1

Inclusão de protocolos de comunicação em

produtos NEOCONTROL

Santos Gonçalves, Alline Paula, Aluno, PUC Minas; Girundi, Artur Alves, Aluno, PUC Minas

 Existem inúmeras tecnologias e formas de comunicação de

WHA, porém o artigo citado retrata das comunicações que são
Resumo - Este trabalho de conclusão de curso foi mais comuns no ambiente da domótica, como: ZigBee, ZWave,
desenvolvido com o objetivo de desenvolver uma solução para Bluetooth, 6LoWPAN, Insteon, Wavenis, UWB, Wi-Fi e
EnOcean.(Rathnayaka, Potdar, 2011) faz um estudo entre os
agregação de protocolos de comunicação voltados para a domótica mais variados tipos de protocolos e fez uma comparação
a ser incorporada nos produtos da empresa Neocontrol. Foram conforme apresentado na figura 1:
estudados vários tipos de protocolos e suas principais Figura 1Comparação das Soluções Wireless-
características, de forma que fosse possível determinar a topologia
de rede mais adequada para o funcionamento da solução e a
correta transmissão de informações. Também foi estudada a
melhor forma de estabelecer uma comunicação serial entre o
microcontrolador, a central Neocontrol e os periféricos
comandados. Após as pesquisas, foi projetada e construída uma
placa de circuito impresso (PCI) que tem capacidade de
funcionamento com qualquer protocolo, utilizando-se um
protocolo por vez.

Palavras-chave: Zigbee, protocolo de comunicação,

comunicação serial, topologia de rede, placa de circuito impresso,
microcontrolador MCF51QE128.
I. INTRODUÇÃO
Domótica se tornou uma inspiração para novos projetos
Fonte: (Rathnayaka, Potdar, 2011)
As observações feitas mostraram que possuem diversos tipos
de parâmetros a serem analisados neste projeto. Os principais
pontos são a frequência de banda, taxa de transmissão e
consumo do dispositivo.

A residenciais pelo fato de trazer diversos benefícios para

a população, como qualidade de vida, conforto,
simultaneamente, sustentabilidade e economia no consumo de
energia. As aplicações da automação residencial são inúmeras.
Os exemplos são: controle de luminosidade, HVAC Control,
segurança, controle de consumo de energia, entre outros. Sendo
que o Controle de consumo de energia vem sendo muito
utilizado ultimamente devido ao monitoramento do consumo
dos aparelhos durante o dia, sendo possível se programar para
usar aparelhos em horários sem pico de consumo, o que ajuda
na economia do consumidor. De acordo com o (Rathnayaka,
Potdar, 2011), “o sistema wireless é denominado formalmente
conhecido como WHA (Wireless Home Automation) ”.
Normalmente os dispositivos apresentam frequências que se
caracterizam pelas frequências 800 a 915MHz (Mega-Hertz) e
a frequência mais conhecida como de 2.4GHz (Giga-Hertz) que
se utiliza no Wi-Fi. A exigência para operar em cada região do
mundo trouxe a necessidade de implementar estas frequências.
É importante observar também que os protocolos que operam
a 2.4GHz tem a mesma frequência que muitos aparelhos
domésticos, como: micro-ondas, telefones sem fio, e internet
local (roteadores). Portanto há possibilidade de interferência
entre os módulos fabricados para esses protocolos com tais
aparelhos e isto pode causar uma interferência de sinais entre os
dispositivos.
 2

Ainda de acordo com (Rathnayaka, Potdar ,2011) existem
maneiras para otimizar este fato: “Dispositivo deve ter a função
de Sleep Mode (em que a maioria das funcionalidades do
dispositivo são inativas, reduzindo assim o consumo). Deixar
em Low Duty Cycle visando uma diminuição da proporção de
tempo em que um sistema estará em operação.
II. PEOTOCOLOS ESTUDADOS
Protocolo Zigbee possui as características de baixo consumo,
baixo custo e uma ampla frequência de atuação. É regido pelo
padrão IEEE 802.15.4-2003. Este padrão é definido por duas
camadas: A camada física e a camada de MAC (Medium
Access Control). A IEEE 802.15.4-2003 possui dois layers que
operam nas duas frequências: 868/915 MHz e a de 2.4GHz. As
frequências sub GHz são necessárias para atuarem em países da
Europa como nos Estados Unidos e Austrália. A de maior
frequência pode ser usada no mundo inteiro. Este protocolo
pode usar três topologias: estrela, árvore, mesh.
A tecnologia EnOcean é baseada em alguns fatores como:
possui sistema Energy Harvesting que são células solares,
termo conversores, e acelerômetro. Tais hardwares podem
produzir energia para que alimente o sistema de uma forma
limpa e sem uso de baterias ou fonte externa. Baixo consumo
na transmissão de dados. Fornece um modo versátil e de baixa
complexidade para o usuário. Uma grande vantagem para este
protocolo é que ele é totalmente ecológico e módulo EnOcean
captura 50uW/s, e por esta taxa ele transmite num alcance de
300m.
Significa um protocolo de Long Range Area (Área de longo
Alcance). Uma das suas principais características é o alcance
que os dispositivos deste protocolo possuem. Este protocolo
fornece a possibilidade de alterar o tamanho a transmissão de
dados e o tamanho da banda. Logo este protocolo é o início para
o futuro do IoT (Internet das Coisas). Ele utiliza a topologia
Estrela-Estrela referenciado como LPWAN – Low Power Wide
Area Network.
De acordo com (MARCO CENTENARO), o alcance de um
sistema LPWAN é de “ 10–15 km em áreas rurais e 2–5 km em
áreas urbanas”. Frequência de banda 902–928 MHz [EUA]
863– 870 MHz [Europa] 433 MHz e 169 MHz o tamanho da
rede: 10000 dispositivos.
III. TOPOLOGIA DE COMUNICAÇÃO
Uma comunicação de rede é composta por nós, nos quais eles
comutam energia e podem enviar e receber mensagens através
do link de comunicação. Tais links podem ser cabeados ou
wireless. Neste capitulo iremos compor as topologias mais
usuais atualmente, elas são as: estrela, anel, bus e mesh.
roteamento na rede. É uma arquitetura pouco difundida, apesar
de oferecer redundância é mais confiável, porém, na questão de
roteamento pode causar congestionamentos indesejáveis na
rede”. Nesta rede, é possível dois tipos responsáveis por envio
de informações pelos nós, pode ser o roteador mesh ou cliente
mesh. A diferença de cada é a forma que o cada um será
configurado. O cliente não pode ser visto como um gateway e a
configuração ele é mais simples. Já o roteador como pode ser
observado, tem a função de rotear, levando informações para
outros pontos das redes do sistema.
A rede mesh possui mobilidade pelo fato de possuir diversos
enlaces e poder conectar em diversas redes. Como cada ponto
da rede funciona como roteador, a reconfiguração em casos de
expansão tornou-se desnecessária. É possível observar na figura
2 que cada ponto é visto como gateway para a rede.
Esse caso é um exemplo dos roteadores da rede mesh formar
o backbone. A figura 2 pode ser observada a seguir:
Figura 2: Rede mesh sem fio formando backbone
Fonte: (AKYILDIZ, 2005)
Rede Estrela
A Rede estrela por sua vez é mais simples que a Mesh, porém
este processo é mais propenso a falhas. O funcionamento ocorre
da seguinte maneira: Existe apenas um dispositivo, que
funciona como um switch, que irá transmitir e receber
informações dos outros dispositivos da rede. O dispositivo
mestre irá supervisionar o sistema e informar falhas de
comunicação caso se torne necessário. Nesse sistema, o
gerenciamento centralizado otimiza o processo. Pois não é
necessário a interrupção para codificar ou acrescentar novos
dispositivos de envio e recebimento de informações. Na figura
4 é possível observar a estrutura da topologia estrela:

Rede Mesh

A rede mesh é dinâmica, portanto esta determina a melhor

rota e se adapta a mudanças caso haja alteração em pontos da
rede, ou seja, caso um roteador é inserido ou retirado. De acordo
com (OLIVEIRA, 2009), “A arquitetura mesh possui uma
particularidade onde cada nó ou cada cliente efetua o

Figura 3: Topologia Estrela
Fonte: Topologias de Redes de Comunição Pinhero, 2006.
Rede Anel
A rede em anel funciona com o princípio do mestre escravo.
Apenas um dispositivo fala por vez e a mensagem pode ser
transmitida em qualquer sentido até chegar objetivo. Este
método também não aceita falha, pois caso um ponto da rede
entre em pane, a mensagem não consegue ser transmitida até o
ponto final, logo, todos os outros pontos também são
prejudicados, causando a interrupção do processo. Outro ponto
indesejável é a interrupção do processo caso seja necessário
acrescentar ou configurar mais algum outro ponto na rede. A
figura 5, mostrada abaixo, exemplifica como é montada a
estrutura da topologia em anel:
Figura 4: Topologia anel
Fonte: Topologia de Redes de Comunicação. Pinheiro, 2006.
Rede Bus
Neste sistema, as informações são enviadas através de
barramento. É necessário determinar a frequência ou tempo
para que as mensagens possam ser enviadas e recebidas por
todos os dispositivos, caso contrário, o sistema não terá um
desempenho satisfatório.
Diferente da topologia anel, a mensagem não precisa passar
por todos os dispositivos para ser entregue ao objetivo, neste
caso, apenas o computador que tiver o endereço especifico que
foi informado no cabeçalho da mensagem.
3
Figura 5: Topologia bus
Fonte: Topologia de Redes de Comunicação. Pinheiro, 2006.
IV. PLACA DE CIRCUITOS IMPRESSO (PCI)
Antigamente os circuitos usados para controle dos sistemas
eram feitos com válvulas e isto deixava a área do processo
maior e com mais equipamentos. Com o passar do tempo, os
circuitos foram trocando de cara e passaram a
usar sistemas eletrônicos e o menor espaço possível,
deixando as válvulas de lado. A primeira vez que um circuito
impresso foi implementado de uma forma considerável foi em
1943. Atualmente, as PCIs são utilizadas em várias áreas e
podem ser bastante uteis quando se trata de performance
e economia de espaço.
Para o processo de produção da placa, é necessário seguir
alguns passos. Primeiramente, é necessário imprimir o circuito
impresso com as trilhas desenvolvidas por softwares
específicos. É possível observar na figura 8, um modelo de
circuito que será aplicado em uma placa:
Figura 6: Modelo de circuito impresso
Fonte: Clasta, Confecção de Placas de Ciruito Impresso
O processo de transferência da imagem para a placa pode ser
descrito por ((MEHL, CONCEITOS FUNDAMENTAIS
SOBRE PLACAS DE CIRCUITO IMPRESSO) no trecho: “O
processo de deposição do cobre sobre as placas isolantes inicia-
se pela aplicação de uma tinta à base de grafite. Em seguida as
placas são ligadas ao polo negativo de uma fonte de corrente
contínua e mergulhadas em uma solução saturada com sais de
cobre, sendo tal solução ligada ao polo negativo da fonte.
 4

Ocorre então um processo eletroquímico chamado VI. PERIFÉRICO

galvanoplastia, obtendo-se a deposição de uma fina camada de O módulo Zigbee Connected Lighting Kit foi projetado
cobre metálico sobre a placa”.
Por fim, a última etapa é a inserção dos componentes para demonstrar as funcionalidades para iluminação
eletrônicos para placa já galvanizada. É de extrema importância trabalhadas no protocolo ZigBee com os módulos EFR32MG
que toda a trilha seja seguida e nenhum componente seja
anexado fora do caminho, por isso, antes de desenvolver o ou EM3585 ZigBee.
modelo da trilha, é necessário ter em mãos as distancias entre Figura 8: ZigBee Lighting Reference Design moduleand
cada terminal do componente. demonstration board

V. COMUNICAÇÃO SERIAL
A comunicação dos módulos de automação residencial com
os microcontroladores são através de um protocolo de
comunicação serial. Esta comunicação pode ser síncrona ou
assíncrona.
A comunicação síncrona necessita de um sinal de clock para
sincronizar a comunicação, já a assíncrona não necessita. As
comunicações assíncronas são RS232, SCI (Serial
Comunication Interface) e Uart (Universal Asynchronous
Receiver Transmiter). As síncronas são SPI (Serial Pheripheral
Interface) e I2C (Inter-Integrated Circuit). Fonte: Datasheet, UG252: ZigBee® Lighting Reference
Design Demo Board Kit User's Guide.
VI MICROCONTROLADOR
No trabalho, para inserir o kit de iluminação em nossa rede
Os microcontroladores estão em todos os lugares, de uma de comunicação, e necessário acionar o botão de interrupção da
forma sutil, porém de grande significância. Hoje em dia em toda fonte de alimentação da placa rapidamente por 10 vezes. Após
sua presença já é real, nos vemos como no simples fato de ir ao este comando, o LED da placa irá piscar por 10 vezes e
Supermercado em caixas registradoras, balanças digitais ao consequentemente kit estará disponível para ser habilitado em
pesar os alimentos até mesmo em sistemas mais complexos nosso sistema.
como celulares, notebooks e etc. Seu sistema é chamado de “
Sistema embarcado” e o que vamos abordar neste tema é o seu VII. METODOLOGIA
funcionamento.
Devido ao avanço da tecnologia os controladores foram Ao completar o processo de criação do firmware inicia-se o
ficando menores e ocupando menos espaços nas placas logicas. processo de criação de cada rotina, fazendo um debug no
De acordo com o autor (A. K. Singh,2008). Com o avanço do microcontrolador e verificando a mensagem de retorno pela
processo de minimização, todos os componentes foram criados serial do computador, é necessária uma constatação para
especificamente para tal chip. Esta é a definição de validação do produto. Assim serão feitos testes como o
microprocessador, uma CPU criado com um único VSLI chip. acionamento do dispositivo com um atuador Neocontrol,
Como na figura abaixo: alcance entre o dispositivo e a central, inclusão e remoção do
Figura 7: Diagrama do microcontrolador dispositivo a rede, validação no modo MQTT e Wi-fi.
Figura 9: Fluxograma com as etapas do desenvolvimento do
trabalho de conclusão de curso

Fonte: Microcontroller and Em’bedded System, A.K. Singh

Fonte: Elaborada pelos autores


Para construirmos a placa devemos analisar não só o módulo
que compramos, mas sim, a maioria dos tipos que já existem no
mercado, para então, criarmos uma placa que consiga integrar
todos os tipos. Para isto, será esquematizado no software
Altium Designer. Conforme mostrado na figura 13 abaixo:
Figura 10: Circuito impresso para o trabalho de conclusão de
curso
Fonte: Elaborada pelos autores
No software Altium Designer v16.0 temos a
possibilidade da simulação também em 3D, isto é muito útil
pois podemos analisar melhor o processo final da placa.
Figura 11: Comparação entre a placa em 3D e a placa real
Fonte: Elaborada pelos autores
O módulo que funciona como um gateway é o
ETRX357-LRS. Este modulo possui já um firmware integrado
pré-programado que é o R309.
Para estabelecermos a comunicação do módulo, é
necessário alimentá-lo com 3 Volts, GND e ligar o TX do
computador ou da central no RX do módulo e o TX do
periférico no RX do módulo.
Depois devemos selecionar o baud rate
comunicação para a taxa de 19200 bps. Feito isto pelo
RealTerm, ao abrir a conexão da porta serial do computador
com o módulo nesta taxa selecionada, enviamos um comando
5
AT para ele “ATI”. Este é um comando usual para verificar se a
comunicação está estabelecida corretamente. Então ao mandar,
aparece a mensagem da versão de firmware e dados do modulo
no RealTerm.
Para entendermos melhor o comando AT, usamos o
datasheet ETRX3 Series ZigBee Module AT-Command
Dictionary, para ver quais comandos é aceitável pelo módulo e
a função de cada um. Por exemplo o ATI é para verificar a
versão do módulo.
Verificando isto, partimos para os datasheets para o
entendimento do protocolo Zigbee e a forma de configuração
para nosso modulo para que ele se comporte como um gateway
para automação residencial.
No nosso módulo, contém a stack Zigbee Pro, que é
descrito na imagem abaixo.
Figura 12: Stack Zigbee Pro
Fonte: Elaborada pelos autores
A rede zigbee possui diversos perfis de aplicação,
como Zigbee Home Automation, Zigbee Lightning ZigBee
Input Device ZigBee Telecom Services dentre outros.
No nosso projeto foi usado o Zigbee Home
Automation. Por isso devemos configurar o módulo para este
objetivo. A configuração é para deixá-lo como Zigbee
Coordinador (ZCO).
Partindo deste pressuposto, seguimos o protocolo para
ajustar os registradores S do modulo que permitem a
configuração da forma mostrada abaixo:
de
AT+DASSL Disassociate from previous network if desired
AT&F Restore to a known state if desired
AT+N Check network status
+N=NoPAN

ATS00=6319 Home Automation channel mask
ATS0A=0114;password Use predefined Link Key
ATS09=5A6967426565416C6C69616E63653039;password
Define HA Link Key
AT+EN Establish network
. Usando
O comando AT+DASSL é o inicial para remover
qualquer rede que o módulo se encontre, depois disso fazemos
um Reset para voltar as configurações de fábrica, comando
AT&F. Feito isso verificamos se ainda há alguma rede criada
no módulo utilizando o comando AT+N caso não tenha rede, irá
aparecer a mensagem +N=NoPAN.
Consequentemente o módulo foi configurado para a
máscara home automation, ou seja, só dispositivos com o byte
de home automation deverão ser aceitos pela central
(ATS00=6319 Home Automation channel mask)
Depois uma senha foi criada para que outros usuários
não entrem em nossa rede criada, a senha foi ajustada usando o
comando:
ATS0A=0114;password Use predefined Link Key
ATS09=5A6967426565416C6C69616E63653039;password
Feito isso é necessário a habilitação para criar a rede:
AT+EN Establish network
Ao fazer estes procedimentos e ao criar a rede,
automaticamente viramos o Coordenador. Na JPAN está toda
informação da rede criada. Logo depois, adicionamos o nosso
dispositivo Kit de iluminação na rede.
Figura 13:Kit de iluminação Zigbee
Fonte: Elaborada pelos autores
Este dispositivo é um kit de desenvolvimento voltado
para Zigbee Home Automation, ele possui um LED RGB que
6
possibilita a mudança de cor, liga e desliga do LED e canais
para a dimerização de cargas. De acordo com o fabricante do
Dispositivo kit de iluminação, devemos apertar o Botão S1 10
vezes para que este dispositivo entre na rede disponível.
o comando
AT+SIMPLEDESC:000B57FFFE46F7DB,776B,01,
verificamos se quais funcionalidades o Dispositivo tem. A
resposta foi a seguinte:
SimpleDesc:776B,00
EP:01
ProfileID:0104
DeviceID:0102v00
InCluster:0000,0003,0004,0005,0006,0008,0300,0B05,FC0
1,FC02
OutCluster:0019
Vemos que a resposta dos clusters internos é
compatível com a tabela do Fabricante. Estabelecido a conexão
da rede, iremos comandar o dispositivo apagando e acendendo
o seu LED RGB.
Para isso, usamos a mensagem AT+SENDUCAST,
este comando possibilita de enviarmos uma mensagem cast
para os dispositivos. Seus parâmetros de acordo com o
Datasheet ETRX3 Series ZigBee Module AT-Command
Dictionary são:
Figura 14: Parâmetros +SENDUCAST
Fonte: Elaborada pelos autores

Ou seja, seus parâmetros são separados por vírgula. O
Address é o endereço do nó, SourceEP é o endereço do módulo,
ou seja 00, Dest Ep é endpoint do dispositivo no caso 01,
ProfileID é o perfil onde definimos qual aplicativo é da rede,
neste caso é o 0104, este valor significa que ele é da máscara da
rede Home Automation. Depois temos ClusterID é qual
comando queremos mandar, no caso é o 0006 Comando Liga e
Desliga. E Data é onde se encontra o protocolo Zigbee.
Depois da compreensão total da comunicação e
realização o acionamento do dispositivo periférico, usamos tais
conhecimentos e implementamos dentro do Firmware da
central NeoControl no caso foi feito no Box101 da própria
empresa.
Figura 15: Box101 NeoControl
Fonte: Elaborada pelos autores
Para desenvolver o firmware da central é usado a IDE
CODEWARIOR. A central apresenta o microcontrolador
MCF51QE128 do fabricante Freescale, um modulo Wi-Fi que
funciona como um Access point, ou seja, para funcionamento
necessitamos que ele entre na rede do Wi-Fi local da sua
residência para recebermos mensagem UDP e mandar via
broadcast para os dispositivos Neocontrol.
O funcionamento da central funciona como este
diagrama de blocos mostrado abaixo:
7
Figura 16: Diagrama da central Neocontrol
Fonte: Elaborada pelos autores
Ou seja, a central recebe uma mensagem UDP é
tratada no radio Wi-fi ESP8266, logo a central envia a
mensagem via UART para o microcontrolador e dentro dele
ocorre a implementação da lógica para fazer o tratamento da
mensagem UDP para comandar dispositivos Zigbee através do
Modulo ETRX357. Esta função faz exatamente o procedimento
em que usamos no protótipo para comunicação via computador
com o módulo.
Porém nesta função verificamos se tem alguma rede já
existente, então iniciamos a comunicação serial do
Microcontrolador com o módulo e os demais tratamentos.
A função do módulo Wi-Fi e tratamento da mensagem
UDP não pode ser descrita pois são informações sigilosas da
empresa. Portanto serão mostradas somente as informações
sobre o acionamento do dispositivo End User.
VIII. CONCLUSÃO
Os sistemas de comunicação são basicamente
compostos por cinco elementos que são: transmissor, receptor,
meio de comunicação, protocolo de comunicação e mensagem.
No caso deste trabalho, foram utilizados todos os componentes.
Os protocolos de comunicação são fundamentais para
estabelecer o envio e recebimento de informações em
determinada rede de compartilhamento, visto que as faltas dos
protocolos podem trazer erro e desentendimento na distribuição
da mensagem, além de não possibilitar a agilidade em certos
sistemas que precisam de presteza e não podem depender de
falhas.

Sabendo-se as informações suficientes do nosso
sistema e todos os dispositivos que seriam usados, foi possível
obter maior sucesso no resultado, pois foi necessário estudar os
tipos de protocolos mais utilizados mundialmente e conhecer
cada dinâmica e peculiaridade.
Neste trabalho, foi projetado uma placa de circuito
impresso que pode receber qualquer tipo de protocolo, mas foi
definido que neste trabalho seria utilizado apenas o protocolo
Zigbee para desenvolvimento.
Desta maneira, entendemos que, o projeto é bastante
prático quando se trata de troca de informações e comandos
entre dispositivos, e pode ser aplicado para qualquer tipo de
protocolo, porém é necessário realizar o mesmo estudo em
datasheets e viabilização de dados que foi feito para este projeto
usando o Zigbee. E com o aumento da demanda por tecnologias
voltadas par automação residencial, a soluções mais cômodas
darão espaço para soluções versáteis e práticas.
Como visto, este trabalho é um tanto
vantajoso para a empresa e para o aluno. Como o
projeto é voltado para um trabalho de conclusão de curso e está
sendo apresentado dentro da faculdade vimos que ela
abrange, basicamente, quase todos os núcleos
ofertados pelo nosso currículo.
REFERÊNCIAS
A. J. DINUSHA RATHNAYAKA, V. M. P.
Introdution of Wireless Home Automation.
AKYLDIZ, I. F. A Survey On Wireless Mesh
Network. Disponivel em:
<http://www.ece.gatech.edu/research/labs/bwn/pape
rs/2005/j4.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2017
.
COUTINHO, J. O guia básico da topologia de
rede. Disponivel em:
<http://www.administradores.com.br/artigos/tecnol
ogia/o-guia-basico-da-topologia-de-rede/91093/>.
Acesso em: 10 abril 2017.
DATASHEET, MCF51QE128 Series. Disponível
em:
<http://www.nxp.com/assets/documents/data/en/dat
8
a-sheets/MCF51QE128.pdf>. Acesso em: 20 abril
2017.
DATASHEET, ETRX35x ZIGBEE MODULES. Disponível
em: <https://www.mouser.com/ds/2/368/tg-pm-0516-etrx35x-
957725.pdf>. Acesso em 03 dezembro 2017
DATASHEET, UG252: ZigBee® Lighting Reference Design
Demo Board Kit User's Guide (RD-0085-0401, RD-0035-
0601). Disponível em: <
https://www.silabs.com/documents/public/user-
guides/UG252.pdf>. Acesso em 03 dezembro 2017.
DATASHEET, ZigBee Cluster Library Specification.
Disponível em: < http://www.zigbee.org/wp-
content/uploads/2014/10/07-5123-06-zigbee-cluster-library-
specification.pdf>. Acesso em 03 dezembro 2017.
MARCO CENTENARO, L. V. A. Z. M. Z. Long-
Range Communications in Unlicensed Bands: the
Rising Stars in the IoT and Smart City Scenarios.
Disponivel em: <https://arxiv.org/abs/1510.00620>.
Acesso em: 19 abril 2017.
OLIVEIRA, E. P. D. Gerência de Redes BWA
através de Framework e Métricas de Avaliação de
Desempenho, Campinas, 2009. Disponivel em:
<http://pt.scribd.com/doc/60092727/22/>. Acesso
em: 11 set. 2012.
POOLE, I. Microcontroller Embedded Systems.
Disponivel em: <http://www.radio-
electronics.com/info/processing-
embedded/embedded-systems/microcontroller-mcu-
systems.php>. Acesso em: 16 abril 2017.
SANTOS, P. J. M. Pinheiro José Mauricio Santos.
Disponivel em:
<http://www.projetoderedes.com.br/artigos/artigo_t
opologias_de_rede.php>. Acesso em: 10 abril 2017.
SERIAL Data Transmission. Disponivel em:
<https://www.samson.de/pdf_en/l153en.pdf>.
Acesso em: 19 abril 2017.
SINGH, A. K. Microcontroller and Embedded
System. Disponivel em:
<https://books.google.com.br/books?hl=pt-
BR&lr=&id=E5BluKnE5XsC&oi=fnd&pg=PA1&d
q=microcontroller+and+embedded+system&ots=Xf
cQYjHhzX&sig=8ErJZz2e4nUOFVACwxOAzLLb
w98#v=onepage&q&f=false >. Acesso em: 16 abril
2017.
 9

DATASHEET, UG252: ZigBee® Lighting Reference Design

Demo Board Kit User's Guide. Disponível em:
<http://www.mouser.com/ds/2/368/UG252-1016971.pdf>.
Acesso em: 15/11/2017