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Aluno: Lucas Brito Santana Da Silva Turma: S Data: 27/03/2017

REFERÊNCIA: Sá, Nídia de. Escolas e Classes de Surdos: Opção Político-Pedagógica


Legítima In: Surdos: qual escola?. Org. Nídia de Sá. – Manaus: Editora Valer e Edua, 2011.

PRINCIPAIS CONCLUSÕES:
- A educação inclusiva, a despeito do que o nome sugere, pode não ser tão inclusiva assim, uma
vez que, mesmo obrigatória em termos constitucionais, ela não atende a necessidade de todos os
alunos. “A inclusão escolar não é o objetivo final”, mas “a inclusão social efetiva”(p.17-18).
- A escola para todos no Brasil, tem sido uma “escola para todos desde que todos tenham as
mesmas demandas” (p.18).
- “A inclusão de surdos na escola regular, a despeito de ser uma alternativa possível, não é a
melhor alternativa para eles” (p.18).
- A escola bilingue específica para surdos é a mais adequada, sendo a única que pode promover
um “ambiente linguístico natural” (p.18).
- A escolar regular inclusiva não é contraponto da velha escola especial, o fracasso desta não torna
aquela mais benfazeja. A escola ideal para surdos é a “escola bilingue específica para surdos”,
dado que apenas ela poderia oferecer suporte mais adequado, sendo a língua de sinais a “língua de
instrução”, nela havendo professores e outros funcionários surdos, aí a educação escaparia aos
“moldes ouvintes” (p.21)
- “uma escola, ou classe, específica para surdos é uma opção com fundamento científico” (p.21).
- As dificuldades para implementação de uma educação adequada para os surdos, que é
positivamente possível, não deve dar respaldo para a escolha da escola regular como a melhor para
eles (p.22).
- A despeito da Declaração de Salamanca, na qual o que levou ao conceito de educação inclusiva
foi o consenso sobre as pessoas com necessidades educacionais especiais (específicas), que
deveriam ser inclusas nos “arranjos educacionais feitos para a maioria”; categoricamente, os
surdos não podem ser inclusos num arranjo para a maioria, os “surdos são uma minoria”, “devem
ser atendidos de maneira diferenciada, específica, segundo suas necessidades, especificidades e
potencialidades” (p.25).
- “A constatação da necessidade de atendimento específico para surdos não agride o princípio da
Educação Para Todos nem o da Educação Inclusiva! ” (p.28).
- A educação para surdos não se trata de uma educação complementar, enquanto grupo social,
com especificidades culturais, que, por lei, devem ser preservadas, e no caso dos surdos vai além
da cultura; trata-se então de uma “educação regular para surdos”, “é uma questão de direito, não
de concessão” (p.34).
- “A Lei n.º 10.436 de 24 de abril de 2002, também chamada Lei da/ de Libras, reconhece na
língua de sinais brasileira a forma de comunicação e expressão em que o sistema linguístico de
natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constitui um sistema linguístico oriundo
de comunidades de pessoas surdas do Brasil” (p.35).
- Sobre as escolas e classes bilingues especificas para surdos e abertas também a ouvintes: “Os
ouvintes, por terem o seu aparelho auditivo preservado, bem poderiam adquirir duas línguas com
facilidade, já os surdos, por terem o aparelho auditivo impedido, têm sido obrigados a participar
de um processo educacional que se baseia numa língua antinatural para eles” (p. 38).
- Sobre a obrigatoriedade da disciplina de libras nas licenciaturas e sobre a sua finalidade: o ensino
de libras nos cursos de licenciatura é obrigatório por lei, porém não se visa formar professores
fluentes em língua de sinais, exceto Letras/Libras, a apresentação de libras aos graduandos tem
como fim a capacitação mínima para que o professor, ao menos, entenda as “diferenças as
especificidades que existem na educação de surdos”. As expectativas infundadas a respeito do
papel do professor, ao passar por contato ínfimo com a língua de sinais, podem “gerar frustração
nos professores e nas famílias, bem como manter a exclusão dos surdos”; não são poucos os casos
de dissimulação, onde devido às exigências, e para não ceder lugar, de professores que sem o
domínio básico da língua de sinais tentam conduzir o ensino dos surdos, interpretações
libras/português; tudo isso acaba por ser apenas prejudicial ao aluno surdo (p.43-45).
- “Os surdos têm o direito de estar num ambiente plenamente favorável e propício ao seu
desenvolvimento linguístico, cultural, social, comunitário, pessoal e até espiritual” (p.52).
- “No caso dos surdos, a verdadeira “maneira excludente de ensinar” é justamente aquela que
desconsidera a necessidade de ter todo o processo educacional calcado em sua experiência visual
de perceber o mundo e de existir” (p.53).

COMENTÁRIO PESSOAL:
Ao discutir sobre o modelo da educação inclusiva, tão disseminados atualmente, a autora
Nídia de Sá nos traz críticas e reflexões sobre até aonde vai a inclusão, e o que esta quer dizer em
sentido amplo, quando o indivíduo atendido por essa política educacional é um indivíduo surdo.
Entre as principais conclusões da autora, apontamos a seguinte: A escola regular “inclusiva” não é
adequada ao desenvolvimento eficaz e espontâneo da pessoa surda, uma vez que ela, em sua
maioria, não atende às especificidades educacionais do surdo, e isso a nível pedagógico, cultural e
social. Além de apontar a equivocidade, e o quão excludente pode ser, de um modelo educacional
inclusivo que não se atente ás especificidades do alunado, a autora recorre, amplamente, às bases
legais que respaldam a educação de surdos; e aí encontra aportes que permitiriam a produção de
planos educacionais adequados para os surdos, e que não incorreriam na contramão das políticas
inclusivas, visto que ela relata que suas críticas têm sido recebidas, por alguns, como
manifestações contra a inclusão geral.
O que deveríamos pensar a respeito de tudo isso? No plano teórico-científico, ver-se que os
surdos se encontram discursivamente munidos, suas discursividades são ricas e imponentes o
suficiente para forçar o reconhecimento de suas identidades e culturas, mas ainda assim isso não
se efetiva. O que o discente deveria comentar a respeito? Há como comentar, aceitavelmente, sem
reproduzir os valores e as críticas já feitas? São questões que nos despertam interesse. O aluno é
convidado a fazer um comentário pessoal, mas a individualidade no mundo científico não existe,
não podemos falar, a não ser a partir de formações discursivas devidamente reconhecidas. Quais
os comentários e críticas possíveis nestas condições? Poderíamos recorrer a outros escritos
científicos, poderíamos nos voltar para a interpretação que a autora faz do seu aporte teórico, ou,
ainda, vincular a autora (enquanto sujeito numa rede particular de relações de poder), tomando o
autor como uma função social, à sua singularidade (como o ponto, ou pontos, irreconciliáveis do
individual com o social). As possibilidades são inúmeras, não? Mas o “pessoal” aí, não diz
respeito ao indivíduo, mas apenas às possíveis articulações que podem ser feitas por alguém – o
singular não é o indivíduo, quando convocado a se manifestar no espaço científico, mas somente a
articulação discursiva (quando reconhecida) que ele produz. Quem o professor está convocando a
falar?... Não me pergunte quem sou e não me diga para permanecer o mesmo (Michel
Foucault).

PALAVRAS-CHAVE: Inclusão, Surdos, Escola, Leis.

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