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POLO
Uberlândia/MG
2016
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UNIVERSALIZAÇÃO DO ACESSO AOS DIREITOS SOCIAIS : o assistente social
como mediador.
[...] seu trabalho não resulta apenas em serviços úteis, mas ele tem um efeito na
produção ou na redistribuição do valor e da mais-valia. Assim, por exemplo, na
empresa, o assistente social pode participar do processo de reprodução da força de
trabalho e/ou da criação da riqueza social, como parte de um trabalho coletivo,
produtivo de mais-valia. Já na esfera do Estado, no campo da prestação de serviços
sociais, pode participar do processo de redistribuição da mais-valia, via fundo público.
Independentemente do local de trabalho, o assistente social deve ter sua atuação dentro
dos limites legais e éticos da profissão, que em seu Código de Ética traz, entre seus princípios
“Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda sociedade,
com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos das classes trabalhadoras”; e
“Posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure universalidade de
acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como sua gestão
democrática” Grifo nosso.
Seria uma visão muito romântica acreditar que numa empresa particular o assistente
social conseguirá atuar de forma independente e visando somente o bem estar do trabalhador,
inclusive dele mesmo. A instituição privada visa, antes de tudo, o lucro e o caminho para se
manter lucrativa. E neste caminho cede benefícios aos funcionários permitindo, entre outros, a
presença do assistente social, que na prática faz a mediação entre as demandas dos
trabalhadores e os interesses patronais, buscando se chegar a um ponto comum, onde
prevaleça a harmonia empresarial.
Os textos legais trazem importantes direitos universais aos cidadãos, mas são direitos
que milhões de brasileiros não têm acesso ou os têm de forma deficitária, pois são vítimas do
perverso sistema capitalista de produção em conjunto com o neoliberalismo, que lhes impõe o
desemprego, a precarização da saúde, da educação, da moradia, das relações trabalhistas, etc.
E é nesse contexto que o papel do Assistente Social ganha destaque, pois tem que
mediar o encontro de três forças: de um lado tem uma rica legislação que garante a todos os
cidadãos diversos direitos; de outro um estado que deveria, mas que na prática não
proporciona aos seus cidadãos esses direitos, nem disponibiliza recursos suficientes para tal; e
de outro um crescente número de cidadãos que buscam seus direitos.
Referências:
NANIAS, A.T.; LEANDRO, R.C. Teoria Geral do Serviço Social. São Paulo: Editora Sol,
2014.
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