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1. INTRODUÇÃO
2. INQUÉRITO
3 LOPES JR., Aury. Direito Processual Penal e sua conformidade constitucional. Volume I, 8ª ed.
Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011.
4 PEREIRA, Eliomar da Silva. Teoria da Investigação Criminal. Coimbra: Almedina, 2011.
5 A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas
circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria.
6 NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução penal. 12. ed. rev., atual.
8 TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Manual de Processo Penal. 11 ed. Ver. e atual. São
Paulo: Saraiva, 2009.
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LOPES JR., Aury. Direito Processual Penal e sua conformidade constitucional. Volume I, 8ª
ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011.
Após toda a investigação da infração penal, o delegado deve realizar o
relatório, contendo todos os atos realizados que chegaram à conclusão, ou não,
da materialidade ou autoria do crime.
Apresentado o relatório, o promotor de justiça pode requerer novas
diligências, ou, se convencido dos indícios de autoria e materialidade, pode
oferecer denúncia. Se a denúncia for recebida pelo juiz competente, inicia-se a
ação penal, que tramita em conformidade com os princípios constitucionais.
Como regra geral, afirma Aury, pode-se dizer que “o valor dos
elementos coligidos no curso do inquérito policial somente servem para
fundamentar medidas de natureza endoprocedimental, e, no momento da
admissão da acusação, para justificar o processo ou o não processo”.10
O autor ainda afirma que:
3. PROVAS
Prova vem do latim probatio, probus, que significa correto, bom. Provar
deriva do verbo provare, que significa demonstrar a certeza de um fato ou a
verdade acerca do que se alega.12
A palavra prova passou a ser usada para designar tudo o que a ela diz
respeito, bem como o resultado do procedimento probatório, qual seja, o
convencimento do juiz.
A prova resume-se a todo meio que leva ao conhecimento do juiz, a
existência de um fato, que é descrito na denúncia ou na queixa e rebatido pela
defesa, usada para a determinação da verdade, diz Michele Taruffo: “a prova se
configura como uma técnica racional de confirmação de hipóteses que
10 LOPES JR., Aury. Direito Processual Penal e sua conformidade constitucional. Volume I, 8ª
ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011.
11 LOPES JR. Op. cit.
12 AQUINO, José Carlos G. Xavier de. A prova testemunhal no processo penal brasileiro. 4ª
13 TARUFFO, Michele. A prova. Tradução: João Gabriel Couto. 1ª ed. São Paulo: Marcial Pons,
2014, passim.
14 CARNELUTTI, Francesco. A prova civil. 4ª ed. Campinas: Bookseller, 2005. p. 227.
15 AQUINO, José Carlos G. Xavier de. A prova testemunhal no processo penal brasileiro. 4ª
2010. p. 31.
No processo penal, a prova testemunhal pode contribuir como
instrumento de pacificação de conflitos, já que intervém no equilíbrio entre o jus
puniendi e o jus libertatis.20
Conforme Mittermaier, frequentemente sucede de uma testemunha,
ainda que com toda a boa vontade do mundo, pretendendo aludir somente aos
fatos que efetivamente ocorreram e sob sincero juramento de falar somente a
verdade, afirmar ante o juiz fatos puramente imaginários ou produzidos pela
própria memória21.
Outras vezes a testemunha depõe na certeza de estar dizendo a
verdade, sem que o esteja, podendo também ser induzida a lembrar de algo que
não presenciou, como é o exemplo das falsas memórias.
A prova testemunhal deve ser tratada como subjetiva, diz Cristina Di
Gesu, a começar pelo fato dos relatos serem em primeira pessoa, parecendo
apenas ilusão sua objetividade.22
Carnelutti adverte que a prova testemunhal é um “male necessário”23,
pois existem erros intencionais e erros involuntários, os quais constituem o mais
grave perigo já que são mais difíceis de serem descobertos.24
A fonte oral, diz João Carlos Tedesco, é importante no esclarecimento
das trajetórias individuais e dos fatos históricos25, e ao narrar, "a memória se faz
ação, porém uma ação contextualizada, passível de modificação pela própria
ação."26
Segundo Jacques Le Goff, a narrativa é "um relato aberto, não um mero
recordar, mas um horizonte do refazer, da invenção, passa a ser uma
experiência."27
A subjetividade e a oralidade são elementos constitutivos da prova
testemunhal, bem como o conjunto de intenções, conscientes ou não, que
selecionam e relatam o que consideram importante28.
Para que seja sólida, a testemunha deve ser desinteressada dos fatos,
pois todas as relações da testemunha com o autor ou réu podem afetar seu
testemunho e sua imparcialidade.
Devido às circunstâncias ou motivações pessoais, oriundas da memória,
da intenção testemunhal consciente ou da própria oratória, altamente
20 NORONHA, E. Magalhães. Curso de Direito Processual Penal. São Paulo: Saraiva, 2002.
p. 148.
21 MITTERMAIER, C. J. A. Tratado da prova em matéria criminal. Tradução de Herbert Wüntzel
2010. p. 94.
23 “Mal necessário”.
24 CARNELUTTI, Francesco. La critica dela testimonianza. Rivista di Diritto Processuale Civile,
cit. 6:172-3, n. 3 e 4.
25 TEDESCO, João Carlos. Nas cercanias da memória: temporalidade, experiência e narração.
29 SEGER, Mariana da Fonseca; LOPES JUNIOR, Aury. Prova Testemunhal e Processo Penal:
A fragilidade do relato a partir da análise da subjetividade perceptiva e do fenômeno das falsas
memórias.
30 NORONHA, E. Magalhães. Curso de Direito Processual Penal. São Paulo: Saraiva, 2002.
p. 148.
31 TEIXEIRA FILHO, Manoel Antonio. A prova no processo do trabalho. 7ª ed. rev. e ampl. São
4. CONCLUSÃO
Com efeito
O transcurso do tempo é fundamental ao esquecimento, pois além de
os detalhes dos acontecimentos desvanecerem-se no tempo, a forma
de retenção da memória é bastante complexa. (...) Compreendemos
que a aceleração e o ritmo de uma sociedade complexa influem na
formação da memória, pois a velocidade dos acontecimentos, muitas
vezes, não permite que os fatos sejam fixados na memória, a qual
requer tempo para a consolidação e posterior evocação. 34
33 DALMAZ, Carla e NETTO, Carlos Alexandre. A memória. Ciência e Cultura, vol. 56, nº 1. São
Paulo, Jan./Mar. 2004.
34 GIACOMOLLI, Nereu José. Reformas (?) do Processo Penal: Considerações críticas. Rio de
processo penal: em busca da redução de danos. Revista de Estudos Criminais 25, Set
2014, p. 59.
5. REFERÊNCIAS
RANGEL, Paulo. Direito processual penal. 13.ed. rev., ampl. e atual. Rio de
Janeiro: Lumen Juris, 2007.
SEGER, Mariana da Fonseca; LOPES JUNIOR, Aury. Prova Testemunhal e
Processo Penal: A fragilidade do relato a partir da análise da subjetividade
perceptiva e do fenômeno das falsas memórias. Disponível em:
http://www3.pucrs.br/pucrs/files/uni/poa/direito/graduacao/tcc/tcc2/trabalhos201
2_2/mariana_seger.pdf. Acesso em: 18/05/2017.