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Cildo aponta o seu interesse por livrar-se do culto da arte enquanto objeto puro.
Para ele, a arte deveria existir "em fun��o do que podiam provocar no corpo social
(...) a partir da necessidade de criar um sistema de circula��o, de interc�mbio de
informa��es, que n�o dependesse de nenhum controle centralizado".
O objetivo era minar o controle das informa��es pelos �rg�os do poder (TV, r�dio,
Imprensa), fazendo circular informa��es que nesses �rg�os seriam censuradas.
Tratava-se, na verdade, de se criar uma rede de contra-informa��es.
Negando tamb�m a ideia de que a arte se baseia numa m�stica do autor ou do mercado,
a exig�ncia era de que a obra s� existe na medida em que outras pessoas tamb�m a
praticassem.
O que interessa na escolha dos materiais, diz Ciro, � que sejam invadidos por
significados externos que contaminem a obra com as tens�es do mundo. A m�xima
reprodutibilidade da obra lhe d� um car�ter n�o autoral, ou seja, o fato da obra
poder ser refeita por qualquer pessoa mergulha-a no dom�nio p�blico. � que
retirando seu poder de autoria, aumenta-se seu poder de circula��o.