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IMPLANTAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

CIVIL: VANTAGENS DA APLICAÇÃO DO SISTEMA LIGHT STEEL FRAME EM


EDIFICAÇÕES1

Kássia Karla Rodrigues Oliveira 2


Rogério Belfort3

RESUMO

O déficit habitacional brasileiro tem a necessidade de ser reduzido e os sistemas construtivos


do país buscam desenvolvimentos para acontecer e muitas vezes precisam da ajuda de
incentivos financeiros e órgãos governamentais com a volta de construções de moradias, por
exemplo. Isto, consequentemente, provoca a busca urgentemente da industrialização na
construção civil e métodos construtivos eficientes que acelerem o processo sem aumentar
custos, obras civis concluídas em tempos e a redução de resíduos gerados pelo sistema
construtivo. É nesse contexto que surge alternativa como o sistema construtivo Light Steel
Frame que vem sendo empregado já em vários países desenvolvidos e tem características de
produção enxuta. Ele vem sendo uma grande aposta para empresas que procuram superar o
sistema de construção convencional com o intuito de adquirir rapidez, qualidade e
sustentabilidade nas obras civis. A intenção deste trabalho é apresentar o sistema steel frame e
convencional bem como suas etapas construtivas. Também mostrar resultados quanto à
produtividade dos métodos construtivos e a comparação das características entre eles.

Palavras-chave: Déficit habitacional. Sistemas construtivos. Steel Frame. Convencional.

1 INTRODUÇÃO
A indústria da construção civil é vista com grande importância para atividades que
envolvem o desenvolvimento econômico-social. Entretanto, é uma das operações que mais
geram entulhos, afetam o meio ambiente e, principalmente, exigem bastante tempo de
execução. De acordo com Silva e Sabbatini (2007), existem inúmeras interrupções das etapas
nas obras, por exemplo, de produção, a falta de projetos detalhados e planejamentos sendo

1 Este artigo é parte constituinte do TCC de Engenharia Civil.


2 Aluna do 10º período do Curso de Engenharia Civil da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco (UNDB).
3 Professor especialista, orientador.
que isto pode causar uma série de fatores inadequados, como manifestação patológica nas
edificações desperdícios de materiais e improdutividade. Logo, notam-se as deficiências nos
processos construtivos e ineficiências acentuadas devido às falhas caracterizando o processo
de qualidade na construção civil.
A grande competitividade nesta área necessita de alternativas ágeis e práticas.
Frente a isto, o assunto abordado se torna viável, pois se sabe que o Brasil tem necessidade de
sistemas construtivos que mostrem maior eficiência, rapidez na execução e qualidade. Além
disso, é relevante apontar o uso dessa nova tecnologia que gera crescimento nesse setor e
pode complementar na execução de obra os sistemas construtivos a seco de melhor qualidade
e com menor custo, que é o caso escolhido, intencionalmente, do Steel Frame. É considerado
um desenvolvimento tecnológico com modernização no processo de produtividade
operacional com possibilidades de substituir os métodos mais clássicos empregados
atualmente.
O aço utilizado nesse sistema construtivo é considerado um material
ecologicamente correto, eficiente e de soluções tecnológicos inteligentes vistos como
alternativa para maior produtividade e a redução de desperdícios em relação a impactos
ambientais. Os critérios e métodos do método Light Steel Frame é um sistema inovador, pois
mostra rapidez principalmente nos campos industriais e residenciais. Com isso possibilita o
crescimento de obras no Brasil e muitas empresas tem começado a buscar especialidades
neste segmento para oferecer tecnologias na construção como é encontrado em outros países.
Ghoubar (2012) destaca que um sistema construtivo industrializado da construção
permite certa agilidade durante a obra e, com isso, tem-se garantia de resultados com a
redução de custo com mão de obra, minimiza os possíveis atrasos e, portanto, atende mais
rápido as exigências dos usuários. O sistema construtivo Light Steel Frame apresenta uma
versatilidade de material e articulações para grandes capacidades de adaptação em relação
às diferentes características que as edificações necessitam, além de garantir uma vida útil
mais extensa. Este processo executivo também é conhecido de construção seca, pois não é
utilizado água durante a montagem. Trata-se de um método construtivo dinâmico devido o
serviço ser industrializado, rápido, sustentável e de alto desempenho.
Em 2003, foi elaborado e aprovado para todo o Brasil um manual chamado
“Steel Framing – Requisitos e condições mínimos para financiamento pela CAIXA” pelo
Centro Brasileiro de Construção em Aço (CBCA), representador do setor siderúrgico,
junto com SindusConSP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São
Paulo) e a Caixa Econômica Federal (CEF). Deste modo, nota-se, que a industrialização
da construção civil no Brasil é uma realidade já solidificada. Os técnicos, engenheiros,
empresas e indústrias que fornecem serviços na metodologia executiva do LSF encontram-
se preparados e confiam no crescimento deste tipo de sistema.
Nesse sentido, o trabalho busca demonstrar as vantagens, viabilidade, mas
principalmente os benefícios do sistema Light Steel Frame em relação ao sistema
construtivo convencional que é tradicionalmente usado no Brasil e poderia ser substituído
em algumas situações com o objetivo de agilizar, corrigir problemas, modernizar os meios
de produção e facilitar a industrialização dos processos construtivos que o nosso país
necessita.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Light Steel Frame

2.1.1 Definição

Para Jardim e Campos (2004) o sistema Light Steel Frame é um método


construtivo que tem uma estrutura formada por perfis de aço galvanizado formados a frio,
que são projetados para funcionar como um conjunto para dar forma a construção e resistir às
cargas da edificação.
De acordo com RODRIGUES (2006), são conhecidos dois conceitos relativos ao
Sistema Light Steel Frame (LSF): Frame é o esqueleto estrutural que dar forma e suporte
para a edificação, formados por perfis a frio (PFF) e, existe também Framing que é o
processo em que se unem os elementos de painéis estruturados leves com os perfis de aço
com revestimento metálico.
Trata-se de um sistema que aborda um processo construtivo aberto, pois facilita a
utilização de diversos materiais já que não obriga restrições nos projetos e, ainda, aperfeiçoa
o gerenciamento das perdas, ou seja, facilita para um controle dos gastos nas fases iniciais do
projeto.

2.1.2 Histórico

O sistema construtivo Light Steel Frame encontra-se em fase de lentidão no


processo de aceitação e desenvolvimento no mercado da construção civil brasileira. A
utilização da estrutura de aço formado por perfis leves tem grandeza nos Estados Unidos,
Japão e Europa.
É um método que se originou no início do século XIX nos Estados Unidos e já
mostrava inúmeras vantagens em relação à madeira. Isto sucedeu devido ao crescimento
populacional muito rápido no território americano e, em seguida, optou-se por alternativas de
construção mais rápidas. Foi após a Segunda Guerra Mundial e com o crescimento da
economia americana o aço teve alta produção e, dessa forma, aos poucos, as indústrias dos
perfis laminados ficaram a frente da fabricação de madeira, tornando-o mais vantajoso
(OLIVEIRA, 2012).
Conforme mencionado por Santiago, Freitas e Castro a montagem estrutural do
LSF era a mesma do sistema com madeira, sendo que este montante houve necessidade de
evolução devido à expansão das cidades e a agilidade de construção e, portanto, adaptaram o
sistema construtivo em aço galvanizado para suprir as demandas do cenário.

Processo pelo qual se compõe um esqueleto estrutural em aço formado por diversos
elementos individuais, ligados entre si, passando estes a funcionar em conjunto
para resistir às cargas que solicitam a edificação e dando forma à mesma.
(SANTIAGO; FREITAS; CASTRO, 2012, p.12).

Nos anos 90, cerca de um quarto das residências americanas construídas já era
executada com o sistema Light Steel Frame, pois nessa época a madeira usada por
construtores subiu 80% dentro de quatros meses e o aço passou a ser utilizado
imediatamente. Dados recentes da Steel Framing Alliance indicam que uso deste método
continua a crescer anualmente (FRAGA, 2015).
Figura 1 - Parte estrutural de uma construção em LSF

Fonte: MEDEIROS, 2009.

2.1.3 Características gerais

O sistema composto por aço galvanizado, que são chamados de perfis de aço leve
(Light Steel Frame – LSF) ou perfis metálicos de chapa dobradas, por ser um sistema
industrializado, apresenta características que possibilitam maior versatilidade, redução de
desperdício de material e produtividade da construção.
Além disso, é um sistema que permite a montagem de diversos tipos de
construção, como: residências, obras comerciais, hospitais e etc. A estrutura do sistema LSF é
composta de produtos industrializados, que são muito leves, como os painéis estruturais OSB
(Oriented Strand Board) e placas de gessos acartonado que compõem o fechamento externo e
interno da obra e, consequentemente, tornam a execução da obra ser mais prática
(OLIVEIRA, 2012).
As obras em LSF, também, apresentam uma maior flexibilidade no sistema
construtivo, pois a estrutura empregada é indicada para situações que necessitam de
ampliações, alterações, reformas e, em geral, aproveitamento de espaços devido às seções do
aço serem mais esbeltas quando comparado à estrutura convencional.
Acrescenta-se, ainda, a significativa característica do sistema quanto ao menor
prazo de execução. A entrega da obra se torna mais rápida porque o sistema construtivo LSF
possibilita que se trabalhe em diversas etapas, simultaneamente. Um exemplo básico seria
enquanto trabalha-se na fundação da obra pode se mandar fabricar as peças estruturais.
Dessa maneira, o LSF é resumido em um sistema destinado à edificação
constituída por vários elementos e “sub-elementos” que são responsáveis pela integridade da
construção. Pois, além da parte estrutural, tem se a de fundação, de isolamento termo
acústico, de fechamento interno e externo, e instalações elétricas e hidráulicas. (CONSUL
STEEL, 2002)
Somado a isto o Steel Frame é considerado um método construtivo sustentável
por diversos motivos. Por ser uma construção a seco, não se faz uso dá agua, o que torna
fundamental para os tempos atuais, além da produção de resíduos ser mínima e os materiais,
ainda, suscetíveis para reciclagem, como o aço que é 100% reciclável (OLIVEIRA, 2012).

2.2 Etapas construtivas em Light Steel Frame

2.2.1 Fundação e fixação dos painéis

A estrutura LSF caracteriza-se por ser muito leve em relação a outros sistemas
construtivos. É entendido que a estrutura distribui sua carga uniformemente, logo deve
suportar os painéis ao longo da sua formação. A escolha da fundação ainda irá depender não
somente do peso da armação, mas também de várias características como o tipo de solo,
topografia, e deve ser bem executadas, seguindo o projeto estrutural, assim como na
construção convencional. (SANTIAGO, 2012)
Para o sistema LSF o tipo de radier mais usual é o do tipo liso que consta de uma
laje com espessura constante e sem nenhuma viga enrijecedora e, portanto, a estrutura tem
solicitação de pequenas cargas. (DÓRIA, 2007) Trata-se de uma fundação rasa semelhante a
uma laje de concreto armado onde fica diretamente apoiada sobre o solo. É o sistema mais
econômico, rápido, permite locar os nichos para instalações hidráulicas, sanitárias, elétricas e
de telefonia, potencializando a características de montagem do método construtivo em LSF,
porém o cálculo estrutural indicará o tipo mais eficiente para a execução da fundação.
Existem três formas de ancoragem para que a estrutura se prenda à fundação e
facilite o trabalho dos esforços para que não causem esses deslocamentos indesejáveis. A
primeira é através da ancoragem química por meio de uma barra roscada colada à fundação
em orifício executado após o concreto apresentar resistência especificada. Isto, geralmente é
através da colagem com resina epoxídica que possibilita uma maior aderência entre a barra e
a fundação. Por conseguinte, a estrutura em LSF é fixada à fundação com uma barra
rosqueada por meio de uma peça de aço que se ajusta à guia do montante e é parafusada.
Figura 2 - Detalhes da ancoragem química com barra roscada

Fonte: Manual Steel Frame Arquitetura - CBCA

Outra forma de fixar a estrutura é utilizar uma fita metálica chumbada à


fundação. Esta fita é confeccionada de aço galvanizado com dobras para aumentar a
capacidade aderente. Já a ancoragem do tipo “J” é fixada à fundação com um chumbador
com ajuda de parafuso ao pedaço do perfil. E, ainda, existe a ancoragem provisória no qual o
processo de montagem os painéis são fixados com pistola a pólvora, como mostra na figura
3.
Figura 3 - Detalhes da ancoragem com fita metálica e do tipo “J”

Fonte: Manual Steel Frame Arquitetura – CBCA

De acordo com Consul Steel (2002) a preferencia para o tipo de ancoragem mais
viável depende do tipo de fundação e do tipo de solicitações de cargas da estrutura, das
condições climáticas, entre outros fatores. É determinado o tipo de ancoragem e medidas de
espaçamentos, por exemplo, de acordo com o projeto estrutural.

2.2.2 Estrutura e tipos de perfis utilizados

A concepção estrutural do sistema LSF é a possibilidade de utilizar perfis mais


esbeltos e painéis mais leves e com facilidade para manipulação. Ou seja, as paredes que
formam o “esqueleto” da obra, também conhecidos como painéis estruturais ou auto
portantes, tem a função de dividir a estrutura em diversas quantidades de elementos para que
cada um resista a uma pequena parcela da carga total aplicada.
De acordo com a ABNT NBR 7008 e ABNT NBR 15578, a produção dos perfis
estruturais formados a frio, devem ser empregadas de bobinas de aço revestidas com zinco ou
ligas alumínio-zinco pelo processo constante de imersão a quente. A galvanização ou
zincagem é um processo bastante efetivo para proteção contra corrosão. O processo ocorre
pela perda de massa do zinco em relação ao aço e desta forma torna possível o efeito sobre o
perfil metálico para ser cortado ou perfurado sem perda da proteção o contra corrosão. Em
geral, os perfis são originados em fábricas para assegurar boa produtividade, qualidade e
melhores condições de trabalho e até diminuir a necessidade de área de canteiro de obra.

Figura 4 - Painéis de aço

Fonte: Catálogo – QUICK HOUSE, 1990.

Um painel utilizado para parede, por exemplo, é formado pelos montantes e pelas
guias. Os perfis mais utilizados na construção civil são em formatos em “C” ou “U”
enrijecido (Ue) para montantes e vigas, que normalmente são elementos paralelos verticais
modulados a cada 400 mm e 600 mm e que possuem alma (bw), mesa (bf) e uma borda (D)
que permite o encaixe. Já o formato em “U” simples é usado como guia na base e no topo
dos painéis, pois são elementos para fixação das extremidades dos montantes conforme a
estrutura básica do sistema steel frame.

Figura 5 - Diversos tipos de perfis metálicos

Fonte: TECHNE, 2008.

As dimensões das almas variam de acordo com o fabricante, porém as


comercializadas no Brasil são de 90, 140 e 200 mm e as mesas podem ser de 35 a 40 mm.
Quanto às ligações, uma gama de dispositivos para união de perfis metálicos vem sendo
estudado, com o objetivo de garantir simplicidade e bom comportamento estrutural. Entre
eles são os parafusos auto-atarraxantes, rebites a frio, ligação por pressão, dentre o mais
utilizados são os parafusos auto-brocantes. A NBR 14762 indica o uso de parafusos de aço
com qualificação estrutural, comum ou de alta resistência.

Figura 6 - Painéis de aço modulares

Fonte: Catálogo – QUICK HOUSE, 1990.

A união para estrutura básica desse tipo de sistema construtivo é por meio de
parafusos com inúmeras formas de cabeça empregadas de acordo com o local devido e a
função estrutural do parafuso. Os usáveis são o do tipo sextavado para a fixação dos painéis
ao piso, normalmente são usados três parafusos desses em cada painel de 1,80 m. Outro
parafuso é do tipo autobrocante para fixação dos painéis uns aos outros. É função do
projetista, de acordo com os dimensionamentos, estabelecer a quantidade necessária de
parafusos, diâmetro e comprimento de cada um. A NBR 14762 indica o uso de parafusos de
aço com qualificação estrutural, comum ou de alta resistência.

Figura 7 - Parafusos do tipo sextavado e autobrocante

Fonte: Manual de montagem – QUICK HOUSE, 1990.

Para as construções das lajes segue os mesmos procedimentos das paredes,


portanto, contém a estrutura metálica leve, revestidas com placas OSB que em seguida
recebe o contrapiso armado e respectivo acabamento. Os pisos partem do mesmo principio
dos painéis de aço galvanizados, na posição horizontal e que também corresponde a mesma
modulação dos montantes. Essas características formam as vigas de piso e em suas
extremidades tem se as guias, conhecidas como senefas. E, ainda assim, se apoiam nos
montantes de formas para que suas almas permitam uma estrutura alinhada.

Figura 8 - Lajes em steel frame


Fonte: GOUVEA, 2015.

Estruturalmente as lajes trabalham como diagrama horizontal participando


eficientemente da rigidez geral da obra. Para complementar o piso das lajes pode-se utilizar
placas pré-fabricadas sobre as vigas de perfis Ue, formando a laje seca. Estas placas podem
ser compostas de fibras de madeira orientadas, laminadas ou sarrafeada contraplacada por
lâmina de madeira, recebendo ou não revestimento cimentício em suas faces.

2.2.3 Cobertura

A cobertura em LSF pode ser projetada de diversas maneiras arquitetônicas.


Independente da tipologia escolhida o sistema Light Steel Frame possibilita que sua estrutura
tenha semelhança à da construção convencional, ou seja, seguem a concepção estrutural do
telhado de madeira, substituída, nesse caso, por perfis galvanizados e, ainda, podem ser
planos ou inclinados. A Steel House do Brasil (2012) comenta que o custo da estrutura pode
custar até 20% menos que uma estrutura de madeira, entretanto deve-se notar que os custos
variam sazonalmente, temporalmente devido as características arquitetônicas.
O mais indicado nessa parte é dividir as sobrecargas em uma direção diferente
das do piso abaixo, não concentrando somente em uma parede. Logo, as cargas na cobertura
devem seguir diretamente a fundação. A figura 9 mostra esta distribuição mais viável das
cargas.

Figura 9 - Direcionamento das cargas na cobertura


Figura 9 - Distribuição das cargas
Fonte: Steel Frame - CBCA

Neste sistema pode ser usar telhas desde a cerâmica até as de aço e de concreto.
E, também, são usadas as telhas shingles, constituído por uma manta em fibra de vidro com
grânulos cerâmicos e asfalto. Estes tipos de telhas podem ser fixadas diretamente sobre os
painéis (FREITAS; CASTRO, 2006, p. 68). Além disso, juntamente com a manta tem a
necessidade de um apoio contínuo, geralmente de madeira de fibras orientadas (OSB).

Figura 10 - Cobertura com telhas shingles

Fonte: GOUVEA, 2015.

A leveza das telhas Shingles atribui uma estrutura de telhado mais esbelta, tem
um peso baixo que visa ser cerca de quatro vezes menor que as telhas cerâmicas. Entretanto,
para a sua colocação é preciso uma subestrutura que sirva como base para as telhas, então
após a estrutura dos perfis formando o telhado é colocado os perfis de cartola para suporte
das placas OSB estrutural que forma a base de fixação para a telha. E a diante, é aplicada a
manta rugosa para garantir a estanqueidade na cobertura e, assim, é fixado as telhas do tipo
Shingles.

2.2.4 Fechamento externo e interno

Na estrutura da edificação são aplicadas as placas e os isolantes que são


conhecidos como fechamento os componentes posicionados externos e internamente à
estrutura que, por fim, constitui a vedação.
A divisão desse sistema de vedação procede em três partes: a primeira que
corresponde aos fechamentos externos que se limitam as áreas molhadas; a segunda refere-se
aos isolantes térmicos e acústicos que são postos entre as placas e entre os montantes e, a
terceira parte, tem-se os fechamentos internos, colocados nas áreas secas ou úmidas, porém
não molháveis.
Os fechamentos externos podem ser de placas cimentícias ou OSB (Oriented
Strand Board). Segundo Loturco (2003, p. 79), por definição, toda chapa delgada que é
composta por cimento Portland em sua substancia é chamada de cimentícia. Estas placas
foram originadas para ser uma opção de fechamento para áreas molhadas, ambientes hostis
para o gesso acartonado, mas sua função está mais desenvolvida gerando uma ampla
versatilidade no uso desse material.

Figura 11 - Painéis revestidos externamente com chapas de OSB ou placas cimentícias

Fonte: Catálogo – QUICK HOUSE, 1990.

Antigamente as placas cimentícias eram originadas a partir de matrizes de


cimento composta por amianto, porém com a proibição desta fibra, as placas recebem em sua
composição fibras sintéticas e fibras de vidro. Elas têm maior aceitação no mercado, alta
produtividade, é leve, impermeáveis, incombustíveis, possui resistência aos impactos, são
resistentes a cupins e microrganismos, de menor espessura e tem facilidade de acabamento.
É recomendável que sejam aplicadas verticalmente ou horizontalmente e todas as
suas bordas devem ser fixadas e apoiadas. As juntas entre as chapas podem ser invisíveis,
aparentes ou abertas. Para as juntas invisíveis recomenda-se a defasagem nas juntas
horizontais e verticais para melhorar a amarração. Nos vãos das esquadrias, as juntas entre
elas não devem coincidir com os alinhamentos dos batentes e vergas para evitar as possíveis
fissuras. Juntamente com a placa cimentícia tem um acabamento chamado base coat. Esse
acabamento é uma massa aplicada em toda a extensão da parede, responsável pela
impermeabilização e deixar um aspecto monolítico, ou seja, faz desaparecer as juntas e
parede fica uniformizada.

Figura 12 - As juntas verticais nos batentes não devem seguir até o teto

Fonte: TECHNE, 2008.

Quanto o painel OSB (Oriented Strand Board) é uma placa de madeira fabricada
de três até cinco camadas de tiras de madeira reflorestada, cruzadas perpendicularmente,
prensadas e unidas com resinas. Suas vantagens são referentes à sua estrutura que auxilia no
contraventamento das paredes, resistindo por até dez anos contra cupins e o aumento da
resistência mecânica em relação a uma chapa de madeira comum que, por isso boa parte
dessa resistência garantida pela placa OSB, às construções em LSF são recomendadas em
casos de terremotos, tempestades e tufões.
A placa OSB é instalada diretamente na estrutura e sobre a mesma deve ser
colocada uma manta, por meio de grampeamento, para bloquear a umidade e o vapor. Para
proporcionar o isolamento termo acústico desejado entre os fechamentos externos e internos
da parede tem se como opção lã de rocha, lã de vidro, fibras de poliéster e outros. A
adequação da isolação térmica e acústica evita a perda ou ganho de calor dentro de uma
construção e diminuem a transmissão de som de um ambiente para outro.
As faces internas das paredes são revestidas de chapas de gesso para drywall que
proporcionam uma superfície lisa e pronta para receber acabamentos. Em caso de paredes
que receberão peças suspensas, por exemplo, armários, é recomendável que o reforço nas
paredes de drywall seja complementado com o uso de OSB, com isso não é necessário prever
o mapeamento dos reforços. Para eliminar as emendas no encontro das placas de drywall, é
comum utilizar uma fita microperfurada com massa niveladora, especialmente criada para
esse fim e, assim, garante uma parede totalmente plana e sem fissuras.

Figura 13 - Revestimentos na face interna

Fonte: GOUVEA, 2015.

Podem ser utilizados vários tipos de chapas na face internas das paredes, sendo
elas: chapas de OSB estrutural, nas paredes onde são fixadas peças suspensas; chapa de gesso
para drywall tipo standard (ST), aplicada em faces de paredes de áreas secas; chapa de gesso
resistente à umidade (RU), aplicada em faces com área molhada e chapa de gesso resistente
ao fogo (RF), aplicada as paredes de geminação.
De acordo com Campos (2012) para os fechamentos internos podem ser usados
os mesmos materiais para paredes externas, porém, o gesso acartonado é o material mais
indicado. E podemos encontrar no mercado brasileiro três opções destas placas de gesso. As
placas comuns que apresentam o cartão envelopador na cor natural do gesso e são indicadas
para áreas secas. Têm as placas resistentes à umidade, conhecidas como placas verdes,
utilizadas para ambientes úmidos e, também, existem as placas resistentes ao fogo,
destacadas pela cor vermelha do cartão envelopador do gesso.

Figura 14 - Tipos de revestimentos para os ambientes

Fonte: Catálogo – QUICK HOUSE, 1990.

Conforme Campos (2012) podem ser aplicados sobre as placas de gesso


revestimentos tradicionais como cerâmica, pintura, textura entre outros normalmente usados
na construção civil convencional. No ambiente externo também pode receber aplicações de
materiais usualmente empregados, como mármores, granitos, reboco, pintura e etc.
Atualmente, existe o revestimento ideal para o sistema em Light Steel Framing, como o
vinílico, que consiste em um material composto de PVC de simples instalação e não tem
necessidade de manutenção, e as placas cimentícias, aplicadas diretamente sobre a estrutura e
depois pintadas.

2.2.5 Instalações elétricas e hidráulicas

Quanto aos materiais utilizados nos sistemas de construção convencional e steel


frame são os mesmos. Utilizam-se os mesmos quadros de distribuições, caixas de passagens,
cabos condutores, entre outros. Contudo, o steel frame consegue ter vantagens, pois não há
necessidade de quebras nas paredes para passar as instalações. É um método que pode ser
executado junto às outras etapas de montagem, além de facilitar os testes dos pontos
instalados antes de fecharem as paredes e, portanto, nesse tipo de construção a seco se tem
ganhado tempo, material e mão de obra.
As instalações hidráulicas utilizam-se tubos de polietileno reticulado (PEX) para
as águas frias e águas quentes. O material dos tubos, distribuições confeccionadas de bronze,
fornece garantia de vida útil prolongada, evita corrosões, entupimentos e, ainda, favorece
resistência a temperaturas maiores de 100ºC.

2.3 O sistema construtivo convencional: alvenaria

A “alvenaria” é associada ao conjunto de tijolos, blocos ou pedras juntamente


com ligantes e, assim, formam num material com propriedades capazes de executar
elementos estruturais encontrados normalmente na construção civil (VALLE, 2008). Ou
seja, esse termo designa as paredes executadas com pedras, tijolos ou blocos de cimento
e, que, travados em sobreposição por meio de argamassas, servem para a construção de
edifícios.
Este método está entre a forma mais antiga de construção realizada pelo
homem. Desde a Antiguidade vem sendo altamente utilizada em habitações, monumentos
e templos religiosos. Embora seja um sistema construtivo utilizado em grande escala, foi
somente por volta de 1920 que deu início os estudos científicos e experimentos
laboratoriais (ACCETTI, 1998).

2.3.1 Sistema construtivo convencional – Etapas construtivas

2.3.1.1 Fundações

A execução de uma obra é iniciada pela sondagem do terreno sobre o qual ela
será erguida. A sondagem do solo consiste na investigação do subsolo de um determinado
terreno que identifica as camadas do mesmo e sua resistência, além de detectar a presença de
lençol freático e apresentar informações fundamentais para que o profissional projete
adequadamente as fundações (LEANDRO, 2009).
A escolha da fundação a ser empregada em uma construção será em função da
intensidade da carga e da profundidade da camada resistente do solo. É a partir desses
parâmetros que se escolhe a opção mais viável, econômica e que atenda as normas de
segurança. Quando a camada resistente se encontra a menos de 3 metros de profundidade é
possível empregar fundações diretas. Elas podem ser executadas por intermédio de sapatas
corridas, isoladas, blocos, radier ou artificial, entre outras.
Entretanto, quando a camada do solo firme está a mais de 3 metros de
profundidade, recorre-se a opção de fundação indireta, conhecida também como fundação
profunda. Este tipo de fundação é utilizado geralmente em projetos grandes que precisam
transmitir maiores cargas ao terreno e quando a camada do solo se encontra poucos
resistentes. Ela transfere a carga por efeito de atrito lateral do elemento com o solo e,
normalmente, dispensa abertura da cava de fundação, pois se constitui de um elemento
cravado por meio de um bate-estaca.

2.3.1.2 Estruturação

A parte estrutural executada no sistema construtivo convencional é composta


basicamente de paredes de alvenaria que transmitem o carregamento do seu peso próprio, o
peso das pessoas, dos móveis, a força do vento, entre outros, diretamente para as fundações.
Este tipo de estrutura tem facilidade para resistir de forma eficaz os esforços de compressão e
devido a isto é preciso executar cintas de concreto armado nas partes inferiores e superiores
da edificação (OLIVEIRA, 2012).
Nesta estrutura são executadas as cintas de amarração, pilares, vigas, lajes,
escoramentos, dentre outros componentes e pode ser feita em concreto armado, aço ou
alvenaria estrutural. A próxima etapa é formada as alvenarias (fechamento, divisórias),
revestimento de paredes (chapisco, reboco), execução de contrapiso e etc (REMY, 2010).

2.3.1.3 Paredes de fechamentos

Esta etapa serve para a realização dos fechamentos da edificação, onde são
colocados os elementos de vedação e acontece a separação entre os ambientes externos e
internos. O projeto detalhado deve ser seguido rigorosamente para que os serviços sejam
executados corretamente. Os serviços iniciam pelo gabarito e pelos cantos principais da obra.
São constituídos por tijolos, blocos de concreto ou outro elemento estrutural (CAMPOS,
2002).
2.3.1.4 Acabamento e instalações

De acordo com Domarascki e Figiani (2009) depois da etapa de execução da


alvenaria, as paredes são chapiscadas e emboçadas com argamassa de cimento, cal e areia
que são considerados essenciais para o recebimento dos próximos acabamentos. É
fundamental que a execução seja feita com boas técnicas e de forma eficaz.
Seguintes disto, as instalações elétricas e hidráulicas são embutidas nas paredes.
A primeira, respectivamente, consiste na passagem dos eletrodutos, fios e cabos, e, depois, da
instalação das tomadas e interruptores da edificação. As instalações hidráulicas consistem nas
disposições de rede de água fria e de água quente e esgotos, por exemplo. As especificações
quanto a aquisição de louças, válvulas, ferragens, metais, acabamentos e complementos
ficam descritas no projeto.

3 METODOLOGIA

O trabalho pretende apresentar uma das inovações da tecnologia no ramo da


construção civil sendo vista como alternativa para construções civis que requerem menos
tempo para execução, qualidade e sustentabilidade. Para isso, é descrito no trabalho as
vantagens e comparações dentre as principais características dos métodos construtivos steel
frame e o sistema convencional.
Os objetivos específicos mostram que a pesquisa é classificada como descritiva,
pois busca analisar, verificar e tomar conhecimentos mais profundos do tema em estudo.
Além disso, é considerada também como exploratória, que conforme MILAN et al (2011) tem
a finalidade de auxiliar o pesquisador buscar maiores informações sobre o problema já que o
trabalho tem foco para ampliar ideias da utilização do sistema construtivo Light Steel Frame.
Utilizar-se-á neste trabalho principalmente a metodologia bibliográfica, utilizando
diversos autores a fim de se obter conhecimento especifico do tema escolhido juntamente com
a metodologia dedutiva, previamente citada diretamente ou indiretamente. E, também, foi
aproveitado outros estudos de casos e pesquisas científicas que abordam o sistema steel
frame, o sistema convencional e comparações destes métodos construtivos.
Sinteticamente o trabalho inicialmente define e descreve sobre as etapas
construtivas dos métodos utilizados, o primeiro mais inovador que se encontra em expansão
no mercado brasileiro, porém já solidificado em muitos outros países e o outro, se trata do
método mais tradicional empregado no ramo da construção civil desde a antiguidade. Em
seguida, fazem-se comparativos entre as vantagens entre os métodos e depois um breve
comparativo quanto à produtividade e custos entre eles.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A produtividade pode ser definida como a quantidade do trabalho realizado em


uma unidade de tempo que contém características de relacionar os resultados obtidos e os
recursos utilizados. Ela consegue minimizar o uso dos recursos materiais, mão de obra, entre
outros, para reduzir custos de produção e, portanto, ter uma maior produtividade.
Segue as tabelas abaixo para ter um melhor parâmetro e objetividade das
vantagens e desvantagens de cada sistema construtivo estudado. Além disso, são relatadas
informações sobre a produtividade do trabalhador em uma obra de cada tipo, sabendo que a
produtividade tem influencia sobre a maior porcentagem dos custos e, principalmente, no
tempo para execução da obra.

Tabela 1 - Produtividade no Sistema Light Steel Frame


Descrição Homem hora/m²
Montar a estrutura de aço 0,25
Fechamento com placas de cimentícias 0,22
Isolamento com lã de vidro 0,06
Pintura com tinta látex 0,85
Total (homem hora/m²) 1,38
Fonte: DOMARASCKI e FAGIANI (2009)

Tabela 2: Produtividade no Sistema Construtivo Convencional


Descrição Homem hora/m²
Alvenaria de tijolos cerâmicos furados 2,10
Chapisco 0,50
Emboço 1,71
Pintura com tinta látex 0,85
Total (homem hora/m²) 5,16
Fonte: DOMARASCKI e FAGIANI (2009)
.
Aqui temos um comparativo das principais características entre a alvenaria
convencional e light steel frame.

Tabela 3: Comparativo entre o Sistema Convencional e o LSF


Sistema Convencional (Alvenaria) Sistema Light Steel Frame
Fundação: distribuição de cargas pontuais. Fundação: distribuição de cargas lineares.
Fundação: representa entre 10% e 15% do Fundação: representa entre 5% e 7% do
custo total da obra. custo total da obra.
Estrutura em concreto armado. Sua
Estrutura em aço galvanizado. Produto com
qualidade é determinada por fatores
certificação internacional. Obedecem aos
inconstantes como mão de obra,
mais rigorosos conceitos de qualidade.
temperatura, umidade do ar, etc.
Paredes, portas e janelas com precisão em Paredes, portas e janelas com precisão em
centímetros. milímetros.
É um sistema ecologicamente correto. O
Utiliza produtos que degradam o meio aço, por exemplo, parte integrante deste
ambiente: areia, tijolo, brita etc. sistema é um dos produtos mais reciclados
em todo o mundo.
Durabilidade acima de 300 anos. Existem
Durabilidade abaixo de 300 anos. construções nos EUA com mais de 250 anos
ainda em funcionamento.
Colocação de canos e eletrodutos com
Colocação de canos e eletrodutos sem
quebras de paredes, desperdícios de
desperdício e sem retrabalho.
materiais e retrabalho.
Canteiro de obra sujo ou com grande
Canteiro de obra limpo e organizado.
dificuldade para manutenção.
Isolamento tnérmico é máximo. Em função
O isolamento térmico é mínimo. Permite
da lã de vidro colocada em todas as paredes
facilmente a passagem de calor pelas
e forros, além de outras camadas, passagem
paredes. Custo de manutenção de
de calor é dificultada pelas paredes. Custo
temperatura alto.
mínimo.
Utilização de água somente no processo
Grande utilização de água nos processos construtivo das fundações. O processo é
construtivos. conhecido no Brasil, também, por sistema
construtivo a seco.
Manutenção para reparos de defeitos
Manutenção simples de defeitos ocultos
ocultos (vazamentos, infiltrações,
com a retirada do revestimento interno,
problemas elétricos, entupimentos, etc.)
localização imediata do problema, conserto
difícil, exigindo quebra de paredes, sendo
e recolocação do revestimento, retoque e
um trabalho demorado e que não garante o
pintura simples.
resultado final de acabamento perfeito.
Ampliações ou reformas demoradas,
Ampliações e reformas rápidas e limpas,
gerando na maioria dos casos transtornos e
inclusive com a possibilidade de
inconvenientes, com desperdício de
reaproveitamento da maioria dos materiais.
materiais e sujeira.
Preço por metro quadrado similar a
Preço por metro quadrado para a construção alvenaria convencional. Ao avaliar custos
similar ao Sistema Light Steel Framing. diretos e indiretos, em muitos casos esse
sistema é mais econômico.
Pintura feita em superfície ondulada e
Pintura feita em superfície plana e lisa.
imperfeita.
Segurança ao fogo - não queima ou adiciona
combustível para o alastramento do fogo em
Resistência ao fogo.
uma casa. Segue as normas da ABNT e
Corpo de Bombeiros.
Fonte: FLASAN, (2012)

A prática do método construtivo Steel Frame em outras regiões do Brasil, que não
seja somente Sul e Sudeste, depende mais do conhecimento das técnicas, pois visto que, além
das inúmeras vantagens que o sistema possui, ele ainda obriga o mercado ser preparado para
construções de alta tecnologia, qualidade, velocidade, flexibilidade, conforto térmico e
acústico e com o preço competitivo. Logo, a conscientização das grandes empresas atuantes
em relação as técnicas e quanto ao material utilizado podem mudar a realidade do mercado na
construção civil atual.
Na capital maranhense foi encontrada uma das pouquíssimas obras existentes na
região. Esta referente aos batalhões da policia militar executada por uma empresa do Sul que
trabalha com o método construtivo Light Steel Frame. Podem-se observar os perfis metálicos
montados com esquadrias, os perfis metálicos revestidos de placas cimenticias na parte
externa e revestimento em pintura como é utilizado normalmente em qualquer outro método
construtivo.

Figura 15 - Fotografias de uma obra em Light Steel Frame em São Luís, MA.

Fonte: Autor, 2017.


5 CONCLUSÃO
O trabalho, inicialmente, define cada método construtivo estudado assim como
suas origens e destaca a metodologia executiva deles para que se fizesse uma comparação
entre ambos e salientasse o LSF como um sistema que pudesse ser mais utilizado nas
construções. Cabe ressaltar, também, que houve uma limitação do estudo devido à ausência de
obras em andamento na região, logo impossibilitou estudos mais profundos e mais práticos
sobre esse sistema construtivo.
Verificando as características de cada método em estudo e comparando-as, é
possível perceber que o sistema LSF leva algumas vantagens sobre o sistema construtivo
convencional, principalmente por ser considerado um método pré-fabricado, de fácil
execução, gera menos resíduo e todas as suas etapas são bem planejadas. Entretanto, é
necessário analises redobrada já que envolve uma tecnologia nova ainda no Brasil e,
consequentemente, qualquer falha em projeto pode influenciar na execução e durabilidade da
obra.
Nota-se, portanto, que a empresa adotando o sistema construtivo Light Steel
Frame conseguiria tornar a demanda de execução mais rápida através do quadro de
produtividade, consequentemente teria um menor custo quanto à mão de obra, ou seja, tem se
facilidade para otimizar certos fatores e, ainda, proporcionaria uma maior sustentabilidade.
Logo, é um método que se torna bastante viável para ser empregado como sistemas
construtivos de interesse público e privado no Brasil.

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