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A

FORMAÇÃO
DO
IMAGINÁRIO

A Formação do Imaginário – Material exclusivo. Distribuição e compartilhamento proibidos.


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AFINAL, O QUE É O IMAGINÁRIO?

É muito difícil definir o que é o imaginário, mas se existe algo apropriado


para entender o que é o imaginário é aquela imagem explorada por C. S.
Lewis: o imaginário é como um guarda-roupa que guarda um mundo
inteiro.

É no nosso imaginário que guardamos as memórias das nossas


experiências; o sentido dos livros que lemos, das imagens e filmes que
nos tocaram... Tudo fica lá. E todo esse material se torna nossa bússola de
orientação no mundo, nosso elo para compreender a realidade dentro da
nossa cabeça e para nos comunicar com os outros.

Por exemplo, quando ouço a palavra “ELEFANTE” imediatamente surge


uma imagem do elefante na minha mente. Essa imagem foi construída
das imagens que vimos de um elefante nos livros, filmes, desenhos, etc.
Você não precisa ter um elefante no jardim para compreender essa
palavra. Basta tê-la no seu imaginário para que a palavra entre
em você e ganhe significado.

Agora imagine que todo elefante que você já viu fosse como
esse aqui. Seria difícil ter uma imagem real e viva do que é um elefante, lá
dentro da sua cabeça. Dá pra perceber então que nosso imaginário é uma
ponte necessária para a nossa mente compreender a realidade, mas
também para que possamos expressar a realidade a partir daquilo que
temos na nossa imaginação.

Se esse é o elefante que você conhece, quem vai te dar atenção? Com
quem você vai poder se comunicar acerca de elefantes? Somente com
aquelas pessoas que também não têm uma experiência verdadeira do que
é um elefante.

Um imaginário pobre é uma prisão. Você não avança no mundo e se


torna uma ilha, incapaz de se comunicar com os outros, de se tornar
verdadeiramente humano diante dos seus semelhantes.

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Por isso que a definição que eu mais gosto para o imaginário é: o
imaginário é uma ponte entre a alma e a realidade.

Sem essa ponte, a pessoa se torna o centro de tudo. Ela se torna um vazio
inacessível, cuja única referência é ela mesma. A Literatura nos reconcilia
com nosso interior, nos torna abertos e compreensíveis aos outros e nos
reata à realidade. Basta estarmos atentos.

Mas por que a literatura é tão importante?

Bruno Tolentino lembra em uma de suas entrevistas que o regime


Soviético proibiu as bíblias e perseguiu e fechou as igrejas, mas o
cristianismo sobreviveu e passou por toda forma de cerceamento através
de Tolstói e Dostoiévski.

A Grande Literatura tem o poder incrível, às vezes quase miraculoso, de


apresentar sinteticamente e simbolicamente as experiências humanas. Eu
não preciso ser uma mulher mimada que se acha maior do que é para
saber o que se passa na vida e na cabeça de uma pessoa assim. Eu posso
simplesmente viver essa experiência através de Madame Bovary.
Entendeu? A Literatura te joga pra dentro de uma vida, te faz visitar a
possibilidade de nossas almas.

E não é só reconhecer como se passa a experiência dos nossos


semelhantes. É também adquirir experiência de vida através da cultura. A
cultura, especialmente a literária, é acima de tudo uma educação do
imaginário moral. É conhecer o erro sem precisar vivê-lo e, assim, viver
mais plenamente a vida.

Então vamos lá. Mas O QUE podemos fazer para ler melhor?

Algumas dicas importantes para captar profundamente a experiência da


leitura. Algumas dicas, como a VI e a X, podem parecer estranhas, mas
elas realmente funcionam.

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I. SEJA VOCÊ MESMO

Eu recebo muitos pedidos de dicas de leitura, uns mais estranhos do que


os outros: “é melhor ler em um lugar silencioso ou posso ler com
música”; “Devo ou não riscar meus livros?” e uma série de outras
pessoas.

Encontre o seu melhor caminho para extrair o máximo da sua leitura.


Compreenda sua personalidade e seu temperamento antes de mais nada.
Você extrai mais da leitura ouvindo música? Beleza. Prefere anotar fora
do livro? Beleza também. Eu prefiro riscar no livro, mas este é o meu
critério de organização. Faça o seu.

II. SEJA VOCÊ MESMO, MAS NÃO SEJA PREGUIÇOSO

Evite se distrair. Evite ficar muito tempo sem ler. Nós sempre temos
tempo para fazer o que queremos, então guarde alguns minutos do dia
para ler. A leitura, para um homem maduro, é algo obrigatório. Não
deixe que outras coisas te distraiam. Concentre-se. E, acima de tudo, não
fique com preguiça de fazer anotações. Elas serão sua fonte depois da
leitura.

III. TENTE OUVIR O QUE VOCÊ ESTÁ LENDO

A música é a estrutura por trás de todas as obras de arte. Uma catedral,


uma poesia, até mesmo um ensaio bem executado. Leia os ensaios do
Carpeaux e perceba como eles se parecem com uma catedral
sinfonicamente bem executada. Se possível, leia em voz alta:

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especialmente poesias e peças teatrais. Escute o que você lê. E ouça boas
músicas.

IV. LEIA DE NOVO E FIQUE ATENTO ÀS ASSOCIAÇÕES

De que valeria ler um livro se ele não te remetesse a outras histórias? Se


ele não dissesse nada que te fizesse se ligar a um fato da sua vida ou a
alguma outra leitura? Então, deixe as associações fluírem e você verá que
é muito raro que sua cabeça tenha viajado demais. Se nossa mente ligou,
provavelmente há ali um nexo.

E a compreensão aumenta quando voltamos. Então, leia de novo,


especialmente os grandes livros. Não pense que você absorveu tudo de
um livro na primeira leitura. Queira mais deles.

V. IMAGINE

Esses dias eu estava lendo O Senhor das Moscas e fiquei me perguntando


como seria a história do livro (um monte de meninos perdidos numa ilha
deserta) se os personagens fossem as crianças que eu conheço. Ou se
fossem as crianças da minha geração... E isso me fez refletir sobre um
monte de coisas. Não tenha vergonha de viajar demais. São essas
aventuras comparativas que fazem o seu cérebro sintetizar o conteúdo da
leitura. Medite sobre os detalhes importantes e correlacione com a sua
vida.

VI. VÁ À MISSA

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Tudo bem, você pode não ser católico. Então, vá ao culto. Mas vá a algum
lugar onde os ritos sintetizem com maestria e força a riqueza dos
símbolos. Os ritos se interiorizam no nosso espírito através da nossa
participação neles. E eles carregam a riqueza simbólica mais primitiva,
mais perfeita. Eles mostram na nossa cara os símbolos que depois estarão
mais diferenciados nos livros que lemos. Por exemplo, ninguém precisa
explicar a um cristão que frequenta a Igreja porque Cristo é comparado a
um cordeiro. A fórmula deste símbolo se torna interior para quem
participa frequentemente da Eucaristia. Assim, quando você vê esse
símbolo apresentado de outra forma em O Silêncio dos Inocentes ou
Diálogo das Carmelitas aquilo bate você sem que você precise de um
tratado de simbólica para que o símbolo chegue ao seu coração.

VII. NÃO JULGUEIS PARA QUE NÃO SEJAIS JULGADO.

Concorde com o que você lê e não julgue os personagens dos quais está
lendo. Se a grande Literatura traz a síntese de experiências humanas
verdadeiras ou possíveis, ela é o melhor meio para exercitarmos a
compaixão. E compaixão é sentir junto. Se deixe levar pelos personagens
como você deveria se deixar levar pelas pessoas reais. Simplesmente tente
amá-las e compreendê-las. Com o tempo, você vai vendo que é possível
fazer isso com personagens e, a partir daí, se torna mais fácil fazer com os
amigos, a família. Porque você percebe que existe um mundo de coisas
que a literatura te apresenta e te ajuda a ter compaixão e que é impossível
perceber numa vida próxima a você. E, se já é sacanagem julgar um
personagem do qual você sabe até os pensamentos, imagine julgar
alguém que é um Mistério.

VIII. LEIA FÁBULAS E MITOS

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Infelizmente, nossa imaginação moral é um fiasco. As fábulas e os mitos
são as fontes mais ricas para suprirmos essas necessidades. Eles vão te
ajudar ainda mais com a dica anterior.

IX. APRENDA E ESCREVA

Um novo livro pode ser uma fonte de palavras novas. Tenha sempre a
mão um bom dicionário. Anote as novas palavras num bloco de notas.
Não perca seus insghts, as idéais e correlações que surgem durante a
leitura. Mantenha um bloquinho por perto. Os Pensamentos, de Pascal, foi
todo escrito de lampejos que ele tinha, rabiscava numa folhinha e
pendurava pela casa.

X. PEÇA A DEUS PARA LER MELHOR

Deus é a fonte de toda sabedoria, de todo conhecimento. E Ele atende os


nossos pedidos. Ele quer que aprendamos e sejamos melhores. Peça a
Deus para ler, reter e compreender. Eu sempre faço A Oração de Santo
Tomás Para os Estudos antes de abrir um livro. Faça o mesmo.

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