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ILUSTRE SENHOR PRESIDENTE DA JARI DO ESTADO DE PERNAMBUCO

REQUERENTE, PAULO HENRIQUE DANTAS LINS, Brasileiro, Projetista, Casado,


portador da Carteira de Identidade nº 6.382.583 SDS/PE, inscrito no CPF sob o nº
056.913.774-85, CNH nº 579737988, residente e domiciliado na Rua Maria da
Conceição Viana, nº 1313, Bairro Jardim Atlântico, Cidade Olinda, CEP. 53.050-110, no
Estado de Pernambuco, vem à presença de Vossa Senhoria, interpor o
presente RECURSO contra aplicação de penalidade por suposta infração de trânsito,
pelo motivos que passa a expor:

DOS FATOS

1. Prefacialmente, cumpre anotar, que o REQUERENTE é proprietário do veículo


Chevrolet CELTA, ano/modelo 2007/2008, placa MXT-7986, cor Preta, chassi nº
9BGRZ08908G165021, conforme indicado no auto de infração nº AD011199431
realizado pelo agente de matricula nº 0000328493.

2. Ao que se vislumbra, na data de 06/11/2016, às 09:14 horas, na Avenida Marechal


Mascarenhas de Morais, foi o REQUERENTE autuado, em razão de ter parado seu
automóvel em local proibido, mormente em razão da placa proibindo estacionar/parar,
o que configuraria, portanto, a infração prevista no art. 181, inc. XIX, do Código de
Trânsito Brasileiro.

3. Necessário considerar o fato de que a saída do Aeroporto Internacional dos


Guararapes, o percurso a ser percorrido é obrigatório a passagem pela via local à
Avenida supracitada, em frente ao Edifício Garagem. No dia da suposta infração, a
esposa do REQUERENTE, do qual é testemunha dos fatos ocorridos, estava de retorno
de viagem, onde o REQUERENTE foi até o aeroporto para busca-la.

4. Com os fato anterior à suposta infração, faz-se necessário explicar os demais


ocorridos. Na saída do local de desembarque, o REQUERENTE parou o veículo no local
indicado proibido, por motivo de urgência em virtude de atender uma ligação importante,
por estar em alerta caso o estado de saúde do pai, que é muito debilitado, ligasse para
este.
Ato ocorrido visando respeitar o Art. 252, inc. V, do Código de Transito Brasileiro:
Art. 252. Dirigir o veículo
V - com apenas uma das mãos, exceto quando deva
fazer sinais regulamentares de braço, mudar a marcha do
veículo, ou acionar equipamentos e acessórios do
veículo;

No que tange, visando respeitar também o Art 28, do Código de Trânsito Brasileiro:
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio
de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados
indispensáveis à segurança do trânsito.
5. Após a parada, onde o REQUERENTE precisou atender uma ligação do seu aparelho
celular e sendo todos os locais para uma parada emergencial, afim de atender uma
ligação de urgência, são proibidos para o ato de parar o veículo, houve-se um empasse.
Para a proteção da vida de outros motoristas, passageiros e do próprio REQUERENTE,
o mesmo optou por realizar uma parada no local da suposta infração.
6. Os agentes municipais da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do Recife
(SEMOCPCR) encostaram, no interior do veículo da SEMOC, na parte traseira do
veículo supostamente infrator. O REQUERENTE sinalizou para os agentes que estaria
em uma ligação IMPORTANTE e por este motivo, houve a necessidade de parar
naquele local. Os agentes, sem aplicar nenhuma advertência ou sinalização ao
condutor, retirou-se com a viatura e seguiu o percurso que estaria anterior ao encontro
com o REQUERENTE. Para constar, a parada para atender a ligação durou cerca de 1
minuto e 27 segundos e a ação dos agentes, do qual não saíram do veículo em nenhum
momento, durou menos de 10 segundos.

DO DIREITO

Do estado de Necessidade

1. Ademais, mesmo a placa em local visível, há de se considerar, que


o REQUERENTE somente parou o veículo no local indicado no auto de infração,
premido pelas circunstâncias, em razão da urgência em evitar maiores transtornos em
tratando-se da saúde debilitada de seu pai. Consoante explanado anteriormente, este
foi o único lugar lobrigado para parar, dada a consideração de manter a segurança dos
passageiros do veículo supostamente infrator e demais ao longo da via.

2. Desta feita, não se poderia olvidar as disposições contidas no Código Penal, acerca
da exclusão da ilicitude, que ora transcreve-se:

"Art. 23. Não há crime quando o agente pratica o fato:


I - em estado de necessidade;"

"Art. 24. Considera-se em estado de necessidade quem


pratica o fato para salvar de perigo atual, que não
provocou por sua vontade, nem podia de outro modo
evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas
circunstâncias, não era razoável exigir-se."

3. Torna-se imperioso concluir, que o REQUERENTE estava acobertado pelo estado de


necessidade, tendo parado em local proibido para atender uma situação grave a vida
de um ente fraterno, do qual solicitou a atenção e urgência.
DOS PEDIDOS

I – Diante de tudo quanto foi exposto, requerer o cancelamento da penalidade imposta


em razão de infração de trânsito enquadrada no art. 181, inc. XIX, uma vez que não
houve por parte do REQUERENTE ciência ou intenção de parar o veículo em local
proibido.

II – Requer não seja computada a perda de pontos no prontuário ou, caso já se tenha
procedido ao registro, requer-se a anulação do mesmo.

Termos que

Pede deferimento.

Recife, 24 de Novembro de 2016

Paulo Henrique Dantas Lins.

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