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A filosofia Agostiniana e a reflexão

sobre o medium

Filosofia – Fapcom 2017


Prof. Cadu

Filosofia Patrís-ca
(do século I ao século VII)

•  De São Paulo e São João até o século VII;
•  PatrísDca = filosofia dos pais da Igreja;
•  Conciliar o crisDanismo com o pensamento
filosófico dos gregos e romanos;

Algumas novidades da patrísDca:
–  A ideia de criação do mundo a parDr do nada;
–  De pecado original do homem;
–  De Deus como trindade una, de encarnação e
morte de Deus, de juízo final ou de fim dos
tempos;
–  Ressurreição dos mortos, etc.
–  Como o mal pode exisDr no mundo se Deus é pura
bondade?
Conciliação entre Fé e Razão
1.  Os que julgavam fé e razão irreconciliáveis e a fé
superior à razão : “Creio porque absurdo”;
2.  Os que julgavam fé e razão conciliáveis, mas
subordinavam a razão à fé : “Creio para
compreender”;
3.  Os que julgavam razão e fé irreconciliáveis, mas
afirmavam que cada uma delas tem seu campo
próprio de conhecimento e não devem se
misturar;
Santo Agostinho de Hipona
.

354 – 430 d.C.

A relação entre Razão humana x Fé cristã

.
Confissiones (397-401)

•  No entanto, mulDplicavam-se os meus pecados. Quando de


mim foi arrebatada a mulher com quem vivia, considerada
impedimento para meu casamento, meu coração, que lhe
era afeiçoadíssimo, ficou profundamente ferido e sangrou
por muito tempo. Ela voltou para África fazendo a Ti o voto
de jamais pertencer a outro homem e deixando para mim o
filho que me havia dado" (Conf. VI, 15, 25)
•  Mas eu, adolescente desventurado em extremo, Dnha
chegado a pedir-te a casDdade dizendo: - Dai-me a
casDdade e a conDnência, mas não agora (Conf. VII, 7, 17)
Principais objetivos da filosofia de Agostinho:

1.  Converter os pagãos;


2.  Combater heresias (doutrinas opostas aos dogmas da Igreja
Católica);
3.  Justificar a fé cristã.
Platão: Agostinho:

-  Mundo das Ideias -  Cidade de Deus


-  Mundo das Sombras -  Cidade dos Homens
-  Ideias -  O pensamento de Deus

-  Cópias -  Criações de Deus


- Alma -  Sopro divino
-  Demiurgo -  Deus ou Luz
-  Homem -  Imagem e semelhança de Deus
“Creio tudo o que entendo, mas nem tudo que
creio tamb ém e ntend o . Tud o o q ue
compreendo conheço, mas nem tudo que
creio conheço”.
Agostinho. De Magistro. São Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 319.
Coleção "Os Pensadores".

-  Para Agostinho, a razão tenta explicar o que a fé antecipou.


Logo, a razão conhece, mas é a fé, Iluminação Divina, que
permite dizer se tal conhecimento é verdadeiro. Nesse
sentido, a Iluminação é uma Luz especial e incorpórea
que permite aos predestinados chegarem até Deus.

- Fé em Agostinho não significa somente crer em Deus. O


conceito de fé tem um sentido mais amplo, que é ser
escolhido por Deus.
Medium em AgosDnho
•  Mídia = do laDm medius.
•  Aparece com força no século XIX e XX, principalmente
em três áreas:
1.  no espiritualismo, onde os médiums são pessoas que
estabelecem uma mediação entre o mundo dos mortos e o
mundo dos vivos;
2.  No campo da estéDca: significa suporte técnico ou material da
obra de arte;
3.  Finalmente, no domínio das tecnologias de comunicação de
massa, tema da maioria dos estudos de sociologia das mídias.
•  A origem filosófica dessas reflexões sobre o medium:
Santo AgosDnho. Em parDcular a concepção neutra
desses meios, isto é, de não interferência nas
mensagens.
De doctrina Chris/ana
(397 – 426)
•  ObjeDvo da obra: desenvolvimento de um
método de compreensão das escrituras e de
entendimento do que caracterizaria a boa
formação cristã.
•  AgosDnho disDngue duas formas de
conhecimento :
–  o conhecimento sobre as coisas e o conhecimento
sobre os signos.
–  Sobre o conhecimento das coisas, os homens têm
duas tendências, o desejo de desfrutar e o desejo
de uDlizar:
•  “Fruir é aderir a alguma coisa por amor a ela própria. E
usar é orientar o objeto de que se faz uso para obter o
objeto ao qual se ama, caso tal objeto mereça ser
amado”(AGOSTINHO, 2002, p. 44)
Exemplo da viagem à terra natal
“E o Verbo se fez carne, e habitou
entre nós” (Jo 1,14).
•  “...a palavra de Deus, sem mudar de natureza, fez-se carne
para habitar entre nós.” (AGOSTINHO, 2002, p. 52).

•  “Nem o pensamento e nem a Palavra perdem-se em seu


descenso para a forma sensível. A natureza permanece
constante em um novo suporte. Incorporação é na melhor
das hipóteses um expediente de exibição, sem importância
ontológica. Este é o programa da comunicação como o
encontro de duas ideias interiores, imperturbável por suas
materialidades. O conteúdo permanece idênDco em todas
as suas incorporações” (PETERS, 2000, p. 70)
•  “Na realidade, é para alma uma escravidão de
causar pena, o tomar os signos pelas coisas e
se senDr impotente de erguer o olhar da
inteligência acima da criação temporal, a fim
de enchê-lo da luz eterna” (AGOSTINHO,
2002, p. 161;162).
•  O que se delineia nesse trecho da obra De doctrina
chrisBana é uma teoria dos meios, entendidos num
senDdo amplo como meios de comunicação,
transporte, signos linguísDcos ou mesmo, no limite,
todo o mundo material.
•  Esses meios são canais neutros que não têm o poder
de transformar a mensagem, pois eles devem ser
uDlizados e não amados em si.
•  Mesmo essa uDlização deve ser moderada, isto é, para
fins legíDmos, ao contrário não é uDlização, mas abuso:
“O uso ilícito cabe, com maior propriedade, o nome de excesso ou
abuso”(AGOSTINHO, 2002, p. 44).
•  Para AgosDnho, a comunicação acontece graças e
apesar do meio. Paradoxo da comunicação, que é
sempre indireta.
•  No caso da comunicação indireta entre homem e Deus,
o único intermediário legiDmo é Jesus Cristo; uma
comunicação que é formatada para os senDdos
humanos.
•  O Deus cristão comunica-se a parDr de uma
manifestação, a encarnação de Cristo, o verbo de
Deus. Essa encarnação é antes de tudo um ato
comunicaDvo; em consequência, a comunicação divina
para com os homens é sempre indireta.
•  Conforme desenvolve AgosDnho em Cidade de
Deus (Livro 16, Capítulo 6), nem toda
comunicação é indireta. Deus tem uma
maneira de se comunicar perfeita, por
exemplo com os anjos, uma comunicação que
dispensa a mediação, o meio.
Utopia da Comunicação
Referências
•  AGOSTINHO, Santo. A doutrina cristã. Manual de
exegese e formação cristã. São Paulo: Paulus, 2002.
•  BROWN, Peter. Santo AgosBnho uma biografia. Rio de
Janeiro: Record, 2006.
•  GILSON, EDenne. Introdução ao estudo de Santo
AgosBnho. São Paulo: Paulus, 2007.
•  PETERS, John Durham. Speaking into the air: a history
of the idea of communicaBon. Chicago: University of
Chicago Press, 2000.
•  REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da filosofia,
V.2. São Paulo: Paulus, 2004.

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