Esboço de Mapa Mental Modernização, Ditadura e Democracia O Processo Econômico
1. Entre inflação, crise no balanço de pagamentos e recessão, o declínio do
desenvolvimento industrial 1.1. Furtado lançou o Plano Trienal para 1963-1965 1.1.1. O IPC estava a 55% 1.1.2. O objetivo era reduzir a inflação à metade do ano interior sem abrir mão do crescimento do Produto Nacional de 7% em 1963 1.1.3. O foco do Plano estava em reduzir os déficits do governo, corte aos subsídios ao trigo e aos derivados do petróleo e a redução dos investimentos governamentais. 1.1.4. Jango perdeu o interesse no plano Trienal depois do plebiscito que referendou o presidencialismo. 1.1.5. Com a posterior diminuição da inflação o PIB cresceu apenas 0,6% em 1963. 2. As políticas econômicas do Regime Militar 2.1.1. Governo militar reajustava os salários baseado na inflação passada acrescida de 50% da inflação futura, estimada pelo Ministério da Fazenda. 2.1.2. Havia o tabelamento de preços que não funcionaria se a demanda não fosse refreada. 2.1.2.1. O resultado foi a queda da inflação. 2.1.3. Criação do FGTS 2.1.4. Políticas de estímulos à concentração de capital, economia mista, investimentos estrangeiros e exportação de produtos industrializados. 2.1.4.1. As exportações de produtos industriais por empresas transnacionais e empresas nacionais resolveu a crise no balanço de pagamentos. 3. O milagre econômico brasileiro 3.1. Criação do Banco Nacional de Habitação – BNH 3.1.1. Encarregado de ampliar o crédito à construção civil, depois ampliado a bens duráveis, matérias primas e comércios desses bens. 3.1.2. O PIB começou a ter um crescimento extraordinário a partir de 1968 3.2. Expressivo crescimento das exportações brasileiras a partir de 1966 3.2.1. Decorrências das políticas adotadas 3.2.2. Também das condições internacionais favoráveis 3.3. Cenário de queda da inflação 3.4. Causas do “milagre “ 3.4.1. Focos de inflação eliminados 3.4.1.1. Fim do estrangulamento das importações pela diversificação das exportações 3.4.1.2. Crescente número de transnacionais vindo para o Brasil 3.4.1.3. Subsídios do governo a exportação, isenção de impostos 3.4.1.4. Disponibilidade de moeda conversível permitia a importação dos produtos em falta no mercado interno. 3.4.1.5. A melhora na balança de pagamentos permitiu que a inflação declinasse ao invés de aumentar. 3.4.1.6. Controle de Reajustes pela Comissão Interministerial de Preços (CIP) 3.4.1.7. Fixação Centralizada dos Reajustes de Salários 4. A Crise do Milagre 4.1. Últimos anos do “milagre” 4.1.1. 1974-1978 4.2. Motivos 4.2.1. Não houve investimentos para abrir em tempo os pontos de estrangulamento físicos contra os quais se passou a chocar, desde 1972, a demanda em franca expansão. 4.2.2. Em 1972-3 houve multiplicaram-se os casos de resistências ao controle dos reajustamentos de preços e começou a haver relaxamento na disciplina econômica reinante. 4.2.3. Houve posterior denúncia que a variação do Índice Geral de Preços ao Consumidor fora subestimada pelo Ministério da Fazenda. 4.3. Consequências 4.3.1. Com o choque do petróleo, o valor das importações aumenta, mas também das exportações, o que ajuda a regular a balança de pagamentos, embora continue deficitária. 5. II PND 5.1. Objetivos 5.1.1. Desenvolver a indústria pesada metalúrgica, química, petroquímica, etc.; cuja produção deveria substituir importações e assim reequilibrar a balança comercial. 5.2. O Programa foi financiado pelos petrodólares. 6. A ressurreição do movimento operário 6.1. Em 1978, após protestos de operário Geisel publica um decreto que na prática legaliza as greves nos setores que não são de interesse da “segurança nacional”. 6.2. Em 1979, o governo renuncia a fixação arbitrária dos reajustamentos salariais. 6.3. A inflação cresce e começa a afetar o crescimento da economia nos anos seguintes. 6.4. O crescimento anual real de 1981-83 no Brasil torna-se negativo 7. As crises do endividamento externo 7.1. Atingiu os países em desenvolvimento de 3 maneiras: 7.1.1. Os choques do petróleo ampliaram os gastos com importações 7.1.1.1. Segundo choque em 1979 7.1.2. Nos EUA uma política de restrição de crédito, com a consequente elevação dos juros, aumentou o serviço das dívidas externas dos países subdesenvolvidos. 7.1.3. O exemplo dos EUA, acompanhados por outros, desencadeou uma crise econômica mundial, que deprimiu o comércio, reduzindo a receita de exportação dos países subdesenvolvidos importadores de petróleo. 7.2. Quase todos os países da A.L nesse período de 1982 se tornam inadimplentes, o México em primeiro lugar. 7.2.1. O Brasil tinha a maior dívida do Terceiro Mundo 7.3. O Brasil submeteu-se aos planos de empréstimos externos dos bancos internacionais e do FMI para se reestruturar. 7.4. A economia mundial voltou a se recuperar em 1984. 8. A volta à democracia e o desafio da inflação 8.1. Plano Cruzado 8.1.1. Congelamento de preços 8.1.1.1. Efeito de curto prazo. 8.1.1.1.1. Mercado negro 8.1.1.1.2. Inflação volta a subir 8.2. Plano Bresser, 19870 e Plano Verão, 1989 8.2.1. Congelamento de preços 8.2.2. Corte de crédito 8.2.3. Elevação de impostos 8.2.4. Redução de gasto público. 8.2.5. Resultados pífios sobre a inflação. 8.3. Plano Collor, 1990 8.3.1. Congelamento por 18 meses de todos os ativos financeiros da população 8.3.1.1. Proibição de saques de acima de 50 mil cruzados 8.3.1.2. Resultou em hiper-recessão 8.3.1.3. Denúncias de corrupção 8.3.2. Eliminação de déficits das contas do governo 8.3.2.1. Fechamento de autarquias e fundações, 8.3.2.2. colocação de 100 mil funcionários em disponibilidade, sem pagamento de ordenados, 8.3.2.2.1. Justiça obrigou o governo a continuar com os trabalhadores. 8.3.2.3. privatização de empresas estatais 8.3.2.4. aumento de impostos. 8.3.3. Com a gradativa liberação dos ativos sequestrados, os preços voltaram a subir. 8.3.4. Seguiu-se o congelamento de preços e salários. 8.3.5. Em seguida, liberação de preços, até os que sempre foram tabelados. 8.3.6. 1990: Resultado 8.3.6.1. Superávit 8.3.6.1.1. Corte de demanda efetiva 8.3.6.1.1.1. Crise de superprodução no terceiro trimestre 8.3.6.1.1.1.1. Provocou concordatas e desemprego 8.3.6.1.1.1.2. Queda no PIB DE 5,05%. 8.3.7. 1991 8.3.7.1. Medidas 8.3.7.1.1. Congelamento de preços e salários 8.3.7.1.2. Abolição dos indexadores oficiais 8.3.7.1.2.1. Proibição de qualquer indexação de preços e salários 8.3.7.2. Resultados 8.3.7.2.1. Sumido dos produtos das prateleiras 8.3.7.2.2. Cobranças de ágios 8.3.7.2.3. Suspensão das transações 8.3.7.2.4. Impeachment 9. O Plano real: a inflação sob controle 9.1. Ajuste de preços e demais valores à quantidade desejada pelos compradores 9.2. Adoção de um indexador de inflação 9.2.1. Valor que se alteraria cada vez que o Índice Geral de Preços subisse ou descesse 9.3. Criação da nova moeda: Unidade Real de Valor 9.4. Previsão de eliminar o déficit do orçamento do governo federal 9.5. Projeto aprovado pelo Parlamento 9.6. Queda imediata da inflação. 9.7. Governo decretou a livre importação de milhares de produtos 9.8. Igualou o valor do real ao do dólar 9.8.1. Valorização do real. 9.9. Produtos industrializados com concorrentes industriais sofreram queda de preço 9.10. Serviços tiveram valor inflado, porém a ritmo menor e decrescente 9.11. Crise industrial e social 9.12. Crises internacionais 9.12.1. México, 1995 9.12.1.1. Fuga de capitais 9.12.1.2. Atingiu Argentina e Brasil 9.12.1.3. Desvalorização das moedas locais 9.12.1.3.1. Aumentou o preço dos importados, mas facilitou a exportação. 9.12.2. Tailândia, Indonésia, Filipinas, 1997 9.12.2.1. Fuga de capitais desses países 9.12.2.1.1. Desvalorizou suas moedas 9.12.2.1.2. Acarretou prejuízos aos que demoraram a retirar seus capitais. 9.12.2.1.3. Onda de pânico que atingiu os capitais aplicados na Coreia do Sul, Hong Kong e Brasil. 9.12.2.2. Solução ortodoxa para crise no Brasil 9.12.2.2.1. Arrocho do crédito 9.12.2.2.2. Elevação dos juros 9.12.2.2.3. Corte de gastos governamentais 9.12.2.2.4. Elevação dos impostos 9.12.2.2.5. Objetivo de atrair capitais estrangeiros. 9.12.3. Rússia, 1998 9.12.3.1. Rússia declarou-se incapaz de pagar os juros e amortizar a dívida 9.12.3.2. Fuga de capitais intensa no país 9.12.3.3. Brusca subida de juros no Brasil, 25,18% e 36,97% 9.12.3.4. EUA, Bancos Mundial e Interamericano e outros tentaram impedir a insolvência do Brasil, mas os investidores não voltaram. 9.12.3.5. Nesse ano a economia sofreu deflação e o PIB não cresceu. 9.13. Em 1999 houve novo ataque ao real, e o governo abandonou sua política de desvalorizar o real. 9.13.1. A taxa de câmbio passou a flutuar de acordo com a especulação financeira. 9.14. A variação do PIB real foi de 0, 13% em 1998 e de 0, 79% em 1999. 9.15. A economia só voltou a crescer em 2000, com 4,36%. 10. A passagem do governo FHC ao de Lula 10.1. Crise de fuga de capitais antes de o Lula assumir o poder 10.1.1. Logo resolvida 10.2. Combinação de políticas neoliberais de contenção inflacionária com políticas expansivas e redistributivas. 10.2.1. Baixa de juros 10.2.2. Expansão do mercado interno 10.2.2.1. Instituição do Programa Bolsa Família 10.2.2.2. Expansão do crédito consignado e outras políticas redistributivas 10.2.3. Criação de controles especulativos mediante elevações de impostos sobre os recursos vindos do exterior do segundo mandato de Lula. 10.3. Crescimento da economia. 10.4. Fim da dependência do FMI. 10.5. Acúmulo de reservas em dólares.