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Diante disso outros estudos foram realizados até levar ao descobrimento oficial dos
bacteriófagos por D´ Herelle quem reportou um tratamento contra plagas utilizando
fagos antipestosos, obtendo resultados positivos, o que levou a despertar o
interesse pela terapia de fagos. Embora, mais tarde em países do Oeste o conceito
de fagoterapia morreu devido à aparição dos antibióticos (UL Haq et al., 2012), mas
hoje dia é aceito que a razão principal pela qual o uso terapêutico de fagos perdeu
seu interesse foi que nesse momento não se tinha disposição de tecnologia
adequada para o tratamento racional das amostras que continham fagos, outros
problemas com os que se enfrentou a fagoterapia nesse momento foram: o
desconhecimento da biologia dos fagos pois se afirmou em algumas citas
bibliográficas que os mesmos eram proteínas de alto peso molecular que se
formavam a partir de um precursor originado no interior da bactéria, o desenho
errôneo de protocolos experimentais, a falta de controles adequados que puderam
demostrar que se empregavam fagos inteiramente líticos e não lisogênicos.
(SULAKVELIDZE, A. ET AL., 2001; LOPEZ, G., 2005; SEGUNDO A., ET AL., 2010)
O uso terapêutico dos fagos volta a ser interessante devido à aparição mundial de
cepas resistentes a múltiples fármacos (MDR) e o rápido desenvolvimento da
resistência aos antibióticos em animais e em seres humanos.
Durante a última década, os países desarrolhados têm mostrado tendência a
redução no uso de antibióticos nos animais devido a seus potenciais efeitos
perigosos sobre a população após do consumo de produtos pecuários (Dhama et
al., 2013a; Tiwari et al., 2014). Se tem uma série de informes da crescente
resistência aos antibióticos em patógenos animais de importância zoonotica, como
por exemplo, Campylobacter spp., Escherichia coli, Staphylococcus spp.,
Salmonella spp., entre outros patógenos bacterianos (Abhilash et al., 2009; Kumar
et al., 2010, 2012b; Tiwari et al., 2014). Essa relação tão estreita que existe com os
animais infetados é a fonte mais comum de transmissão dessas cepas
multirresistentes ao ser humano. (Kumar et al., 2011, 2012ª, b; Malik et al., 2012;
Singh et al., 2013; Tiwari et al., 2014).
Muitas são as pesquisas que têm sido desenvolvidas nos últimos anos que tem por
objetivo o uso da fagoterapia e que tem demostrado a eficiência da mesma. Dias et
al., (2013) no seu estudo tiveram como objetivo a obtenção de fagos como
tratamento para mastites, isolando e identificando as bactérias do leite de vacas
com mastites positiva, onde o gênero Staphylococcus foi o patógeno mais relevante.
Seus resultados apresentaram que os fagos isolados exibiam caraterísticas
interessantes para seu uso em fagoterapia, como por exemplo, um alto potencial
lítico, uma amplia faixa de hospedeiros, e termoestabilidade, favorecendo dessa
forma o seu uso no campo.
No outro estudo, SILVEIRA et al. (2014), foi avaliado o potencial de fagos isolados
a partir de uma estação de efluentes frente a bactérias patogênicas, para tanto, foi
usada a técnica da placa viral contra as bactérias Escherichia coli, Serratia
marcescens, Proteus mirabilis, Salmonella Enteritidis, Salmonella Typhi,
Enterobacter aerogenes e Klebsiella pneumoniae. Os resultados indicaram a
presença de bacteriófagos líticos, os quais se mantiveram viáveis por 45 dias a 5°C
mostrando-se promissores candidatos para o controle de bactérias patogênicas em
diferentes campos de aplicação.
Agriculture
Os fagos podem ser usados como depredadores de plagas (bacterias), que se
encontram em associação com plantas, fungos ou seus produtos. O
biocontrole de fagos em patógenos de plantas tem sido tratado com sucesso
contra Xanthomonas pruni, associada a manchas em pêssegos, também tem
sido usado contra infecções de repolho e pimentos. Mesmo assim, os fagos
também têm mostrado grande eficiência ao ser usados para o controle de
Ralstonia solanacearum do tabaco, pois é a principal responsável da murcha
bacteriana do mesmo, causando grandes perdidas em decorrência de doenças
pela murcha bacteriana de muitas lavouras de tabaco. (Yabuuchi et al., 1995;
Carvalho et al., 2012). Os fagos têm sido empregados com grande sucesso
contra Xanthomonas campestris que é responsável pelas manchas no
tomate.
Uma grande preocupação na agricultura é o fato do que produtos como são as frutas
e verduras não podem ser processados com a finalidade de destruir qualquer
patógeno para após ser comercializado, pelo que a fagoterapia torna-se
interessante, amostrando-se como uma alternativa de solução a esse problema.
O controle de patógenos a traves de fagos é uma intervenção não térmica pela
qual o crescimento de organismos não benéficos pode ser reduzido, como por
exemplo, o uso de fagos pode reduzir em grande medida a proliferação da
Listeria monocytogenes em frutas frescas, diminuindo assim, as doenças que
possam ser ocasionadas ao consumidor pela transmissão de dita bactéria.
REFERENCIAS
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SEGUNDO A., Nallelyt; HERNÁNDEZ B., Efrén; LÓPEZ V., Oliver; TORRES A.,
Oscar. Los bacteriófagos como una alternativa en el tratamiento de enfermedades
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