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(20 Questões)
Prof. Fernando Fraga
Data da Aula Dia 27 de março de 2010
Horário: de 13 às 16 hs
PROVAS PRELIMINARES DE INGRESSO NA EMERJ
1ª QUESTÃO - O contrato contém duas cláusulas penais, uma moratória, outra compensatória,
sendo ambas no montante de 20% (vinte por cento) sobre o valor da obrigação. Ocorrendo a
inexecução, sem a prova da fortuidade, poderá exigir o credor, cumulativamente, ambas as cláusulas
penais acrescidas de perdas e danos, provando, inclusive, prejuízo maior que o montante das multas
contratuais?
1ª. QUESTÃO - 10 pontos -Antônio é devedor de uma quantia a Pedro, débito este decorrente de
uma aposta. Em vez de Antônio pagar a aposta, assume uma obrigação com Pedro em substituição
àquela dívida. Verifica-se, neste caso, a novação?
1ª. QUESTÃO - 10 pontos – Distinga o depósito regular do depósito irregular, classificando o primeiro
e definindo o segundo. Indique os dispositivos legais nos quais ambos se encontram previstos.
2ª. QUESTÃO - 10 pontos – Discorra a respeito do instituto da reserva mental, fazendo a distinção
com o instituto da simulação.
Pergunta-se:
2ª. QUESTÃO
O atual Código Civil – que entrou em vigência em janeiro de 2003 – diminuiu tal prazo
para três (3) anos (art. 206 § 3.°, V). Levando-se em conta que João ainda não intentou
a competente ação, pergunta-se:
Em que ano estará consumada a prescrição da pretensão de João para cobrar tal dívida?
Justifique.
3ª. QUESTÃO
João celebrou contrato de promessa de compra e venda de bem imóvel em
20/01/2001 com José, tendo por objeto um apartamento. A escritura não foi registrada no
cartório imobiliário. Diante da inadimplência das cotas condominiais, desde agosto de 2003, o
condomínio ajuíza a ação de cobrança em face de José, promitente vendedor. José alega
ilegitimidade passiva, pois, entende que já teria transferido a responsabilidade pelo pagamento
da cota condominial ao promitente comprador.
Pergunta-se:
1) Qual a finalidade do registro?
4ª. QUESTÃO
Célia e Leomar celebraram um contrato de mandato, visando a uma futura compra e
venda de imóvel, em que a primeira conferiu poderes ao segundo para proceder à transferência
do bem para seu nome. Falecendo Célia, seu único herdeiro, Ariovaldo, considerou o negócio
extinto e pleiteou a devolução do imóvel. Alega Ariovaldo que o contrato é nulo em razão de ser
o imóvel financiado e o contrato com a Caixa Econômica proibir a transferência.
O contrato celebrado é válido perante o sistema jurídico vigente? Justifique,
indicando o dispositivo legal utilizado para a resposta.
5ª. QUESTÃO
ARLENE CERQUEIRA promoveu em face de SÃO FRANCISCANO PATRIMONIAL S/A
ação visando rescindir compromisso de compra e venda de uma unidade imobiliária integrante
de um empreendimento. Além da rescisão requereu devolução atualizada dos valores pagos,
indenização por danos morais – pelo sofrimento e angústia e materiais – por ter permanecido
pagando aluguel quando poderia estar residindo em bem próprio. Sustenta seu pedido no fato
da construtora não ter entregue o bem objeto da avença na data aprazada. Alega a empresa ré
que o atraso teria sido de apenas 180 (cento e oitenta dias) e que não procede o pedido de
devolução integral do valor pago pois há o direito a reter o percentual de 20% a 30 % do valor
para evitar-se o enriquecimento sem causa, vez que há despesas administrativas a serem
suportadas. Pretende, ademais, que seja julgado improcedente o pedido de reparação de
danos materiais, correspondente aos valores dos aluguéis mensais por completa distorção na
finalidade do negócio jurídico celebrado.
6ª. QUESTÃO
Pergunta-se :
1) O que é o princípio da autonomia da vontade e no que se funda ?
2) O que significa o princípio da relatividade dos contratos ?
3) A quem assiste razão ? Sob qual fundamento ?
8ª. QUESTÃO
Humberto Telles convenciona com o casal Soares intermediar a venda de imóvel deles,
localizado em Jurerê Internacional. O contrato de corretagem previa o prazo de 6 ( seis ) meses
para que Humberto captasse clientes. No sétimo mês, Humberto encontra um comprador, Rolf e
assina termo de compromisso de venda do imóvel do casal. Rolf em razão do compromisso
firmado com Humberto retira todo o dinheiro que mantinha aplicado. O casal Soares ao receber
o telefonema de Humberto menciona não ter mais interesse na venda em razão de terem
transferido o bem na semana anterior a Cláudio, sócio de Manoel Soares. Rolf ao ser informado
de que não haveria transação imobiliária ingressa em juízo em face de Humberto e do casal
Soares requerendo indenização a ser paga em razão da perda financeira sofrida com a
desaplicação prematura de seu dinheiro.
9ª. QUESTÃO
Antônio comprou o Sítio São José pelo preço de R$ 500.000,00, com área de 22.000 metros
quadrados, para nele instalar uma empresa. Antônio fez constar da escritura de aquisição, com
a concordância do vendedor Benedito, que essa área é a mínima necessária ao estabelecimento
de referida empresa. Realizada a compra e venda, com o registro do título no Registro
Imobiliário, Antônio constatou, com perícia, ao cabo de seis meses após esse registro, que a
área adquirida só possuía 18.000 metros quadrados, o que inviabilizou, parcialmente, o
empreendimento de Antônio, que pretende desfazer o negócio. A pretensão de Antônio
procede? Justifique a resposta, aplicando artigos do Código Civil. ( OAB São Paulo )
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10ª. QUESTÃO
Mário celebrou com Elizabeth contrato que teve como objeto a venda da casa de campo do
primeiro para a segunda. Foi estabelecido direito de arrependimento. No ato da negociação,
Elizabeth pagou a Mário a importância de R$20.000,00 (vinte mil reais), a título de arras
penitenciais. O restante do pagamento do bem seria feito em 10 parcelas sucessivas de
3.000,00 (três mil reais).Na semana anterior à quitação da primeira parcela, Elizabeth aplica o
dinheiro na Bolsa de Valores e acaba perdendo não só o dinheiro da primeira parcela como o
capital para o pagamento das demais, inviabilizando o cumprimento do pactuado.
1) Pela previsão legal, Elizabeth poderá desistir da compra do bem e receber o valor pago de volta?
2) Mário terá direito de ser indenizado na hipótese em estudo?
11ª. QUESTÃO
Construtora X LTDA. Ajuizou ação de resolução contratual cumulada com reintegração de
posse e indenização por perdas e danos em face de João e sua mulher. Sustenta que em
22/05/2005 prometeu vender aos réus o apartamento 301 do “Edifício Morar Bem” pelo preço de
R$ 60.000,00, a serem pagos em 3 prestações iguais.
Por sua vez, segundo a cláusula 5ª da promessa de compra e venda, também se
responsabilizam os réus pelo pagamento do débito hipotecário junto ao agente financeiro,
correspondente ao citado apto 301, e no parágrafo 2º desse item contratual, estipulou-se que
sendo impossível aos compromissários compradores o cumprimento de tal encargo, ficariam
eles obrigados a substitui por outros imóveis, mas a critério do promitente vendedor, cujo valor
não poderia ser inferior a R$ 60.000,00.
Na data do cumprimento do encargo, os réus ofereceram um terreno localizado na praia de
Búzios, que foi rejeitado pela autora.
Em contestação, sustentam os réus que se trata de obrigação alternativa e, em sendo oferecido
o bem, estavam exonerados, não sendo lícito ao credor rejeitá-lo.
Decida a questão.
1)Com base em nosso Código Civil, pode Carlos efetuar a cobrança de um só dos
devedores? Explique juridicamente.