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Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência e Poder

Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008

Gêneros e masculinidades em performance e em questão

Wagner Xavier de Camargo (UFSC)


Palavras-chave: Gênero; Esportes; Antropologia.
ST 67 – Gênero e práticas corporais e esportivas

Introdução
Esta pesquisa surgiu a partir de minha experiência etnográfica da 7ª edição dos “Gay
Games”1, em Chicago, Estados Unidos, 2006. O evento aconteceu na cidade americana, entre 15 e
22 de julho daquele ano e contou com cerca de 12.000 atletas participantes, oriundos de 70 países,
distribuídos em 40 modalidades. Além deste montante, havia também entre 1.500 e 2.000
voluntários, que eram da região metropolitana de Chicago, e que deram suporte aos jogos2.
O que me levou a Chicago foi a curiosidade em presenciar como aconteciam tais jogos. A
primeira versão destes jogos foi idealizada por Tom Waddell e ocorreu em São Francisco, 19823. As
demais versões alternaram-se entre Estados Unidos e Canadá e, na transição entre fins dos anos 90 e
a virada do milênio, a Holanda e a Austrália  respectivamente em 1998 e 2002  estrearam como
sedes “fora do circuito”, por assim dizer4.
Lá duas dimensões me dividiam constantemente: como atleta participava em uma
olimpíada  porque era a competição máxima da organização esportiva gay, principalmente pelo
volume de pessoas e da estrutura observada  e, na pele de antropólogo, andava desconfiado e me
permitia “olhar, ouvir e escrever”5, tudo o que encontrava pela frente. E não conseguindo
compreender tais dimensões que se sobrepunham constantemente intrinsecamente, às vezes sem me
dar conta e estar atento, era traído pelo(s) desejo(s). Era seduzido pelo entusiasmo, pelo novo, ou
em uma palavra, pelo “exótico”.
O que de fato importou foi a identificação de traços interessantes do tema/assunto da
presente investigação quando resgatei minhas anotações de acontecimentos, impressões, frases ou
comportamentos e iniciei o processo curioso de análise e reflexão sobre o que tinha visto, ouvido e
coletado de “informantes esporádicos anônimos”, que encontrei durante os dias do evento.
Diante do que fora explicitado, o que se postula é um esforço intelectual de reflexão sobre
a materialização dos corpos e a produção de subjetividades dos gays esportistas, articuladas com as
distintas construções de masculinidades em cena, e a produção simbólica sobre uma suposta
“virilidade” engendrada e reproduzidas pelos agentes sociais, através das práticas esportivas.
Nesta pesquisa discutem-se as relações de gênero e “possíveis” definições de
masculinidades oriundas dessas6 e de suas negociações fluidas e hibridizadas. Como chaves-
2

interpretativas estarão Michel Foucault7 e Judith Butler8 “dialogando” teoricamente com os


psicanalistas e a construção discursiva do binarismo sexo-gênero. Pretendo entender as
“performances” dos gays esportistas e dos “gêneros não-inteligíveis”9, que se afloram no universo
dos gay games, na articulação com masculinidades e virilidades em cena.

Cultura Masculinista Hegemônica


Se observarmos a construção histórica da sexualidade humana e o processo de formação do
homem na sociedade ocidental10, perceberemos que a “masculinidade é concebida a partir da
capacidade produtiva, pela qual o homem responde como provedor material e financeiro do grupo
no qual está inserido”11. Isto tem trazido sérios danos a esse “homem” que se vê como único modelo
a ser seguido pelos demais membros da sociedade.
O papel desse homem, então, na sociedade patriarcal e conservadora é ser o único
responsável pela perpetuação da espécie, numa “façanha viril” de reprodução e consolidação da
condição masculina. Walter Boechat comenta que “entre todos os povos a preocupação em deixar
descendentes é um sinal de virilidade, e em muitas culturas, o número de descendentes é visto como
sinal de fertilidade e, portanto, de masculinidade”12. Virilidade e masculinidade seriam, portanto,
binômios inseparáveis na consideração do “ser macho”.
Ondina Fachel Leal13, em seu estudo sobre a cultura gaúcha, argumenta que a virilidade é
um dos valores cultuados por esta, sendo que participa da lógica do gaúcho homem de sentir-se
orgulhoso de si próprio, de ser homem, do ter poder ou em outras palavras, do “ser gaúcho”. Ainda
segundo ela o “ser viril” é uma condição introjetada pelo próprio gaúcho homem, a partir de
elementos extrínsecos que o cercam: o gado, o cavalo, a natureza, seu corpo, sua força. Este gaúcho
incorpora a natureza que o cerca e como essa é a extensão de si mesmo, a partir do momento que
não consegue controlá-la, ele perde a condição que lhe é peculiar. Dessa forma, resta-lhe apenas o
suicídio (morte cultural), como saída.
O profundo processo de transformações advindas com a modernidade redimensiona
modelos e paradigmas, além de redefinir papéis sociais. E, “a crescente conquista do espaço social
pelas mulheres acentua ainda mais a crise masculina, uma vez que, ao ocupar esferas sociais antes
exclusivamente masculinas, expõe uma ruptura no modelo hegemônico do poder do macho,
levando-o a uma busca incessante pela redefinição do seu papel viril”14.
Entendo que não apenas a mulher representa uma “ameaça” a este homem, ao seu poder
falocrático e viril: homossexuais (gays e lésbicas, transgêneros e afins), com suas “performances
sexuais”, abalam a matriz heterossexual15, dentro de um cenário considerado heteronormativo.
3

No ‘jogo social’, como diz Heidi Eng16, em meio à cultura heteronormativa, a


heterossexualidade não é apenas esperada/prescrita, como carrega status de norma, regra, sendo
introjetada como ‘natural’. Algumas formas heterossexuais de conduta até podem ser estigmatizadas
ou suprimidas na cultura heteronormativa, como casais não-monogâmicos ou os que abominam ter
filhos. Mas os padrões estão postos à mesa.
Os gays, nos últimos tempos, projetando-se socialmente, cada vez mais estruturam
condições materiais de sobrevivência, no mundo da “cultura masculinista hegemônica”17, ou
como preferiria Elisa Silva e Carmen Rial18, “cultura masculinista prescrita”. Inclusive, atualmente,
reúnem condições para terem um lar, “casarem-se”  mesmo que de maneira não convencional 
e criarem filhos (adotivos ou não), fora da matriz heterossexual ou do padrão tradicional da família
mononuclear19.
Assim, no espaço criado de convivência social, a “dominação masculina”20  ela própria
uma invenção social naturalizada, cujo peso tanto homens quanto mulheres padecem  “é marcada,
na contemporaneidade, por uma superposição de novas subjetividades como contrapartida (...) ao
imaginário enganador sob o qual foi construída, da pré-história até hoje, o que alguns, com ou sem
razão, nomeiam a heteronomia especificamente masculina”21.
De acordo com Daniel Lins há múltiplas formas em vigor do “ser homem hoje” e estas
evidenciam “as feridas da virilidade e os modos singulares de compreendê-las ou de (re)pensá-
las”22.
Pierre Bourdieu23 propõe-nos pensar a sociedade Cabila, a partir de seus estudos dos anos
1950 e 1950 para como as “disposições falonarcísicas” estabelecem, depositam e incrustam nos
corpos uma dominação de gênero. Em primeiro lugar, há a questão da oposição hierárquica, binária
entre masculino e feminino ser fundamentada na natureza das coisas.
A matriz heterossexual é tomada como um dado natural, bem como, por assim dizer, a
masculinidade hegemônica. Disso decorre que as divisões sociais são inscritas nos corpos como
“disposições corporais” e se tornam princípios subjetivos, que são “categorias cognitivas através das
quais os indivíduos vêem e constroem o mundo como realidade significativa, viva”24. Daí que tais
“esquemas de percepção” nos influenciam a tomar o mundo como dado. Ou como ressalta o autor,
quando acontece a concordância entre as estruturas sociais e cognitivas, temos a dominação
masculina dada e não questionada. A isso também tinham denunciado inúmeras teóricas
feministas25.
Destaca o autor: “Sempre que dominados (...) apliquem a objetos do mundo natural e social
(...) esquemas não pensados de pensamento, que são o produto da corporificação dessa relação de
poder”26 seus atos de cognição, além de não serem conscientes, são de mau reconhecimento e
4

conspiram pela própria dominação. Como antídoto propõe uma “análise materialista da ordem
simbólica”, isto é, “importar o modo materialista de pensar para a análise do universo simbólico”27.
Chama isso de “revolução simbólica”, e quando aplicada às relações de gênero, poderiam não
apenas subverter a ordem das estruturas materiais, como promover uma “sublevação mental”, ou
transformação das categorias de percepção sobre a ordem social existente. Isto, para ele, provocaria
uma autêntica revolução de gênero.

Relações de Gênero e Esporte


O que me interessa, efetivamente, é que nos embates gerativos da masculinidade
hegemônica nas sociedades ocidentais contemporâneas aparecem os esportes28. E pensar as práticas,
e seus lugares privilegiados de ocorrência, seria o desafio. Os locais onde se praticam os esportes
masculinos são lugares privilegiados de constituição, redefinição e consolidação não só da
dominação masculinista, bem como desta masculinidade hegemônica em discussão.
Carmen Rial vai nos exemplificar tal situação quando analisa as práticas esportivas do judô
e do rúgbi em dois casos relatados, como gestoras da construção da masculinidade (hegemônica)29.
Torna-se “homem”, masculino, viril a partir do sofrimento corporal, das condições a que se é
sujeitado, ou ainda do treinamento a que se é submetido (no caso do esporte).
Do judô ao rúgbi, passando pelo futebol e pelo full-contact, a autora percorre diferentes
ethos e analisa distintos habitus na comparação destes esportes em “jogo”. E, “embora possam ser
comparados em linhas gerais, o futebol e o rúgbi, de um lado, judô e full-contact de outro, [eles]
falam de valores pessoais e sociais bem diferentes e constroem masculinidades distintas”30. Assim,
a construção de distintas masculinidades dependendo do esporte que se analisa, remete-nos ao
processo de aprendizagem múltiplo destas masculinidades em sentido mais amplo e, desta forma, a
autora concorda com Loïc Wacquant, que atesta tal fenômeno ser exeqüível mediante “práticas de
incorporação”31.
Será que no universo dos atletas gays homens e suas práticas esportivas, os processos que
envolvem as construções ambivalentes, contraditórias, reprodutoras das masculinidades em jogo
sucedem-se da mesma forma? O ethos encarnado, corporificado de uma dada prática esportiva pelos
gays engendra um habitus que, mediante a produção das subjetividades em questão, o torna
específico? Para Bourdieu a dominação de gênero se explicita pela “violência simbólica que se dá
por meio de um ato de cognição e de mau reconhecimento que fica além – ou aquém – do
controle da consciência e da vontade, nas trevas dos esquemas de habitus que são, ao mesmo
tempo, gerados e geradores”32.
5

Atos de cognição não são conscientes, como o próprio autor salienta. E, por sua vez, a
violência simbólica baseia-se na “teoria disposicional da ação”, segundo a qual a ordem masculina
está inscrita nos agentes e nas instituições, nas posições e disposições, nas falas e nos corpos.
Portanto, se o universo dos gays esportistas, quando analisado, participa das correntes de estudos
que dão conta dos “problemas de gênero”, segundo a ótica de Bourdieu, tal universo e tais agentes
sociais reproduziriam, em menor escala, o que está “inscrito” na sociedade em geral (?). Tanto falas
quanto posturas e funcionamentos de instituições seriam meramente reproduzidos, mediante a
ordem masculina instituída e tomada como natural.

Paradoxos entre Estruturalistas e Pós-estruturalistas


Judith Butler vai contrapor-se a tal concepção. Para ela, gênero não é “interpretação
cultural do sexo”, mas uma “matriz de inteligibilidade cultural”33. Como ressalta Patrícia Knudsen,
a autora tomará os “gêneros não-inteligíveis” como “paradigma de gênero”34. Uma vez que a
produção do sexo como “pré-discursivo” participa da lógica das relações de poder, as quais ocultam
a própria operação da produção discursiva, “como estratégia para descaracterizar e dar novo
significado às categorias corporais, descrevo e proponho uma série de práticas parodísticas baseadas
numa teoria performativa de atos de gênero que rompem as categorias de corpo, sexo, gênero e
sexualidade, ocasionando sua re-significação subversiva e sua proliferação além da estrutura
binária”35.
Assim, corpo, sexo, gênero e sexualidade são descontínuos e não podem ser entendidos
como “recipientes passivos de uma lei cultural inexorável”36. Então, a autora toma a “noção de
corpo, não como uma superfície pronta à espera de significação, mas como um conjunto de
fronteiras, individuais e sociais, politicamente significadas e mantidas”37. Isto significa não tomar o
sujeito como ponto de partida. Significa pensar, como aponta Camilo Braz, “tanto as
materializações dos corpos quanto a produção das subjetividades como contingentes: a
possibilidade de existência (ou de ‘abjeção’) dos corpos e dos ‘sujeitos’ depende da matriz
discursiva de inteligibilidade a que se esteja referindo”38.
Como pensar a materialização dos corpos e a produção de subjetividades no universo dos
gay games? E, ainda, como tomá-las como contingentes mediante a prática esportiva em questão?
De que maneira práticas discursivas distintas construiriam a noção de virilidade nos embates das
edificações das masculinidades, durante a manifestação esportiva produzida pelos gay games? Seria
possível pensarmos em uma matriz discursiva de inteligibilidade homonormativa associada aos
gays, lésbicas e transgêneros? E haveria uma homossexualidade imposta como prática sexual
6

dominante e naturalizada como norma ou regra na performance da dominação de gênero às avessas


no ambiente em questão?
Heidi Eng coloca uma chave interpretativa quando ressalta: “(...) that queer existence in
these cases does not contribute to a queering of the sports context in general”39. Ou seja, isto
somente aconteceria (queering the context) quando os agentes da prática em questão pudessem
‘quebrar’ as regras instituídas veladamente pelo universo heteronormativo, expressando-se por seus
sentimentos e desejos, em uma palavra: “sendo gays”.

Proposta da Pesquisa de Campo


A presente investigação e os instrumentos de coleta ainda se encontram em processo de
estruturação. A etnografia se realizará no VIII Gay Games, que acontecerão em Colônia, na
Alemanha, de 31 de julho a 07 de agosto de 2010.
Na verdade, ir “a campo” é tentar perceber como que os gêneros se definem e se
consideram em relação às masculinidades em questão, encenantes no jugo das performances de
gênero e esportiva.
Assim, a pesquisa utilizará o método etnográfico. E como técnicas a “observação
participante” e a “participação observante” serão fundamentais, acopladas às entrevistas com os
sujeitos da pesquisa, a partir de um roteiro semi-estruturado e previamente montado, e o registro
detalhado em diário de campo.
O grupo amostral prioritário será composto por brasileiros e latino-americanos, pois o
registro masculinista prescrito para estes supostamente é definidor de identidade e a ele é dada
muita importância. No entanto, outros indivíduos de etnias diferentes também serão entrevistados.
Os gay games foram escolhidos, exatamente por ser um evento escala global, e que
afirmam, amplamente, a questão identitária (inclusive no próprio nome); reproduzem
comportamentos e tendências do movimento esportivo padrão;
Podemos indagar: até que ponto a construção discursiva do ‘ser viril’ é importante dentro
do universo dos esportes para gays a fim de reforçar identidades  e mesmo estereótipos  e até
que ponto tal visão é apenas uma construção discursiva.

Referências Bibliográficas
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http://www.artnet.com.br/~marko/papaigay.htm). Acesso em: 16 nov. 2007.
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BOSCH, Heike e BRAUN, Phillip. Let the Games beGay!. Stuttgart: Gatzanis Verlag, 2005.
7

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Daniel (org.). A Dominação Masculina Revisitada. Campinas: Papirus, 1998.
_________________. Dominação Masculina. 5ª edição. Rio de Janeiro: Bertrand Russel, 2007.
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Civilização Brasileira, 2003.
BRAZ, Camilo. Macho versus macho: a produção discursiva da hiper-masculinidade em alguns
contextos homoeróticos na cidade de São Paulo. Disponível em:
http://www.artnet.com.br/~marko/camilo1.htm. Acesso em: 24 maio 2007.
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WACQUANT, Loïc. Corpo e Alma: notas etnográficas de um aprendiz de boxe. RJ: Relume
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WELZER-LANG, Daniel. A construção do masculino: dominação das mulheres e homofobia.
Revista de Estudos Feministas, v. 9, n. 2, p. 460-482

1
Refiro-me aos “Jogos para Gays”, expressão reconhecida internacional e historicamente como Gay Games. Portanto,
no texto a utilizarei no original, sem tradução.
2
São dados coletados e resumidos dos seguintes jornais: “Windy City Times”, Chicago Free Press, Red Eye (publicação
do Chicago Tribune). Com exceção da edição de fim de semana do “Red Eye”, os outros dois são jornais da
Comunidade de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Travestis (GLBTT) de Chicago.
3
BOSCH & BRAUN, 2005.
4
Pode-se acompanhar o desenvolvimento histórico das versões dos jogos através da leitura de BOSCH, Heike e
BRAUN, Phillip. Let the Games beGay!. Stuttgart: Gatzanis Verlag, 2005, relacionada nas referências bibliográficas.
5
Nas palavras de Cardoso de Oliveira (1996).
6
CONNEL, 1995.
8

7
Foucault, Michel. História da Sexualidade. A vontade de saber I. 8ª edição. Rio de Janeiro: Graal, 1985.
8
BUTLER, Judith. Problemas de Gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
2003.
9
BUTLER, 2003.
10
FOUCAULT, 1985.
11
BOSCO FILHO, 2006, p. 01.
12
BOECHAT, 1997, p. 19.
13
LEAL, 1990.
14
BOSCO FILHO, 2006, p. 2.
15
Judith Butler utiliza o termo no percurso de seu texto para “designar a grade de inteligibilidade cultural por meio da
qual os corpos, gêneros e desejos são naturalizados. Busquei minha referência na noção de Monique Wittig de ‘contrato
heterossexual’ e, em menor medida, naquela de Adrienne Rich de ‘heterossexualidade compulsória’” (p. 215-216). Esta
explicação está numa nota de rodapé da obra Problemas de Gênero.
16
ENG, 2006.
17
BUTLER, 2003, p. 21
18
SILVA, Elisa e RIAL, Carmen. Masculinidades prescritas, interditas e relativizadas em um grupo de pescadores da
Ilha de Santa Catarina. In: RIAL, Carmen Silvia de Moraes e GODIO, Matias. (orgs). Pesca e Turismo: etnografia da
globalização no litoral do Atlântico Sul. Florianópolis: NUPPE/CFH/UFSC, 2006.
19
Não pretendo, nesta investigação, discutir tipologias atuais do que se concebe por “família”.
20
BOURDIEU, Pierre. A Dominação Masculina. 5ª edição. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.
21
LINS, 1998, p. 9.
22
Idem, ibidem, p. 10.
23
BOURDIEU, 1998.
24
Idem, ibidem, p. 18.
25
É possível elencar algumas delas: Jo Freeman, Julliet Mitchel, Donna Haraway, dentre outras.
26
BOURDIEU, op. cit., p.22
27
Idem, ibidem, p. 23-24.
28
WELZER-LANG, 2001.
29
RIAL, Carmen Silvia. Rugbi e Judô: esporte e masculinidade. In: Pedro, Joana; Grossi, Míriam. (Org.). Masculino,
Feminino, Plural. Florianópolis: Mulheres, 1998. Texto original (sem edição)
30
RIAL, 1988, p. 13
31
WACQUANT, 2004.
32
BOURDIEU, 1998, p. 23-24. [grifos do autor]
33
BUTLER, 2003, p. 25.
34
KNUDSEN, 2007, p. 84.
35
BUTLER, 2003, p. 11.
36
BRAZ, 2006, p. 06.
37
BUTLER, 2003, p. 59.
38
BRAZ, 2006, p. 08.
39
ENG, 2006, p. 59. Para a autora, a definição do que entende por “queering”: “Queering is used as a noun to describe a
process where queer existence in a certain context challenges and effects heteronormative structures and/or acts, speech
and identities, so that the heteronormative context, the culture, the discourses change over time” (p. 52)

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