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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO
INTRODUÇÃO AO MARKETING
PROFESSORA TENIZA

ESTUDO DE CASO 2

CIRQUE DU SOLEIL

MARIANNE NUNES
ADILSON ASTIR LENZ
DIEGO A. R. SCHEID

PORTO ALEGRE, 2017


1. Apresentação da empresa
A origem do Cirque du Soleil remonta à pequena cidade de Baie-Saint-Paul,
próxima a Quebec, no Canadá, no início dos anos 80. Conforme a página oficial do circo afirma,
ali artistas coloridos de rua, usando pernas-de-pau, faziam malabarismos, dançavam, engoliam
fogo e tocavam músicas. Entre eles estava Guy Laliberté, que, mais tarde, fundaria o Cirque du
Soleil e que hoje ainda detém dez por cento das ações do grupo.
A seguir apresentamos um breve histórico pretendendo desse modo oferecer uma
visão geral do desenvolvimento e crescimento do Cirque du Soleil.
Em 1982, o grupo de artistas que andava pelas ruas de Baie-Saint-Paul organizou
um evento cultural que reunia demais artistas de outros lugares. O evento logrou sucesso de
modo que repetiu em 1983 e 1984.
Em 1984, por ocasião dos 450 anos da descoberta do Canadá, Quebec levou um
show a toda província e lá estava Guy Laliberté, que apresentou a proposta de um show
chamado Cirque du Soleil. Ele convenceu os organizadores e, com o apoio do governo de
Quebec, os artistas iniciam as apresentações na cidade e após para dez cidades da província. De
1984 a 1985 o Cirque du Soleil solidifica suas apresentações em outras províncias e chega até
Vancouver, da mesma maneira que avança do espaço inicial de 800 para cerca de 1500
espectadores.
Renovando os espetáculos e sempre conquistando o público em 1987 a cidade de
Los Angeles é alcançada e nos anos seguintes demais cidades dos EUA. Em Montreal, em 1990,
o espaço para espectadores é ampliado para 2500 lugares e no mesmo ano o Cirque de Soleil
chega à Europa. O Cirque mantém vários grupos que faziam espetáculos diferentes em diversos
locais.
Em 1992, o Cirque segue se expandindo e atinge o Japão, concomitantemente com
a Europa e América do Norte. Nos anos seguintes, novos locais são atingidos sempre com novos
espetáculos, como por exemplo: Alegría, Saltimbanco e Dralion.
Em 1998, o Cirque promove a sua primeira produção aquática chamada “O” em las
Vegas e como o próprio grupo define como marco que o torna reconhecido internacionalmente.
Já em 2002, a divisão de multimídia do Cirque produz sua primeira série de televisão, o Cirque
du Soleil Fire Within, para o mercado de televisão canadense e americano.
Vários eventos marcaram o ano de 2004, por ocasião dos vinte anos de existência
do Cirque de Soleil, entre eles o lançamento do livro “20 Years Under the Sun” que retrata em
pormenores a história do grupo de artistas.
O ano de 2008 é excepcional para o grupo pois nele são estabelecidos três
espetáculos permanentes: na China, no Japão e em Las Vegas. O ano seguinte marca vinte e
cinco anos da criação e com ele, igualmente, é lançada a 25ª produção do Cirque: OVO.
Entre novas produções nos anos seguintes, a empresa lança uma permanente em
Las Vegas com a temática envolvido Elvis Presley. Destaca-se ainda que em novembro de 2010,
o fundador principal do Cirque de Soleil, Guy Laliberté recebeu uma estrela no Hollywood
Walk of Fame.
Conforme noticiado pela Revista Época Negócios – versão online – em 16/12/2014
estima-se que seu faturamento anual aproximado seja de US$ 1 bilhão, empregando cerca de 5
mil pessoas ao redor do mundo. A companhia mantém espetáculos permanentes, como por
exemplo em Las Vegas e Orlando, bem como excursões mundiais que eventualmente chegam
a terras tupiniquins.

2. Descrição sintética do caso


A Revista Época Negócios (Setembro/2017) aborda sobre a mudança dos
controladores do Cirque du Soleil, que até 2015 tinha Guy Laliberté, um dos principais
fundadores do circo, como principal acionista. Com a mudança ocorrida, Guy detém atualmente
apenas 10% de participação no negócio.
O presidente da companhia, Daniel Lamarre, tem a tarefa de captar novas frentes
de negócios, aumentar lucros e diminuir custos, ao mesmo tempo que mantém viva e ativa a
concepção original do negócio: criatividade e inovação.
Hoje os grandes investidores do Cirque du Soleil são oriundos do Vale do Silício,
na Califórnia, e da China. Destaque para o grupo californiano TPG, principal controlador do
grupo, que possui 60% das ações.
O caso procurar abordar os impactos na estrutura controladora da empresa aliado
aos desafios inevitáveis, sem, contudo, ao mesmo tempo, nas palavras de Lamarre, “perder a
essência, ou seja, a ousadia e criatividade do mundo do Cirque”.

3. Desafios do caso
Resta evidente que o caso comporta determinados desafios, tendo em vista a
expressiva mudança no controle majoritário da companhia circense. A seguir elencamos os
principais desafios do Cirque du Soleil nesta nova etapa.
O principal deles é indicado pelo próprio presidente, Lamarre. A empresa
canadense possui o desafio de se renovar constantemente em relação aos espetáculos. A
assiduidade do espectador deve ser motivada pela surpresa ao ir a uma nova produção e, assim,
se a motivação é constante o objetivo deste desafio é atingido. Caso contrário, se o espectador
não se motivar a ir a um novo espetáculo é porque o ingrediente inovação e surpresa não está
mais presente. Neste caso, entendemos como grupo que até o momento a expectativa do público
em ser surpreendido tem sido atingida dado o amplo sucesso mundial alcançado pela companhia
ao longo de toda sua história.
Aliado ao desafio anterior e considerando os novos controladores majoritários
(chineses e californianos) nasce um novo desafio. Uma vez que a visão do Vale do Silício é
moderna e acelerada e que visão oriental é tradicional e seu mercado é vasto, o Cirque tem o
grande desafio de conciliar tais fatos com a essência que sempre o marcou: ousadia e
criatividade. Desde seu surgimento ele sempre foi amparado por grandiosos processos
inovadores e criativos, o que não pode ser negligenciados pelos novos controladores. Neste
aspecto, segundo Louis Leroux, diretor do grupo de pesquisa sobre circo de Montreal, “boa
parte da mística original e do papel da liderança exercido por décadas por Laliberté ficou
comprometido com a nova configuração da empresa”. Sem dúvida, cabe unir todas as
características apontadas, que individualmente são valiosas, em um interesse único, mantendo
assim a senda de êxito até aqui trilhada.
Entendemos que outro desafio está no fato de se estabelecer com maior ênfase em
território chinês. A chinesa Fosun possui 20% de participação do Cirque. Conforme Lamarre
afirma, a China “sozinha pode mudar o tamanho desta companhia”. Claro que isto está ligação
ao imenso contingente populacional existente. A empresa canadense pretende no máximo em
dois anos criar um espetáculo permanente em Guangzhou. O desafio está em compreender o
mercado chinês e sua cultura diferenciada à ocidental bem como em promover inovações em
um local com vasta tradição circense e assim conquistar o público. Pretendendo crescer na
China, o Cirque certamente deverá possuir nova dose de criatividade, além daquela que já
apresenta, e ainda, conforme Leroux, “oferecer aos chineses experiências feitas sob medida
para eles, e não somente versões dos shows americanos”.

4. Questões propostas
1. Analisando a história da empresa e suas características, aponte os fatores que contribuem
para o sucesso do negócio - um circo que fatura U$ 1 bilhão ao ano?
- experiência criativa e operacional combinada com dinheiro: “Se tiver um grande show, tema
um grande negócio...”
- busca por inovação
- novas tecnologias e propostas de novos formatos
- criação de espetáculos surpreendentes
-pesquisa desenvolvimento e análise de riscos
- recrutar e treinar as pessoas certas
- motivação e inspiração dos artistas
-análise da viabilidade dos projetos
-precisão e controle de custos da produção
-captação passiva e ativa de artistas
-desempenho e segurança dos artistas

2. O fundador detém hoje 10% do negócio. O texto sugere que a presença dos sócios pode
impactar na gestão estratégica do Cirque du Soleil. Considerando a preocupação com a
rentabilidade dos sócios, devem ser implementadas mudanças pela empresa? Se sim, quais?
Justifique a resposta.

Sim, a combinação ousada entre o dinheiro e a arte, sem perder sua essência, e com isso,
vislumbrar uma gestão inovadora capaz de gerenciar criatividade e inovação transformando em
lucro.

3. No artigo, há a informação de que o plano de expansão para que o Cirque dobre de


tamanho em 5 anos já está desenhado. No texto, são discutidas iniciativas relacionadas à
estratégia de crescimento em curso. Faça uma avaliação destas iniciativas. Que riscos estão
associados a esta estratégia? O que poderia ser implementado adicionalmente?

- Na abertura de novos mercados, o risco é a expansão do mercado se tornar fora de controle


ou ocasionar aumento de custos para gerenciar suas operações, já que a aquisição de novas
estruturas, empresas e novas tecnologias estão fora do plano de negócios atual da empresa.
Entretanto, usufruir de novos modelos de negócio também podem ajudar a internacionalização
da empresa em curto prazo, como almejam os novos investidores.
- Inovar sem perder a essência, outro risco eminente com a entrada de novos investidores que
apreciam o negócio como gerador de lucro, além do “engessamento” da burocracia corporativa.
Contudo, são ações necessárias, pois por mais que seja produzido arte é necessário uma gestão
organizacional que seja rentável para a empresa, para garantir sua funcionalidade e mater suas
instalações, assim como, seus colaboradores.
- Seleção de talentos, risco de demanda, ocasionando um rotatividade alta dos artistas e gerando
um alto custo para produção e treinamento. Já há um processo implantado para selecionar
grandes talentos e instalações com outros em desenvolvimento.
-Estrutura vertical, risco de desempenho e segurança, produção totalmente voltada para não
haver falha técnica ou humana no show causado por um detalhe não observado no
desenvolvimento do figurino, equipamento, etc.

CONCLUSÃO DO CASO

O Cirque apesar de oferecer entretenimento e trabalhar com a percepção das pessoas,


através dos seus shows e sua magia, é uma grande empresa e necessita de ações que tragam
retornos financeiros tanto para acionistas quanto colaboradores, para assim poder financiar sua
estrutura organizacional e seu plano de negócios. Sendo assim, uma frase citada pelo CEO do
Cirque no final da reportagem resume como esta aliança se dá e faz com que a empresa siga em
frente dos negócios, sustentando a ambição dos seus gestores:

“É preciso gostar de artistas e criadores, entender que eles têm ideias doidas e
precisam de liberdade criativa. Você precisa ser sensível às emoções e paixões deles e
oferecer as condições certas para que possam empurrar as fronteiras da criatividade e
surpreender”.
REFERÊNCIAS

https://www.cirquedusoleil.com/pt/press/kits/corporate/cirque-du-
soleil/history.aspx?scrollsection=showWrapper. Acesso em 18/11/17.

http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Visao/noticia/2014/12/licoes-de-negocios-do-cirque-de-
soleil.html. Acesso em 18/11/17.

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