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de Thévenin e de Norton’
Realizado por: Francisco Ferreira da Cunha Barros.
Abstract:
Determinaram-se os circuitos equivalente de Thevenín e de Norton de dois circuitos distintos
lineares, através do método de substituição de uma resistência de carga ligada aos terminais do
circuito, medindo-se para cada resistência de carga através do método amperímetro,
voltímetro, respetivamente, a corrente e a tensão que existiam no circuito, traçando-se assim o
gráfico da intensidade de corrente em função da tensão (I(V)) e assim, através de um ajuste
linear efetuado aos dados experimentais, foi possível obter-se o valor de tensão equivalente de
Thévenin (VTh), o valor da resistência equivalente de Thévenin (RTh) e o valor da intensidade de
corrente equivalente (IN). Obtiveram-se resultados bastantes satisfatórios, com erros não
superiores a 1,2%.
1.Introdução teórica:
Um circuito equivalente de Thévenin é constituído por uma fonte de tensão independente (Vth)
montada em série com uma resistência (RTh), que substituem uma possível ligação interna de
resistências e de fontes do circuito original, de maneira a que se ligarmos a mesma carga aos
terminais do circuito equivalente (a,b), obtemos a mesma tensão e a mesma voltagem que se
ligássemos essa mesma resistência de carga ao circuito original. O mesmo acontece para um
circuito equivalente de Norton, sendo para este caso, o circuito equivalente dado por uma fonte
de corrente (IN) em paralelo com uma resistência (Rth).
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Para representar o circuito original por um equivalente de Thévenin ou de Norton, é necessário
primeiro determinar Vth, IN e Rth. Para o conseguirmos, consideramos inicialmente a resistência
de carga infinitamente grande, ou seja, o circuito encontra-se em circuito aberto e assim, Vth é
igual à voltagem em circuito aberto do circuito original. Reduzindo agora a resistência de carga
para zero, temos uma condição de curto-circuito, assim, determinando esta corrente de curto-
circuito (por exemplo por aplicação das leis de Kirchhoff) e por aplicação da lei de Ohm, é
possível encontrar o valor da resistência equivalente (Rth).
𝑉𝑡ℎ
𝐼𝑐𝑐 = (1)
𝑅𝑡ℎ
E assim:
𝑉𝑡ℎ
𝑅𝑡ℎ = (2)
𝐼𝑐𝑐
Onde:
𝐼𝑛 = 𝐼𝑐𝑐 (3)
2.Realização experimental:
2.1.Circuito 1:
Sendo que este trabalho experimental tinha como objetivo de estudo o circuito equivalente de
dois circuitos lineares, utilizaram-se os seguintes materiais para a montagem do circuito 1: duas
resistências de 2,2kuma resistência de 1k,uma fonte de tensão de 15V, cabos elétricos,
placa de circuitos, voltímetro, amperímetro e várias resistências de carga.
Figura 3 Circuito 1
2.1.1.Propriedades do circuito 1:
A tensão em circuito aberto nos pontos C,D, tensão de Thévenin experimental, foi de 2,43 Volts
± 0,01 Volts.
2.2 Circuito 2:
Para o circuito 2 (‘caixa preta’), foram necessários os seguintes materiais: circuito desconhecido
(‘caixa preta’),resistências de carga, cabos elétricos, placa de circuitos, voltímetro, amperímetro.
Figura 4 Circuito 2
2
2.2.1Propriedades do circuito 2:
Para o circuito 2, era indicado que a tensão nos seus terminais (Teórico) era de 7,5 Volts e a sua
corrente max (ImaxTeo) era de 500 mA. A tensão medida com um voltímetro nos seus terminais
foi de 11,61 Volts ± 0,01 Volts, sendo este valor, o valor de tensão de Thévenin (Vthexp)
considerado como o correto.
Assim, o método utilizado para traçar o gráfico de I(V) de cada circuito, consistiu em utilizar
varias resistências de carga diferentes, obtendo-se assim, através do método
amperímetro/voltímetro, um par de valores de corrente e tensão, que foram depois utilizados
para traçar o gráfico I(V). Foi tido em conta, a não utilização de resistências de carga demasiado
baixas de modo a que a corrente que percorresse a parte externa ao circuito não fosse
demasiado elevada e assim não causasse danos quer no amperímetro, quer na fonte de tensão
e/ou nos cabos elétricos.
3.1.Resultados circuito 1:
Foi obtido o seguinte gráfico de I(V), bem com a respetiva matriz do ajuste linear.
Figura 5: Gráfico da variação da intensidade de corrente em função da tensão devido á variação da resistência de
carga para o circuito 1 com a respetiva matriz de ajuste linear aos dados obtidos.
Por análise destes dados, é possível obter-se que INexp é o valor da ordenada na origem da reta
do ajuste linear e portanto tem o valor de 3,625 mA ± 0,004 mA.
E assim, resulta:
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𝑉 = 2,429 𝑉𝑜𝑙𝑡𝑠
𝑏
𝑉= (6)
𝑚
Vem que V, é dado por:
1 𝑏
∆𝑉 = ∆𝑏 + 2 ∆𝑚 (7)
𝑚 𝑚
Assim:
𝑒𝑟𝑟𝑜 % = 0,04%
A resistência equivalente de Thévenin, é dada pela equação (2) e a sua incerteza é dada por:
∆𝑉𝑡ℎ𝑒𝑥𝑝 𝑉𝑡ℎ𝑒𝑥𝑝
∆𝑅 = + 2 ∗ ∆𝐼𝑁 (8)
𝐼𝑁 𝐼 𝑁
Assim, comparando o valor de resistência teórico (RthTeórico) com o valor da resistência obtida
pelo ajuste (Rthexp), vem:
𝑒𝑟𝑟𝑜 % = 1%
3.2. Resultados circuito 2:
Foi obtido o respetivo gráfico de I(V), bem com a respetiva matriz do ajuste linear:
Figura 6: Gráfico 2 da variação da intensidade de corrente em função da tensão devido á variação da resistência de
carga para o circuito 2, ‘Caixa preta’,’ com respetiva matriz do ajuste linear.
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Por análise destes dados, é possível obter-se que INexp é o valor da ordenada na origem da reta
do ajuste linear e portanto tem o valor de 11,62 mA ± 0,03 mA.
𝑅𝑡ℎ𝑒𝑥𝑝 = 1011,1±
Sendo agora possível estimar a percentagem de erro comparando-se o valor da tensão medida
em circuito aberto Vth com o valor obtido pelo ajuste Vthexp:
𝑒𝑟𝑟𝑜 % = 1,1%
Não é possível calcular o erro relativo de mais nenhuma grandeza uma vez que não foi medido
nem o valor da resistência nem o valor da intensidade de corrente nos terminais do circuito.
Não foram comparados os valores obtidos pelo ajuste linear com os valores especificados na
caixa do circuito devido á grande diferença entre valores, o que torna possível que a caixa dos
circuitos tenha sido trocada.
5.Referências: