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Aula 09

Direito Eleitoral p/ TRE-PI (Técnico Judiciário - Área Administrativa)

Professor: Ricardo Torques

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DIREITO ELEITORAL PARA O TRE/PI
Técnico Judiciário – Área Administrativa
Aula 09 - Prof. Ricardo Torques

AULA 09
Lei dos Partidos
Políticos

Sumário
1 - Considerações Iniciais ....................................................................................... 2
2 - Partidos Políticos .............................................................................................. 3
2.1 - Histórico.................................................................................................... 3
2.2 - Conceituação ............................................................................................. 3
2.3 - Características e Função dos Partidos Políticos ............................................... 5
2.4 - Destinação ................................................................................................ 5
3 - Liberdade e autonomia partidárias ...................................................................... 6
4 - Natureza jurídica .............................................................................................. 8
5 - Criação e registro ............................................................................................10
5.1 - Caráter Nacional........................................................................................11
5.2 - Consequência do Registro ...........................................................................13
5.3 - Procedimento de Registro ...........................................................................14
6 - Filiação ..........................................................................................................20
7 - Questões ........................................................................................................26
7.1 - Questões sem Comentários ........................................................................26
7.2 – Gabarito ..................................................................................................31
7.3 - Questões com Comentários ........................................................................31
8 - Resumo Final ..................................................................................................45
9 - Considerações Finais ........................................................................................52

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Lei dos Partidos Políticos


1 - Considerações Iniciais
Olá a aula de hoje será destinada ao estudo dos partidos políticos.
Veremos os aspectos constitucionais e, em seguida, alguns aspectos da Lei
nº 4.737/1965 (Código Eleitoral), bem como da Lei nº 9.096/1995 (Lei dos
Partidos Políticos).
Assim, nossa aula terá como bases legislativas:

Constituição
Federal

PARTIDOS
BASE LEGISLATIVA Código Eleitoral
POLÍTICOS

Lei dos Partidos


Políticos

A Lei dos Partidos Político é o diploma mais importante da matéria porque


disciplina, com detalhes o assunto. O edital exigiu apenas dois assuntos:

disposições preliminares Filiação Partidária

Esses assuntos serão enfrentados na aula de hoje. As disposições


preliminares vão apenas até o art. 7º, da LPP, todavia, devido a relação
com o assunto e à previsão Constitucional abordaremos os arts. 8º, 9º, 10º
e 11, da LPP.
Ainda em relação a essa Lei, devemos estar cientes de que vários dos seus
dispositivos foram recentemente alterados pela Lei nº 13.165/2015,
denominada de Reforma Eleitoral. Assim, ante a importância dessas
alterações, nós destacaremos TODAS as recentes alterações, que
certamente estão na nossa prova.
Ainda assim, é uma matéria tranquila, porém não menos importante em
prova. Desse modo, toda atenção é pouco para nossos estudos!
Prontos?!

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2 - Partidos Políticos

2.1 - Histórico
Os partidos políticos são instituições fundamentais do processo
democrático. Não há como se falar em representação popular e exercício
de poder estatal, atualmente, sem a figura dos partidos políticos.
De acordo com a doutrina, os partidos políticos são essenciais por
constituírem instrumento para a atuação política e social. São instituições
que sentem a opinião pública e a revelam ideais, que são postos em prática
durante o exercício do mandato político.
O surgimento dos partidos políticos está atrelado, historicamente, à noção
de participação popular e do interesse da comunidade nas decisões políticas
tomadas pelos governantes.
Vejamos, em forma de tabela dois eventos centrais1 que levaram ao
surgimento dos partidos políticos.

Verifica-se no século XVII, grupos de Parlamentares, com ideias


Grã-Bretanha
afins, que procuram votar unidos.

Verifica-se no século XIX o surgimento dos partidos Federalista


EUA (capitaneados por Hamilton e Adams) e Republicano (coordenados
por Jefferson e Madison).

Em nosso país, o primeiro partido político surgiu em 1831, denominado de


Partido Liberal. No ano de 1838 surge o partido Conservador. Ambos
dominaram o cenário político brasileiro, até a Proclamação da República em
1889.
Nos anos que se seguiram, diversos partidos políticos se sucederam, em
razão dos diversos sistemas eleitorais, da extinção e formação de novos
partidos e em razão da conjuntura política, marcada por revoluções e golpes
políticos. Desse modo, a evolução dos partidos políticos no Brasil é marcada
por forte instabilidade.

2.2 - Conceituação
Para estudarmos o conceito de partido político, vejamos o que nos ensina
José Jairo Gomes2:
Compreende-se por partido político a entidade formada pela livre associação de
pessoas, com organização estável, cujas finalidades são alcançar e/ou manter o
poder político-estatal e assegurar, no interesse do regime democrático de direito, a
autenticidade do sistema representativo, o regular funcionamento do governo e das
instituições políticas, bem como a implementação dos direitos humanos
fundamentais.

1
Com base em GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral, 10ª edição, rev., atual. e ampl., São
Paulo: Editora Atlas S/A, 2014, p. 92.
2
GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral, p. 94.

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Vamos destrinchar esse conceito:


 livre associação de pessoas.
Refere-se à liberdade de reunião de um grupo de pessoas com a
finalidade de constituir um partido político.
 organização estável.
Envolve a ideia de constituição de um organismo político permanente
e organizado.
 alcançar e manter o poder político-estatal (finalidade).
O principal objetivo do partido político é acessar o poder por
intermédio do voto, elegendo representantes que se empenharão
para defesa dos interesses do grupo que representam.
 confere autenticidade ao sistema representativo, ao regular
funcionamento do governo, às instituições políticas e à
implementação dos direitos fundamentais.
É a forma que a comunidade encontrou para representar os mais
variados grupos de interesses da comunidade. Em razão disso, o
partido político é fundamental para a garantia do princípio
democrático, conferindo legitimidade ao governo e às instituições
políticas, com a representação da vontade da maioria.
Vejamos, ainda, o conceito de Thales e Camila Cerqueira3 que explica a
origem do termo partido:
Portanto, partido político, em sua essência, é um fragmento do pensamento político
da nação, cujos adeptos ou simpatizantes se vinculam a ideologias por afinidade,
buscando o exercício do poder (situação) ou a fiscalização dos detentores desse poder
(oposição), sem prejuízo de atividades administrativas e institucionais.

Esses conceitos são, em verdade, um tanto vagos. Desse modo, a fim de


facilitar a absorção dos assuntos centrais para a sua prova, lembre-se do
conceito abaixo:

Os partidos políticos são agrupamento de pessoas


que possuem pontos de vista semelhantes que,
reunidos, procuram chegar e manter o poder
político, por intermédio de cargos políticos.

3
CERQUEIRA, Thales Tácito e CERQUEIRA, Camila. Direito Eleitoral Esquematizado. 4ª
edição, rev. e atual., São Paulo: Editora Saraiva, 2014, p. 233.

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2.3 - Características e Função dos Partidos Políticos


Ainda nessa parte introdutória da matéria, vejamos inicialmente a síntese
das características dos partidos políticos, segundo a doutrina de José
Jairo Gomes.
 Constitui uma organização de pessoas em torno de interesses e
princípios comuns.
 Objetivam acessar o poder político, notadamente, por intermédio
do voto.
 Constituem-se com propósito perene, ou seja, para durar ao longo
dos anos.
 Não se confundem com facções, clubes, grupos etc., em razão da
estabilidade, estrutura e organização.
Não se preocupem em memorizar as características acima, mas procurem
entender o que se está sendo afirmado. O mesmo vale para o estudo das
funções.
A doutrina identificar três principais categorias de funções atribuídas aos
partidos políticos:

Os partidos políticos organizam a ação governamental.


FUNÇÃO NO Por intermédio dos seus candidatos eleitos, as agremiações
GOVERNO influenciam na a elaboração das leis e na condução do governo,
especialmente no que se refere à adoção de políticas públicas.

Os partidos políticos organizam cidadãos, candidatos e políticos


FUNÇÃO COMO com o objetivo de lograrem êxito no pleito eleitoral por meio de
ORGANIZAÇÃO diversas atividades como seleção de candidatos e financiamento
de campanhas.

Os partidos políticos constituem instrumento para auxiliar os


FUNÇÃO NO
eleitores no momento do voto, quando o cidadão procura pelo
ELEITORADO
partido político, com o qual compartilha valores, ideias e objetivos.

2.4 - Destinação
A partir desse momento ingressamos no estudo do da legislação
propriamente e, por isso, devemos redobrar a atenção.
Por destinação podemos compreendem os fins para os quais os partidos
existem. Na verdade, já vimos, no conceito acima a finalidade dos partidos
políticos.
De forma didática, podemos remeter o estudo ao art. 1ª da LPP.
Art. 1º O partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se a assegurar,
no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo
e a defender os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal.

Portanto:

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a assegurar a autencidadade
do sistema representativo.
OS PARTIDOS
POLÍTICOS
DESTINAM-SE
a defender os direitos
fundamentais.

Sigamos!

3 - Liberdade e autonomia partidárias


A CF adotou o princípio da liberdade de organização dos partidos
políticos no art. 17, §1º:
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura
interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha
e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação
entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo
seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.

Os partidos políticos possuem, portanto, autonomia para definir a estrutura


interna e funcionamento.

art. 17, §1º, CF


PRINCÍPIO DA Prerrogativa para definir
LIBERDADE E estrutura interna e
AUTONOMIA funcionamento.

Vejamos o que diz Rodrigo Martiniano Ayres Lins4 sobre essa autonomia:
A Lei 12.891/2013 fez assegurar aos candidatos, partidos políticos e coligações não
só autonomia para definir sua estrutura interna e funcionamento, como também o
cronograma das atividades eleitorais de campanha e executá-lo em qualquer dia e
horário, observados eventuais limites estabelecidos em lei.

Notem que a autonomia conferida aos partidos políticos não se limita aos
termos gerais da Constituição, na medida em que foi alargada pela
legislação infraconstitucional.
Também é decorrência do princípio da liberdade e autonomia a previsão do
caput do art. 17 da CF, que assim dispõe:
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos,
resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os
direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:
I - caráter nacional;

4
LINS, Rodrigo Martiniano Ayres. Direito Eleitoral Descomplicado, 2ª edição, Rio de
Janeiro: Editora Ferreira, 2014.

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II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo


estrangeiros ou de subordinação a estes;
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.

Desse modo, confere-se também aos partidos políticos a liberdade de


criação, fusão, incorporação ou extinção.
Nesse mesmo sentido, estão os arts. 2º e 3º da LPP:
Art. 2º É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos cujos
programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana.
Art. 3º É assegurada, ao partido político, autonomia para definir sua estrutura
interna, organização e funcionamento.

A liberdade e autonomia partidária não é absoluta. Há uma série de


restrições impostas aos partidos políticos. Essas limitações não constituem
intervenção estatal, mas uma forma de colmatar a liberdade dos partidos
políticos com outros interesses e princípios do nosso Estado Constitucional
de Direito.
Em razão disso, estabelece a CF, por exemplo, que os partidos políticos
devem resguardar alguns princípios e valores, bem como são obrigados a
observarem alguns preceitos.

OS PARTIDOS POLÍTICOS DEVEM


OS PARTIDOS POLÍTICOS DEVE
OBSERVAR OS SEGUINTES
RESGUARDAR A
PRECEITOS

soberania
caráter nacional
nacional

regime proibição de
democrático recursos e
subordinação
estrangeira
pluripartidarismo
prestação de
contas
direitos
fundamentais da
funcionamento
pessoa humana
parlamentar

É importante verificar, ainda, a redação do §4º do art. 17 da CF:


§ 4º - É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.

No mesmo sentido do mandamento constitucional está o art. 6º da LPP:

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Art. 6º É vedado ao partido político ministrar instrução militar ou paramilitar,


utilizar-se de organização da mesma natureza e adotar uniforme para seus
membros.

É VEDADO AOS PARTIDOS


POLÍTICOS

Adotar organização militar ou


paramilitar.

Ministrar instrução militar ou


paramilitar.

Adotar uniforme para seus


membros.

Para facilitar nossa memorização, vocês sabem o que significa a


expressão paramilitar?
É a organização que “imita a estrutura e a disciplina do exército, sem dele
fazer parte”5.

A liberdade e autonomia partidárias tem


por finalidade evitar qualquer forma de
controle ideológico ou intervenção
arbitrária do Estado sobre a organização
dos partidos políticos.

Vimos, assim, as principais regras relativas à liberdade e autonomia


partidárias.

4 - Natureza jurídica
Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado, conforme
art. 44, do Código Civil:
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: (...)
V – os partidos políticos. (...)
§ 3º Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em
lei específica. (...)

5
"paramilitar", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2009-2013,
http://www.priberam.pt/dlpo/paramilitar, acesso em 04.01.2015.

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Cuidem, os partidos políticos não são pessoas jurídicas de direito


público.
Segundo Rodrigo Martiniano Ayres Lins6:
Não é o fato de o partido político receber recursos públicos (por meio do fundo
partidário), ou mesmo ser essencial para o acesso eletivo ao “poder estatal” que os
enquadra como de personalidade jurídica pública.

De acordo com o que ensina a doutrina, os partidos políticos devem


registrar o documento inicial de constituição – estatuto – no Serviço de
Registro Civil de Pessoas Jurídicas da Capital Federal.
Assim...

PARTIDO Pessoa Jurídica de


POLÍTICO Direito Privado

Para aprofundarmos um pouco, vejamos duas consequências relevantes


que decorrem da natureza de pessoas jurídicas de direito privado.

 O mandado de segurança, ação constitucional que visa tutelar direito


líquido e certo contra ato de autoridade pública ou agente de pessoa jurídica
no exercício de funções do Poder Público, não era utilizado contra atos
praticados pelos partidos políticos, justamente por se tratar de
pessoa privada.
Entretanto, a Lei nº 12.016/2009 (Lei do Mandado de Segurança)
estabeleceu que é possível a utilização do mandado de segurança
contra representantes ou órgãos de partidos políticos.
§ 1o Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representantes ou
órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem
como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de
atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições.

Logo:

Cabe mandado de segurança contra ato praticado por


representante ou órgão de partido político, não em
razão da autoridade, mas por expressa previsão na Lei
do Mandado de Segurança.

 Por se tratar de pessoa de direito privado, eventuais lides


judiciais tramitarão, em regra, pela Justiça Comum. O deslocamento

6
LINS, Rodrigo Martiniano Ayres. Direito Eleitoral Descomplicado, 2ª edição, Rio de
Janeiro: Editora Ferreira, 2014.

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para a Justiça Eleitoral, somente ocorrerá quando a controvérsia provocar


relevante influência nas eleições.
Logo:

O fato de o partido político litigar num dos polos da


relação jurídica processual, por si só, não terá o condão
de deslocar a competência para a Justiça Eleitoral.

5 - Criação e registro
No que diz respeito à criação e registro dos partidos políticos, devemos
iniciar o estudo com o art. 17, §2º, da CF. Para constituir uma pessoa
jurídica, segundo nosso ordenamento jurídico, é necessário o registro dos
atos constitutivos. No caso dos partidos políticos, o estatuto é o ato
constitutivo que deve ser registrado em Brasília, no Serviço de Registro Civil
de Pessoas Jurídicas da Capital Federal.
Vejamos o que dispõe o art. 17, §2º retromencionado:
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma
da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

Notem que o texto constitucional impõe duplo dever, em ordem!

•constituição civil enquanto



pessoa jurídica

2º •registro do estatuto no TSE

Assim, lembrem-se, o partido político possui personalidade jurídica antes


mesmo do registro no TSE. Aliás, sem a personificação não é possível a
inscrição eleitoral. Por isso, para a criação e registro do partido deve ser
observada a ordem acima.
No mesmo sentido está o art. 7º, caput, da LPP:
Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei civil,
registra seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral.

O registro no TSE depende da comprovação do caráter nacional do partido


político, que vamos analisar adiante. Por ora, registre...

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REGISTRO CIVIL REGISTRO NO TSE

Confere existência jurídica ao Confere validade eleitoral ao


partido político. partido político.

Cumpre mencionar, ainda, que eventuais alterações estatutárias também


devem ser encaminhadas para registro ao Tribunal Superior Eleitoral, após
a averbação no registro civil.

5.1 - Caráter Nacional


Após a constituição civil, o partido deverá proceder ao registro perante o
TSE. Esse registro no TSE deve observar uma série de requisitos, o primeiro
deles e mais importante é o apoiamento mínimo.
Segundo a LPP, deve-se provar o apoiamento mínimo, nos termos do art.
7º, §1º. Esse apoiamento tem por finalidade afastar a criação de
agremiações com caráter regional ou local.
§ 1º Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter
nacional, considerando-se como tal aquele que comprove, no período de dois anos,
o apoiamento de eleitores não filiados a partido político, correspondente a, pelo
menos, 0,5% (cinco décimos por cento) dos votos dados na última eleição
geral para a Câmara dos Deputados, não computados os votos em branco e os
nulos, distribuídos por um terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo de
0,1% (um décimo por cento) do eleitorado que haja votado em cada um deles.

O dispositivo acima sofreu uma pequena alteração em face da Lei nº


13.165/2015 definiu um lapso de tempo para demonstração do
apoiamento mínimo.
Antes da Reforma Eleitoral, se o partido demorasse cinco ou 10 anos para
reunir o número necessário de assinaturas não haveria irregularidade.
Agora AS ASSINATURAS DEVERÃO SER REUNIDAS NO PRAZO DE
DOIS ANOS.
Além disso, é fundamental para a nossa prova compreender o cálculo do
apoiamento mínimo para fins de comprovação do caráter nacional do
partido político.
1º) Deve-se obter a assinatura com a indicação do título eleitoral de
ao menos 0,5% do número de votos computados para a última eleição
para a Câmara dos Deputados.
Muita atenção, o número de votos a ser considerado é o conferido
para as eleições à Câmara dos Deputados (cargo de Deputado
Federal).
Além disso, NÃO são levados em consideração os votos nulos e
brancos.
2º) As assinaturas acima devem ser registradas em pelo menos 1/3
dos Estados-membros brasileiros.

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3º) Cada um desses Estados deverá computar, pelo menos 0,1% do


eleitorado.
Observem, ainda, que a prova do apoiamento mínimo ocorre por meio das
assinaturas em listas ornaganizadas em cada zona eleitoral, nas quais
deve constar o número do título de eleitor do cidadão que decide apoiar a
criação do partido político. A vericidade das assinaturas e do número dos
títulos é atestada pelo Chefe de cartório eleitoral. Desenvolveremos melhor
ess ideia mais adiante.
Vejamos o caso do Partido Sustentabilidade criado pela
candidata Marina Silva, que ilustra bem o que estamos
estudando. Segundo o TSE7, o partido demonstrou o
apoio de 442.524 eleitores com assinaturas certificadas pelos cartórios
eleitorais, não atingindo o número mínimo de 491.949 assinaturas exigidas
pela legislação eleitoral para a criação de novo partido em face do número
de votos registrados para a Câmara dos Deputados.
Desse modo, temos:
 491.949 corresponde a 0,5% dos votos dados às eleições para a
Câmara dos Deputados em 2010, sem considerar votos brancos e
nulos.
 Os votos cima deve estar distribuídos em 1/3 das 27 unidades
federativas com pelo menos 0,1% dos votos. Seria necessário apoio
em 9 Estados-membros com ao menos 4.200 votos aproximadamente
(0,01% de 491.949) em cada um dos Estados membros.
O registro do partido, contudo, foi negado uma vez que obteve tão somente
442.524 assinaturas, embora tenha superado o mínimo de 09 estados e
obtido apoiamento em 15 Estados-membros.
Levada a questão a julgamento no TSE, em razão da discussão quanto à
forma de provar o apoiamento do eleitor, o TSE negou,
por maioria, o registro do partido, conforme ementa8
que segue citada:
REGISTRO DE PARTIDO POLÍTICO. REDE SUSTENTABILIDADE (REDE). REQUISITOS.
ATENDIMENTO PARCIAL. NÃO CUMPRIMENTO. APOIAMENTO MÍNIMO. NÍVEL
NACIONAL. ASSINATURAS. INVALIDAÇÃO. CARTÓRIOS ELEITORAIS. PRESUNÇÃO
DE VALIDADE À MÍNGUA DE IMPUGNAÇÃO. REJEIÇÃO. CARTÓRIOS ELEITORAIS.
FALTA DE MOTIVAÇÃO. RECONHECIMENTO PELO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL.
INVIABILIDADE. INEXISTÊNCIA DE AMPARO LEGAL. VIOLAÇÃO. PRINCÍPIO DA
ISONOMIA.
1. Inviabilidade de reconhecimento de assinaturas invalidadas pelos cartórios
eleitorais nesta instância superior, presente a atribuição legal confiada às serventias
eleitorais de primeiro grau para a respectiva conferência.

7
Conforme notícia divulgada em http://www.tse.jus.br/noticias-tse/2013/Outubro/rede-
sustentabilidade-nao-atinge-apoiamento-minimo-e-tem-o-registro-negado, acesso em
04.01.2015.
8
Registro de Partido Político nº 59454, Acórdão de 03/10/2013, Relator(a) Min. LAURITA
HILÁRIO VAZ, Publicação: DJE - Diário de justiça eletrônico, Tomo 221, Data 20/11/2013,
Página 25.

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2. Impossibilidade de validação de assinaturas por mera presunção, à míngua de


impugnação durante o prazo editalício destinado a essa finalidade, à vista do
imperativo de certificação por semelhança, mediante comparação com as assinaturas
consignadas nos assentamentos disponíveis desta Justiça Especializada relativos ao
alistamento eleitoral (Requerimento de Alistamento Eleitoral - RAE) e ao exercício do
voto (folhas de votação) , procedimento cuja formalidade e rigor decorrem da própria
lei.
3. Inadmissível, de igual modo, reconhecer-se como válidas, nesta instância
superior, assinaturas alegadamente rejeitadas pelos cartórios eleitorais sem
motivação. Procedimento sem amparo legal, cuja adoção, em detrimento das demais
agremiações em formação, importaria em ofensa ao princípio da isonomia.
4. Possibilidade da realização de diligências voltadas ao esclarecimento de dúvida
acerca da autenticidade das assinaturas ou da sua correspondência com os números
dos títulos eleitorais informados, conforme o rito estabelecido pela Res.-TSE nº
23.282/2010, oportunidade na qual é franqueado ao responsável pela entrega das
listas ou dos formulários o acesso à natureza das irregularidades porventura
detectadas e o exercício de eventual impugnação.
5. Não atendido o requisito de admissibilidade de registro do estatuto partidário
pertinente ao apoiamento mínimo de eleitores correspondente a meio por cento dos
votos válidos dados na última eleição para a Câmara dos Deputados, preconizado
nos arts. 7º, § 1º, da Lei nº 9.096/95 e 7º, § 1º, da Res.-TSE nº 23.282/2010,
impossível o reconhecimento de seu caráter nacional.
Registro indeferido, sem prejuízo da posterior implementação da exigência pelo
partido requerente.

O CARÁTER NACIONAL DO PARTIDO É COMPROVADO POR


INTERMÉDIO DO APOIAMENTO MÍNIMO, QUE EXIGE

•obtido no interregno de 2 anos.


•0,5% do eleitorado da Câmara dos Deputados, sem considerar votos
brancos e nulos.
•distribuídos em 1/3 dos Estados-membros com 0,1% em cada Estado.

5.2 - Consequência do Registro


O regular registro do partido importa nas consequências disciplinadas no
art. 7º, §§2º e 3º da LPP:
§ 2º Só o partido que tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral
pode participar do processo eleitoral, receber recursos do Fundo Partidário e
ter acesso gratuito ao rádio e à televisão, nos termos fixados nesta Lei.
§ 3º Somente o registro do estatuto do partido no Tribunal Superior Eleitoral
assegura a exclusividade da sua denominação, sigla e símbolos, vedada a
utilização, por outros partidos, de variações que venham a induzir a erro ou confusão.

São 4 as consequências, que advém após o registro civil da pessoa jurídica


e inscrição junto ao TSE:
 Possibilidade de participação do processo eleitoral;
 Recebimento de recursos do Fundo Partidário;

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 Acesso gratuito ao rádio e televisão (propaganda político-


partidária);
 Exclusividade de denominação, sigla e símbolos.
Esse tipo de informação é extremamente relevante para a prova, ainda mais
em se tratando de prova objetiva. Desse modo, vejamos novamente as
consequências em forma de esquema.
REGISTRO REGULAR (CIVIL

Possibilidade de participação do processo


CONSEQUÊNCIAS DO

eleitoral

Recebimento de recursos do Fundo Partidário


+ TSE)

Acesso gratuito ao rádio e televisão


(propaganda político-partidária)

Exclusividade de denominação, sigla e


símbolos

5.3 - Procedimento de Registro


Vimos até o presente as informações gerais a respeito do registro de
partidos políticos, na sequência vamos tratar dos dispositivos da LPP que se
reportam às regras de procedimento do registro.
O art. 8º da LPP trata do registro civil, cujo pedido de inscrição do
estatuto deve ser subscrito (assinado) por pelo menos 101 fundadores,
com domicílio em, pelo menos, 1/3 dos Estados-membros. Ademais,
de acordo com o art. 8º, §1º, deverá constar do requerimento o nome e
função dos dirigentes provisórios e o endereço da sede do partido em
Brasília.
Não confundam a subscrição pelos fundadores do partido político com o
apoiamento mínimo que estudamos acima. A subscrição pelos fundadores
será necessária para registro civil. Já o apoiamento mínimo é necessário
para o registro perante o TSE.

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REQUERIMENTO DE
INSCRIÇÃO CIVIL

Subscrição por, Distribuídos por Nome e função Endereço da sede


pelo menos, 101 1/3 dos Estados- dos dirigentes do partido em
fundadores. membros. provisórios. Brasília.

Além dos requisitos acima, o pedido deverá ser acompanhado de um rol de


documentos, previstos nos incisos do art. 8º. Vejamos:
Art. 8º O requerimento do registro de partido político, dirigido ao Cartório
competente do Registro Civil das Pessoas Jurídicas, da Capital Federal, deve ser
subscrito pelos seus fundadores, em número nunca inferior a cento e um,
com domicílio eleitoral em, no mínimo, um terço dos Estados, e será
acompanhado de:
I – cópia autêntica da ata da reunião de fundação do partido;
II – exemplares do Diário Oficial que publicou, no seu inteiro teor, o programa e o
estatuto;
III – relação de todos os fundadores com o nome completo, naturalidade,
número do título eleitoral com a Zona, Seção, Município e Estado, profissão
e endereço da residência.

Vejamos a informação em forma de esquema...

Cópia da ata de
fundação
nome completo
Exemplares do
DOCUMENTOS
DOU que
QUE DEVEM
publicou o
ACOMPANHAR O naturalidade
programa e o
REQUERIMENTO
estatuto.

Relação de nº do título eleitoral,


fundadores, indicando a Zona, Seção,
com: Municípo e Estado

profissão

endereço da residência

Os §§ abaixo relacionados tratam da ordem dos procedimentos para o


regular registro do partido político:
§ 1º O requerimento indicará o nome e função dos dirigentes provisórios e o
endereço da sede do partido na Capital Federal.
§ 2º Satisfeitas as exigências deste artigo, o Oficial do Registro Civil efetua o registro
no livro correspondente, expedindo certidão de inteiro teor.

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§ 3º Adquirida a personalidade jurídica na forma deste artigo, o partido


promove a obtenção do apoiamento mínimo de eleitores a que se refere o § 1º
do art. 7º e realiza os atos necessários para a constituição definitiva de seus
órgãos e designação dos dirigentes, na forma do seu estatuto.

Desse modo, primeiramente haverá o registro civil. Após, o partido deverá


promover a obtenção do apoiamento mínimo, que já estudamos, bem
como deverá constituir definitivamente os órgãos e dirigentes. Por
fim, promoverá o registro no TSE, nos termos do art. 9º da LPP, que
veremos abaixo.
Antes, porém, façamos uma breve linha do tempo para organizar as ideias:

Registro no
TSE
Constituição
de dirigentes
Apoiamento e órgãos
Mínimo definitivos.
Registro Civil
•Aquisição da
Fundação personalidade
•Ata civil
•Designação
de dirigentes
e órgãos
provisórios

Vejamos, agora, o art. 9º e respectivos incisos da LPP:


Art. 9º Feita a constituição e designação, referidas no § 3º do artigo anterior, os
dirigentes nacionais promoverão o registro do estatuto do partido junto ao Tribunal
Superior Eleitoral, através de requerimento acompanhado de:
I – exemplar autenticado do inteiro teor do programa e do estatuto partidários,
inscritos no Registro Civil;
II – certidão do Registro Civil da Pessoa Jurídica, a que se refere o § 2º do artigo
anterior;
III – certidões dos Cartórios Eleitorais que comprovem ter o partido obtido o
apoiamento mínimo de eleitores a que se refere o § 1º do art. 7º.

Portanto, junto ao TSE devem ser apresentados, em síntese, os documentos


que comprovam o registro civil e o apoiamento mínimo.

DOCUMENTOS A
SEREM
APRESENTADOS NO
TSE

Cópia autenticada do
Certidões dos
inteiro teor do
Certidão do Registro Cartórios Eleitorais
programa e do
Civil. comprovando o
estatuto inscritos no
apoiamento mínimo.
Registro Civil.

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Lembram-se do julgamento perante o TSE do registro do partido


Rede Sustentabilidade de Marina Silva?
De posse das listas de assinaturas, os Cartórios Eleitorais publicam editais
para impugnação e posteriormente procedem a validação das assinaturas.
No caso em concreto, o partido Rede Sustentabilidade arguiu a
irregularidade na necessidade e reconhecimento das assinaturas,
postulando que apenas a não impugnação em edital seria suficiente para
conferir validade às assinaturas obtidas. Contudo, no caso em concreto o
TSE entendeu que a comparação das assinaturas perante o cadastro
eleitoral é válida e devida de modo que em razão das assinaturas
invalidadas o partido postulante não comprovou o apoiamento mínimo e
não conseguiu registrar o partido regularmente a tempo para Marina Silva
lançar-se candidata a Presidente da República pelo novo partido político.
É nesse sentido o §1º abaixo citado:
§ 1º A prova do apoiamento mínimo de eleitores é feita por meio de suas
assinaturas, com menção ao número do respectivo título eleitoral, em listas
organizadas para cada Zona, sendo a veracidade das respectivas assinaturas e o
número dos títulos atestados pelo Escrivão Eleitoral.

Conforme se extrai do dispositivo acima, a prova do apoiamento pelo


cidadão depende:

PROVA DO APOIAMENTO

certidão atestante da
indicação do título
assinatura; autenticidade pelo chefe
eleitoral; e
de cartório eleitoral.

Para que não haja qualquer possibilidade de surpresas quanto ao assunto


no dia da prova, vejamos dois aspectos específicos:

 Devido a necessidade de assinatura para comprovação do


apoiamento mínimo, é inadmissível a prova por intermédio listas de
pela internet, tais como o site de petições da comunidade Avaaz
(www.avaaz.org), amplamente divulgado nas mídias sociais
atualmente (Decisão TSE na PET nº 363/1997)
 Impossibilidade do reconhecimento no TSE das assinaturas
invalidadas pelo cartório eleitoral e, também, das rejeitadas sem
motivação pelo Órgão Superior Eleitoral (Acórdão TSE no RPP nº
59454/2013).
Vamos em frente!

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O §2º, por sua vez, atesta que de cada lista apresentada, o chefe de cartório
eleitoral fornecerá um recibo, devendo lavrar atestado das assinaturas
no prazo de 15 dias.
§ 2º O Escrivão Eleitoral dá imediato recibo de cada lista que lhe for apresentada e,
no prazo de quinze dias, lavra o seu atestado, devolvendo-a ao interessado.

Os §§ 3º e 4º tratam do procedimento do pedido de registro de partido


político perante o TSE. Segundo os dispositivos, apresentado o protocolo no
TSE, o processo será distribuído em 48 horas. O relator determinará vistas
à Procuradoria-Geral Eleitoral para parecer no prazo de 10 dias. Após, se
necessário, abrirá prazo de 10 dias para eventuais diligências. Se estiver
regular, no prazo de 30 dias será providenciado o registro do partido
político.
Vamos traçar uma linha de sucessão de atos para facilitar o estudo.

vista à
Procuradoria-Geral
Protocolado o 48 distribuído a um
Eleitoral para
pedido no TSE relator
parecer no prazo de
10 dias

10 dias para
deferimento do
eventuais
registro em 30 dias
diligências

Essas regras constam dos §§ abaixo:


§ 3º Protocolado o pedido de registro no Tribunal Superior Eleitoral, o processo
respectivo, no prazo de quarenta e oito horas, é distribuído a um Relator, que, ouvida
a Procuradoria-Geral, em dez dias, determina, em igual prazo, diligências para sanar
eventuais falhas do processo.
§ 4º Se não houver diligências a determinar, ou após o seu atendimento, o Tribunal
Superior Eleitoral registra o estatuto do partido, no prazo de trinta dias.

Por fim, vejamos o que dispõem os arts. 10 e 11 da LPP.


As alterações programáticas ou estatutárias do partido político já
constituído deverão ser arquivadas primeiramente no Registro Civil
e, posteriormente, encaminhadas ao TSE.
Ademais, aos partidos é permitido credenciar delegados de partido junto
aos juízes eleitorais, TREs e TSE.
Art. 10. As alterações programáticas ou estatutárias, após registradas no Ofício
Civil competente, devem ser encaminhadas, para o mesmo fim, ao Tribunal
Superior Eleitoral.
Parágrafo único. O partido comunica à Justiça Eleitoral a constituição de seus
órgãos de direção e os nomes dos respectivos integrantes, bem como as
alterações que forem promovidas, para anotação:

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I – no Tribunal Superior Eleitoral, dos integrantes dos órgãos de âmbito nacional;


II – nos Tribunais Regionais Eleitorais, dos integrantes dos órgãos de âmbito
estadual, municipal ou zonal.

Prestaram bem atenção ao inc. II?


O REGISTRO DE ÓRGÃOS MUNICIPAIS É FEITO PERANTE O TRE,
NÃO PERANTE O JUIZ ELEITORAL.
Sigamos!
Ante a função fiscalizadora dos partidos políticos, o art. 11 prevê a
possibilidade de o partido registrar delegados perante os órgãos da Justiça
Eleitoral.
Art. 11. O partido com registro no Tribunal Superior Eleitoral pode credenciar,
respectivamente:
I – Delegados perante o Juiz Eleitoral;
II – Delegados perante o Tribunal Regional Eleitoral;
III – Delegados perante o Tribunal Superior Eleitoral.
Parágrafo único. Os Delegados credenciados pelo órgão de direção nacional
representam o partido perante quaisquer Tribunais ou Juízes Eleitorais; os
credenciados pelos órgãos estaduais, somente perante o Tribunal Regional Eleitoral
e os Juízes Eleitorais do respectivo Estado, do Distrito Federal ou Território Federal;
e os credenciados pelo órgão municipal, perante o Juiz Eleitoral da respectiva
jurisdição.

Portanto...

PODERÃO SER
CREDENCIADOS
DELEGADOS DE
PARTIDO PERANTE

Juízes Eleitorais TRE TSE

representam o representam o representam o


partido perante o partido perante o partido perante
Juiz Eleitoral da TRE do estado e quaisquer
respectiva seus juízes tribunais ou
circunscrição eleitorais juízes eleitorais

Finalizamos, assim, a parte relativa à criação e registro do partido.


Verificamos a prova do caráter nacional, consequências e o procedimento.
Trata-se de assunto relevante, especialmente em razão do caso do Partido
Rede Sustentabilidade, que abordamos conjuntamente com a teoria. Trata-
se de um caso prático extremamente atual.

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6 - Filiação
Neste capítulo vamos tratar de um assunto bastante relevante para a nossa
prova que é a filiação partidária. A matéria é tratada especificamente entre
os arts. 16 e 23 da LPP. Essas regras serão a base dos nossos estudos aqui.
A filiação partidária é condição de elegibilidade. Para o sujeito se filiar
ao partido político, deverá estar com o pleno gozo dos direitos políticos e
atender às regras previstas no estatuto.
Vejamos o que disciplina os arts. 16 e 17 da LPP:
Art. 16. Só pode filiar-se a partido o eleitor que estiver no pleno gozo de seus direitos
políticos.
Art. 17. Considera-se deferida, para todos os efeitos, a filiação partidária, com o
atendimento das regras estatutárias do partido.
Parágrafo único. Deferida a filiação do eleitor, será entregue comprovante ao
interessado, no modelo adotado pelo partido.

Em que pese os dispositivos acima, é importante


efetuarmos uma ponderação. O TSE tem entendido
que embora inelegível, é possível que o eleitor
filie-se. Estudamos que a capacidade eleitoral é ativa
e passiva. Desse modo, se a pessoa puder votar
(capacidade eleitoral ativa) mas não puder ser votada (capacidade eleitoral
ativa) ela poderá se filiar.
Esse entendimento contraria, portanto, a necessidade de pleno gozo dos
direitos políticos, que consta do art. 16 acima citado. Para fins de prova tal
distinção somente deve ser levada a efeito caso a questão mencione a
distinção e o entendimento mais aprofundado da matéria. A maioria das
questões cobra o texto literal dos dispositivos, sem entrar em maiores
detalhes. Logo, atenção!
Vejamos excerto da ementa9 do Respe nº 9.611/1992:

(...) II - DA NORMA INSCRITA NA ALINEA "C", DO INCISO I, DO ART. 1, DA LEI


COMPLEMENTAR N. 64/90 NAO DECORRE SUSPENSAO DOS DIREITOS POLITICOS,
SENAO A PERDA, PELO ESPACO DE TEMPO ALI INDICADO, DA CAPACIDADE DE SER
VOTADO, OU NO IMPEDIMENTO TEMPORARIO DA CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA,
CONTINUANDO O INDIVIDUO, ENTRETANTO, COM A CAPACIDADE ELEITORAL ATIVA
(DIREITO DE VOTAR) E DE PARTICIPAR DE PARTIDOS POLITICOS, AFIM DE OBTER
FILIACAO PARTIDARIA.

O art. 18 estabelecia o tempo de filiação partidária. Esse dispositivo,


contudo, foi recentemente revogado pela Lei nº 13.165/2015. Pela

9
RECURSO ESPECIAL ELEITORAL nº 9611, Acórdão nº 12371 de 27/09/1992, Relator(a)
Min. CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO, Publicação: RJTSE - Revista de Jurisprudência
do TSE, Volume 4, Tomo 4, Página 124 PSESS - Publicado em Sessão, Data 27/09/1992
DJ - Diário de Justiça, Data 16/09/1992, Página 15179.

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recente reforma à legislação eleitoral O TEMPO MÍNIMO DE FILIAÇÃO


PARTIDÁRIA FOI REDUZIDO DE UM ANO PARA SEIS MESES.
Assim, em relação ao tempo de filiação partidária devemos aplicar o art. 9º
da Lei das Eleições. Vejamos:
Art. 9o Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral
na respectiva circunscrição pelo prazo de, PELO MENOS, UM ANO antes do
pleito, e estar com a filiação deferida pelo partido NO MÍNIMO SEIS MESES
antes da data da eleição.

Portanto...

DOMICÍLIO ELEITORAL pelo menos 1 ano

FILIAÇÃO PARTIDÁRIA pelo menos 6 meses

Esse assunto, entretanto, será aprofundado no estudo da Lei das Eleições.


Devemos lembrar, ainda, que o estatuto do partido poderá estabelecer um
tempo superior de filiação para que o filiado se lance candidato, o que
não pode é fixar um prazo menor de seis meses, porque violaria
expressamente o dispositivo que estamos estudando. De todo modo, não
é admissível alteração dessa regra no estatuto do partido no ano
das eleições. É nesse sentido, o art. 20 da LPP:
Art. 20. É facultado ao partido político estabelecer, em seu estatuto, prazos de
filiação partidária superiores aos previstos nesta Lei, com vistas à candidatura a
cargos eletivos.
Parágrafo único. Os prazos de filiação partidária, fixados no estatuto do partido,
com vistas à candidatura a cargos eletivos, não podem ser alterados no ano da
eleição.

O art. 19, por sua vez, trata da comunicação da filiação partidária. A lei fixa
duas oportunidades ao longo do ano, nas quais os partidos deverão
informar à Justiça Eleitoral (que manterá um cadastro unificado) a
relação de nomes dos filiados, indicando a data de filiação, o número
dos respectivos títulos eleitorais e seções nas quais estão inscritos.
Essas informações são imprescindíveis para aferir, por exemplo, a
duplicidade de filiação partidária, bem como para fazer prova do tempo de
filiação.

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ABRIL

COMUNICAÇÃO DA
2ª semana dos meses de
FILIAÇÃO PARTIDÁRIA

OUTUBRO

É o que se extrai do art. 19, da LPP:


Art. 19. Na segunda semana dos meses de abril e outubro de cada ano, o
partido, por seus órgãos de direção municipais, regionais ou nacional, deverá
remeter, aos Juízes Eleitorais, para arquivamento, publicação e cumprimento dos
prazos de filiação partidária para efeito de candidatura a cargos eletivos, a relação
dos nomes de todos os seus filiados, da qual constará a data de filiação, o número
dos títulos eleitorais e das Seções em que estão inscritos.

Ainda em relação a esse dispositivo, é interessante atentarmos para o fato


de que o ato de filiação poderá ser levado a efeito pelo órgão de
direção municipal, estadual ou nacional.
PODERÁ SER
INFORMADO

municipal
FILIAÇÃO
O ATO DE

PELO

órgão eleitoral estadual OU

nacional

Ademais, se a relação não for remetida, nos prazos acima, presume-se que
a lista permaneceu inalterada, nos termos do §1º do art. 19.
§ 1º Se a relação não é remetida nos prazos mencionados neste artigo,
permanece inalterada a filiação de todos os eleitores, constante da relação
remetida anteriormente.

De acordo com Rodrigo Martiniano Ayres Lins10:


Evidente, contudo, que o próprio filiado poderá comunicar sua filiação à Justiça
Eleitoral notadamente quando houver desídia ou má-fé da agremiação partidária em
não fazê-lo.

Portanto, para não ser prejudicado, o próprio filiado poderá comunicar a


filiação à Justiça Eleitoral, quando tal informação for relevante para o
interessado. É o que se extrai do §2º abaixo:
§ 2º Os prejudicados por desídia ou má-fé poderão requerer, diretamente à Justiça
Eleitoral, a observância do que prescreve o caput deste artigo.

Acerca da informação da filiação...

10
LINS, Rodrigo Martiniano Ayres. Direito Eleitoral Descomplicado, 2ª edição, Rio de
Janeiro: Editora Ferreira, 2014.

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informar nas 2ª semanas


REGRA dos meses de abril e
novembro

PODEM
INFORMAR A pode ser informado pelo
DES/FILIAÇÃO órgão municipal, regional ou
nacional.

PARTICULARIDADES
o próprio filiado poderá
informar à Justiça Eleitoral a
des/filiação quando houver
desídia ou má-fé do partido
político

Ademais, faculta o TSE a prova da filiação por outros elementos, conforme


se extrai da Súmula 20 do TSE:
Súmula TSE nº 20/2000
A falta do nome do filiado ao partido na lista por este encaminhada à Justiça Eleitoral,
nos termos do art. 19 da Lei nº 9.096, de 19.9.1995, pode ser suprida por outros
elementos de prova de oportuna filiação.

Conforme vimos até o presente, a desfiliação poderá ocorrer por


intermédio do partido político, ao retirar o nome do eleitor da respectiva
lista. Poderá ocorrer, ainda, a pedido do próprio interessado, caso o partido
não o faça nos termos da legislação. Para além dessas hipóteses, o
cancelamento da filiação se dará de forma automática, nos seguintes casos:
Art. 22. O cancelamento imediato da filiação partidária verifica-se nos casos de:
I – morte;
II – perda dos direitos políticos;
III – expulsão;
IV – outras formas previstas no estatuto, com comunicação obrigatória ao atingido
no prazo de quarenta e oito horas da decisão.
V – filiação a outro partido, desde que a pessoa comunique o fato ao juiz da
respectiva zona eleitoral.
Parágrafo único. Havendo coexistência de filiações partidárias, prevalecerá a mais
recente, devendo a Justiça Eleitoral determinar o cancelamento das demais.

A finalidade desses dispositivos que tratam do cadastro de filiados é,


segundo o TSE11, impedir que a dupla filiação desvirtue o certame eleitoral
e não de assegurar ao eleitor maior leque de opções quanto ao seu voto.
Aqui não resta outra alternativa, devemos memorizar como se dá a inclusão
da lista e como ocorrerá a retirada do nome do cidadão da lista para evitar
a dupla filiação.

11
REspe nº 26.433/2006.

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 QUANTO À INCLUSÃO DO NOME NA LISTA

O partido político informa a


condição de filiado na segunda
semana dos meses de abril e
outubro.
APÓS A FILIAÇÃO SEGUNDO
NORMATIVA INTERNA DO
PARTIDO
Em caso de inércia do partido
político, o interessado comparece e
informa a condição à Justiça
Eleitoral.

 QUANTO À RETIRADA DA NOME DO CADASTRO EM RAZÃO DA DESFILIAÇÃO

O partido político informa a


condição de desfiliado na
segunda semana dos meses
de abril e outubro.

Em caso de inércia do
DESFILIAÇÃO partido político, o morte
interessado comparece e
informa a condição à
Justiça Eleitoral.
perda dos direitos
políticos
Ocorrerá de forma
automática em caso de:
expulsão

formas previstas no
estatuto

Antes de darmos seguimento à matéria, vamos trazer duas observações


relevantes.

 Devemos atentar que art. 22, II, da LPP, acima citado, refere-se
apenas à hipótese de perda dos direitos políticos, NÃO
abrangendo, portanto, as hipóteses de suspensão dos direitos
políticos. Segundo ensinamentos de José Jairo Gomes12, no caso de
suspensão, a filiação permanecerá suspensa.
 No caso de expulsão, segundo disciplina do art. 22, III, da LPP,
segundo doutrina de Rodrigo Martiniano Ayres Lins13, é necessária a
realização de procedimento administrativo no próprio partido

12
GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral, p. 100.
13
LINS, Rodrigo Martiniano Ayres. Direito Eleitoral Descomplicado, 2ª edição, Rio de
Janeiro: Editora Ferreira, 2014, p 224.

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político, para que seja assegurado ao sujeito que teve a filiação


cancelada o contraditório e a ampla defesa.
Por fim, quando houver coexistência de filiações partidárias, prevalecerá
a mais recente, cancelando-se as demais. Isso não impede, todavia,
eventuais consequências como a infidelidade partidária e apurações
criminais eleitorais, resultem na inelegibilidade do candidato.

Em caso de coexistência de filiações partidárias


prevalece a mais recente, cancelando-se as demais.

O cadastro de filiados, que será administrado pela Justiça Eleitoral, é


divulgado aos partidos políticos para consulta nos termos do §3º do art. 20:
§ 3º Os órgãos de direção nacional dos partidos políticos terão pleno acesso às
informações de seus filiados constantes do cadastro eleitoral.

Vejamos, por fim, o que discorre o art. 21 da LPP, que trata de dever
conferido ao cidadão caso pretenda se desfiliar de partido político. Desse
modo, deverá o desfiliado comunicar o:
1. Órgão eleitoral de direção municipal respectivo; e
2. Juiz eleitoral da zona onde estiver inscrito.
Após a comunicação, o vínculo extingue-se no prazo de dois dias.
Art. 21. Para desligar-se do partido, o filiado faz comunicação escrita ao órgão de
direção municipal e ao Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito.
Parágrafo único. Decorridos dois dias da data da entrega da comunicação, o
vínculo torna-se extinto, para todos os efeitos.

São dois atos para a completa extinção do vínculo...

EXTINÇÃO DO comunicação ao Juiz


decurso de dois
VÍNCULO COM O Eleitoral do domicílio e
dias após a
PARTIDO à direção municipal do
comunicação
POLÍTICO partido político

Finalizamos, assim, mais um capítulo da presente aula.

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7 - Questões
A bateria de questões desta aula será composta de:

Distribuição das Questões

12 12

AULA 09

Disposições Preliminares Filiação Partidária

Serão, portanto, 24 questões do CESPE e inéditas. As questões foram


separadas de acordo com a importância da matéria para a prova.

Em relação aos assuntos estudados na aula de hoje, destacam-se os


seguintes:
 Criação do Partido.
 Filiação.

7.1 - Questões sem Comentários


Disposições Preliminares
Questão 01 – CESPE/TRE-BA – Técnico Judiciário – 2010
A respeito da filiação partidária e do registro de estatuto de partido político, julgue
os itens a seguir.
Só será admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter nacional,
isto é, daquele que comprove o apoiamento de eleitores correspondente a, pelo
menos, 1% dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados,
não computados os votos brancos e os nulos, distribuídos por um terço, ou mais, dos
estados, com um mínimo de 0,1% do eleitorado que haja votado em cada um deles.

Questão 02 – CESPE/Câmara dos Deputados – Analista


Administrativo – 2014
Julgue os próximos itens, referentes aos partidos políticos.
Aos partidos políticos é assegurada a exclusividade de sua denominação, de sua sigla
e de seus símbolos a partir do registro de seus estatutos no TSE.

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Questão 03 – CESPE/Câmara dos Deputados – Analista


Administrativo – 2014
Julgue os próximos itens, referentes aos partidos políticos.
O direito de requerer a anulação do registro de partidos políticos por defeito do
referido ato decai em três anos, contados a partir da publicação de sua inscrição no
registro.

Questão 04 – CESPE/Câmara dos Deputados – Analista


Administrativo – 2014
Julgue os próximos itens, referentes aos partidos políticos.
Os partidos políticos deverão se registrar no tribunal regional eleitoral de qualquer
uma de suas sedes para adquirirem personalidade jurídica.

Questão 05 - CESPE - MPE-PI - Promotor de Justiça - 2012


Com relação às disposições constitucionais e legais acerca dos partidos políticos,
julgue o item seguinte.
O caráter nacional dos partidos políticos é garantido com a vinculação das
candidaturas, em âmbito estadual, distrital ou municipal, às escolhas e ao regime
das coligações eleitorais estabelecidas pela direção partidária nacional.

Questão 06 – CESPE/TRE-RJ – Analista Judiciário – 2012


A respeito dos partidos políticos, julgue os itens seguintes.
Somente depois de adquirirem personalidade jurídica na forma da lei civil e de
registrarem seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral, os partidos políticos
poderão participar do processo eleitoral, receber recursos do fundo partidário e ter
acesso gratuito ao rádio e à televisão, nos termos da lei.

Questão 07 – CESPE/TRE-ES – Técnico Judiciário – 2011


Com relação aos partidos políticos, julgue os itens que se seguem.
Entre as destinações dos partidos políticos, está a defesa dos direitos fundamentais
definidos na Constituição Federal.

Questão 09 - CESPE - MPE-PI - Promotor de Justiça – 2012 –


questão adaptada
Com relação às disposições constitucionais e legais acerca dos partidos políticos,
julgue o item seguinte.
Organização da sociedade civil constituída como pessoa jurídica de direito público, o
partido político destina-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a
autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos fundamentais.

Questão 09 – CESPE/TRE-BA – Analista Judiciário – 2010


Com relação às regras atinentes aos partidos políticos, julgue os itens que seguem.
A Lei assegura a liberdade de criação dos partidos políticos, mas exige que o novo
partido possua caráter nacional e que, após adquirir a personalidade jurídica,
promova o registro do estatuto no TSE.

Questão 10 – Inédita – 2015

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Somente será admitido o registro do estatuto do partido político que tenha caráter
nacional, considerando-se como tal aquele que comprove, no período de dois anos,
o apoiamento mínimo correspondente a:
a) pelo menos, um por cento dos votos dados na última eleição geral para a Câmara
dos Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por um
terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo de um décimo por cento do eleitorado
que haja votado em cada um deles.
b) pelo menos, meio por cento dos votos dados na última eleição geral para a Câmara
dos Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por um
terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo de um décimo por cento do eleitorado
que haja votado em cada um deles.
c) pelo menos, meio por cento dos votos dados na última eleição geral para a Câmara
dos Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por dois
quintos, ou mais, dos Estados, com um mínimo de um por cento do eleitorado que
haja votado em cada um deles.
d) pelo menos, meio por cento dos votos dados na última eleição geral para a Câmara
dos Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por um
terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo de um por cento do eleitorado que haja
votado em cada um deles.
e) pelo menos, um por cento dos votos dados na última eleição geral para a Câmara
dos Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por dois
terços, ou mais, dos Estados, com um mínimo de um décimo por cento do eleitorado
que haja votado em cada um deles.

Questão 11 – Inédita – 2015


A reforma eleitoral promovida pela Lei nº 13.165/2015 alterou a disciplina relativa
ao apoiamento mínimo. Antes não havia um período fixo para colega das assinaturas.
Agora, as assinaturas que comprovam o apoiamento mínimo deverão ser reunidas
no prazo de:
a) um ano
b) dois anos
c) três anos
d) cinco anos
e) 10 anos

Questão 12 – Inédita – 2015


Quanto ao registro do partido político perante o TSE, julgue o item abaixo:
Não há irregularidade na constituição de partido político que, após a constituição civil,
comprovou por intermédio de assinaturas, obtidas ao longo de cinco anos, o
apioamento mínimo correspondente a, pelo menos, 0,5% dos votos dados na última
eleição geral para a Câmara dos Deputados, não computados os votos em branco e
os nulos, distribuídos por um terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo de 0,1%
do eleitorado que haja votado em cada um deles.

Filiação Partidária
Questão 13 – CESPE/TRE-MS – Técnico Judiciário – 2013
Assinale a opção correta acerca da Lei n.º 9.096/1995, que dispõe sobre partidos.

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DIREITO ELEITORAL PARA O TRE/PI
Técnico Judiciário – Área Administrativa
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a) Para desligar-se de partido, o filiado deve encaminhar ao órgão de direção


municipal seu pedido de desligamento, que, se negado, deverá ser apreciado pelo
juiz eleitoral da zona em que for inscrito.
b) A decisão partidária no sentido do deferimento do cancelamento da filiação é
necessária para que o vínculo com o partido torna-se extinto para todos os efeitos.
c) É proibida a filiação de um eleitor a um partido político antes de seu desligamento
do outro partido ao qual era filiado.
d) A organização e o funcionamento dos partidos são determinados por lei específica.
e) Os órgãos de direção nacional de partidos políticos têm pleno acesso às
informações de seus filiados constantes do cadastro eleitoral.

Questão 14 – CESPE/TRE-BA – Técnico Judiciário – 2010


A respeito da filiação partidária e do registro de estatuto de partido político, julgue
os itens a seguir.
Os servidores de quaisquer órgãos da justiça eleitoral não podem pertencer a
diretório de partido político ou exercer qualquer atividade partidária, sob pena de
demissão.

Questão 15 – CESPE/TRE-ES – Técnico Judiciário – 2011


Com relação aos partidos políticos, julgue os itens que se seguem.
Um partido que venha a cancelar a filiação de alguém por hipótese diversa de morte,
perda dos direitos políticos ou expulsão tem a obrigação de comunicar ao atingido o
fato em até quarenta e oito horas da decisão.

Questão 16 – CESPE/TRE-BA – Analista Judiciário – 2010 – questão


adaptada
Considerando as disposições constitucionais acerca de partidos políticos e o papel
dessas instituições para o regime democrático nos termos da Lei dos Partidos e da
legislação brasileira, conforme a interpreta a justiça eleitoral, julgue os seguintes
itens.
É vedada a mudança de partido, impondo-se a perda do mandato por configurar
infidelidade partidária, ainda quando o mandatário pretenda fundar novo ente
partidário.

Questão 17 – CESPE/TRE-BA – Analista Judiciário – 2010 – questão


adaptada
Considerando as disposições constitucionais acerca de partidos políticos e o papel
dessas instituições para o regime democrático nos termos da Lei dos Partidos e da
legislação brasileira, conforme a interpreta a justiça eleitoral, julgue os seguintes
itens.
A perda de mandato por infidelidade partidária decorre de interpretação da justiça
eleitoral, promovida pelo TSE, pois a Lei dos Partidos não é específica quanto a essa
questão.

Questão 18 – CESPE/TRE-BA – Analista Judiciário – 2010


Acerca das regras concernentes à filiação partidária julgue os itens a seguir.

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O cidadão que pretende concorrer a cargo eletivo poderá mudar de partido no ano
em que pretende disputar o pleito, desde que ainda não tenha havido a convenção
do partido com a finalidade de escolher seus respectivos candidatos.

Questão 19 – CESPE/TRE-BA – Analista Judiciário – 2010


Acerca das regras concernentes à filiação partidária julgue os itens a seguir.
A lei limita o acesso dos órgãos de direção nacional dos partidos políticos quanto às
informações de seus filiados constantes do cadastro eleitoral, como forma de
assegurar a privacidade dos eleitores e dos candidatos, ainda que em relação aos
partidos que se encontram filiados.

Questão 20 – Inédita - 2015


Recente alteração na Lei dos Partidos Políticos, promovida pela Lei nº 13.165/2005,
passou a prever hipóteses que justificam a desfiliação do detentor de mandado
político eletivo sem a perda do cargo. Entre as hipóteses expressamente previstas,
não justifica a desfiliação, implicando, portanto, na perda do cargo ocupado:
a) a desfiliação em face de mudança substancial do programa do partido político.
b) a desfiliação em razão da alteração do programa e do estatuto partidários.
c) a desfiliação em razão de grave discriminação política pessoal.
d) a desfiliação em face de desvio reiterado do programa partidário.
e) a desfiliação para mudar de partido político, quando efetuada durante o período
de 30 dias antes do prazo de seis meses, exigidos para a filiação, para concorrer às
eleições majoritárias ou proporcionais, ao término do mandato vigente.

Questão 21 – Inédita – 2015


No que diz respeito à filiação partidária, assina o item seguinte.
A falta do nome do filiado ao partido na lista por este encaminhada à Justiça Eleitoral,
nos termos da legislação eleitoral, pode ser suprida por outros elementos de prova
de oportuna filiação.

Questão 22 – Inédita – 2015


Sobre a alteração promovida na Lei dos Partidos Políticos pela Lei nº 13.165/2005,
julgue a assertiva subsecutiva.
Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem justa causa, do
partido pelo qual foi eleito

Questão 23 – Inédita – 2015


Sobre a alteração promovida na Lei dos Partidos Políticos pela Lei nº 13.165/2005,
julgue a assertiva subsecutiva.
Gilberto Luiz é deputado federal e está filiado ao Partido A. Após análise da estrutura
do partido político ao qual está filiado e devido aprovação do novo estatuto deseja
concorrer às próximas eleições pelo Partido B. Nesse caso, se promover a desfiliação
do Partido A perderá o cargo político-eletivo que ocupa, por se tratar de desfiliação
imotivada.

Questão 24 – Inédita – 2015


Sobre a alteração promovida na Lei dos Partidos Políticos pela Lei nº 13.165/2005,
julgue a assertiva subsecutiva.

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Pâmela é vereadora em Ampére/PR pelo Partido A e vem sofrendo grave


discriminação política pessoal em razão da conduta severa no trato das situações de
corrupção enfrentadas pelo município. Em razão disso, decide desfiliar-se do Partido
A. Nesse caso, não haverá perda do mandato político-eletivo ocupado.

7.2 Gabarito
Questão 01 – INCORRETA Questão 02 – CORRETA

Questão 03 – CORRETA Questão 04 – INCORRETA

Questão 05 – INCORRETA Questão 06 – CORRETA

Questão 07 – CORRETA Questão 09 – INCORRETA

Questão 09 – CORRETA Questão 10 – B

Questão 11 – B Questão 12 – INCORRETA

Questão 13 – E Questão 14 – CORRETA

Questão 15 – CORRETA Questão 16 – CORRETA

Questão 17 – INCORRETA Questão 18 – INCORRETA

Questão 19 – INCORRETA Questão 20 – B

Questão 21 – CORRETA Questão 22 – CORRETA

Questão 23 – INCORRETA Questão 24 – CORRETA

7.3 - Questões com Comentários


Disposições Preliminares
Questão 01 – CESPE/TRE-BA – Técnico Judiciário – 2010
A respeito da filiação partidária e do registro de estatuto de partido político, julgue
os itens a seguir.
Só será admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter nacional,
isto é, daquele que comprove o apoiamento de eleitores correspondente a, pelo
menos, 1% dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados,
não computados os votos brancos e os nulos, distribuídos por um terço, ou mais, dos
estados, com um mínimo de 0,1% do eleitorado que haja votado em cada um deles.

Comentários
A assertiva está incorreta. Em relação ao apoiamento mínimo vejamos os
requisitos constantes do § 1º, do art. 7º, da lei 9.096/95.
1º) prova do apoiamento no prazo de dois anos.
2º) Deve-se obter a assinatura com a indicação do título eleitoral de
ao menos 0,5% do número de votos computados para a última eleição

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para a Câmara dos Deputados. NÃO são levados em consideração os


votos nulos e brancos.
3º) As assinaturas acima devem ser registradas em pelo menos 1/3
dos Estados-membros brasileiros.
4º) Cada um desses Estados deverá computar, pelo menos 0,1% do
eleitorado.
Assim, ao invés do eleitorado nacional, exige-se do número de assinaturas
equivalente a 0,5% dos voto conferidos à Câmara dos Deputados.

Questão 02 – CESPE/Câmara dos Deputados – Analista


Administrativo – 2014
Julgue os próximos itens, referentes aos partidos políticos.
Aos partidos políticos é assegurada a exclusividade de sua denominação, de sua sigla
e de seus símbolos a partir do registro de seus estatutos no TSE.

Comentários
A assertiva está correta, tendo em vista o que prevê o art. 7º, § 3º, da Lei
9.096/95.
Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei civil,
registra seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral.
§ 3º Somente o registro do estatuto do partido no Tribunal Superior Eleitoral
assegura a exclusividade da sua denominação, sigla e símbolos, vedada a utilização,
por outros partidos, de variações que venham a induzir a erro ou confusão.

Esse dispositivo é bastante incidente em provas. Lembre-se:

denominação

COM O REGISTRO NO
TSE, O PARTIDO a exclusividade da siglas
ASSEGURA

símbolos

Questão 03 – CESPE/Câmara dos Deputados – Analista


Administrativo – 2014
Julgue os próximos itens, referentes aos partidos políticos.
O direito de requerer a anulação do registro de partidos políticos por defeito do
referido ato decai em três anos, contados a partir da publicação de sua inscrição no
registro.

Comentários
A assertiva está correta. Não tratamos desse assunto em aula
propriamente, posto que é matéria de Direito Civil, ou melhor, de Direito

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Empresarial. Contudo, como o CESPE gosta de interdisciplinaridades, é


importante que conheçamos ao menos o dispositivo do CC.
A resposta da questão está no Código Civil, art. 44 e 45. Vejamos:
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: (...)
V - os partidos políticos. (...)
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as
alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das
pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o
prazo da publicação de sua inscrição no registro.

Como os partidos políticos são considerados como pessoas jurídicas de


direito privado, aplica-se a normativa geral do Código Civil. Dessa forma, o
direito de requerer a anulação do registro de partido político por
defeito no ato de constituição decai em 03 anos da inscrição do
registro.

Questão 04 – CESPE/Câmara dos Deputados – Analista


Administrativo – 2014
Julgue os próximos itens, referentes aos partidos políticos.
Os partidos políticos deverão se registrar no tribunal regional eleitoral de qualquer
uma de suas sedes para adquirirem personalidade jurídica.

Comentários
A assertiva está incorreta. Como sabemos, os partidos políticos adquirem
personalidade na forma da lei civil. Esse ato que lhes confere personalidade.
Além disso, o registro do estatuto do partido político deve ser registrado no
TSE e não no TRE como diz a questão. Vejamos a regrativa
constitucional, do §2º, do art. 17.
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei
civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

Lembram do nosso esquema de aula:

•constituição civil enquanto



pessoa jurídica

2º •registro do estatuto no TSE

Questão 05 - CESPE - MPE-PI - Promotor de Justiça - 2012


Com relação às disposições constitucionais e legais acerca dos partidos políticos,
julgue o item seguinte.

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O caráter nacional dos partidos políticos é garantido com a vinculação das


candidaturas, em âmbito estadual, distrital ou municipal, às escolhas e ao regime
das coligações eleitorais estabelecidas pela direção partidária nacional.

Comentários
Comentários, a assertiva está incorreta. Não há mais verticalização das
candidaturas, desde a EC 52/2006, conforme art. 17, § 1º, d CF.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna,
organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas
coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas
em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos
estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.

Questão 06 – CESPE/TRE-RJ – Analista Judiciário – 2012


A respeito dos partidos políticos, julgue os itens seguintes.
Somente depois de adquirirem personalidade jurídica na forma da lei civil e de
registrarem seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral, os partidos políticos
poderão participar do processo eleitoral, receber recursos do fundo partidário e ter
acesso gratuito ao rádio e à televisão, nos termos da lei.

Comentários
A assertiva está correta. Trata-se de mais uma questão exigindo o
conhecimento da constituição dos partidos políticos e do art. 7º, da Lei
9.096/95. Vejamos o § 2º, o qual respalda a assertiva:
§ 2º Só o partido que tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral
pode participar do processo eleitoral, receber recursos do Fundo Partidário e ter
acesso gratuito ao rádio e à televisão, nos termos fixados nesta Lei.

Notem que o dispositivo constitucional (art. 17 §2º) possui praticamente a


mesma redação do art. 7º, §2º da LPP.

Questão 07 – CESPE/TRE-ES – Técnico Judiciário – 2011


Com relação aos partidos políticos, julgue os itens que se seguem.
Entre as destinações dos partidos políticos, está a defesa dos direitos fundamentais
definidos na Constituição Federal.

Comentários
A assertiva está correta. Cabe aos partidos políticos defender os direitos
fundamentais, conforme art. 2º, da Lei 9.096/95.
Art. 2º É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos cujos
programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana.

Lembrem-se:

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a assegurar a autencidadade
do sistema representativo.
OS PARTIDOS
POLÍTICOS
DESTINAM-SE
a defender os direitos
fundamentais.

Questão 09 - CESPE - MPE-PI - Promotor de Justiça – 2012 –


questão adaptada
Com relação às disposições constitucionais e legais acerca dos partidos políticos,
julgue o item seguinte.
Organização da sociedade civil constituída como pessoa jurídica de direito público, o
partido político destina-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a
autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos fundamentais.

Comentários
A assertiva está incorreta. Ilustremos a questão com o art. 1º da Lei nº
9.096/1997:
Art. 1º O partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se a
assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema
representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na Constituição
Federal.

O erro da questão está ao mencionar que o partido político é pessoa jurídica


de direito público.

Questão 09 – CESPE/TRE-BA – Analista Judiciário – 2010


Com relação às regras atinentes aos partidos políticos, julgue os itens que seguem.
A Lei assegura a liberdade de criação dos partidos políticos, mas exige que o novo
partido possua caráter nacional e que, após adquirir a personalidade jurídica,
promova o registro do estatuto no TSE.

Comentários
A assertiva está correta. Como bem sabemos, a questão traz a regrativa
constitucional quanto à criação e registro do estatuto dos partidos políticos.
Vamos relembrar o que prevê o art. 17, caput e § 2º, da CF.
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos,
resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os
direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei
civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

Vejamos uma linha do tempo que sintetiza a evolução da criação e registros


do partido político.

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Registro no
TSE
Constituição
de dirigentes
Apoiamento e órgãos
Mínimo definitivos.
Registro Civil
•Aquisição da
Fundação personalidade
•Ata civil
•Designação
de dirigentes
e órgãos
provisórios

Questão 10 – Inédita – 2015


Somente será admitido o registro do estatuto do partido político que tenha caráter
nacional, considerando-se como tal aquele que comprove, no período de dois anos,
o apoiamento mínimo correspondente a:
a) pelo menos, um por cento dos votos dados na última eleição geral para a Câmara
dos Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por um
terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo de um décimo por cento do eleitorado
que haja votado em cada um deles.
b) pelo menos, meio por cento dos votos dados na última eleição geral para a Câmara
dos Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por um
terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo de um décimo por cento do eleitorado
que haja votado em cada um deles.
c) pelo menos, meio por cento dos votos dados na última eleição geral para a Câmara
dos Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por dois
quintos, ou mais, dos Estados, com um mínimo de um por cento do eleitorado que
haja votado em cada um deles.
d) pelo menos, meio por cento dos votos dados na última eleição geral para a Câmara
dos Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por um
terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo de um por cento do eleitorado que haja
votado em cada um deles.
e) pelo menos, um por cento dos votos dados na última eleição geral para a Câmara
dos Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por dois
terços, ou mais, dos Estados, com um mínimo de um décimo por cento do eleitorado
que haja votado em cada um deles.

Comentários
Trouxemos a presente questão para que vocês fixem os percentuais de
apoiamento mínimo para registro do partido político no TSE.
Desse modo a alternativa B é a correta, posto que constitui reprodução
do art. 7º, §1º:
§ 1º Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter
nacional, considerando-se como tal aquele que comprove, no período de dois anos,
o apoiamento de eleitores não filiados a partido político, correspondente a, pelo
menos, 0,5% (cinco décimos por cento) dos votos dados na última eleição
geral para a Câmara dos Deputados, não computados os votos em branco e os
nulos, distribuídos por um terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo de
0,1% (um décimo por cento) do eleitorado que haja votado em cada um deles.

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Quanto às demais alternativas, vejamos:


 Alternativa A:
a) pelo menos, um por cento dos votos dados na última eleição geral para a Câmara
dos Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por um
terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo de um décimo por cento do eleitorado
que haja votado em cada um deles.

 Alternativa C
c) pelo menos, meio por cento dos votos dados na última eleição geral para a Câmara
dos Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por
dois quintos, ou mais, dos Estados, com um mínimo de um por cento do eleitorado
que haja votado em cada um deles.

 Alternativa D
d) pelo menos, meio por cento dos votos dados na última eleição geral para a Câmara
dos Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por um
terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo de um por cento do eleitorado que
haja votado em cada um deles.

 Alternativa E
e) pelo menos, um por cento dos votos dados na última eleição geral para a Câmara
dos Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por
dois terços, ou mais, dos Estados, com um mínimo de um décimo por cento do
eleitorado que haja votado em cada um deles.

Questão 11 – Inédita – 2015


A reforma eleitoral promovida pela Lei nº 13.165/2015 alterou a disciplina relativa
ao apoiamento mínimo. Antes não havia um período fixo para colega das assinaturas.
Agora, as assinaturas que comprovam o apoiamento mínimo deverão ser reunidas
no prazo de:
a) um ano
b) dois anos
c) três anos
d) cinco anos
e) 10 anos

Comentários
Vejamos o que nos diz o art. 7º, I, da LPP:
§ 1º Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter
nacional, considerando-se como tal aquele que comprove, no período de dois anos,
o apoiamento de eleitores não filiados a partido político, correspondente a, pelo
menos, 0,5% (cinco décimos por cento) dos votos dados na última eleição geral para
a Câmara dos Deputados, não computados os votos em branco e os nulos,
distribuídos por um terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo de 0,1% (um
décimo por cento) do eleitorado que haja votado em cada um deles.

Logo, ante o destacado, conclui-se que a alternativa B é a correta e


gabarito da questão.

Questão 12 – Inédita – 2015

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Quanto ao registro do partido político perante o TSE, julgue o item abaixo:


Não há irregularidade na constituição de partido político que, após a constituição civil,
comprovou por intermédio de assinaturas, obtidas ao longo de cinco anos, o
apioamento mínimo correspondente a, pelo menos, 0,5% dos votos dados na última
eleição geral para a Câmara dos Deputados, não computados os votos em branco e
os nulos, distribuídos por um terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo de 0,1%
do eleitorado que haja votado em cada um deles.

Comentários
A assertiva está incorreta. O apoiamento mínimo deverá ser demonstrado,
conforme recente alteração legislativa promovida pela Lei nº 13.165/2015,
no período de dois anos e não de três anos, conforme referido na questão.
O restante está correto e condizente com o art. 7º, §1º, da LPP:
§ 1º Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter
nacional, considerando-se como tal aquele que comprove, no período de dois anos,
o APOIAMENTO DE ELEITORES não filiados a partido político, correspondente a,
pelo menos, 0,5% (cinco décimos por cento) dos votos dados na última eleição geral
para a Câmara dos Deputados, não computados os votos em branco e os nulos,
distribuídos por um terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo de 0,1% (um
décimo por cento) do eleitorado que haja votado em cada um deles.

Se você teve dificuldades nas QUESTÕES 01 E 12 retome ao estudo dos


CAPÍTULOS 02 A 05 desta aula.

Filiação Partidária
Questão 13 – CESPE/TRE-MS – Técnico Judiciário – 2013
Assinale a opção correta acerca da Lei n.º 9.096/1995, que dispõe sobre partidos.
a) Para desligar-se de partido, o filiado deve encaminhar ao órgão de direção
municipal seu pedido de desligamento, que, se negado, deverá ser apreciado pelo
juiz eleitoral da zona em que for inscrito.
b) A decisão partidária no sentido do deferimento do cancelamento da filiação é
necessária para que o vínculo com o partido torna-se extinto para todos os efeitos.
c) É proibida a filiação de um eleitor a um partido político antes de seu desligamento
do outro partido ao qual era filiado.
d) A organização e o funcionamento dos partidos são determinados por lei específica.
e) Os órgãos de direção nacional de partidos políticos têm pleno acesso às
informações de seus filiados constantes do cadastro eleitoral.

Comentários
A alternativa A está incorreta. Não existe tal previsão na legislação
eleitoral. Compete ao interessado tão somente informar o órgão municipal
e à zona eleitoral o ato de desfiliação.

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Órgão eleitoral de
direção municipal
respectivo; e

O DESFILIADO DEVERÁ
COMUNICAR O

Juiz eleitoral da zona


onde estiver inscrito.

Após a comunicação, o vínculo extingue-se no prazo de 2 dias.


Art. 21. Para desligar-se do partido, o filiado faz comunicação escrita ao órgão de
direção municipal e ao Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito.
Parágrafo único. Decorridos dois dias da data da entrega da comunicação, o vínculo
torna-se extinto, para todos os efeitos.

A alternativa B está incorreta, pois decorridos dois dias da entrega da


comunicação para desfilar-se do partido, o vínculo torna-se
automaticamente extinto.
Art. 21. Para desligar-se do partido, o filiado faz comunicação escrita ao órgão de
direção municipal e ao Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito.
Parágrafo único. Decorridos dois dias da data da entrega da comunicação, o vínculo
torna-se extinto, para todos os efeitos.

A alternativa C está incorreta, de acordo com o § único do art. 22. A


filiação a outro partido não é proibida, mas em havendo mais de uma
filiação prevalecerá a mais recente.
Parágrafo único. Havendo coexistência de filiações partidárias, prevalecerá a mais
recente, devendo a Justiça Eleitoral determinar o cancelamento das demais.

A alternativa D está incorreta, pois os partidos políticos são livres para


determinar sua organização. Vejamos o art. 14, da Lei 9.906.
Art. 14. Observadas as disposições constitucionais e as desta Lei, o partido é livre
para fixar, em seu programa, seus objetivos políticos e para estabelecer, em seu
estatuto, a sua estrutura interna, organização e funcionamento.

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. É o que dispõe o


art. 19, §3º da Lei nº 9.096/1997:
Art 19: § 3º Os órgãos de direção nacional dos partidos políticos terão pleno acesso
às informações de seus filiados constantes do cadastro eleitoral. (Incluído pela Lei nº
12.034, de 2009)

Questão 14 – CESPE/TRE-BA – Técnico Judiciário – 2010


A respeito da filiação partidária e do registro de estatuto de partido político, julgue
os itens a seguir.
Os servidores de quaisquer órgãos da justiça eleitoral não podem pertencer a
diretório de partido político ou exercer qualquer atividade partidária, sob pena de
demissão.

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Comentários
A assertiva está correta. Para responder a questão devemos estar cientes
do texto do art. 366, do CE.
Art. 366. Os funcionários de qualquer órgão da Justiça Eleitoral não poderão
pertencer a diretório de partido político ou exercer qualquer atividade partidária, sob
pena de demissão.

Trouxemos essa questão aqui, pois ela foi cobrada como pertencente ao
tema de partidos políticos, embora esteja prevista nas disposições gerais e
transitórias do CE.

Questão 15 – CESPE/TRE-ES – Técnico Judiciário – 2011


Com relação aos partidos políticos, julgue os itens que se seguem.
Um partido que venha a cancelar a filiação de alguém por hipótese diversa de morte,
perda dos direitos políticos ou expulsão tem a obrigação de comunicar ao atingido o
fato em até quarenta e oito horas da decisão.

Comentários
A assertiva está correta. Vejamos o que prescreve o art. 22, da Lei
9.0996/95.
Art. 22. O cancelamento imediato da filiação partidária verifica-se nos casos de:
I - morte;
II - perda dos direitos políticos;
III - expulsão;
IV - outras formas previstas no estatuto, com comunicação obrigatória ao atingido
no prazo de quarenta e oito horas da decisão.
V - filiação a outro partido, desde que a pessoa comunique o fato ao juiz da respectiva
Zona Eleitoral.

A questão foi muito mal redigida pela banca. O fundamento foi retirado do
art. 22, I combinado com o prazo previsto no inc. IV. Infelizmente esse tipo
de questão comum.

Questão 16 – CESPE/TRE-BA – Analista Judiciário – 2010 – questão


adaptada
Considerando as disposições constitucionais acerca de partidos políticos e o papel
dessas instituições para o regime democrático nos termos da Lei dos Partidos e da
legislação brasileira, conforme a interpreta a justiça eleitoral, julgue os seguintes
itens.
É vedada a mudança de partido, impondo-se a perda do mandato por configurar
infidelidade partidária, ainda quando o mandatário pretenda fundar novo ente
partidário.

Comentários
O gabarito original dessa questão era incorreto, pois fundamentado na
Resolução TSE nº 22.610/2007. Contudo, com o art. 22-A da LPP, com

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redação dada pela Lei nº 13/165/2015 não consta do rol do parágrafo único
como hipótese de justa causa a desfiliação para fundar novo partido.
Vejamos:
Art. 22-A. PERDERÁ o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar,
sem justa causa, do partido pelo qual foi eleito.
Parágrafo único. Consideram-se justa causa para a desfiliação partidária
SOMENTE as seguintes hipóteses:
I - mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;
II - grave discriminação política pessoal; e
III - mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o
prazo de filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional,
ao término do mandato vigente.

Em face disso, está correta a assertiva, uma vez nos incisos do parágrafo
único não consta a hipótese referida na assertiva

Questão 17 – CESPE/TRE-BA – Analista Judiciário – 2010 – questão


adaptada
Considerando as disposições constitucionais acerca de partidos políticos e o papel
dessas instituições para o regime democrático nos termos da Lei dos Partidos e da
legislação brasileira, conforme a interpreta a justiça eleitoral, julgue os seguintes
itens.
A perda de mandato por infidelidade partidária decorre de interpretação da justiça
eleitoral, promovida pelo TSE, pois a Lei dos Partidos não é específica quanto a essa
questão.

Comentários
A assertiva está incorreta. A época em que foi redigida está correta a
assertiva, porque não havia delimitação legislativa de justa causa para a
desfiliação partidária.
Contudo, atualmente há o art. 22-A da LPP, que prevê:
Art. 22-A. PERDERÁ o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar,
sem justa causa, do partido pelo qual foi eleito.
Parágrafo único. Consideram-se justa causa para a desfiliação partidária
SOMENTE as seguintes hipóteses:
I - mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;
II - grave discriminação política pessoal; e
III - mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o
prazo de filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional,
ao término do mandato vigente.

Questão 18 – CESPE/TRE-BA – Analista Judiciário – 2010


Acerca das regras concernentes à filiação partidária julgue os itens a seguir.
O cidadão que pretende concorrer a cargo eletivo poderá mudar de partido no ano
em que pretende disputar o pleito, desde que ainda não tenha havido a convenção
do partido com a finalidade de escolher seus respectivos candidatos.

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Comentários
A assertiva está incorreta. O cidadão precisa estar filiado há pelo menos
seis meses (a contar da data das eleições) para concorrer a mandato
eletivo.
O fundamento da questão não consta mais do art. 18 da LPP, que foi
revogado. Mas no art. 9º da Lei das Eleições, que prevê:
Art. 9o Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral
na respectiva circunscrição pelo prazo de, PELO MENOS, UM ANO antes do
pleito, e estar com a filiação deferida pelo partido NO MÍNIMO SEIS MESES
antes da data da eleição.

Portanto...

DOMICÍLIO ELEITORAL pelo menos 1 ano

FILIAÇÃO PARTIDÁRIA pelo menos 6 meses

Questão 19 – CESPE/TRE-BA – Analista Judiciário – 2010


Acerca das regras concernentes à filiação partidária julgue os itens a seguir.
A lei limita o acesso dos órgãos de direção nacional dos partidos políticos quanto às
informações de seus filiados constantes do cadastro eleitoral, como forma de
assegurar a privacidade dos eleitores e dos candidatos, ainda que em relação aos
partidos que se encontram filiados.

Comentários
A assertiva está incorreta, pois os órgãos de direção nacional dos partidos
possuem pleno acesso às informações de seus filiados, de acordo com o §
3º, do art. 19. Da Lei 9.096/95.
Art. 19. Na segunda semana dos meses de abril e outubro de cada ano, o partido,
por seus órgãos de direção municipais, regionais ou nacional, deverá remeter, aos
juízes eleitorais, para arquivamento, publicação e cumprimento dos prazos de filiação
partidária para efeito de candidatura a cargos eletivos, a relação dos nomes de todos
os seus filiados, da qual constará a data de filiação, o número dos títulos eleitorais e
das seções em que estão inscritos.
§ 3o Os órgãos de direção nacional dos partidos políticos terão PLENO ACESSO às
informações de seus filiados constantes do cadastro eleitoral.

Questão 20 – Inédita - 2015


Recente alteração na Lei dos Partidos Políticos, promovida pela Lei nº 13.165/2005,
passou a prever hipóteses que justificam a desfiliação do detentor de mandado
político eletivo sem a perda do cargo. Entre as hipóteses expressamente previstas,
não justifica a desfiliação, implicando, portanto, na perda do cargo ocupado:
a) a desfiliação em face de mudança substancial do programa do partido político.
b) a desfiliação em razão da alteração do programa e do estatuto partidários.
c) a desfiliação em razão de grave discriminação política pessoal.

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d) a desfiliação em face de desvio reiterado do programa partidário.


e) a desfiliação para mudar de partido político, quando efetuada durante o período
de 30 dias antes do prazo de seis meses, exigidos para a filiação, para concorrer às
eleições majoritárias ou proporcionais, ao término do mandato vigente.

Comentários
A presente questão é importantíssima, pois envolve o art. 22-A, da LPP,
com redação dada pela Lei nº 13.165/2015.
Vejamos:
Art. 22-A. Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem justa
causa, do partido pelo qual foi eleito.
Parágrafo único. Consideram-se justa causa para a desfiliação partidária somente as
seguintes hipóteses:
I - mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;
II - grave discriminação política pessoal; e
III - mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o
prazo de filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional,
ao término do mandato vigente.

Da leitura dos incisos acima, notamos que a alternativa B é a que não


consta como hipótese de justa causa para a desfiliação e, portanto, é o
gabarito da questão.
Dada a importância do assunto para a prova, lembre-se:

CONSIDERAM-SE JUSTA CAUSA PARA A


DESFILIAÇÃO PARTIDÁRIA

•mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário


•grave discriminação política pessoal
•mudança de partido no período de 30 dias antes do prazo de filiação (que
é de 6 meses), para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao
término do mandato vigente

Questão 21 – Inédita – 2015


No que diz respeito à filiação partidária, assina o item seguinte.
A falta do nome do filiado ao partido na lista por este encaminhada à Justiça Eleitoral,
nos termos da legislação eleitoral, pode ser suprida por outros elementos de prova
de oportuna filiação.

Comentários
A assertiva está correta, posto que reproduz a Súmula TSE nº 20/2000:
Sumula TSE nº 20/200:
A falta do nome do filiado ao partido na lista por este encaminhada à Justiça Eleitoral,
nos termos do art. 19 da Lei nº 9.096, de 19.9.1995, pode ser suprida por outros
elementos de prova de oportuna filiação.

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Questão 22 – Inédita – 2015


Sobre a alteração promovida na Lei dos Partidos Políticos pela Lei nº 13.165/2005,
julgue a assertiva subsecutiva.
Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem justa causa, do
partido pelo qual foi eleito

Comentários
Está correta a assertiva, que reproduz a literalidade do caput do art. 22-
A, da LPP.
Art. 22-A. Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem justa
causa, do partido pelo qual foi eleito. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)

Questão 23 – Inédita – 2015


Sobre a alteração promovida na Lei dos Partidos Políticos pela Lei nº 13.165/2005,
julgue a assertiva subsecutiva.
Gilberto Luiz é deputado federal e está filiado ao Partido A. Após análise da estrutura
do partido político ao qual está filiado e devido aprovação do novo estatuto deseja
concorrer às próximas eleições pelo Partido B. Nesse caso, se promover a desfiliação
do Partido A perderá o cargo político-eletivo que ocupa, por se tratar de desfiliação
imotivada.

Comentários
A assertiva está incorreta. Uma das hipóteses de justa causa para a
desfiliação é a pretensão de concorrer às eleições em partido diferente do
qual fora eleito.
Nesse caso, prevê o art. 22-A, parágrafo único, da LPP, que a mudança de
partido efetuada durante o período de 30 dias antes do prazo para filiação
exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao
término do mandato vigente, constitui justa causa para desfiliação, sem
perda do mandato originário.

Questão 24 – Inédita – 2015


Sobre a alteração promovida na Lei dos Partidos Políticos pela Lei nº 13.165/2005,
julgue a assertiva subsecutiva.
Pâmela é vereadora em Ampére/PR pelo Partido A e vem sofrendo grave
discriminação política pessoal em razão da conduta severa no trato das situações de
corrupção enfrentadas pelo município. Em razão disso, decide desfiliar-se do Partido
A. Nesse caso, não haverá perda do mandato político-eletivo ocupado.

Comentários
Está correta a assertiva. Quanto ao art. 22-A, parágrafo único, da LPP,
lembre-se:

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CONSIDERAM-SE JUSTA CAUSA PARA A


DESFILIAÇÃO PARTIDÁRIA

•mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário


•grave discriminação política pessoal
•mudança de partido no período de 30 dias antes do prazo de filiação (que
é de 6 meses), para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao
término do mandato vigente

Se você teve dificuldades nas QUESTÕES 13 E 24 retome ao estudo do


CAPÍTULO 06 desta aula.

8 - Resumo Final
Para finalizar o estudo da matéria, trazemos um
resumo dos principais aspectos estudados ao longo da
aula. Nossa sugestão é a de que esse resumo seja
estudado sempre previamente ao início da aula
seguinte, como forma de “refrescar” a memória. Além
disso, segundo a organização de estudos de vocês, a
cada ciclo de estudos é fundamental retomar esses
resumos. Caso encontrem dificuldade em compreender
alguma informação, não deixem de retornar à aula.

Noções Introdutórias
 HISTÓRICO
 origem no mundo: dois eventos centrais.

Grupos de Parlamentares, com ideias afins, que procuram votar


Grã-Bretanha
unidos.

Surgimento dos partidos Federalista (capitaneados por Hamilton e


EUA
Adams) e Republicano (coordenados por Jefferson e Madison).

 no Brasil: surgimento do Partido Liberal em 1831 e do Partido


Conservador em 1889.
 realidade da organização partidária no Brasil: instabilidade
 diversos sistemas eleitorais
 extinção e formação de novos partidos
 conjuntura política, marcada por revoluções e golpes políticos.
 CONCEITUAÇÃO

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Os partidos políticos são agrupamento de pessoas


que possuem pontos de vista semelhantes que,
reunidos, procuram chegar e manter o poder
político, por intermédio de cargos políticos.

 livre associação de pessoas.


 organização estável.
 alcançar e manter o poder político-estatal (finalidade).
 confere autenticidade ao sistema representativo, ao regular
funcionamento do governo, às instituições políticas e à
implementação dos direitos fundamentais.
 CARACTERÍSTICAS E FUNÇÃO DOS PARTIDOS POLÍTICOS
 características:
 Constitui uma organização de pessoas em torno de interesses e
princípios comuns.
 Objetivam acessar o poder político, notadamente, por intermédio
do voto.
 Constituem-se com propósito perene, ou seja, para durar ao longo
dos anos.
 Não se confundem com facções, clubes, grupos etc., em razão da
estabilidade, estrutura e organização.
 função:

FUNÇÃO NO Os partidos políticos organizam a ação governamental


GOVERNO (influência na elaboração de leis e adoção de políticas públicas).

FUNÇÃO COMO Os partidos políticos organizam cidadãos, candidatos e políticos


ORGANIZAÇÃO com o objetivo de lograrem êxito no pleito eleitoral.

Os partidos políticos constituem instrumento para auxiliar os


FUNÇÃO NO
eleitores no momento do voto (apresentação de ideias e
ELEITORADO
valores).

 DESTINAÇÃO (art. 1º, LPP)

a assegurar a autencidadade
do sistema representativo.
OS PARTIDOS
POLÍTICOS
DESTINAM-SE
a defender os direitos
fundamentais.

 LIBERDADE E AUTONOMIA PARTIDÁRIAS (art. 17, §1º, da CF; e art.


2º e 3º da LPP):

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 autonomia para definir sua estrutura interna, organização e


funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de
suas coligações eleitorais.
 liberdade e autonomia para criação, fusão, incorporação e extinção
de partidos políticos.
 A liberdade e autonomia partidária não é absoluta.

OS PARTIDOS POLÍTICOS DEVEM


OS PARTIDOS POLÍTICOS DEVE
OBSERVAR OS SEGUINTES
RESGUARDAR A
PRECEITOS

soberania
caráter nacional
nacional

regime proibição de
democrático recursos e
subordinação
estrangeira
pluripartidarismo
prestação de
contas
direitos
fundamentais da
funcionamento
pessoa humana
parlamentar

 vedações (art. 17, §4º, da CF e art. 6º da LPP)

É VEDADO AOS PARTIDOS POLÍTICOS

Adotar organização militar ou paramilitar.

Ministrar instrução militar ou paramilitar.

Adotar uniforme para seus membros.

 NATUREZA JURÍDICA (art. 44, V, do CC)

PARTIDO Pessoa Jurídica de


POLÍTICO Direito Privado

 É possível a utilização do mandado de segurança contra


representantes ou órgãos de partidos políticos (art. 1º, §1º, da Lei nº
12.016/2009)
 Eventuais lides judiciais tramitarão, em regra, pela Justiça
Comum.

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Criação e Registro
 CRIAÇÃO E REGISTRO (art. 17, §2º, da CF; e art. 7º, caput, da LPP)

•constituição civil enquanto



pessoa jurídica

2º •registro do estatuto no TSE

REGISTRO CIVIL REGISTRO NO TSE

Confere existência jurídica ao Confere validade eleitoral ao


partido político. partido político.

 CARÁTER NACIONAL: Após a constituição civil, o partido deverá proceder


ao registro perante o TSE, momento em que deverá demonstrar o
apoiamento mínimo.
 finalidade: afastar a criação de agremiações com caráter regional
ou local.
 requisitos:
1º) prova do apoiamento no prazo de dois anos.
2º) Deve-se obter a assinatura com a indicação do título eleitoral de
ao menos 0,5% do número de votos computados para a última eleição
para a Câmara dos Deputados. NÃO são levados em consideração os
votos nulos e brancos.
3º) As assinaturas acima devem ser registradas em pelo menos 1/3
dos Estados-membros brasileiros.
4º) Cada um desses Estados deverá computar, pelo menos 0,1% do
eleitorado.
 CONSEQUÊNCIA DO REGISTRO (após o registro civil e eleitoral)
REGISTRO REGULAR (CIVIL

Possibilidade de participação do processo


CONSEQUÊNCIAS DO

eleitoral

Recebimento de recursos do Fundo Partidário


+ TSE)

Acesso gratuito ao rádio e televisão


(propaganda político-partidária)

Exclusividade de denominação, sigla e


símbolos

 PROCEDIMENTO DE REGISTRO

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REGISTRO CIVIL
 inscrição civil:

REQUERIMENTO DE
INSCRIÇÃO CIVIL

Subscrição por, Distribuídos por Nome e função Endereço da sede


pelo menos, 101 1/3 dos Estados- dos dirigentes do partido em
fundadores. membros. provisórios. Brasília.

 documentos inscrição civil

Cópia da ata de fundação nome completo

DOCUMENTOS QUE Exemplares do DOU que


DEVEM ACOMPANHAR O publicou o programa e o naturalidade
REQUERIMENTO estatuto.
nº do título eleitoral,
Relação de fundadores,
indicando a Zona, Seção,
com:
Municípo e Estado

profissão

endereço da residência

 procedimento civil de criação do partido

Registro no
TSE
Constituição
de dirigentes
Apoiamento e órgãos
Mínimo definitivos.
Registro Civil
•Aquisição da
Fundação personalidade
•Ata civil
•Designação
de dirigentes
e órgãos
provisórios

 documentos a serem apresentados no TSE

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DOCUMENTOS A
SEREM
APRESENTADOS NO
TSE

Cópia autentivada do
Certidões dos
inteiro teor do
Certidão do Registro Cartórios Eleitorais
programa e do
Civil. comprovando o
estatuto inscritos no
apoiamento mínimo.
Registro Civil.

REGISTRO PERANTE O TSE


 prova do apoiamento pelo cidadão depende:

PROVA DO
APOAMENT
O

certidão atestante da
indicação do título
assinatura; autenticidade pelo chefe
eleitoral; e
de cartório eleitoral.

 Para cada lista apresentada, o chefe de cartório eleitoral fornecerá um


recibo, devendo lavrar atestado das assinaturas no prazo de 15 dias.
 linha do tempo do procedimento de registro perante o TSE

vista à
Procuradoria-Geral
Protocolado o 48 distribuído a um
Eleitoral para
pedido no TSE relator
parecer no prazo de
10 dias

10 dias para
deferimento do
eventuais
registro em 30 dias
diligências

 As alterações programáticas ou estatutárias do partido político já


constituído deverão ser arquivadas primeiramente no Registro Civil
e, posteriormente, encaminhadas ao TSE.
 registro de órgãos partidários:
 TSE: órgãos nacionais de partido político;
 TRE: órgãos regionais e municipais de partidos políticos.

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 credenciamento de delegados:

PODERÃO SER
CREDENCIADOS
DELEGADOS DE
PARTIDO PERANTE

Juízes Eleitorais TRE TSE

representam o representam o representam o


partido perante o partido perante o partido perante
Juiz Eleitoral da TRE do estado e quaisquer
respectiva seus juízes tribunais ou
circunscrição eleitorais juízes eleitorais

Filiação e Desfiliação partidárias


 FILIAÇÃO
 A filiação partidária é condição de elegibilidade. Para o sujeito se filiar
ao partido político, deverá estar com o pleno gozo dos direitos políticos e
atender às regras previstas no estatuto.
 O TSE tem entendido que embora inelegível, é possível que o
eleitor filie-se.
 TEMPO MÍNIMO DE FILIAÇÃO PARTIDÁRIA FOI REDUZIDO DE UM
ANO PARA SEIS MESES.

O estatuto do partido poderá estabelecer um tempo superior de
filiação para que o filiado se lance candidato, o que não pode é fixar
um prazo menor de seis meses.
 COMUNICAÇÃO DA DES/FILIAÇÃO PARTIDÁRIA
 QUANTO À INCLUSÃO DO NOME NA LISTA

O partido político informa a


condição de filiado na segunda
semana dos meses de abril e
outubro.
APÓS A FILIAÇÃO SEGUNDO
NORMATIVA INTERNA DO
PARTIDO
Em caso de inércia do partido
político, o interessado comparece e
informa a condição à Justiça
Eleitoral.

 QUANTO À RETIRADA DA NOME DO CADASTRO EM RAZÃO DA DESFILIAÇÃO

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O partido político informa a


condição de desfiliado na
segunda semana dos meses
de abril e outubro.

Em caso de inércia do
DESFILIAÇÃO partido político, o morte
interessado comparece e
informa a condição à
Justiça Eleitoral.
perda dos direitos
políticos
Ocorrerá de forma
automática em caso de:
expulsão

formas previstas no
estatuto

 Quando houver coexistência de filiações partidárias, prevalecerá a mais


recente, cancelando-se as demais.
 completa extinção do vínculo

EXTINÇÃO DO comunicação ao Juiz


decurso de dois
VÍNCULO COM O Eleitoral do domicílio e
dias após a
PARTIDO à direção municipal do
comunicação
POLÍTICO partido político

9 - Considerações Finais
Chegamos ao final de mais uma aula do nosso curso. Essa parte do material
foi tranquila e mais curta, porém, pela incidência de questões vocês devem
imaginar que o assunto é importante.
Na próxima aula estudaremos os dispositivos da nova Lei nº
13.165/2015.
Até lá!
Ricardo Torques
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https://www.facebook.com/ricardo.s.torques

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