Sei sulla pagina 1di 2

A propósito do luto

Por Equipe Flávio Gikovate em 27/08/2012 0 Comments

Farei mais algumas considerações a respeito da tristeza derivada da perda por morte. Elas dizem respeito tanto
à morte de pai e mãe como de lhos. Antes de mais nada, é preciso dizer que se trata de situações bastante
diferentes, uma sendo esperada e outra, a da perda de um lho, dramática e de superação muito difícil. A idéia
da morte dos nossos pais, quando já somos adultos e eles estão mais velhos, é algo que, de certa forma, nos
perturba até mesmo antes de estarmos diante saber que são portadores de uma doença grave). A ansiedade
provocada pela hipótese de que poderemos ser acordados no meio da noite com alguma notícia ruim nos faz
sobressaltados quando o telefone toca depois do horário usual; isso pode nos acompanhar por anos a o.

Quando a morte ocorre experimentamos uma forte dor, a sensação de não termos mais raízes, de estarmos
perdidos e soltos no mundo. Isso afora a saudade e a falta que aquela criatura pode fazer em nosso cotidiano
(e que depende da natureza do vínculo que persistiu ao longo da vida adulta). Sofremos muito e o luto se
caracteriza pela incapacidade que temos de nos divertir. Por um tempo (o cialmente um ano, ou seja, o tempo
de todas as datas comemorativas serem passadas sem sua presença) só conseguimos nos ocupar das tarefas
cotidianas e daquilo que chamamos de trabalho. Meu ponto de vista é o seguinte: devemos tentar sofrer o
mínimo de tempo possível. Ou seja, não acho que quem sofre por mais tempo e vive um luto fechado dá
maiores demonstrações de amor por quem se foi.

Acho que pessoas mais maduras emocionalmente (as que lidam bem com frustrações e contrariedades) e as
que desenvolveram uma docilidade diante da nossa condição de incerteza e de desamparo acabam
funcionando como o “João Bobo”, aquele boneco que cai com facilidade, mas imediatamente depois se põe de
pé. Ou seja, não consigo pensar que seja legal, digno, profundo e consistente o sofrimento pelo sofrimento. Ele
deve ser tratado como inexorável, como algo a ser vivenciado de forma construtiva (aprender o que der para
aprender daquela dor) e pelo menor tempo que conseguirmos. Superar o luto é o objetivo daquele que está
sofrendo; não deveria se deixar embalar e muito menos se sentir engrandecido pelo sofrimento.

Sei que tudo isso é muito mais difícil quando se trata da perda de um lho, talvez a maior dor que se possa ter
que passar nesta vida (especialmente quando o lho já é adulto e a gente não tão velho para ter uma relação
de mais indiferença em relação à morte). A docilidade diante do destino que nos derrubou terá que ser maior
ainda, a dor e o luto mais penosos; porém, penso que não adianta nada blasfemar e que o que temos que fazer
é mesmo tentar seguir em frente e lançar mão de todas as nossas forças para tentar levantar o quanto antes.
Se não conseguirmos fazê-lo sozinhos, devemos lançar mão tanto de grupos de auto-ajuda, como de
medicamentos e psicoterapias.

Compartilhe!
Tweetar Share

Posts Relacionados:
1. Sofrimento produtivo e improdutivo

Categoria: Artigos Originais

A Arte de Educar A Liberdade Possível


A educação é um tema Para Gikovate, liberdade é
importante e urgente. fundamentalmente um
Gikovate criou esta obra processo de
R$ 38,90 R$ 91,70

Cigarro: um Adeus Dá Para Ser


P í osl fatores
O livro analisa FA partir
li A dos principais
d M d
que nos tornam aspectos da vida,
dependentes do cigarro e Gikovate trata de padrões
R$ 62,50 R$ 65,90

Potrebbero piacerti anche