Em janeiro de 2010, Asdrúbal celebrou um contrato de trabalho com a empresa de
telecomunicações Lusitânia Telecom, nos termos do qual se obrigou a desempenhar, sob sua autoridade, direção e fiscalização, as funções inerentes à categoria profissional de Diretor de Marketing e Publicidade. Auferia o vencimento mensal ilíquido de EUR 2.000,00, acrescido da quantia de EUR 500,00, a título de retribuição de isenção de horário de trabalho, e tinha carro da empresa, que usava para se deslocar entre casa e o trabalho e que poderia também usar aos fins-de-semana. Como trabalhava em Lisboa e era de Viseu, a Lusitânia Telecom pagava ainda um subsídio de deslocação a Asdrúbal, no valor de EUR 500,00. Em agosto de 2016, quando regressou de um período de férias, Asdrúbal foi surpreendido com a informação de que, a partir de setembro desse ano, em virtude de dificuldades financeiras sentidas pela empresa, deixaria de poder utilizar o carro que até então lhe fora atribuído e de que lhe seria retirado também o subsídio de deslocação. Asdrúbal comunicou de imediato que procederia à denúncia do contrato de trabalho, que cessou no final de outubro de 2016. Asdrúbal pretende agora: a) Ser ressarcido do valor correspondente à utilização da viatura automóvel nos meses de setembro e outubro de 2016; b) Ser ressarcido do valor do subsídio de deslocação correspondente ao mesmo período; c) Exigir à empresa o pagamento do subsídio de deslocação e retribuição de isenção de horário de trabalho correspondente às retribuições dos períodos de férias, subsídios de férias e Natal, que lhe foram pagos na vigência do contrato e que nunca incluíram estas quantias; d) Exigir à empresa o pagamento de trabalho suplementar prestado nos anos de 2010 e 2011; e) Exigir o pagamento dos juros vencidos e vincendos sobre todas estas quantias.