Sei sulla pagina 1di 3

TRABALHO EM GRUPO – TG

Aluno(s): Aldehon Dornelas Mota

POLO
Uberlândia/MG

2016
1
UNIVERSALIZAÇÃO DO ACESSO AOS DIREITOS SOCIAIS : o assistente social
como mediador.

A regulamentação da profissão de assistente social considera este profissional como


um profissional liberal, mas é bom lembrarmos que a grande maioria dos assistentes sociais
trabalha como trabalhador assalariado, estando a maior parte no serviço público e no terceiro
setor, mas, também, com crescente presença em instituições privadas, ou seja, apesar de ser
considerado um profissional liberal, na prática, como cita Nanias e Leandro (2014, p.107) é
um trabalhador especializado que vende sua força de trabalho, ocorrendo compra e venda de
seu serviço especializado, fazendo assim com que o Serviço Social ingresse para o universo
da mercantilização. Assim, segundo Iamamoto (2000):

[...] seu trabalho não resulta apenas em serviços úteis, mas ele tem um efeito na
produção ou na redistribuição do valor e da mais-valia. Assim, por exemplo, na
empresa, o assistente social pode participar do processo de reprodução da força de
trabalho e/ou da criação da riqueza social, como parte de um trabalho coletivo,
produtivo de mais-valia. Já na esfera do Estado, no campo da prestação de serviços
sociais, pode participar do processo de redistribuição da mais-valia, via fundo público.

Independentemente do local de trabalho, o assistente social deve ter sua atuação dentro
dos limites legais e éticos da profissão, que em seu Código de Ética traz, entre seus princípios
“Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda sociedade,
com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos das classes trabalhadoras”; e
“Posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure universalidade de
acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como sua gestão
democrática” Grifo nosso.

Seria uma visão muito romântica acreditar que numa empresa particular o assistente
social conseguirá atuar de forma independente e visando somente o bem estar do trabalhador,
inclusive dele mesmo. A instituição privada visa, antes de tudo, o lucro e o caminho para se
manter lucrativa. E neste caminho cede benefícios aos funcionários permitindo, entre outros, a
presença do assistente social, que na prática faz a mediação entre as demandas dos
trabalhadores e os interesses patronais, buscando se chegar a um ponto comum, onde
prevaleça a harmonia empresarial.

Já no serviço público e no terceiro setor, o assistente social tem papel de maior


importância, participando dos processos de elaboração e execução de políticas com vistas à
2
universalização do acesso aos direitos sociais. O grande limitador do trabalho do assistente
social nestes seguimentos é a escassez de recursos financeiros para a efetivação das ações
necessárias para a garantia dos direitos dos cidadãos.

É importantes ressaltarmos os importantes avanços legais na área da Assistência


Social conquistados a partir da Constituição Federal de 1988, não por acaso, chamada de
constituição cidadã. Mas mais importante ainda é deixarmos claro que os avanços
conquistados no papel não chegaram na mesma velocidade aos cidadãos que mais precisam.

Os textos legais trazem importantes direitos universais aos cidadãos, mas são direitos
que milhões de brasileiros não têm acesso ou os têm de forma deficitária, pois são vítimas do
perverso sistema capitalista de produção em conjunto com o neoliberalismo, que lhes impõe o
desemprego, a precarização da saúde, da educação, da moradia, das relações trabalhistas, etc.

E é nesse contexto que o papel do Assistente Social ganha destaque, pois tem que
mediar o encontro de três forças: de um lado tem uma rica legislação que garante a todos os
cidadãos diversos direitos; de outro um estado que deveria, mas que na prática não
proporciona aos seus cidadãos esses direitos, nem disponibiliza recursos suficientes para tal; e
de outro um crescente número de cidadãos que buscam seus direitos.

Nem sempre, por falta de recursos ou outros limitadores externos, conseguirá


proporcionar ao cidadão que o procura o acesso aos serviços necessários para que alcance os
direitos legalmente lhe assegurados, mas jamais o limitador deve ser o profissional de serviço
social. Este deve agir sempre de forma ética, dentro de sua competência legal e profissional,
sem politicagem ou messianismo, buscando o máximo de direitos aos necessitados, mesmo,
muitas vezes, tendo o mínimo de recursos e condições de trabalho.

Referências:

CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL – CFESS. Código de ética profissional dos


assistentes sociais. Brasília, 1993. Disponível em:
<http://www.cfess.org.br/arquivos/CEP_CFESS-SITE.pdf>. Acesso em: 28 mai. 2016.

IAMAMOTO, Marilda Villela. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação


profissional. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2000.

NANIAS, A.T.; LEANDRO, R.C. Teoria Geral do Serviço Social. São Paulo: Editora Sol,
2014.
3

Potrebbero piacerti anche