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SISTEMA TEOLÓGICO

E FILOSOFIA PESSOAL DE MINISTÉRIO

Por

Cardoso Mente

Sistema Teológico apresentada em cumprimento às exigências da disciplina


De
Pesquisa Avançada (GE 530)

IBP/ESETE
St. Antão do Tojal
22/03/2018
INDICE

Introdução ........................................................................................................................1
A revelação de Deus.........................................................................................................2
Revelação Geral ............................................................................................................ 2
Revelação Particular (especial) .................................................................................... 3
A autoridade das Escrituras .......................................................................................... 3
A inerrância das Escrituras ........................................................................................... 4
Teontologia .......................................................................................................................5
Trindade ........................................................................................................................ 5
Atributos incomunicáveis ............................................................................................. 5
Atributos Comunicáveis ............................................................................................... 6
A Criação ...................................................................................................................... 6
Anjos, Satanás e os Demónios...................................................................................... 6
Cristologia ........................................................................................................................8
Natureza Humana ......................................................................................................... 8
Natureza Divina ............................................................................................................ 8
União Hipostática ......................................................................................................... 8
O seu ensino ................................................................................................................. 8
Missão de Cristo ........................................................................................................... 8
Sua Ressurreição e Ascensão ....................................................................................... 8
Pneumatologia..................................................................................................................9
Natureza do Espirito Santo ........................................................................................... 9
Obra do Espirito Santo ................................................................................................. 9
Dons do Espírito Santo ................................................................................................. 9
O Espírito Santo e a Missão de Deus ........................................................................... 9
Antropologia ..................................................................................................................10
Natureza do Homem ................................................................................................... 10
Pecado ......................................................................................................................... 10
Soteriologia .....................................................................................................................11
Conversão ................................................................................................................... 11
Justificação ................................................................................................................. 11
Santificação ................................................................................................................ 11
Glorificação ................................................................................................................ 11
Eclesiologia .....................................................................................................................12
Natureza e propósito da Igreja .................................................................................... 12
Ordenanças ................................................................................................................. 12
Governo da Igreja ....................................................................................................... 12
Missão da Igreja ......................................................................................................... 12
Escatologia......................................................................................................................13
A volta de Cristo ......................................................................................................... 13
Milénio ....................................................................................................................... 13
Novos céus e nova Terra ............................................................................................ 13
Estado Eterno: vida eterna e inferno .......................................................................... 13
Bibliografia.....................................................................................................................14
Introdução

Vivemos num mundo cada vez mais governado pelo relativismo, onde não existem
verdade absolutas e qualquer sombra disso é melindrado pelas pessoas e visto com maus
olhos pela maioria. Numa realidade em que o Cristianismo esta constantemente a ser
ameaçado pelo paganismo, e pelas influências externas. No meu contexto particular,
como Pastor numa congregação de expressão africana lutamos contra o sincretismo
religioso, a mistura de crendices e praticas animista com a fé Cristã, que desviam
muitos fiéis da sã doutrina e os arremessam para o secularismo e para a apostasia. Isto
fora as seitas que rapidamente crescem e se alastram pelo País (Portugal) e pelo mundo
em geral, saqueando crentes fiéis das Igrejas Bíblicas para suas congregações.
Por isso mais urgente do que nunca é voltarmos para as escrituras, seguindo o
exemplo dos reformadores e reavaliarmos nossas convicções à luz das escrituras
sagradas para podermos combater estas tendências pregando e ensinando a sã doutrina.
Pois a Bíblia é nossa único e suficiente fonte de doutrina e regra de fé, de onde
formulamos toda a nossa teologia, doutrina e ética. Por isso este trabalho visa fazer um
estudo e uma exposição sintética e resumida das principais doutrinas Bíblicas,
fundamentado nas escrituras e recorrendo também a ajuda de autores que ao longo de
anos têm meditado e estudado nestes temas.
Irei, portanto, desenvolver a doutrina da revelação de Deus, onde explicarei de que
maneiras Deus ao longo da história se revelou ao mundo e também a autoridade e
inerrância da Biblia sagrada. Falarei também sobre a doutrina da Teontologia
explicando a natureza e atributos de Deus, a Cristologia, examinando a pessoa de Jesus
em suas várias naturezas, o seu ensino, missão, ressurreição e ascensão. Depois falarei
da Pneumatologia, tratando da natureza, obra e missão dos Espírito Santo, e da
Antropologia, onde tratarei da questão da natureza homem e da sua queda.
Seguidamente abordarei a doutrina da soteriologia, falando da salvação e seus
processos, nomeadamente a conversão, justificação, Santificação, Glorificação, e a
doutrina da Eclesiologia, explicando o que é Igreja, qual o seu propósito, as ordenanças,
o governo e a missão dela. Finalmente o ultimo tema a ser tratado é a doutrina da
escatologia, onde vou falar da volta de Cristo, do Milénio, dos novos céus e nova terra e
do estado eterno.

1
A revelação de Deus

Revelação Geral

A revelação geral de Deus diz respeito à forma como Deus voluntariamente, e de


forma geral se revelou à humanidade através da natureza, ou das coisas criadas por ele.
Pois de outro modo seria impossível conhecer a Deus, pois sendo ele infinito e nós seres
finitos, dependemos sempre de uma iniciativa auto-revelativa de Deus para conhecê-lo.
Apesar de que na revelação geral este conhecimento não é específico, detalhado e nem
exaustivo. Esta revelação é Universal ou geral porque é Deus comunicando-se a respeito
de si mesmo a todas as pessoas, de todos os tempos e de todos os lugares1.
Deste modo, na revelação geral Deus se auto-revela de três formas, na natureza física,
na personalidade do homem e na história. As escrituras ensinam que Deus se revela na
natureza física quando o salmista diz: “Os céus declaram a glória de Deus; o
firmamento proclama a obra das suas mãos.” (Salmos 19:1). A palavra “proclamam”
(sâphar ‫ )סָ פַ ר‬quer dizer falar ou contar, ou seja, os céus e a natureza contam acerca do
seu criador (Deus), e anunciam sua existência. O Apóstolo Paulo também diz: “Pois
desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua
natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas
criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis” (Rm 1:20). E expressão original
grega aqui usava para “coisas criadas” é “ποίημα” (poiē ma), de onde advém a palavra
em português “poema”, demonstrando então que a natureza é de facto o “poema” de
Deus. Por meio da natureza, Deus expressa seu ser, sua glória e majestade, de tal
maneira que seus atributos ficam evidenciados e refletidos nas coisas criadas por Ele (Sl
97:6. Deus deixa suas impressões digitais na natureza física, tonando-se assim possível
a qualquer pessoa, em qualquer época ou momento perceber sua existência, e a clara
perceção de um Design inteligente por detrás de toda a criação (Jó 12:7-9).
Na revelação geral Deus também se revela na personalidade humana, na medida em
que o homem, em sua natureza e estrutura demonstra ser um ser moral e espiritual. A
Bíblia afirma que o homem foi feito a imagem e semelhança de Deus (Gn 1:26), no
hebraico “tselem e demuth” (no latim Imago Dei). O que significa que o homem é a
suprema criação de Deus, na medida em que reflete os atributos comunicáveis de Deus,
como a racionalidade e a moralidade, ou seja, a capacidade de pensar, raciocinar, criar
coisas inteligentemente e discernir o bem do mal. Todas as invenções e criações do
homem, a nível da tecnologia, das artes, da música, das ciências são um reflexo desta
inteligência e racionalidade que possuímos, que é claramente notória. A moralidade do
homem é transcendental, pois esta embutida na própria consciência humana desde sua
criação, o que torna evidente a Acão de um ser superior na formação do ser humano
(Rm 2:14-16). Além disso existe dentro do ser humano, independentemente da cultura,
da época e do local um sentido espiritual, uma natureza religiosa, a consciência da
existência de um ser superior e duma realidade superior e transcendental. Até os mais
céticos quanto a existência de um ser superior nas horas de grande aflição e angústia
olham para cima e gritam pelo socorro e amparo de Deus. Como diz Franklin Ferreira

1
ERICKSON, MILLARD. Introdução a Teologia Sistemática, p.41

2
“Existe “terreno comum” entre o descrente e o crente, porque todos têm em comum
este conhecimento de Deus.”2 , e eu concordo, pois, este conhecimento não é exclusivo
aos Cristãos, mas é Universal.
Na revelação geral Deus também se revela na história, através dos factos importantes
e notórios ocorridos nos povos e nações ao longo da história da humanidade (Dn 4:17),
especialmente através da nação Hebreia (Sl 78). Como diz Norman Geisler “A história
são as pegadas de Deus nas areias do tempo”3, pois ao longo dela podemos ver as
ações de Deus, que sinalizam a sua existência.

Revelação Particular (especial)

A revelação particular ou especial de Deus é forma como Deus, de forma específica e


clara se revelou ao mundo e à humanidade. É a revelação sobrenatural de Deus por meio
do qual Deus revela sua personalidade, carácter, sua vontade e seu plano de salvação
para toda a humanidade. Pois a revelação geral é parcial, e insuficiente para permitir ao
homem um conhecimento mais profundo de Deus, e incapaz de indicar ao homem o
caminho para a salvação e para um relacionamento pessoal com este Deus. Deste modo
Deus se revelou particularmente ao mundo através dos profetas (Gênesis 3:8; 18:1;
Êxodo 3:1-4; 34:5-7), de eventos históricos, de sonhos (Gênesis 28:12; 37:5; 1 Reis 3:5;
Daniel 2), de visões (Gênesis 15:1; Ezequiel 8:3-4; Daniel capítulo 7; 2 Coríntios 12:1-
7), da lei de Moisés, dos apóstolos, e principalmente da pessoa de Jesus Cristo, que é a
revelação suprema e final de Deus. E esta revelação foi registrada na Sua palavra que é
a Bíblia.
Por isso o texto bíblico diz o seguinte: “Há muito tempo Deus falou muitas vezes e de
várias maneiras aos nossos antepassados por meio dos profetas, mas nestes últimos
dias falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e por
meio de quem fez o universo.” (Hebreus 1:1-2). Deste modo fica claro que Deus no
passado comunicou-se de várias maneiras e através de várias pessoas, mas agora, a
revelação especial recebeu sua forma permanente nas Escrituras do Antigo e Novo
Testamento. Portanto as atualmente as escrituras sagradas são o único meio de
conhecimento específico de Deus, incluindo seu carácter, seus atributos, sua vontade e
seu plano de salvação. Pois como diz a própria escritura: “Toda a Escritura é inspirada
por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução
na justiça” (2 Tm 3:16). E a palavra “inspirada” no grego original “theopneustos
θεόπνευστος” significa literalmente “soprada” por Deus, enfatizando a ideia de que
Deus é o autor da bíblia. Portanto foi Deus quem conduziu, usou e inspirou homens,
com suas personalidades e estilos para registar sua vontade nas sagradas escrituras.
Mas a suprema de revelação de Deus é a pessoa de Jesus Cristo, porque, Cristo é Deus
encarnado (Jo 1:1, 14).

A autoridade das Escrituras

Conforme já foi mencionando no tópico anterior, a bíblia ensina que toda a escritura é
sobrenaturalmente inspirada por Deus, através do Espírito Santo, e não apenas parte
dela, mas “toda”, incluindo as escrituras do antigo testamento, bem como as do novo
testamento (2 Tm 3:16-17; 2Pedro 1:20-21). Se toda a Escritura é a Palavra inspirada de
Deus logo é a palavra de Deus, e qualquer desobediência e negação a ela, implica numa

2
FERREIRA, FRANKLIM. Teologia Sistemática, p.23
3
GEISLER, NORMAN. Teologia Sistemática, p.62

3
negação direta ao próprio Deus. No antigo testamento também fica evidente a natureza
divina da palavra de Deus através das profecias, que eram recetores da mensagens e
oráculos de Deus para o seu povo (Nm 22:38; Jr 1:9; 14:14; Dt 18:18-20; Ez 2:7; 1Rs
14:18; 16:12; Zc 7:7-12).
Por isso a autoridade das escrituras assenta exatamente no facto de ela ter o cunho e
inspiração de Deus, por intermédio do Espírito Santo, por isso, é única regra de fé para
o Cristão e por isso serve de bússola e mapa na vida do Cristão. Para além disso
Grudem afirma que: “é útil para nós aprendermos que a Bíblia é historicamente
precisa, internamente coerente, que contém profecias que foram cumpridas centenas de
anos mais tarde, que influenciou o curso da história humana mais do que qualquer
outro livro, que continua a mudar a vida de milhões de indivíduos ao longo de toda a
história”4. Ou seja, não podemos deixar de considerar outros vários fatores que
corroboram com a tese de que a Bíblia é a palavra de Deus, como as inúmeras profecias
cumpridas em Cristo, como na sua morte (Isaías 53). A acurácia histórica em vários
elementos arqueológicos que ao longo dos anos têm sido descobertos e confirmados as
narrativas Bíblicas, as recentes descobertas cientificas que não estão em contradição
com a Bíblia e finalmente as vidas que continuam a ser impactadas e mudadas por este
livro.

A inerrância das Escrituras

Como a escritura sagrada é plena de autoridade, por ser literalmente inspirada por
Deus, cremos que ela é infalível e que não contém erros, não negando, no entanto, o
facto de ela possuir um lado humano, pois foi escrita através de homens. No entanto
seus manuscritos originais não contêm erros (teológicos, textuais, históricos ou
científicos), o que claro não se pode afirmar taxativamente com relação às suas cópias.
A própria escritura afirma “A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho
do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos símplices.” (Sl 19:7) e “As palavras do Senhor são
palavras puras, como prata refinada em fornalha de barro, purificada sete vezes.” (Sl
12:6). Fica evidente pelas escrituras que a palavra de Deus é perfeita e pura e por tanto
infalível, correta e verdadeira, não podendo na sua originalidade conter erros.

4
GRUDEN, Wayne. Teologia Sistemática, p.37

4
Teontologia
Trindade

O termo (trindade) é usado para denotar a doutrina cristã de que Deus existe como
uma unidade de três pessoas distintas, Pai, Filho e Espírito Santo. E isto implica num
monoteísmo rigoroso segundo o qual um ser conhecido como Deus existe eternamente
em si mesmo em todo o universo e nunca muda (Isaías 43:10; 44: 6,8). Como o próprio
Shemá afirma “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.” (Dt 6:4), bem
como no novo testamento a Bíblia afirma “Porque há um só Deus, e um só Mediador
entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (1 Tm 2:5), reforçando a existência de
um só Deus. Portanto, é importante enfatizar que a doutrina da Trindade não é
politeísta, como afirmam alguns grupos religiosos, como as testemunhas de Jeová, pois
esta doutrina assenta em três verdades: Deus é três pessoas, cada uma dessas pessoas é
divina e existe apenas um Deus. Mas cada uma dessas pessoas é distinta das demais,
partilhando, no entanto da mesma essência que as demais. Em outras palavras, cada uma
é totalmente divina por natureza, mas nenhuma é a Trindade sozinha. O Pai é uma
pessoa diferente do Filho, que é ele mesmo uma pessoa diferente do Espírito Santo, que
é ele próprio uma pessoa diferente do Pai. Cada pessoa é divina, mas não há três deuses,
mas um só Deus. Os três são coiguais, consubstanciais e coeternos, na medida em que
partilharam plenamente de toda a plenitude da divindade e dos mesmos atributos. Não
existe antagonia, ciúmes ou tomada de partidos porque as três pessoas são Deus, e o
louvor de um glorifica sempre o outro. Também os três têm papeis diferentes no plano
de salvação, pois o Pai envio o filho, o filho paga o preço do pecado e o Espírito Santo
regenera e santifica os salvos, e a esta fenómeno chama Franklim Ferreira de a trindade
econômica5
E esta doutrina não somente é sustentada pelo novo testamento, como também pelo
antigo testamento, pois logo nos primeiros capítulos do livro de Genesis no ato de
criação Deus fala pluralmente “façamos” (Gn 1:26) “nós” (Gn 3:22; Is 6:8) e
“desçamos” (Gn 11:7), falando sempre na segunda pessoa do plural. Nestas passagens
Deus dialoga consigo mesmo, apesar de ficar claro que é um só Deus que cria o Cosmos
(Gn 1:1), mas várias pessoas (3) da deidade que participam deste ato. No novo
testamento vemos a trindade no Batismo de Jesus, em que o filho (Jesus) é batizado, o
Espírito Santo desce como pomba e o Pai declara Jesus como seu filho amado (Mt 3:13-
17). Também vemos a trindade na grande comissão de Jesus aos discípulos (Mt 28:19),
e noutros texto do novo testamento (2Co 13:13).

Atributos incomunicáveis

No que tange este tema, importa dizer antes de tudo que todos os atributos de Deus
estão presentes simultaneamente em sua Pessoa, em todos os momentos e plenamente
(100%). Devemos estar cientes que todos os atributos de Deus são parte de sua
personalidade, e estão em perfeito equilíbrio, não havendo atributos mais importantes
do que outros ou em maior grau do que outros. Assim como Deus é 100 por cento amor,
Ele também é 100 por cento santo e 100 por cento omnisciente, etc. Todos atributos se
articulam perfeitamente e em equilíbrio em Deus, não podendo Ele agir contra a sua
própria natureza. Dito isto, importa afirmar que existem dois grupos de atributos
chamados atributos comunicáveis e incomunicáveis.

5
FERREIRA, Franklim. Teologia Sistemática, p.76

5
Os atributos incomunicáveis de Deus são todos os atributos exclusivos de Deus, e que
não existem em nenhum outro ser ou criatura de Deus. São eles a omnipotência, a
omnisciência, a omnipresença, a eternidade de Deus, a imutabilidade de Deus, a
infinitude de Deus, a unidade de Deus, a auto existência de Deus

Atributos Comunicáveis

Os atributos comunicáveis de Deus são todos os atributos não exclusivos de Deus, que
ele partilha com o homem, apesar de que esta partilha não é de forma absoluta, total e
muito menos perfeita, mas apenas parcial. São estes atributos o Conhecimento, a
sabedoria, a fidelidade, o amor, santidade, bondade, retidão, zelo, ira, invisibilidade,
espiritualidade, vontade e omnipotência.

A Criação

As escrituras sagradas ensinam com veemência e clareza que todo o Universo visível
(cosmos) e invisível (lugares celestes), bem como todos os seres vivos e espirituais
foram criados por Deus, por isso no livro de génesis diz “No princípio criou Deus o céu
e a terra.” (Gn 1:1), que significa a totalidade do Universo. E Deus criou o Universo
“ex nihilo” (a partir do nada), o que significa primeiro, que antes da criação não existia
absolutamente nada, para além do próprio Deus, que é eterno e não criado. Por outro
lado, significa que Deus não precisou de um arquiteto para planejar a criação, nem de
materiais ou ferramentas e muito menos de empreiteiros ou de mão de obra humana
para criar e contruir o Universo. Ele mesmo foi o Designer e o executor-mor de toda a
criação, e não precisou de ferramentas, pois criou todas as coisas no poder da sua
palavra ordenando que as coisas se fizessem e passassem a existir (Gn 1:1-25; Sl 33:6-
9; Jo 1:3; At 17:24; Hb 11:3; Cl 1:16).
De acordo com as escrituras esta criação não foi demorada como dizem os cientistas
evolucionistas, mas creio que a descrição de Gn 1 é literal, e tratando de dias da semana,
e dando enfase ao sétimo dia, como o dia que Deus descansou (Gn 2:3). Portanto neste
contexto o homem, bem como os outros seres criados não são ressoltados de processos
naturais evolutivos que duraram milhões de anos como afirma a teoria da evolução. Mas
todos os seres, incluindo o homem foram feitos já prontos, na sua forma atual, tendo
eventualmente havido ao longo dos anos algumas adaptações (Gn 2:4-24). Está também
claro nas escrituras que o Universo e toda a criação foram feitos para a glória de Deus
(Is 43:7; Sl 19:1-2), sendo este também o grande propósito da existência humana. Por
isso Deus é digno de ser exclusivamente adorado e venerado pelas suas criaturas (Ap
4:11).

Anjos, Satanás e os Demónios

Assim como Deus criou todo o mundo físico e espiritual, e os seres que habitam a
terra, também criou os Anjos. Portanto os anjos são criaturas de Deus (Ne 9:6; Cl 1:16),
são seres espirituais (Hb 1:14), morais (2Pd 2:4; Jd 1:6), inteligentes (Mt 28:5; At 12:6),
poderosos (Sl 103:20 e assexuais (Mc 12:25). Os Anjos adoram e servem a Deus,
cumprindo os seus mandamentos aqui na terra (Hb 1:5-6; Mt 16:27; Ap 5:11-12), mas
também são enviados por Deus para servir em favor dos Cristãos fiéis a Deus (Hb 1:14),
como foi o exemplo do povo de Israel quando saindo do Egito foram guiados e

6
protegidos por um anjo do Senhor ao longo da jornada (Ex 14.19; 23.20). E como foi no
caso do Apóstolo Pedro, que foi socorrido e liberto por um Anjo do Senhor quando
estava preso por pregar o evangelho de Cristo (At 12:7-11). Nas escrituras também são
mencionados alguns nomes e tipos específicos de anjos como o arcanjo Miguel (Dn
10:13; Ts 4:16; Ap 12:7-8), o anjo mensageiro Gabriel (Dn 8:16; 9:21; Lc 1:19).
Menciona os anjos querubins (Gn 3:24; Sl 18:10; Ez 10:1-22), os serafins (Is 6:2-7), os
seres viventes (Ap 4:6-8; Ez 1:5-14).
Mas como seres morais que são, os anjos podem rejeitar a Deus, porque possuem
livre arbítrio, e foi o que aconteceu com alguns anjos que se rebelaram contra Deus e
que foram expulsos do céu, por isso são chamados anjos caídos ou domínios (Ap 12:7-
9; Jd 1:6; 2Pd 2:4). E estes demónios são liderados por um Anjo maligno chamado nas
escrituras como Satanás “adversário” (Jó 1:7) ou Diabo “enganador” (Mt 4:1), que se
rebelou contra Deus e arrastou consigo muitos dos anjos (Is 14:12-15; Ez 28:11-19). E
apesar das ações do diabo e seus demónios serem limitadas por Deus, como foi na
história de Jó (Jó 1:12), eles continuam exercendo uma influência negativa no mundo.
Por isso o apostolo João disse: “Sabemos que somos de Deus, e que o mundo inteiro jaz
no Maligno.” (1Jo 5. 19). Pois o alvo de satanás e seus demónios é o de afastar as
pessoas de Deus, induzindo-as a pecar e rebelarem-se contra Deus, assim como foi com
Adão e Eva (Gn 3:1-6; 1Pd 5:8). Mas o destino final deles será o inferno (Mt 25:41; Ap
20:7-10).

7
Cristologia
Natureza Humana
Natureza Divina
União Hipostática
O seu ensino
Missão de Cristo
Sua Ressurreição e Ascensão

8
Pneumatologia
Natureza do Espirito Santo
Obra do Espirito Santo
Dons do Espírito Santo
O Espírito Santo e a Missão de Deus

9
Antropologia
Natureza do Homem
Pecado

10
Soteriologia
Conversão
Justificação
Santificação
Glorificação

11
Eclesiologia
Natureza e propósito da Igreja
Ordenanças
Governo da Igreja
Missão da Igreja

12
Escatologia
A volta de Cristo
Milénio
Novos céus e nova Terra
Estado Eterno: vida eterna e inferno

13
Bibliografia
MCDOWELL, Josh. Jesus, uma defesa Bíblica da sua divindade (Jesus, a Biblical

Defense of his Deity). Trad. Neyd V. Siqueira. São Paulo: Editora e Destribuidora

Candeia, 1990.

FILHO, Tácito. Seitas Proféticas . Rio de Janeiro: Junta de Educação Religiosa e

Publicações da Convenção Batista Brasileira, 1985.

GRUDEN, WAYNE. Manual de Teologia Sistemática (Bible Doctrine). Trad. Heber

Carlos de Campos. São Paulo: Editora Vida, 2001.

BERKHOF, LOUIS, Teologia Sistemática (Systematic Theology).

HENRY, MATTHEW, Comentário Bíblico do Novo Testamento (The New Bible

Commentary). Trad. Daniel Raffo. São Paulo: Vida Nova, 2008.

SPROUL, R.C. Deus é Santo (God is Holy and we´re not). Trad. Vinicius Musselman

Pimentel. São Paulo: Editora Fiel, 20014.

SPURGEON, CHARLES. Eleição (Election). Trad. Tiago Santos Filho. São Paulo:

Editora Fiel, 1984

CALVINO, JOÃO. As Institutas volume 1, 2, 3 e 4

14
MACARTHUR, JOHN. O Caos Carismático (Charismatic Chaos). Trad. Rogério

Portella. São Paulo: Editora Vida, 1992.

STOTT, JOHN. Baptismo e Plenitude do Espírito Santo . Editora Vida Nova, 1986.

ERICKSON, MILLARD. Introdução a Teologia Sistemática

15
16

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