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A Linha de Pretos Velhos na Umbanda

Na linha de Preto Velho encontramos espíritos que se mostram através do arquétipo da


experiência. Aqueles que por tudo passaram e venceram e, portanto, cada palavra
trazida por eles nos transmite fé, consolo, pois a partir de sua voz mansa e palavras
doces nos ensinam a nos aceitarmos, aceitar o melhor que temos, a aceitar cada erro
e acerto como ações necessárias para o nosso aprendizado. Nos orientam a perceber
que tudo na vida passa e podemos tirar o melhor aprendizado de tudo o que
vivenciarmos. Que as lágrimas que rolam dos nossos olhos hoje, serão usadas para
confortar aqueles que passarem por igual situação no futuro.

Muitos deles quando encarnados na Terra pertenceram a diversas etnias ou povos


africanos que foram trazidos para o Brasil à força. O período escravagista forjou e
modelou espíritos fortes, perseverantes, resistentes e exemplares, pois, mesmo não
tendo o direito de escolha, ainda assim não se entregaram ao ódio puro.

É certo que muitos, após muito tempo do desencarne, ainda vibravam num certo
ressentimento contra os senhores de outrora. Mas na grande maioria, prevaleceu a
nobreza dos espíritos que cresceram e evoluíram com sofrimento.
Foi essa nobreza, essa capacidade de perdoar seus algozes que distinguiu os espíritos
de ex escravos e proporcionou-lhes um lugar de destaque na nascente religião
umbandista.
Figura dos velhos “feiticeiros” conhecedores de rezas e de encantamentos poderosos,
capazes de realizar milagres, foi o arquétipo ideal para atrair para a religião nascente
milhares desses espíritos.

Espíritos amadurecidos no tempo e na vida do plano material, assumiram o grau de


Pretos Velhos e mais que qualquer outra ação antirracista, a Umbanda com seus Pretos
Velhos despertou o respeito e o amor pelos espíritos dos ex escravos e, no lado
material, irmanou no terreiro, brancos, negros e mestiços, todos incorporando seus
Pretos e Pretas Velhas, sempre alegres, risonhos, amorosos e pacientes com seus
“filhos” encarnados.
Apresentam-se dentro dos terreiros de forma encurvada, sentadinhos em um
banquinho, pitando seu cachimbo, tomando café sem açúcar, algumas vezes tomando
um vinhozinho.

A apresentação de um preto velho não quer dizer que aquele espírito tenha
necessariamente sido um escravo brasileiro, como podemos pensar. Devemos sim,
acreditar que esta é a linguagem apropriada para enfocar determinadas questões que
requeiram atributos como sabedoria, caridade, paciência, perseverança e humildade.

A questão mais debatida é por que precisariam de cigarros de palha, cachimbos e


bebidas alcoólicas? É simples e até primitivo o pensamento preconceituoso de que são
drogas.

Vamos pensar em termos de Elementos da Natureza. O cigarro de palha, ou cachimbo


fazem uma fumaça, evocando o Elemento Ar e funcionam como um defumador,
elevando para o alto as energias não necessárias ao consulente. Além disso, ao
olharmos a fumaça dançando em nossa frente, faz com que possamos desligar um
pouco o intelecto, algo parecido com um estado de meditação, chamando nosso
hemisfério cerebral direito a sentir o momento e ouvir com “ouvidos” sensíveis a
sabedoria que estamos tendo acesso. Estamos em um momento Sagrado.

Ainda com relação ao fumo, corresponde ao Elemento Terra. É importante ressaltar que
não cabe aqui entrar no mérito da qualidade do fumo, já que estamos falando sobre
símbolos e formas de acessar uma oitava superior através dessas entidades. Enquanto
dão baforadas nas pessoas, o que eles estão fazendo é um trabalho de defumação, o
equivalente a um passe magnético. Podemos notar que ao lado deles, costuma-se ver
uma caixinha onde cospem as toxinas físicas, bem como os presentes no ectoplasma
a fim de preservar o corpo físico do médium, bem como os corpos sutis.

Quanto à bebida alcoólica funciona como antisséptico, limpando e cuidando do corpo


etérico do consulente. Além disso, com relação ao corpo do médium que “recebe” a
entidade, pode ser benéfico, já que as quantidades ingeridas são pequenas, e ajuda a
afastar o intelecto do indivíduo, relaxando-o no momento e ao voltarem a si, podem
fazê-lo com mais facilidade, pois os elementos físicos ingeridos remetem a uma forma
de aterramento.

É bom lembrar que a bebida alcoólica é extremamente volátil e combustível, assim


sendo atinge diretamente o que chamamos de períspirito, fazendo ali uma assepsia,
levando através do suor do médium toxinas encontradas no consulente. Além disso, o
calor da bebida e sua qualidade combustível correspondem ao Elemento Fogo, que
queima as energias intrusas e miasmas que acaso estejam presentes.

Os pretos velhos costumam magnetizar a bebida, dando ao consulente pequenos goles


para realizar seus trabalhos de cura.
É o pai protetor, que conhece como ninguém uma “mandinguinha” para curar os males
do espírito. É o arquétipo do velho sábio por excelência.

Orientando e ensinado os reais valores da vida de uma forma simples, despertaram a


humildade no coração de muita gente. Humildade e caridade são as características mais
marcantes desses espíritos redentores.

A partir da sabedoria manifestada por eles, nossos amados vovôs e vovós nos
aconselham, nos fazem refletir sobre como termos um caminhar mais leve, a caminhar
longe dos espinhos, termos o discernimento de apenas concentrarmos a nossa energia
nas coisas que valem a pena, a aceitarmos o melhor que cada pessoa e cada situação
pode nos oferecer, não para nos acomodarmos, mas para que tenhamos o melhor
aprendizado daquilo que precisamos passar naquele momento.

VEJA:
Formatação da Falange de Pretos Velhos na Umbanda
Font. Tribo da Consciência

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