiro.

b) Por que você anda sempre com ________ mãos nos bolsos?

c) Veja ________ que tenho _________ sacola: são laranjas que


colhi _________ pomar ali adiante.

d) Você está vendo _________ grupo de rapazes lá na praça?

e) Por favor, traga‐me __________ pacote que está aí do seu lado.

OLHO NA FCC

1. 2016 – FCC – TRF ‐ 3ª REGIÃO –


O museu é considerado um instrumento de neutralização – e talvez o
seja de fato. Os objetos que nele se encontram reunidos trazem o
testemunho de disputas sociais, de conflitos políticos e religiosos. Muitas
obras antigas celebram vitórias militares e conquistas: a maior parte presta
homenagem às potências dominantes, suas financiadoras. As obras
modernas são, mais genericamente, animadas pelo espírito crítico: elas
protestam contra os fatos da realidade, os poderes, o estado das coisas. O
museu reúne todas essas manifestações de sentido oposto. Expõe tudo
junto em nome de um valor que se presume partilhado por elas: a qualidade
artística. Suas diferenças funcionais, suas divergências políticas são
apagadas. A violência de que participavam, ou que combatiam, é esquecida.
O museu parece assim desempenhar um papel de pacificação social. A
guerra das imagens extingue‐se na pacificação dos museus.
(...)
OLHO NA FCC
(...)
A colocação em museu foi descrita e denunciada frequentemente como
uma desvitalização do simbólico, e a musealização progressiva dos objetos
de uso como outros tantos escândalos sucessivos. Ainda seria preciso
perguntar sobre a razão do "escândalo". Para que haja escândalo, é
necessário que tenha havido atentado ao sagrado. Diante de cada crítica
escandalizada dirigida ao museu, seria interessante desvendar que valor foi
previamente sacralizado. A Religião? A Arte? A singularidade absoluta da
obra? A Revolta? A Vida autêntica? A integridade do Contexto original?
Estranha inversão de perspectiva. Porque, simultaneamente, a crítica mais
comum contra o museu apresenta‐o como sendo, ele próprio, um órgão de
sacralização. O museu, por retirar as obras de sua origem, é realmente "o
lugar simbólico onde o trabalho de abstração assume seu caráter mais
violento e mais ultrajante". Porém, esse trabalho de abstração e esse efeito
de alienação operam em toda parte. É a ação do tempo, conjugada com
nossa ilusão da presença mantida e da arte conservada.
(Adaptado de: GALARD, Jean. Beleza Exorbitante. São Paulo, Fap.‐Unifesp, 2012, p. 68‐71)

OLHO NA FCC

... suas financiadoras (1° parágrafo)

Suas diferenças funcionais... (1°parágrafo)

... seu caráter mais violento... (3° parágrafo)


OLHO NA FCC

Os pronomes dos trechos acima referem‐se, respectivamente, a:

a) vitórias militares − manifestações − museu

b) vitórias militares − obras modernas − museu

c) potências dominantes − obras modernas − trabalho de abstração

d) potências dominantes − manifestações − trabalho de abstração

e) potências dominantes − obras modernas – museu

Gabarito D

OLHO NA FCC

2. 2016 – FCC – SEGEP‐MA – Atenção: Para responder à questão,


considere o texto abaixo.
A tragédia vinha sendo anunciada: desde o começo do ano,
Nabiré parecia cansada. Portadora de um cisto no ovário,
carregava seu corpo de 31 anos e 2 toneladas com mais
dificuldade. Ainda assim, atravessou aquele 27 de julho em
relativa normalidade. Comeu feno, caminhou na areia, rolou na
poça de lama para proteger‐se do sol. Ao fim da tarde, recolheu‐
se aos seus aposentos – uma área fechada no zoológico Dvůr
Králové, na República Tcheca. Deitou‐se, dormiu – e nunca mais
acordou. No dia seguinte, o diretor da instituição descreveria a
perda como “terrível”, definindo‐a como “um símbolo do declínio
catastrófico dos rinocerontes devido à ganância humana”.
(...)
OLHO NA FCC
(...)
Nabiré representava 20% dos rinocerontes‐brancos‐do‐norte
ainda vivos. A espécie está extinta na natureza. Dos quatro
remanescentes, três vivem numa reserva ecológica no Quênia,
protegidos por homens armados. O restante – uma fêmea
chamada Nola – mora num zoológico nos Estados Unidos. São
todos idosos e, até que se prove o contrário, inférteis.
Surgido como um adorno que conferia sucesso reprodutivo ao
portador (como a juba, no caso do leão), o chifre acabaria por
selar o destino trágico do paquiderme. Passou a ser usado para
tratar diversas doenças na medicina oriental. De nada valeram
inúmeros estudos científicos mostrando a inocuidade da
substância. O chifre virou artigo valiosíssimo no mercado negro
da caça.
(...)

OLHO NA FCC
(...)
Segundo estimativas, no começo do século XX a ordem dos
rinocerontes era representada por um plantel de meio milhão de
animais. Hoje restam apenas 29 mil, divididos em cinco espécies.
A que está em estado mais crítico é a subespécie branca‐do‐
norte.
O rinoceronte‐branco‐do‐norte era endêmico do Congo – país
que ainda sofre os efeitos de uma guerra civil iniciada em 1996
que já deixou um saldo de ao menos 5 milhões de pessoas
mortas. Diante desse quadro, não houve quem zelasse pelo
animal.
(...)
OLHO NA FCC
(...)
Nabiré foi um dos quatro rinocerontes‐brancos‐do‐norte
nascidos em cativeiro, no próprio zoológico. Após o nascimento de
Fatu, no mesmo zoológico, quinze anos mais tarde, nenhuma outra
fêmea de rinoceronte‐branco‐do‐norte conseguiu engravidar. Por
isso, em 2009, os quatro rinocerontes‐brancos‐do‐norte que faziam
companhia a Nabiré foram levados para um reserva no Quênia.
Como nem a inseminação artificial tivesse funcionado, havia a
esperança última de que um habitat selvagem pudesse surtir algum
efeito. Porém, não houve resultado.
Nabiré não viajou com o grupo por ser portadora de uma
doença: nasceu com ovário policístico, o que a tornava infértil. “Foi a
rinoceronte mais doce que tivemos no zoológico”, disse o diretor de
projetos internacionais do zoológico. “Nasceu e cresceu aqui. Foi
como perder um membro da família.”
(...)

OLHO NA FCC
(...)
Há uma esperança remota de que a espécie ainda seja
preservada por fertilização in vitro. “Nossa única esperança é a
tecnologia”, completou o diretor. “Mas é triste atingir um ponto
em que a salvação está em um laboratório. Chegamos tarde. A
espécie tinha que ter sido protegida na natureza.”

(Adaptado de: KAZ, Roberto. Revista Piauí. Disponível 
em:http://revistapiaui.estadao.com.br/materia/eramos‐cinco)
OLHO NA FCC

No contexto, está usado em sentido figurado o elemento que se


encontra em destaque em:
a) Foi a rinoceronte mais doce que tivemos no zoológico.

b) ... a ordem dos rinocerontes era representada por um plantel de


meio milhão de animais.

c) Surgido como um adorno que conferia sucesso reprodutivo ao


portador...

d) São todos idosos e, até que se prove o contrário, inférteis.

e) O restante – uma fêmea chamada Nola – mora num zoológico os


Estados Unidos.
Gabarito A

OLHO NA FCC

3. 2016 – FCC – SEGEP‐MA – Atenção: Para responder à questão,


considere o texto anterior.
... definindo‐a como “um símbolo do declínio catastrófico dos
rinocerontes devido à ganância humana". (1º parágrafo)

... os efeitos de uma guerra civil iniciada em 1996 que já deixou


um saldo de ao menos 5 milhões de pessoas mortas. (5º
parágrafo)

Nabiré não viajou com o grupo por ser portadora de uma doença:
nasceu com ovário policístico, o que a tornava infértil. (7º
parágrafo)
OLHO NA FCC

Os pronomes das frases acima se referem, respectivamente, a:

a) perda – efeitos − doença

b) Nabiré – efeitos – doença

c) perda – pessoas – Nabiré

d) Nabiré – guerra civil – doença

e) perda – guerra civil – Nabiré

Gabarito E

OLHO NA FCC

4. 2016 – FCC – TRT ‐ 14ª Região –

Revolução
Notícias de homens processados nos Estados Unidos por assédio
sexual quando só o que fizeram foi uma gracinha ou um gesto são
vistas aqui como muito escândalo por pouca coisa e mais uma prova
da hipocrisia americana em matéria de sexo. A hipocrisia existe, mas
o aparente exagero tem a ver com a luta da mulher americana para
mudar um quadro de pressupostos e tabus tão machistas lá quanto
em qualquer país latino, e que só nos parece exagerada porque ainda
não chegou aqui com a mesma força. As mulheres americanas não
estão mais para brincadeira, em nenhum sentido.
(...)
OLHO NA FCC
(...)
A definição de estupro é a grande questão atual. Discute‐se, por
exemplo, o que chamam de date rape, que não é o ataque sexual de
um estranho ou sexo à força, mas o programa entre namorados ou
conhecidos que acaba em sexo com o consentimento relutante da
mulher. Ou seja, sedução também pode ser estupro. Isso não é
apenas uma novidade, é uma revolução. O homem que se criou
convencido de que a mulher resiste apenas para não parecer “fácil"
não está preparado para aceitar que a insistência, a promessa e a
chantagem sentimental ou profissional são etapas numa escalada em
que o uso da força, se tudo o mais falhar, está implícito. E que muitas
vezes ele está estuprando quem pensava estar convencionalmente
conquistando. No dia em que o homem brasileiro aceitar isso, a
revolução estará feita e só teremos de dar graças a Deus por ela não
ser retroativa.
(...)

OLHO NA FCC
(...)
A verdadeira questão para as mulheres americanas é que o
homem pode recorrer a tudo na sociedade − desde a moral
dominante até as estruturas corporativas e de poder − para seduzi‐
las, que toda essa civilização é no fundo um álibi montado para o
estupro, e que elas só contam com um “não" desacreditado para se
defender. Estão certas.

(VERISSIMO, Luis Fernando. Sexo na cabeça. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002, p. 143) 
OLHO NA FCC

Considerando‐se o contexto, traduz‐se adequadamente o sentido de


um segmento em:
a) uma prova da hipocrisia americana (1º parágrafo) = um atestado da
maledicência estadunidense.
b) consentimento relutante (2º parágrafo) = aprovação explícita.
c) são etapas numa escalada (2º parágrafo) = constituem signos de
uma reversão.
d) o uso da força (...) está implícito (2º parágrafo) = o emprego da
coação (...) fica tácito.
e) estruturas corporativas e de poder (3º parágrafo) = possantes
associações sindicais.
Gabarito D

OLHO NA FCC

5. 2016 – FCC – TRT ‐ 23ª REGIÃO –

Nasci na Rua Faro, a poucos metros do Bar Joia, e, muito antes


de ir morar no Leblon, o Jardim Botânico foi meu quintal. Era ali,
por suas aleias de areia cor de creme, que eu caminhava todas as
manhãs de mãos dadas com minha avó. Entrávamos pelo portão
principal e seguíamos primeiro pela aleia imponente que vai dar no
chafariz. Depois, íamos passear à beira do lago, ver as vitórias‐
régias, subir as escadarias de pedra, observar o relógio de sol. Mas
íamos, sobretudo, catar mulungu.
(...)
OLHO NA FCC
(...)
Mulungu é uma semente vermelha com a pontinha preta, bem
pequena, menor do que um grão de ervilha. Tem a casca lisa,
encerada, e em contraste com a pontinha preta seu vermelho é um
vermelho vivo, tão vivo que parece quase estranho à natureza. É
bonita. Era um verdadeiro prêmio conseguir encontrar um
mulungu em meio à vegetação, descobrir de repente a casca
vermelha e viva cintilando por entre as lâminas de grama ou no
seio úmido de uma bromélia. Lembro bem com que alegria eu me
abaixava e estendia a mão para tocar o pequeno grão, que por
causa da ponta preta tinha uma aparência que a mim lembrava
vagamente um olho.
(...)

OLHO NA FCC
(...)
Disse isso à minha avó e ela riu, comentando que eu era como
meu pai, sempre prestava atenção nos detalhes das coisas. Acho
que já nessa época eu olhava em torno com olhos mínimos. Mas a
grandeza das manhãs se media pela quantidade de mulungus que
me restava na palma da mão na hora de ir para casa. Conseguia às
vezes juntar um punhado, outras vezes apenas dois ou três. E é
curioso que nunca tenha sabido ao certo de onde eles vinham, de
que árvore ou arbusto caíam aquelas sementes vermelhas. Apenas
sabíamos que surgiam no chão ou por entre as folhas e sempre
numa determinada região do Jardim Botânico.
(...)
OLHO NA FCC
(...)
Mas eu jamais seria capaz de reconhecer uma árvore de
mulungu. Um dia, procurei no dicionário e descobri que mulungu é
o mesmo que corticeira e que também é conhecido pelo nome de
flor‐de‐coral. ''Árvore regular, ornamental, da família das
leguminosas, originária da Amazônia e de Mato Grosso, de flores
vermelhas, dispostas em racimos multifloros, sendo as sementes
do fruto do tamanho de um feijão (mentira!), e vermelhas com
mácula preta (isto, sim)'', dizia.
(...)

OLHO NA FCC
(...)
Mas há ainda um outro detalhe estranho – é que não me
lembro de jamais ter visto uma dessas sementes lá em casa. De
algum modo, depois de catadas elas desapareciam e hoje me
pergunto se não era minha avó que as guardava e tornava a
despejá‐las nas folhagens todas as manhãs, sempre que não
estávamos olhando, só para que tivéssemos o prazer de encontrá‐
las. O fato é que não me sobrou nenhuma e elas ganharam, talvez
por isso, uma aura de magia, uma natureza impalpável. Dos
mulungus, só me ficou a memória − essa memória mínima.

(Adaptado de: SEIXAS, Heloísa. Semente da Memória. Disponível em: 
http://heloisaseixas.com.br) 
OLHO NA FCC

... que a mim lembrava vagamente um olho. (2° parágrafo)


... que me restava na palma da mão... (3° parágrafo)
... o prazer de encontrá‐las. (5° parágrafo)
Os elementos sublinhados acima referem‐se, na ordem dada, a:
a) grão – quantidade – sementes
b) grão – grandeza – folhagens
c) ponta preta – mulungus – sementes
d) aparência – quantidade – sementes
e) aparência – mulungus – folhagens

Gabarito D

OLHO NA FCC

6. 2016 – FCC – SEDU‐ES – Nesse texto, observa‐se que os


responsáveis pelo ato de vandalismo são renomeados:

“William Shakespeare e seus atores”;

“Shakespeare e os homens de sua companhia”;

“Shakespeare, seus atores e amigos”;

“o dramaturgo e seus cúmplices”.


OLHO NA FCC

Entende‐se que, nesse caso, a progressão textual (KOCK, 1994) se


dá por recorrência de

a) nominalizações.

b) paráfrases.

c) hiperônimos.

d) marcadores de situação.

e) marcadores conversacionais.

Gabarito B

OLHO NA FCC

7. 2015 – FCC – DPE‐RR –


Internet
Quando decidimos criar o site Porta dos Fundos, o fizemos porque
a televisão tinha nos dito que nosso tipo de humor não era
popular, era feito para um nicho e não daria ibope. Resolvemos
fazer na internet porque era onde podíamos ter gerência do nosso
“projeto”. Podíamos falar o que quiséssemos do jeito que nós bem
entendêssemos.
(...)
OLHO NA FCC
(...)
Quando decidimos criar o site Porta dos Fundos, o fizemos
porque a televisão tinha nos dito que nosso tipo de humor não era
popular, era feito para um nicho e não daria ibope. Resolvemos
fazer na internet porque era onde podíamos ter gerência do nosso
“projeto”. Podíamos falar o que quiséssemos do jeito que nós bem
entendêssemos.
Dois anos após o lançamento, o Porta bateu a marca de mais
de um bilhão de espectadores pelo Brasil e pelo mundo. Eles
tinham razão, se tivéssemos feito um programa para televisão, com
toda certeza nosso público teria sido muito pequeno e não teria
dado ibope. Até porque iriam nos colocar sexta‐feira, meia‐noite e
meia depois de um Globo Repórter.
(...)

OLHO NA FCC
(...)
Na internet tivemos a possibilidade de sermos vistos sem as
amarras dos horários certinhos e dos dias determinados. Uma
pessoa no Japão pode assistir aos nossos vídeos a qualquer hora
do dia em qualquer lugar e mídia. A TV precisa dizer para ela
mesma o que nos disse lá trás: que seus programas são feitos para
um nicho e não vão dar ibope. A importância da internet é gigante
e um terreno ainda a ser explorado.
(...)
OLHO NA FCC
(...)
Em outubro de 2014, o Porta dos Fundos resolveu levar os
episódios que já estão na internet para a televisão. Queríamos
atingir um outro tipo de público, e conseguimos. Muita gente que
não sabia do site tomou conhecimento do nosso conteúdo. Ou
seja, cada plataforma tem o seu valor e uma não exclui a outra.
(Adaptado de: PORCHAT, Fábio. O Estado de S.Paulo. 
Caderno 2. C10, 16/11/2014) 

OLHO NA FCC

Considerando o contexto, o termo Eles, sublinhado no segundo


parágrafo, faz referência

a) aos espectadores da televisão.

b) aos participantes do Porta dos Fundos.

c) aos representantes da televisão.

d) aos espectadores do Porta dos Fundos.

e) aos representantes da internet.


Gabarito C
OLHO NA FCC

8. 2015 – FCC – TRT ‐ 15ª Região –


O termo saudade, monopólio sentimental da língua
portuguesa, geralmente se traduz em alemão pela palavra
“sehnsucht”. No entanto, as duas palavras têm uma história e uma
carga sentimental diferentes. A saudade é um sentimento
geralmente voltado para o passado e para os conteúdos perdidos
que o passado abrigava. Embora M. Rodrigues Lapa, referindo‐se
ao sentimento da saudade nos povos célticos, empregue esse
termo como “ânsia do infinito”, não é esse o uso mais
generalizado. Emprega‐se a palavra, tanto na linguagem corrente
como na poesia, principalmente com referência a objetos
conhecidos e amados, mas que foram levados pela voragem do
tempo ou afastados pela distância.
(...)

OLHO NA FCC
(...)
A “sehnsucht” alemã abrange ao contrário tanto o passado
como o futuro. Quando usada com relação ao passado, é mais ou
menos equivalente ao termo português, sem que, contudo, lhe
seja inerente toda a escala cromática de valores elaborados
durante uma longa história de ausências e surgidos em
consequência do temperamento amoroso e sentimental do
português. Falta à palavra alemã a riqueza etimológica, o eco
múltiplo que ainda hoje vibra na palavra portuguesa.
(...)
OLHO NA FCC
(...)
A expressão “sehnsucht”, todavia, tem a sua aplicação principal
precisamente para significar aquela “ânsia do infinito” que
Rodrigues Lapa atribuiu à saudade. No uso popular e poético
emprega‐se o termo com frequência para exprimir a aspiração a
estados ou objetos desconhecidos e apenas pressentidos ou
vislumbrados, os quais, no entanto, se julgam mais perfeitos que
os conhecidos e os quais se espera alcançar ou obter no futuro.
(...)

OLHO NA FCC
(...)
Assim, a saudade parece ser, antes de tudo, um sentimento do
coração envelhecido que relembra os tempos idos, ao passo que a
“sehnsucht” seria a expressão da adolescência que, cheia de
esperanças e ilusões, vive com o olhar firmado num futuro incerto,
mas supostamente prometedor. Ambas as palavras têm certa
equivalência no tocante ao seu sentido intermediário, ou seja, à
sua ambivalência doce‐amarga, ao seu oscilar entre a satisfação e a
insatisfação. Mas, como algumas de suas janelas dão para o futuro,
a palavra alemã é portadora de um acento menos lânguido e a
insatisfação nela contida transforma‐se com mais facilidade em
mola de ação.
(Adaptado de: ROSENFELD, Anatol. Doze estudos.
São Paulo, Imprensa oficial do Estado, 1959, p. 25‐27)
OLHO NA FCC

... sem que, contudo, lhe seja inerente toda a escala cromática de
valores... (2° parágrafo)

... um sentimento do coração envelhecido que relembra os tempos


idos (4° parágrafo)

... a insatisfação nela contida transforma‐se com mais facilidade


em mola de ação. (4° parágrafo)

OLHO NA FCC

Os elementos destacados acima referem‐se, no contexto,


respectivamente, a:
a) “sehnsucht” alemã − tempos idos − mola de ação

b) termo português − saudade − palavra alemã

c) escala cromática de valores − tempos idos − insatisfação

d) “sehnsucht” alemã − coração envelhecido − palavra alemã

e) escala cromática de valores − coração envelhecido − mola de


ação

Gabarito D
Linguagem Denotativa e Conotativa

Quando o emissor busca objetividade de expressão da mensagem,


utiliza a linguagem denotativa, com função referencial. As palavras
são empregadas em sua significação usual (literal, real), referindo‐se
a uma realidade concreta ou imaginária.

A linguagem denotativa é basicamente informativa, ou seja, não


produz emoção ao leitor. É informação bruta com o único objetivo de
informar. É a forma de linguagem que lemos em jornais, bulas de
remédios, em um manual de instruções etc.

Conotação (linguagem conotativa) é o emprego de uma palavra


tomada em um sentido incomum, figurado, circunstancial, que
depende sempre do contexto. Muitas vezes é um sentido poético,
fazendo comparações. É a associação subjetiva, cultural e/ou
emocional, que está para além do significado estrito ou literal de
uma palavra, frase ou conceito.

Ex.: 
Os domadores conseguiram enjaular a fera. 
Ele ficou uma fera quando soube da notícia. 
Aquela aluna é fera na matemática. 
O elefante é um mamífero.
Já li esta página do livro.
Você é o meu sol!
Minha vida é um mar de tristezas.
Você tem um coração de pedra!
A empregada limpou a casa.
Intertextualidade

Intertextualidade acontece quando há uma referência explícita ou


implícita de um texto em outro. Também pode ocorrer com outras
formas de texto (música, pintura, filme, novela etc.).

Apresenta‐se explicitamente quando o autor informa o objeto de


sua citação. Num texto científico, por exemplo, o autor do texto
citado é indicado, já na forma implícita, a indicação é oculta. Por
isso, é importante para o leitor o conhecimento de mundo, um saber
prévio, para reconhecer e identificar quando há um diálogo entre os
textos. A intertextualidade pode ocorrer afirmando as mesmas
ideias da obra citada (paráfrase) ou contestando‐as, ironizando‐as
(paródia).

Paráfrase
Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a ideia do texto é
confirmada pelo novo texto, a alusão ocorre para atualizar, reafirmar os
sentidos ou alguns sentidos do texto citado. É dizer com outras palavras o
que já foi dito.

Texto Original
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá. (GONÇALVES DIAS, “Canção do exílio”).

Paráfrase
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
Eu tão esquecido de minha terra...
Ai terra que tem palmeiras
Onde canta o sabiá! (DRUMMOND, “Europa, França e Bahia”).
Paródia

A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros textos, há uma


ruptura com as ideologias impostas. Ocorre, aqui, um choque de interpretação,
a voz do texto original é retomada para transformar seu sentido. Alguns
autores fazem uso contínuo desse recurso (Ex.: discursos de políticos são
abordados de maneira cômica e contestadora, provocando risos e reflexão).

Texto Original
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá. (GONÇALVES DIAS, “Canção do exílio”).

Paródia
Minha terra tem palmares
onde gorjeia o mar
os passarinhos daqui
não cantam como os de lá. (Oswald de Andrade, “Canto de regresso à pátria”).

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