• De São Paulo e São João até o século VII; • PatrísDca = filosofia dos pais da Igreja; • Conciliar o crisDanismo com o pensamento filosófico dos gregos e romanos;
Algumas novidades da patrísDca: – A ideia de criação do mundo a parDr do nada; – De pecado original do homem; – De Deus como trindade una, de encarnação e morte de Deus, de juízo final ou de fim dos tempos; – Ressurreição dos mortos, etc. – Como o mal pode exisDr no mundo se Deus é pura bondade? Conciliação entre Fé e Razão 1. Os que julgavam fé e razão irreconciliáveis e a fé superior à razão : “Creio porque absurdo”; 2. Os que julgavam fé e razão conciliáveis, mas subordinavam a razão à fé : “Creio para compreender”; 3. Os que julgavam razão e fé irreconciliáveis, mas afirmavam que cada uma delas tem seu campo próprio de conhecimento e não devem se misturar; Santo Agostinho de Hipona .
354 – 430 d.C.
A relação entre Razão humana x Fé cristã
. Confissiones (397-401)
• No entanto, mulDplicavam-se os meus pecados. Quando de
mim foi arrebatada a mulher com quem vivia, considerada impedimento para meu casamento, meu coração, que lhe era afeiçoadíssimo, ficou profundamente ferido e sangrou por muito tempo. Ela voltou para África fazendo a Ti o voto de jamais pertencer a outro homem e deixando para mim o filho que me havia dado" (Conf. VI, 15, 25) • Mas eu, adolescente desventurado em extremo, Dnha chegado a pedir-te a casDdade dizendo: - Dai-me a casDdade e a conDnência, mas não agora (Conf. VII, 7, 17) Principais objetivos da filosofia de Agostinho:
1. Converter os pagãos;
2. Combater heresias (doutrinas opostas aos dogmas da Igreja Católica); 3. Justificar a fé cristã. Platão: Agostinho:
- Mundo das Ideias - Cidade de Deus
- Mundo das Sombras - Cidade dos Homens - Ideias - O pensamento de Deus
- Cópias - Criações de Deus
- Alma - Sopro divino - Demiurgo - Deus ou Luz - Homem - Imagem e semelhança de Deus “Creio tudo o que entendo, mas nem tudo que creio tamb ém e ntend o . Tud o o q ue compreendo conheço, mas nem tudo que creio conheço”. Agostinho. De Magistro. São Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 319. Coleção "Os Pensadores".
- Para Agostinho, a razão tenta explicar o que a fé antecipou.
Logo, a razão conhece, mas é a fé, Iluminação Divina, que permite dizer se tal conhecimento é verdadeiro. Nesse sentido, a Iluminação é uma Luz especial e incorpórea que permite aos predestinados chegarem até Deus.
- Fé em Agostinho não significa somente crer em Deus. O
conceito de fé tem um sentido mais amplo, que é ser escolhido por Deus. Medium em AgosDnho • Mídia = do laDm medius. • Aparece com força no século XIX e XX, principalmente em três áreas: 1. no espiritualismo, onde os médiums são pessoas que estabelecem uma mediação entre o mundo dos mortos e o mundo dos vivos; 2. No campo da estéDca: significa suporte técnico ou material da obra de arte; 3. Finalmente, no domínio das tecnologias de comunicação de massa, tema da maioria dos estudos de sociologia das mídias. • A origem filosófica dessas reflexões sobre o medium: Santo AgosDnho. Em parDcular a concepção neutra desses meios, isto é, de não interferência nas mensagens. De doctrina Chris/ana (397 – 426) • ObjeDvo da obra: desenvolvimento de um método de compreensão das escrituras e de entendimento do que caracterizaria a boa formação cristã. • AgosDnho disDngue duas formas de conhecimento : – o conhecimento sobre as coisas e o conhecimento sobre os signos. – Sobre o conhecimento das coisas, os homens têm duas tendências, o desejo de desfrutar e o desejo de uDlizar: • “Fruir é aderir a alguma coisa por amor a ela própria. E usar é orientar o objeto de que se faz uso para obter o objeto ao qual se ama, caso tal objeto mereça ser amado”(AGOSTINHO, 2002, p. 44) Exemplo da viagem à terra natal “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós” (Jo 1,14). • “...a palavra de Deus, sem mudar de natureza, fez-se carne para habitar entre nós.” (AGOSTINHO, 2002, p. 52).
• “Nem o pensamento e nem a Palavra perdem-se em seu
descenso para a forma sensível. A natureza permanece constante em um novo suporte. Incorporação é na melhor das hipóteses um expediente de exibição, sem importância ontológica. Este é o programa da comunicação como o encontro de duas ideias interiores, imperturbável por suas materialidades. O conteúdo permanece idênDco em todas as suas incorporações” (PETERS, 2000, p. 70) • “Na realidade, é para alma uma escravidão de causar pena, o tomar os signos pelas coisas e se senDr impotente de erguer o olhar da inteligência acima da criação temporal, a fim de enchê-lo da luz eterna” (AGOSTINHO, 2002, p. 161;162). • O que se delineia nesse trecho da obra De doctrina chrisBana é uma teoria dos meios, entendidos num senDdo amplo como meios de comunicação, transporte, signos linguísDcos ou mesmo, no limite, todo o mundo material. • Esses meios são canais neutros que não têm o poder de transformar a mensagem, pois eles devem ser uDlizados e não amados em si. • Mesmo essa uDlização deve ser moderada, isto é, para fins legíDmos, ao contrário não é uDlização, mas abuso: “O uso ilícito cabe, com maior propriedade, o nome de excesso ou abuso”(AGOSTINHO, 2002, p. 44). • Para AgosDnho, a comunicação acontece graças e apesar do meio. Paradoxo da comunicação, que é sempre indireta. • No caso da comunicação indireta entre homem e Deus, o único intermediário legiDmo é Jesus Cristo; uma comunicação que é formatada para os senDdos humanos. • O Deus cristão comunica-se a parDr de uma manifestação, a encarnação de Cristo, o verbo de Deus. Essa encarnação é antes de tudo um ato comunicaDvo; em consequência, a comunicação divina para com os homens é sempre indireta. • Conforme desenvolve AgosDnho em Cidade de Deus (Livro 16, Capítulo 6), nem toda comunicação é indireta. Deus tem uma maneira de se comunicar perfeita, por exemplo com os anjos, uma comunicação que dispensa a mediação, o meio. Utopia da Comunicação Referências • AGOSTINHO, Santo. A doutrina cristã. Manual de exegese e formação cristã. São Paulo: Paulus, 2002. • BROWN, Peter. Santo AgosBnho uma biografia. Rio de Janeiro: Record, 2006. • GILSON, EDenne. Introdução ao estudo de Santo AgosBnho. São Paulo: Paulus, 2007. • PETERS, John Durham. Speaking into the air: a history of the idea of communicaBon. Chicago: University of Chicago Press, 2000. • REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da filosofia, V.2. São Paulo: Paulus, 2004.