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FAGOTERAPIA

A fagoterapia foi iniciada em 1896, quando Ernest Haking reportou a existência de


atividade antibacteriana contra Vibrio Cholera, o agente causante da cólera, que foi
considerada como um dos riscos mais mortíferos enfrentados pelos seres humanos
(UL Haq et al., 2012)

Diante disso outros estudos foram realizados até levar ao descobrimento oficial dos
bacteriófagos por D´ Herelle quem reportou um tratamento contra plagas utilizando
fagos antipestosos, obtendo resultados positivos, o que levou a despertar o
interesse pela terapia de fagos. Embora, mais tarde em países do Oeste o conceito
de fagoterapia morreu devido à aparição dos antibióticos (UL Haq et al., 2012), mas
hoje dia é aceito que a razão principal pela qual o uso terapêutico de fagos perdeu
seu interesse foi que nesse momento não se tinha disposição de tecnologia
adequada para o tratamento racional das amostras que continham fagos, outros
problemas com os que se enfrentou a fagoterapia nesse momento foram: o
desconhecimento da biologia dos fagos pois se afirmou em algumas citas
bibliográficas que os mesmos eram proteínas de alto peso molecular que se
formavam a partir de um precursor originado no interior da bactéria, o desenho
errôneo de protocolos experimentais, a falta de controles adequados que puderam
demostrar que se empregavam fagos inteiramente líticos e não lisogênicos.
(SULAKVELIDZE, A. ET AL., 2001; LOPEZ, G., 2005; SEGUNDO A., ET AL., 2010)

O uso terapêutico dos fagos volta a ser interessante devido à aparição mundial de
cepas resistentes a múltiples fármacos (MDR) e o rápido desenvolvimento da
resistência aos antibióticos em animais e em seres humanos.
Durante a última década, os países desarrolhados têm mostrado tendência a
redução no uso de antibióticos nos animais devido a seus potenciais efeitos
perigosos sobre a população após do consumo de produtos pecuários (Dhama et
al., 2013a; Tiwari et al., 2014). Se tem uma série de informes da crescente
resistência aos antibióticos em patógenos animais de importância zoonotica, como
por exemplo, Campylobacter spp., Escherichia coli, Staphylococcus spp.,
Salmonella spp., entre outros patógenos bacterianos (Abhilash et al., 2009; Kumar
et al., 2010, 2012b; Tiwari et al., 2014). Essa relação tão estreita que existe com os
animais infetados é a fonte mais comum de transmissão dessas cepas
multirresistentes ao ser humano. (Kumar et al., 2011, 2012ª, b; Malik et al., 2012;
Singh et al., 2013; Tiwari et al., 2014).

Muitas são as pesquisas que têm sido desenvolvidas nos últimos anos que tem por
objetivo o uso da fagoterapia e que tem demostrado a eficiência da mesma. Dias et
al., (2013) no seu estudo tiveram como objetivo a obtenção de fagos como
tratamento para mastites, isolando e identificando as bactérias do leite de vacas
com mastites positiva, onde o gênero Staphylococcus foi o patógeno mais relevante.
Seus resultados apresentaram que os fagos isolados exibiam caraterísticas
interessantes para seu uso em fagoterapia, como por exemplo, um alto potencial
lítico, uma amplia faixa de hospedeiros, e termoestabilidade, favorecendo dessa
forma o seu uso no campo.

No outro estudo, SILVEIRA et al. (2014), foi avaliado o potencial de fagos isolados
a partir de uma estação de efluentes frente a bactérias patogênicas, para tanto, foi
usada a técnica da placa viral contra as bactérias Escherichia coli, Serratia
marcescens, Proteus mirabilis, Salmonella Enteritidis, Salmonella Typhi,
Enterobacter aerogenes e Klebsiella pneumoniae. Os resultados indicaram a
presença de bacteriófagos líticos, os quais se mantiveram viáveis por 45 dias a 5°C
mostrando-se promissores candidatos para o controle de bactérias patogênicas em
diferentes campos de aplicação.

Um dos patógenos humanos que tem desenvolvido grande resistência aos


antibióticos é o Staphylococcus aureus, o qual na atualidade é resistente a meticilina
(MRSA), constituindo-se como um sério problema, pelo qual dito patógeno se tem
convertido em objeto de pesquisa, TAMARIZ et al., (2014) na sua pesquisa avaliou
a atividade dos bacteriófagos frente a infecções localizadas e sistêmicas produzidas
por Staphylococcus aureus resistente a meticilina, para o qual fez uso de 45 ratos,
realizou um isolamento de fagos dos quais selecionou aqueles que apresentaram
melhor capacidade lítica e finalmente provou a efetividade de três esquemas
terapêuticos: monoterapia, coquetel de fagos em uma e em multiplex doses. A
atividade terapêutica dos fagos foi comparada frente à vancomicina e clindamicina.
Seus resultados apresentaram que a terapia e o coquetel a diferentes doses foram
efetivos para prevenir e controlar infecções localizadas por MRSA, mostrando
atividade similar à da vancomicina e clindamicina, pelo que a fagoterapia projeta-se
como uma alternativa viável frente a infecções causadas por MRSA.

Outro patógeno que vem apresentando-se como um grande problema devido à


limitada efetividade das medidas do seu controle é a Salmonella entérica serotipo
Enteritidis (SE) que continua sendo um importante enteropatógeno para a indústria
avícola e para a saúde pública. Os bacteriófagos líticos têm mostrado um uso
potencial como biocontroladores de SE em aves, Borie et al., (2011) no seu estudo
testou a efetividade do uso de fagos para o controle da colonização de SE no trato
intestinal e reprodutivo de galinhas de postura, as quais foram tratadas com uma
mistura de três bacteriófagos (1011 UFB/doses/fago) e desafiadas com 2,4*108 UFC
de SE 24 horas pós-tratamento, para ser analisadas 10 dias depois do tratamento,
obtendo nos seus resultados que nos tecidos reprodutivos, a administração de fagos
não diminuiu a incidência de infecção mas foi capaz de reduzir levemente os
recontos de SE em ovário mas não em oviducto, pelo que se sugerem maiores
esforços para dilucidar a real contribuição dos bacteriófagos como biocontroladores
de SE em galinhas de postura.

Agriculture
Os fagos podem ser usados como depredadores de plagas (bacterias), que se
encontram em associação com plantas, fungos ou seus produtos. O
biocontrole de fagos em patógenos de plantas tem sido tratado com sucesso
contra Xanthomonas pruni, associada a manchas em pêssegos, também tem
sido usado contra infecções de repolho e pimentos. Mesmo assim, os fagos
também têm mostrado grande eficiência ao ser usados para o controle de
Ralstonia solanacearum do tabaco, pois é a principal responsável da murcha
bacteriana do mesmo, causando grandes perdidas em decorrência de doenças
pela murcha bacteriana de muitas lavouras de tabaco. (Yabuuchi et al., 1995;
Carvalho et al., 2012). Os fagos têm sido empregados com grande sucesso
contra Xanthomonas campestris que é responsável pelas manchas no
tomate.

Uma grande preocupação na agricultura é o fato do que produtos como são as frutas
e verduras não podem ser processados com a finalidade de destruir qualquer
patógeno para após ser comercializado, pelo que a fagoterapia torna-se
interessante, amostrando-se como uma alternativa de solução a esse problema.
O controle de patógenos a traves de fagos é uma intervenção não térmica pela
qual o crescimento de organismos não benéficos pode ser reduzido, como por
exemplo, o uso de fagos pode reduzir em grande medida a proliferação da
Listeria monocytogenes em frutas frescas, diminuindo assim, as doenças que
possam ser ocasionadas ao consumidor pela transmissão de dita bactéria.

Os avanços para aplicação de fagos na agricultura foram grandes com a


aprovação pela “US Environmental Protection Agency” do produto
comercial “Agriphage” para o controle de bactéria patogênica em
ambientes. AgriPhage é um produto seletivo, seguro e não-tóxico para as
plantas, animais, seres humanos. O produto não acumula no solo, não
danifica o equipamento e não reage, nem é inibido com outros produtos
químicos. AgriPhage é comercializado de forma líquida concentrada, pronta
para diluir.
PERSPECTIVAS

Os bacteriófagos têm demostrado ser ferramentas valiosas na luta da humanidade


e dos animais contra diversas doenças, e requerem um enfoque multidimensional.
No entanto, a utilidade dos bacteriófagos nos paradigmas da genética e da
bioquímica está muito distante das expetativas.

Curiosamente, os fagos têm o potencial para controlas os patógenos zoonoticos,


pelo que eles se amostram como grandes promissórios para demostrar que estão
como alternativas valiosas aos antimicrobianos tradicionais. A prevenção e
tratamento de infecções e lesões, junto com questões da seguridade alimentar pela
fagoterapia podem ser fatíveis na pratica no futuro muito perto. A fagoterapia em
particular é uma terapia revitalizada muito promissora e que requer um enfoque
avanzado para provar sua eficiência nos casos de infecções bacterianas diferentes.

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