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RESUMO
1 INTRODUÇÃO
A indústria da construção civil é vista com grande importância para atividades que
envolvem o desenvolvimento econômico-social. Entretanto, é uma das operações que mais
geram entulhos, afetam o meio ambiente e, principalmente, exigem bastante tempo de
execução. De acordo com Silva e Sabbatini (2007), existem inúmeras interrupções das etapas
nas obras, por exemplo, de produção, a falta de projetos detalhados e planejamentos sendo
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1.1 Definição
2.1.2 Histórico
Processo pelo qual se compõe um esqueleto estrutural em aço formado por diversos
elementos individuais, ligados entre si, passando estes a funcionar em conjunto
para resistir às cargas que solicitam a edificação e dando forma à mesma.
(SANTIAGO; FREITAS; CASTRO, 2012, p.12).
Nos anos 90, cerca de um quarto das residências americanas construídas já era
executada com o sistema Light Steel Frame, pois nessa época a madeira usada por
construtores subiu 80% dentro de quatros meses e o aço passou a ser utilizado
imediatamente. Dados recentes da Steel Framing Alliance indicam que uso deste método
continua a crescer anualmente (FRAGA, 2015).
Figura 1 - Parte estrutural de uma construção em LSF
O sistema composto por aço galvanizado, que são chamados de perfis de aço leve
(Light Steel Frame – LSF) ou perfis metálicos de chapa dobradas, por ser um sistema
industrializado, apresenta características que possibilitam maior versatilidade, redução de
desperdício de material e produtividade da construção.
Além disso, é um sistema que permite a montagem de diversos tipos de
construção, como: residências, obras comerciais, hospitais e etc. A estrutura do sistema LSF é
composta de produtos industrializados, que são muito leves, como os painéis estruturais OSB
(Oriented Strand Board) e placas de gessos acartonado que compõem o fechamento externo e
interno da obra e, consequentemente, tornam a execução da obra ser mais prática
(OLIVEIRA, 2012).
As obras em LSF, também, apresentam uma maior flexibilidade no sistema
construtivo, pois a estrutura empregada é indicada para situações que necessitam de
ampliações, alterações, reformas e, em geral, aproveitamento de espaços devido às seções do
aço serem mais esbeltas quando comparado à estrutura convencional.
Acrescenta-se, ainda, a significativa característica do sistema quanto ao menor
prazo de execução. A entrega da obra se torna mais rápida porque o sistema construtivo LSF
possibilita que se trabalhe em diversas etapas, simultaneamente. Um exemplo básico seria
enquanto trabalha-se na fundação da obra pode se mandar fabricar as peças estruturais.
Dessa maneira, o LSF é resumido em um sistema destinado à edificação
constituída por vários elementos e “sub-elementos” que são responsáveis pela integridade da
construção. Pois, além da parte estrutural, tem se a de fundação, de isolamento termo
acústico, de fechamento interno e externo, e instalações elétricas e hidráulicas. (CONSUL
STEEL, 2002)
Somado a isto o Steel Frame é considerado um método construtivo sustentável
por diversos motivos. Por ser uma construção a seco, não se faz uso dá agua, o que torna
fundamental para os tempos atuais, além da produção de resíduos ser mínima e os materiais,
ainda, suscetíveis para reciclagem, como o aço que é 100% reciclável (OLIVEIRA, 2012).
A estrutura LSF caracteriza-se por ser muito leve em relação a outros sistemas
construtivos. É entendido que a estrutura distribui sua carga uniformemente, logo deve
suportar os painéis ao longo da sua formação. A escolha da fundação ainda irá depender não
somente do peso da armação, mas também de várias características como o tipo de solo,
topografia, e deve ser bem executadas, seguindo o projeto estrutural, assim como na
construção convencional. (SANTIAGO, 2012)
Para o sistema LSF o tipo de radier mais usual é o do tipo liso que consta de uma
laje com espessura constante e sem nenhuma viga enrijecedora e, portanto, a estrutura tem
solicitação de pequenas cargas. (DÓRIA, 2007) Trata-se de uma fundação rasa semelhante a
uma laje de concreto armado onde fica diretamente apoiada sobre o solo. É o sistema mais
econômico, rápido, permite locar os nichos para instalações hidráulicas, sanitárias, elétricas e
de telefonia, potencializando a características de montagem do método construtivo em LSF,
porém o cálculo estrutural indicará o tipo mais eficiente para a execução da fundação.
Existem três formas de ancoragem para que a estrutura se prenda à fundação e
facilite o trabalho dos esforços para que não causem esses deslocamentos indesejáveis. A
primeira é através da ancoragem química por meio de uma barra roscada colada à fundação
em orifício executado após o concreto apresentar resistência especificada. Isto, geralmente é
através da colagem com resina epoxídica que possibilita uma maior aderência entre a barra e
a fundação. Por conseguinte, a estrutura em LSF é fixada à fundação com uma barra
rosqueada por meio de uma peça de aço que se ajusta à guia do montante e é parafusada.
Figura 2 - Detalhes da ancoragem química com barra roscada
De acordo com Consul Steel (2002) a preferencia para o tipo de ancoragem mais
viável depende do tipo de fundação e do tipo de solicitações de cargas da estrutura, das
condições climáticas, entre outros fatores. É determinado o tipo de ancoragem e medidas de
espaçamentos, por exemplo, de acordo com o projeto estrutural.
Um painel utilizado para parede, por exemplo, é formado pelos montantes e pelas
guias. Os perfis mais utilizados na construção civil são em formatos em “C” ou “U”
enrijecido (Ue) para montantes e vigas, que normalmente são elementos paralelos verticais
modulados a cada 400 mm e 600 mm e que possuem alma (bw), mesa (bf) e uma borda (D)
que permite o encaixe. Já o formato em “U” simples é usado como guia na base e no topo
dos painéis, pois são elementos para fixação das extremidades dos montantes conforme a
estrutura básica do sistema steel frame.
A união para estrutura básica desse tipo de sistema construtivo é por meio de
parafusos com inúmeras formas de cabeça empregadas de acordo com o local devido e a
função estrutural do parafuso. Os usáveis são o do tipo sextavado para a fixação dos painéis
ao piso, normalmente são usados três parafusos desses em cada painel de 1,80 m. Outro
parafuso é do tipo autobrocante para fixação dos painéis uns aos outros. É função do
projetista, de acordo com os dimensionamentos, estabelecer a quantidade necessária de
parafusos, diâmetro e comprimento de cada um. A NBR 14762 indica o uso de parafusos de
aço com qualificação estrutural, comum ou de alta resistência.
2.2.3 Cobertura
Neste sistema pode ser usar telhas desde a cerâmica até as de aço e de concreto.
E, também, são usadas as telhas shingles, constituído por uma manta em fibra de vidro com
grânulos cerâmicos e asfalto. Estes tipos de telhas podem ser fixadas diretamente sobre os
painéis (FREITAS; CASTRO, 2006, p. 68). Além disso, juntamente com a manta tem a
necessidade de um apoio contínuo, geralmente de madeira de fibras orientadas (OSB).
A leveza das telhas Shingles atribui uma estrutura de telhado mais esbelta, tem
um peso baixo que visa ser cerca de quatro vezes menor que as telhas cerâmicas. Entretanto,
para a sua colocação é preciso uma subestrutura que sirva como base para as telhas, então
após a estrutura dos perfis formando o telhado é colocado os perfis de cartola para suporte
das placas OSB estrutural que forma a base de fixação para a telha. E a diante, é aplicada a
manta rugosa para garantir a estanqueidade na cobertura e, assim, é fixado as telhas do tipo
Shingles.
Figura 12 - As juntas verticais nos batentes não devem seguir até o teto
Quanto o painel OSB (Oriented Strand Board) é uma placa de madeira fabricada
de três até cinco camadas de tiras de madeira reflorestada, cruzadas perpendicularmente,
prensadas e unidas com resinas. Suas vantagens são referentes à sua estrutura que auxilia no
contraventamento das paredes, resistindo por até dez anos contra cupins e o aumento da
resistência mecânica em relação a uma chapa de madeira comum que, por isso boa parte
dessa resistência garantida pela placa OSB, às construções em LSF são recomendadas em
casos de terremotos, tempestades e tufões.
A placa OSB é instalada diretamente na estrutura e sobre a mesma deve ser
colocada uma manta, por meio de grampeamento, para bloquear a umidade e o vapor. Para
proporcionar o isolamento termo acústico desejado entre os fechamentos externos e internos
da parede tem se como opção lã de rocha, lã de vidro, fibras de poliéster e outros. A
adequação da isolação térmica e acústica evita a perda ou ganho de calor dentro de uma
construção e diminuem a transmissão de som de um ambiente para outro.
As faces internas das paredes são revestidas de chapas de gesso para drywall que
proporcionam uma superfície lisa e pronta para receber acabamentos. Em caso de paredes
que receberão peças suspensas, por exemplo, armários, é recomendável que o reforço nas
paredes de drywall seja complementado com o uso de OSB, com isso não é necessário prever
o mapeamento dos reforços. Para eliminar as emendas no encontro das placas de drywall, é
comum utilizar uma fita microperfurada com massa niveladora, especialmente criada para
esse fim e, assim, garante uma parede totalmente plana e sem fissuras.
Podem ser utilizados vários tipos de chapas na face internas das paredes, sendo
elas: chapas de OSB estrutural, nas paredes onde são fixadas peças suspensas; chapa de gesso
para drywall tipo standard (ST), aplicada em faces de paredes de áreas secas; chapa de gesso
resistente à umidade (RU), aplicada em faces com área molhada e chapa de gesso resistente
ao fogo (RF), aplicada as paredes de geminação.
De acordo com Campos (2012) para os fechamentos internos podem ser usados
os mesmos materiais para paredes externas, porém, o gesso acartonado é o material mais
indicado. E podemos encontrar no mercado brasileiro três opções destas placas de gesso. As
placas comuns que apresentam o cartão envelopador na cor natural do gesso e são indicadas
para áreas secas. Têm as placas resistentes à umidade, conhecidas como placas verdes,
utilizadas para ambientes úmidos e, também, existem as placas resistentes ao fogo,
destacadas pela cor vermelha do cartão envelopador do gesso.
2.3.1.1 Fundações
A execução de uma obra é iniciada pela sondagem do terreno sobre o qual ela
será erguida. A sondagem do solo consiste na investigação do subsolo de um determinado
terreno que identifica as camadas do mesmo e sua resistência, além de detectar a presença de
lençol freático e apresentar informações fundamentais para que o profissional projete
adequadamente as fundações (LEANDRO, 2009).
A escolha da fundação a ser empregada em uma construção será em função da
intensidade da carga e da profundidade da camada resistente do solo. É a partir desses
parâmetros que se escolhe a opção mais viável, econômica e que atenda as normas de
segurança. Quando a camada resistente se encontra a menos de 3 metros de profundidade é
possível empregar fundações diretas. Elas podem ser executadas por intermédio de sapatas
corridas, isoladas, blocos, radier ou artificial, entre outras.
Entretanto, quando a camada do solo firme está a mais de 3 metros de
profundidade, recorre-se a opção de fundação indireta, conhecida também como fundação
profunda. Este tipo de fundação é utilizado geralmente em projetos grandes que precisam
transmitir maiores cargas ao terreno e quando a camada do solo se encontra poucos
resistentes. Ela transfere a carga por efeito de atrito lateral do elemento com o solo e,
normalmente, dispensa abertura da cava de fundação, pois se constitui de um elemento
cravado por meio de um bate-estaca.
2.3.1.2 Estruturação
Esta etapa serve para a realização dos fechamentos da edificação, onde são
colocados os elementos de vedação e acontece a separação entre os ambientes externos e
internos. O projeto detalhado deve ser seguido rigorosamente para que os serviços sejam
executados corretamente. Os serviços iniciam pelo gabarito e pelos cantos principais da obra.
São constituídos por tijolos, blocos de concreto ou outro elemento estrutural (CAMPOS,
2002).
2.3.1.4 Acabamento e instalações
3 METODOLOGIA
A prática do método construtivo Steel Frame em outras regiões do Brasil, que não
seja somente Sul e Sudeste, depende mais do conhecimento das técnicas, pois visto que, além
das inúmeras vantagens que o sistema possui, ele ainda obriga o mercado ser preparado para
construções de alta tecnologia, qualidade, velocidade, flexibilidade, conforto térmico e
acústico e com o preço competitivo. Logo, a conscientização das grandes empresas atuantes
em relação as técnicas e quanto ao material utilizado podem mudar a realidade do mercado na
construção civil atual.
Na capital maranhense foi encontrada uma das pouquíssimas obras existentes na
região. Esta referente aos batalhões da policia militar executada por uma empresa do Sul que
trabalha com o método construtivo Light Steel Frame. Podem-se observar os perfis metálicos
montados com esquadrias, os perfis metálicos revestidos de placas cimenticias na parte
externa e revestimento em pintura como é utilizado normalmente em qualquer outro método
construtivo.
Figura 15 - Fotografias de uma obra em Light Steel Frame em São Luís, MA.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6355: Perfis
estruturais de aço formados a frio: padronização. 2012.
JARDIM, Guilherme Torres da Cunha; CAMPOS, Alessandro Souza. Light Steel Framing:
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Aço. Rio de Janeiro. 2004.
LOTURCO, B. Chapas cimentícias são alternativa rápida para uso interno ou externo.
Revista Téchne, São Paulo: Pini, ano 2011, n. 79, p. 62-66, out. 2003.
RODRIGUES, Francisco Carlos. Steel Framing: Engenharia. Rio de Janeiro: IBS - CBCA,
2006
STEEL HOUSE DO BRASIL. Manual de projeto: sistema steel house. Porto Alegre, 2012.
TERNI, Antonio Wanderley; SANTIAGO, Alexandre Kokke; PIANHERI, José. Steel Frame
– Estrutura. Revista eletrônica Teche Pini. Agosto 2008, Ed. 137. Disponível
em:<http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/137/artigo285729-3.aspx>. Acesso em: Maio
2017.