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Universidade Estadual Vale do Acaraú

Estágio Supervisionado: Gest. Educ. Orientado

Prof. Arleise Rodrigues de Matos Martins

Nome: Jaianne de Sousa Rocha

Canindé- CE- 2016

Jaianne de Sousa Rocha


Estágio Supervisionado Em Gestão Educacional Orientado

Trabalho de Estágio Supervisionado: Gest. Educ.


Orientado, conduzido sob a orientação da professora,
Arleise Rodrigues de Matos Martins, tendo como
publico alvo, os alunos do curso de Pedagogia, na
Universidade Estadual Vale do Acaraú, turma Ped.2014.1.

Canindé 2016
Agradecimento

A Deus e ao meu pai tupã coloco o meu maior e total


agradecimento, pois foram os mesmos que concederam o
dom da vida, fazendo com que a cada obstáculo eu ergue-se a
cabeça e vencesse os entraves da vida

Minha formação como discente não poderia ter sido


concretizada sem a ajuda dos meus maiores orientadores
“Meus Pais” queno decorrer da minha vida, proporcionaram-
me, além de extenso carinho e amor, os conhecimentos da
integridade, da perseverança e de procurar sempre em Deus à
força maior para o meu desenvolvimento como ser humano.

Gostaria de agradecer a nossa orientadora Arleise, que da


maneira mais sábia e simples conseguiu nos transmitir de
uma forma mágica grande parte do seu conhecimento sobre a
disciplina de estágio, e se fez presente de maneira direta em
toda essa trajetória.

Não posso deixar de mencionar os meus familiares e colegas


de curso, em especial a Daniele Pereira (Meu anjo Particular)
e ao Welykson Barbosa (Meu amigo inseparável), que me
deram todo o apoio e suporte necessário para a realização do
meu trabalho acadêmico.
Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor da
pele, por sua origem, ou ainda por sua religião.
Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se
podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a
amar.(Nelson Mandela)
Dedicatória

Gostaria de dedicar este trabalho acadêmico a uma


pessoa muito importante e que contribuiu de forma
significativa para o meu crescimento como
profissional. Esta pessoa abriu as portas da sua
instituição para me receber como educadora e
ainda foi mais além, me fez acreditar que todo
esforço e dedicação valerá sempre apena. Deste
modo, aqui fica registrado minha eterna admiração
e gratidão por você: Elinaldo Silva Rocha
Sumário
1 Introdução.................................................................................................................. 1
2 Desenvolvimento ....................................................................................................... 3
2.1 Primeiro Contato Com a Disciplina ................................................................... 3
2.2 Conversa Com o Diretor .................................................................................... 4
2.3 Dados da Escola ................................................................................................. 4
2.4 Dados da Arquitetura ......................................................................................... 4
2.5 Infraestrutura ...................................................................................................... 5
2.6 Histórico da Instituição ...................................................................................... 5
2.7 Organização do Plano de Estagio ...................................................................... 7
3 Observação Da Realidade Na Comunidade Onde A Unidade Escolar Está Inserida 7
4 Espaço Físico............................................................................................................. 8
5 Ampliação da Escola ................................................................................................. 9
6 Principal Pratica da Escola ........................................................................................ 9
7 Horário de Funcionamento Da Instituição .............................................................. 10
8 Processo de comunicação ........................................................................................ 10
9 Distribuição das Turmas.......................................................................................... 10
9.1 Matérias lecionadas .......................................................................................... 11
10 Currículo .............................................................................................................. 11
11 Fluxo de Chegada dos alunos .............................................................................. 11
12 Fluxo De Chegada Dos Docentes ........................................................................ 11
13 Escola Como Ponto de Referência ...................................................................... 12
14 Recursos Humanos e Pedagógicos ...................................................................... 12
15 Organograma ....................................................................................................... 14
16 Projeto Político Pedagógico................................................................................. 15
17 Desta forma o Projeto Politico Pedagogico ......................................................... 15
18 Regimento Escolar ............................................................................................... 17
18.1 Da natureza ...................................................................................................... 17
19 Diretor: ................................................................................................................ 18
20 Coordenador (a): .................................................................................................. 18
21 Secretário (a): ...................................................................................................... 18
22 Considerações Finais ........................................................................................... 19
23 Referencias Bibliográficas:.................................................................................. 20
Anexos ............................................................................................................................ 21
1 Introdução
A história da educação escolar indígena no Brasil tem seu início nos primeiros
tempos da colonização. Desde 1500 foi tirado dos índios o direito de viver em liberdade
como viviam seus ancestrais, sendo obrigados a viver de forma diferente aos seus
costumes, a partir do contato das sociedades indígenas com os colonizadores que
introduziram a educação.

Segundo Meliá, “pressupõe-se que os índios não


têm educação, porque não tem a nossa
cultura’’(MELIÁ, 1979, p. 9).

Esta afirmação direciona algo totalmente discriminatório que vem se arrastando ao


longo da história, pois esses povos possuem uma cultura, e até mesmouma língua,
população essa que até hoje luta por uma educação que supra as especificidades de seus
povos na busca por uma construção e preservação das suas verdadeiras identidades. É
importante salientar que antes da formulação de leis que tratam oficialmente da
educação escolar indígena, em meados do século XVI, a mesma era oferecida pelos
jesuítas, pautada na catequização, civilização e integração forçada dos índios à
sociedade nacional. Este sistema educacional negava a identidade indígena e tentava
transformar os índios em seres diferentes do que eram, entretanto, hoje a Constituição
Federal assegura às comunidades indígenas o direito de uma educação escolar
diferenciada, a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de
aprendizagem.

A partir da constituição de 1988, os índios deixaram de ser considerados grupos em


extinção e passaram a ser reconhecidos como grupos étnicos diferenciados e com o
direito de manter sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições. O
Estado deve adequar suas políticas públicas ao contexto da cultura diferenciada
existente nas comunidades indígenas, tendo o índio como sujeito de direitos, e deve ser
encarado pelo Estado com plena afirmação de sua identidade intelectual e cultural.
Nenhuma etnia é superior à outra, e por isso todo cidadão deve ser respeitado na sua
totalidade, atendendo suas particularidades, especificidades, credos e costumes.

Sabe que não só a educação escolar indígena, mas com a educação em um modo geral
vem passando por grandes mudanças, viemos de um senário onde as crianças não tinha
nenhum tipo de assistência e na maioria das vezes eram vistas como adultos e tratadas
como tal. Segundo algumas pesquisas, somente a partir do século XVIII, passaram a ser
vistas como sujeitos que tinham necessidades. O processo de industrialização e
urbanização que aconteceu por volta do século XIX contribuíram de forma significativa
para que se mudasse o rumo da educação, voltada para as crianças em nosso país.
Tivemos também algumas leis que foram surgindo de acordo com as necessidades do
“Sistema”, podemos citar como exemplo a “Constituição Federal de 1988”, que
garantiu pela primeira vez na história da educação brasileira o direito de crianças de 0 a
6 anos a frequentarem Creches e Escolas, temos também o Estatuto da Criança e do
1
Adolescente (ECA), criado em 1990, que reafirma o direito da constituição, no ano de
1996 tivemos os primeiros registros de que a educação infantil passou a fazer parte do
sistema da LDB, dando assim uma ênfase maior na assistência voltada para a educação
infantil, consequentemente no ano de 1998 foi criado o Referencial Curricular Para a
Educação Infantil (RCNEI), que passou a considerar a criança como um ser em
construção. Sabe-se que são muitos os direitos assegurados aos discentes, mas na
maioria das vezes grande parte deles não são garantidos da forma correta.

Hoje, o Brasil é conhecido por ter um dos mais elevados níveis de desigualdade no
mundo, e logicamente que esses problemas sociais acabam sendo motivos que
interferem na educação do nosso país, não vivemos mais naquela época da burguesia e
do proletariado, onde uma classe operava diante da outra, estamos em sua sociedade que
se diz ser democrática, que afirma diariamente um compromisso com a cidadania, na
qual não deve-se existir distinção, de cor, raça, sexo e religião, porém, por mais que se
afirme essa ideia frequentemente, sabemos que não é bem assim, a luta para se ter uma
sociedade justa e igualitária é um dos grandes desafios da atualidade.

De acordo com o artigo 205 da Constituição


Federal de 1988 a educação é direito de todos e
dever do Estado. Será promovida e incentivada
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa,
seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho, devendo-se exigir
à prática educativa e igualitária, para que todos
tenham condições necessárias para buscarem
sua formação, desenvolvendo assim a liberdade
de apreender, ensinar, pesquisar e divulgar os
pensamentos a arte e o saber (BRASIL, 1988).

Sabe-se que é de extrema importância que o indivíduo cresça sabendo respeitar os


valores éticos e as diversidades. A LDB reafirma diante da sociedade o enfoque do
compromisso da educação e da missão de orientar os discentes a agirem de forma ética,
respeitando a escolha do seu semelhante, conduzindo-os para o exercício pleno da
cidadania. Entretanto, diante do nosso atual senário, não se pode saber ao certo qual será
o rumo da educação escolar brasileira, tendo em vista que a perspectiva por grande parte
dos jovens é pouca, mas, nós como futuros educadores não devemos desacreditar que a
transformação é possível, devemos acreditar que pode ser possível sim, viver em uma
sociedade mais justa e menos de igualitária, nossa missão não para, ela é renovada a
cada dia e temos que honra-la, essa é uma tarefa árdua mais como dizia:

Paulo Freire: “Se a educação sozinha não


transformar a sociedade, sem ela tampouco a
sociedade mudará. ”

2
2 Desenvolvimento

2.1 Primeiro Contato Com a Disciplina

O presente relatório é referente ao Estagio Supervisionado Em Gestão Educacional


Orientado, tem por finalidade mostrar o funcionamento de uma instituição de ensino
localizada 124 km da capital do estado. A Escola Indígena Expedito Oliveira Rocha se
encontra na comunidade Gameleira, localidade onde se habita o povo indígena Kanindé,
onde suas culturas são métodos de ensino aprendizagem para uma educação de
qualidade. Ao longo dos anos a educação indígena vem se intensificando na
comunidade e a escola já tem contribuído muito em relação às conquistas pela terra,
saúde moradia e agricultura.
Este estágio está de acordo com o Decreto Federal nº 87.497/82 que regulamentou a
Lei Federal nº 6.494/77. O Artigo 2º do Decreto regulamentador considera como estágio
curricular “as atividades de aprendizagem social, profissional e cultural proporcionadas
ao estudante pela participação em situações reais de vida e trabalho de seu meio, sendo
realizada na comunidade em geral ou junto a pessoas jurídicas de direito público ou
privado, sob responsabilidade e coordenação de uma instituição de ensino”.
No dia 13/02/2016, na Universidade Estadual Vale do Acaraú, os alunos da turma de
pedagogia, recebem como orientadora na disciplina de estagio supervisionado em
gestão, a professora Arleise Rodrigues, na oportunidade a mesma repassa as
informações básicas de como se dará a elaboração do estágio, entretanto, ela lança um
desafio aos universitários para que os mesmo façam um fichamento de duas obras de
Paulo Freire: Pedagogia do Oprimido e Pedagogia da Autonomia pede também que os
alunos fichem o livro, Escola Da Ponte, de José Pacheco e detalhe dois artigos da LDB;
Ensino Infantil e Fundamental. A orientadora ressalta que a leitura e compreensão
dessas obras serão de extrema importância para que os discentes tenham uma visão mais
detalhada e critica com relação aos desafios e entraves da educação;
Durante a realização dos fichamentos, resolvi começar o tão desafiado estagio de
gestão, o que para muitos aquele seria só mais um entre tantos trabalhos acadêmicos,
realizados por alunos do curso de pedagogia, para mim foi um desafio a mais, pois
decidi realiza-lo em uma escola que admiro muito, não pelo simples fato de desenvolver
meu trabalho de docente naquela instituição de ensino, mais pelo histórico de luta e
resistência que aquela comunidade enfrentou para manter viva e preservada a cultura de
um povo.
Já tendo plena convicção em que instituição realizaria meu estagio, faltava-me entrar
em contato com a direção da escola e pedir autorização para que eu pudesse fazer a
realização do meu trabalho acadêmico. Já sabendo dos transmites legais, a nossa
orientadora Arleise, nos entregou no primeiro encontro uma carta de apresentação, na
qual continha todas as informações necessárias sobre o tipo de estagio que estaria sendo
realizado na escola.

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2.2 Conversa Com o Diretor

No dia 04/03/2016, entrei em contato com a direção da Escola Indígena expedito


Oliveira Rocha, na pessoa do Elinaldo Silva Rocha, que atualmente exerce a função de
diretor da instituição, falei para o mesmo sobre a importância daquele trabalho
acadêmico, não só pela obtenção da nota, mais pela visão crítica que o mesmo me
proporcionaria. Na oportunidade o diretor se mostrou aberto para qualquer eventual
duvida que eu tivesse, entretanto, pelo motivo de trabalhar na escola, ele deixou bem
claro que não queria que o mesmo atrapalhasse o meu expediente de trabalho.

2.3 Dados da Escola

Nome: Escola indígena Expedito Oliveira Rocha

Código da Escola No Censo Escolar: 23239115

Localização: Zona Rural

Endereço: Gameleira

Telefone: Fone (85) 8956-5352

Município: Canindé

E-mail: gameleira@escola.ce.gov.br

Estado: Ceará

Mantenedora: Governo do Estado do Ceará

2.4 Dados da Arquitetura

Ano de Construção: 2010

Projeto Padrão: FUNAI - MEC

Quantidade de Blocos: 1

Área construída: 60x50

Proteção do Terreno: Muro com arame

Proteção de Grade: Não

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2.5 Infraestrutura

Acesso para Deficiente: Sim

Banheiro para Deficiente: Sim

Meio-fio: Simbolizando

Para raio: Sim

Cisterna: Sim

Reservatório de Água: Sim

Tipo de Rede de Esgoto: Fossa Séptica

Tipo de Abastecimento de Água: Rede Pública e poço profundo

Tipo de Entrada de Energia: Rede Monofásica – 40ª

2.6 Histórico da Instituição

 Iniciou-se no ano 2001 com um professor de EJA em uma sala de aula da Escola
de Ensino Fundamental e Médio Gameleira na casa do próprio professor
 Em 2003 surgiu à necessidade de funcionar uma turma de ensino fundamental e
com essa carência foi contratada uma professora para a turma da EJA e o
município entrou como parceiro cedendo o prédio escolar, uma merendeira e a
merenda escolar, onde o ensino fundamental funcionava, a qual se chamava
Padre Alberto de Oliveira, no entanto no mesmo ano a escola mudou de nome
por ser Escola Diferenciada passando a se chamar Escola Diferenciada Coração
Aberta, as quais visavam formar cidadãos críticos e conscientes de seu papel na
sociedade.
 Em 2007 já havia acontecido alguns conflitos entre índios e não índios e com a
visita da coordenadora da 7º CREDE ela pôde presenciar argumentos de não
índios que não queriam aquele tipo de ensino na comunidade que ali não tinha
índios e foi quando a mesma deu a opinião para que a escola passasse acontecer
na casa do professor, já que a EJA funcionava, podendo assim evitar novos
conflitos, a comunidade concordou. No mesmo ano a escola foi desligada do
município e assim conseguimos estadualizá-la.
 No ano 2008 tivemos a visita do MEC, ESCOLA ATIVA, SEDUC/CREDE 07,
OPRINCE e FUNAI, os quais poderão constatar como funcionava a escola. No
mesmo ano tivemos a feliz notícia que teríamos sido contemplados com uma
escola tipo 2. Em 2010 começa a construção da tão sonhada e esperada escola e
também a contratação de outra professora, com 200 hs e 200 hs de coordenação
e a construção de uma escola, pois até então, nós só tínhamos o nome mais não

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tinha a escola.
 Já em 2011 tivemos o término incompleto da escola tendo assim um bom
acréscimo de alunos, concluirmos o ano letivo com 75 alunos mesmo
funcionando na casa do professor.
 Em 10 de Fevereiro de 2012 tivemos a inauguração da escola, contratação de um
funcionário para realizar serviços Gerais e serviço burocrático.
 Em 2013 devido ao acréscimo de alunos houve a necessidade de contratação de
mais 2 professores de 200 horas cada um e um porteiro.
 Em 2014 através da antiga reivindicação do movimento indígena aconteceram
eleições para diretores em todas as escolas indígenas do estado do Ceará.
Contratação de mais dois professores um com 100 horas outro com 200 horas,
sendo que, o de 100 horas substituiu uma professora a qual passou a ser
Professora Coordenadora e também houve uma contratação de uma pessoa para
tirar licença maternidade do serviço burocrático. Devido ao acréscimo de aluno
houve a necessidade de abrir um anexo com 2 sala de aulas (Alpendre na casa do
Diretor), no mesmo ano a CREDE 07 visitou a escola e vendo a situação que se
encontrava os alunos priorizou de imediato a ampliação da escola
 Em 2015 historicamente a escola após 14 anos de luta é reconhecida e
credenciada pelo MEC, no mesmo ano sai no diário oficial a ampliação da
escola com 2 salas de aula, LEI, sala dos professores, secretaria, diretoria e
banheiros.

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2.7 Organização do Plano de Estagio

07-03-16: Funcionamento da Escola


08-03-16: Secretária Escolar
09-03-16: Secretária Escolar
11-03-16: Portaria
14-03-16: Secretaria Escolar
15-03-16: Cantina
16-03-16: Leitura do PPP
18-03-16: Leitura do PPP (Continuação)
21-03-16: Regimento Escolar (Leitura)
22-03-16: Continuação da leitura do Regimento
23-03-16: Documentos da Escola
28-03-16: Observação Geral
29-03-16: Secretária Escolar
30-03-16: Cantina
04-04-16: Pátio Escolar
05-04-16: Portaria
06-04-16: Secretária Escolar
07-04-16: Cantina
08-04-16: Observação Geral
11-04-16: Pátio Escolar
12-04-16: Secretária Escolar

3 Observação Da Realidade Na Comunidade Onde A Unidade Escolar Está


Inserida

A Escola Indígena Expedito Oliveira Rocha, está localizada a 124 km da Capital do


estado, a mesma se encontra em território indígena e está associada ha tribo dos
Kanindé. Segundo dados da secretaria especial de saúde indígena – SESAI existem
cerca de 186 famílias constituídas em três aldeias: Nas aldeias Sitio Fernandes e
Balança distante 6 km do município de Aratuba. E por fim na Aldeia Gameleira,
localização exata da escola, dando num total de 985 índios Kanindé.
Os Kanindé têm a história marcada por um longo processo de migrações forçadas, e
vem mantendo, apesar desta dispersão, laços de parentesco e sociabilidade que unem
essas três comunidades. A sobrevivência da maioria dos Kanindé provem da agricultura
familiar e de subsistência, do milho, feijão, fava, arroz, mamona, também da caça do
mato como; o mocó, preá, peba, jacu, tatu, juriti, além de animais domésticos. Temos
também uma mínima parcela de índios que sobrevivem por meio de vínculos
empregatícios.

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A origem histórica da etnia Kanindé remete ao chefe Kanindé, principal da tribo dos
Janduís, que liderou a resistência de seu povo no século XVII, obrigando o então rei de
Portugal a assinar com ele tratado de paz, firmado em 1692, mas descumprido por parte
dos portugueses. Como ocorriam com muitos agrupamentos nativos, seus descendentes
passaram a ser conhecidos como Kanindé, alusão ao chefe e à ancestralidade. Vieram da
região do município de Mombaça, passando por Quixadá, pelas margens do Rio Curu,
entre os rios Quixeramobim e Banabuiú, junto aos seus parentes Jenipapo, antes de
alcançar os seus locais de morada atuais. Chegaram ao Sítio Fernandes vindos da serra
da Gameleira, também conhecida como serra do Pindar, em Canindé. Culturas (prática
cotidiana).
Os povos indígenas Kanindé possuem forte cultura de caça herdada de seus
antepassados. Têm conhecimento de utilização de diversas armadilhas como o quixó de
geringonça, que utilizam para capturar mocós, tejos, cassacos, pebas, veados, nambus,
seriemas e juritis, tendo sempre o cuidado de não violar o período de gestação dos
animais. O respeito à sustentabilidade é passado de geração em geração visando à
manutenção da caça através dos tempos na busca de garantir a permanência da caça para
as próximas gerações. A tradição de chupar manga, coco catolé, e chupar maracujá do
vaqueiro e buscar lenha no mato ainda continuam na comunidade. Os Kanindés
preservam ainda a cultura de rezar terço nas casas, fazer artesanatos, visitar pessoas
doentes e ajudar os próprios vizinhos.

4 Espaço Físico

 Sala de Aula: O prédio escolar possui duas salas de aula com ampla iluminação,
bem conservada, tendo aproximadamente 20 pares de cadeiras e mesas, a
ventilação acontece por meio de dois ventiladores e combobos, distribuídos por
toda sala. As mesmas são divididas por prateleiras e estantes para que se possa
haver duas turmas em cada sala.

 Cozinha: A cantina escolar é limpa e bem conservada, embora seja pequena é lá


que são feitas as merendas e armazenados alguns mantimentos.

 Secretaria: Esse é um espaço bem pequeno, porém bastante movimentado, é no


mesmo que os professores fazem seus planejamentos e discutem sobre os
assuntos educacionais. É possível perceber que nem a secretaria e tampouco o
diretor tem privacidade, pois constantemente entra e sai professores do local.

 Banheiros: Esta unidade escolar possui dois banheiros, um feminino e outro


masculino, os mesmos estão em ótimo estado e não apresentam má conservação.

 Área de Serviço: Este é um espaço bem pequeno, no qual a auxiliar de serviços


utiliza para lavar panos de prato e fazer a limpeza de alguns objetos e materiais
da escola.

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 Pátio\Refeitório: Esse é um espaço amplo, protegido por corrimões para evitar
que as crianças venham a cair, no mesmo encontra-se o bebedouro e uma
biblioteca móvel. Este local é utilizado também na hora do lanche, pois na
escola não existe um espaço adequado para os alunos merendarem.

 Anexo: Com o número de alunos aumentando e já não podendo formar turmas


de multisseriado, a direção da escola achou cabível abrir uma terceira sala de
aula, entretanto, a escola não conta com nenhum outro espaço adequado e desta
o diretor sugeriu que as aulas desta terceira turma acontecessem em um espaço
na casa dele.

5 Ampliação da Escola
Diante do número de alunos houve a necessidade de uma ampliação na escola, nessa
perspectiva o atual diretor encaminhou um ofício informando a situação da escola e os
constrangimentos que alguns alunos e professores estavam passando, a CREDE 7
estando de acordo com as colocações e após algumas visitas a escola, direcionou o
pedido a SEDUC, e após várias tentativas e muito esforço a escola foi contemplado com
a tão sonhada ampliação. A escola contará com mais:

 Duas salas de aula

 Laboratório de informática

 Dois banheiros

 Direção

 Secretaria

 Sala dos professores.

O prazo de entrega da obra está previsto para 3 meses, e teve início em dezembro de
2015, porém segundo informações a obra não será entregue no prazo previsto, pois já
aconteceram mais de duas paralisações por motivo de atraso no pagamento dos
funcionários, pelo que me foi entendido a empresa responsável não estaria realizando de
forma Coesa o pagamento dos Trabalhadores.

6 Principal Pratica da Escola

A escola tem o hábito de todos os dias realizar o ritual do Toré antes do início das aulas,
segundo os profissionais e alunos essa é uma maneira de se conectar com o divino
pedindo mais força e fortalecimento da cultura dentro da escola. Toda sexta-feira além
do ritual do Toré é a escola faz a execução do Hino Nacional e da cidade esse momento
é conduzido pelos próprios alunos e conta com a participação de todos os profissionais
da instituição. Além das atividades a escola realiza na última sexta-feira de cada mês
um encontro entre jovens e mais velhos da comunidade esse momento recebe o nome

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de” noite cultural” nesses encontros são realizados trocas de experiências entre os
troncos velhos (Pessoas mais velhas) e os mais novos, além de serem exibidos vídeos e
documentários sobre a história do Povo Canindé; é importante ressaltar que essas noites
culturais são abertas ao público

7 Horário de Funcionamento Da Instituição


 Manhã: 7:00 as 11:00
 Tarde: 12:30 as 16:30

8 Processo de comunicação
A comunicação na escola feita por meio de celular: (85) – (8956- 5352),e por e-mail:
(gameleira@escola.ce.gov.br).Aescolaainda possui um
blog(http://escolaindigenaeor.blogspot.com.br/) para repassar informações, histórias
sobre os povos Kanindé, projetos, eventos e pesquisas da escola) para os alunos e os
demais, na intenção de resgate e continuação da cultura existente na escola afim de uma
formação qualitativa dos educandos.

9 Distribuição das Turmas

Oferta Turmas Matriculados


Creche\ Manhã 1 11
Pré-Escola\ Manhã 1 10
1ºAno\Manhã 1 11
2ºAno\Manhã 1 8
3ºAno\Manhã 1 15
4º e 5º \Tarde 1 17
6ºAno\Tarde 1 14
7ºAno\Tarde 1 9
8ºAno\Tarde 1 8
9ºAno\Tarde 1 6
TOTAL 10 109

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9.1 Matérias lecionadas

 Português
 Matemática
 História
 Geografia
 Ciências
 Arte Educação
 Educação Física
 Educação Religiosa
 Língua Estrangeira
 Expressão Corporal
 Cultura e Espiritualidade Indígena.

10 Currículo

Atende Educação Infantil, 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, 8º e 9º ano do Ensino Fundamental I e
II, a mesma funciona também em regime de multisseriado, sendo esse com as turmas de
4º e 5º ano.
Suas formas avaliativas são feitas através de provas escritas e orais em que a promoção
do aluno é feita através de trabalhos em grupo, pesquisa, participação, comportamento,
criatividade e seu desempenho de aprendizagem.

11 Fluxo de Chegada dos alunos


O transporte escolar sempre chega antes da realização do Toré, embora, a escola Conte
com porteiro o mesmo não exerce essa função, pois em um acordo entre a gestão da
escola e profissionais da 7ª CREDE foi decidido que o porteiro iria trabalhar como vigia
já que a escola não tinha vigia. Desta forma os alunos são recepcionados pelos próprios
professores e em alguns casos pelo diretor.

12 Fluxo De Chegada Dos Docentes


Nota-se que a maioria dos professores sempre chegam de cinco a dez minutos antes do
horário de se iniciar as aulas, entretanto, o diretor constantemente cobra a pontualidade
dos docentes e fala da necessidade de todos estarem cumprindo suas cargas horárias e
chegarem antes da hora de se iniciar as aulas. O diretor também ressalta que se caso os
professores forem fazer uso de algum material tecnológico, deixem os mesmos prontos
antes de entrarem nas salas, pare que ao iniciar a aula não seja gasto muito tempo na
organização dessas ferramentas.

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13 Escola Como Ponto de Referência
A escola é o grande centro de referência da comunidade, todas as reuniões e anseios da
população são tratadas no horário em que não está havendo aula, a mesma serve
também como um ponto de apoio que recebe uma equipe multidisciplinar de saúde
indígena no período de 15 em 15 dias, as consultas são realizadas no pátio da escola
para não atrapalhar as aulas, entretanto, na maioria das vezes a chegada e saída dos
pacientes acabam tirando a concentração dos alunos.

14 Recursos Humanos e Pedagógicos

O corpo docente da Escola Indígena Expedito Oliveira Rocha possui um quadro de nove
professores, secretaria, diretor, merendeira, auxiliar de serviços, motorista e vigia os
mesmos possuem as seguintes formações.

Elinaldo Silva Rocha Concluiu Curso de Formação do Magistério Indígena pela


SEDUC, com carga horária de 3.520 horas, formado em nível superior em Teologia
com habilitação em história pela Faculdade de Educação Teológica - FACETE, pós-
graduado em Gestão Escolar, coordenação pedagógica com ênfase em Administração
Escolar pela Faculdade Kurios - FAK.

Carmelita silva Rocha Formada em Letras com habilitação em espanhol, concluiu o


Magistério Indígena pela SEDUC. Cursa Pós-Graduação em Gestão Escolar e
Coordenação Pedagógica pela Kurios e Licenciatura intercultural e habilitação em
Matemática, Química e Física ela UFC.

Antônio Saraiva Gomes Cursando Licenciatura Intercultural Indígena com habilitação


em Culturas Indígena, Português, Matemática e História e Gestão pela UFC. Cursando
Pós-Graduação Em Ensino Da Matemática.

Francisca Rocha Santos Cursando Licenciatura Intercultural Indígena com habilitação


em Culturas Indígena, Português, Matemática e História e Gestão pela UFC.
Concluindo Pós-Graduação Em Pedagogia pela Kurios.

Blena Rocha Santos Cursando o nível superior em Pedagogia pela Universidade


Estadual Vale do Acaraú

Jair Sousa Rocha Cursando o nível superior em Pedagogia pela Universidade Estadual
Vale do Acaraú.

Francisco Elton FreireViana: Cursando o nível superior em Pedagogia pela


Universidade Estadual Vale do Acaraú

Ana Patrícia dos Santos Silva: Cursando Licenciatura em Letras pela UNOPAR.

Jaianne de Sousa Rocha: Cursando o nível superior em Pedagogia pela Universidade


Estadual Vale do Acaraú

12
Maria Aline Sousa Coelho: Ensino Médio Completo.

Juciane Aprígio Rocha: Cursando Licenciatura em Geografia pela UNOPAR e


secretariado escolar pela Fundação Demócrito Rocha.

Veridiana da Silva Sousa: Curso Básico na área da alimentação.

Maria Eliane dos Santos Silva: Curso Básico(Limpeza).

Daniel da Silva: Não possui formação.

Alfredo Silva Rocha: Curso básico (Legislação de transito).

13
15 Organograma

Elinaldo Silva Rocha


(Diretor)

Carmelita Silva Rocha


( Coordenadora)

Juciane Aprigio Rocha


(Secretaria)

Francisca Rocha Jair de Sousa Jaianne Rocha


( Professora) (Professor) (Professora)

Antonio Gomes Elton Freire Ana Patricia


(Professor) (Professor) (Professora)

Blena Rocha Maria Aline Carmelita Rocha


(Professora) (Professora) Professora\Coordenadora)

Verdiana Sousa Eliane Santos Alfredo Silva


(Merendeira) (Serviços Gerais) (Motorista)

Daniel da Silva
(Porteiro\ Vigia)

14
16 Projeto Político Pedagógico

O PPP deve estar pautado na gestão democrática participativa e ter um compromisso


ético-pedagógico de contribuir para a formação de cidadãos críticos, reflexivos e
criativos capazes de atuar na transformação e melhoria da sociedade. É função desse
modelo de gestão viabilizar um projeto coletivo e democrático que proporcione a
socialização do poder, o preparo da escola para o exercício da cidadania plena e o
envolvimento da comunidade escolar na tomada de decisões. Tal documento ao se
constituir pautado na gestão democrática caracteriza-se “[...] em processo democrático
de decisões, preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho
pedagógico que supere os conflitos, buscando eliminar as relações competitivas,
corporativas e autoritárias”. (VEIGA, op. cit., p. 15).O PPP refere-se à escola cidadã,
processo fundado na dialogicidade e na participação. Veiga (1998, p.11) declara que:

O projeto pedagógico não é um conjunto de


planos e projetos de professores, nem somente
um documento que trata das diretrizes
pedagógicas da instituição educativa, mas um
produto específico que reflete a realidade da
escola, situada em um contexto mais amplo
que a influência e que pode ser por ela
influenciado.

17 Desta forma o Projeto Politico Pedagogico

A Escola Diferenciada Coração Aberto, depois Escola Diferenciada de Ensino


Fundamental e Médio Gameleira, hoje Escola Indígena Expedito Oliveira Rocha, surgiu
da necessidade do povo Kanindé de Canindé, que visava reforça o movimento
organizacional do povo e a luta pelos seus direitos, a terra, saúde, moradia e educação.

Desde 2001, quando surgiu uma proposta dos índios Kanindé de reivindicarem pelos
direitos a uma educação especifica e diferenciada para suprir as necessidades do povo
Kanindé de Canindé. Começaram os primeiros passos da escola que tinha como
principal papel:

 Resgatar a cultura do povo Kanindé e dar continuidade


 Alfabetizar e fazer com que todos reconhecessem/conhecer a
história da comunidade indígena e suas origens.
 O povo Kanindé tivesse acesso à educação na própria
comunidade, sem que eles sofressem preconceitos nas escolas
convencionais.

15
 MISSÃO

Ofertar um modelo em educação escolar indígena para alunos indígenas e não


indígenas, que possa valorizar a cultura em suas diversas áreas do conhecimento.
Promovendo os conhecimentos científicos necessários para o seu desenvolvimento
educacional e acesso a instituições de ensino médio, superior e cursos técnicos, com
capacidades e habilidades necessárias para atender as demandas da comunidade diante
da sociedade.

 VISÃO

Ser referência como uma rede educacional dinâmica, integrada e comprometida com a
educação escolar indígena, desenvolvendo estratégias eficientes no processo de ensino
aprendizagem com qualidade social, no alto rendimento escolar, na formação de índios
e não índios, cidadãos críticos, éticos, conscientes, capazes de cumprir com a
responsabilidade social e cultural do povo Kanindé e da sociedade em geral.

16
18 Regimento Escolar
Título I

18.1 Da natureza
Art.- A escola indígena Expedito Oliveira Rocha é um estabelecimento onde se dar o
processo de ensino e aprendizagem para o povo indígena da Aldeia de forma a mostrar a
cultura e a tradição e forma de vida do povo, levando em conta as particularidades do
povo indígena Kanindé.

 A Escola Indígena Expedito Oliveira Rocha se inspirará nos princípios da


cultura do povo e terá como objetivo:
Escola Indígena Expedito Oliveira Rocha se inspirará nos princípios da cultura
do povo e terá como objetivo:

I. Fortalecer a autonomia do povo e organização na comunidade


II. A compreensão do direito indígenas e deveres do cidadão, do estado e da
família.
III. O respeito à dignidade, a liberdade e o apresso a tolerância fundamental do homem.
IV. Gestão democrática do ensino.
V. A garantia do patrão de qualidade do ensino aprendizagem.
VII. Apoiar e promover a participação dos pais, professores e alunos indígenas e não
indígena
VIII. A defesa, preservação e conservação do meio ambiente.
IX. O fortalecimento em busca da demarcação da terra.
X. A participação e o envolvimento da comunidade indígena visando o resgate e o
asseguramento cultural do povo.

De acordo com Regimento da Escola

ART.1º A Escola Indígena Expedito Oliveira Rocha é um estabelecimento para o povo


indígena da comunidade de forma a mostrar a cultura à tradição e forma de vida do
povo, levando em conta as especificidades do povo indígena kanindé.

17
ART.7º- O núcleo gestor composto pelo diretor, coordenador pedagógico, agente
administrativo e secretário escolar, serão submetidos inicialmente a um processo de
seleção pela comunidade indígena.

19 Diretor:
O diretor indígena indicado pela comunidade indígena deverá passar por uma
capacitação onde possa adquirir conhecimentos para o pleno exercício do seu trabalho.

Em caso de faltas ou impedimentos eventuais do diretor, este designará um dos


membros do núcleo gestor para substituí-lo e / ou membro da comunidade escolar
indígena.

20 Coordenador (a):
Caberá à comunidade indígena indicar representantes para coordenador pedagógico,
agente administrativo e secretário escolar para compor o núcleo gestor da escola
indígena.

ART.10º- A coordenação pedagógica será exercida por um índio, escolhido legalmente


pela comunidade indígena e que tenha pleno conhecimento da educação escolar
indígena.

ART.11º- A coordenação pedagógica, em consonância com o núcleo gestor, lideranças


indígenas garantirão a unidade do planejamento e a eficácia e eficiência de sua
execução.

21 Secretário (a):
ART.13º- O secretário (a) escolar indígena é a pessoa encarregada da escrituração
escolar e pessoal, arquivo, fichário, e preparação de correspondência.

18
22 Considerações Finais

O Estagio Supervisionado é um passo muito importante na vida acadêmica e


profissional de nós Alunos (a), é importante reafirmar que o mesmo exerce um papel
primordial na carreira de todo universitário, pois possibilita encaramos de perto a
realidade educacional, nos dando subsídios para a atuação na pratica docente.

Esta foi uma experiência única, no momento em que eu estava recebendo as orientações
para a realização do mesmo, pude perceber que ele contribuiria de forma significativa,
para que na pratica docente, eu enquanto futura pedagoga, exercesse de forma coesa os
ensinamentos obtidos através dele.

A experiência obtida através do estágio supervisionado me fez perceber a importância


de se tornar uma profissional qualificada, com domínio de conteúdo, capaz de trabalhar
com as diferenças existentes nas escolas e sempre buscar um espirito de liderança
democrática, além de tudo o acadêmico de hipótese alguma, poderá ocupar um espaço
educacional, sem conhecer de perto a realidade escolar, e os problemas que os cerca no
seu contexto de um modo geral.

Nota-se que os professores da Escola Indígena são frutos de um protagonismo


conquistado através de muita luta e reivindicações, tendo em vista que no Brasil, do
século, XVI até praticamente a metade deste século, a oferta de programas de educação
escolar ás comunidades indígenas esteve pautada pela catequização, pela civilização e
pela integração forçada dos índios à sociedade Nacional.

Os povos Kanindé veem a escola por eles construída como instrumento para a
construção de projetos autônomos, e como uma possibilidade de construção de novos
caminhos para se relacionarem e se posicionarem perante a sociedade não-indígena, em
contato cada vez mais estreito.

Pode-se notar que a gestão escolar da Escola Indígena Expedito Oliveira Rocha luta
constantemente para que os alunos recebam uma formação ancorada nos conhecimentos
tradicionais do seu povo, que possibilite igualmente o acesso à tecnologia e
conhecimentos científicos que possam subsidiar seus projetos, promovendo um
desenvolvimento social de acordo com seus valores e concepções.

19
23 Referencias Bibliográficas:

BRAGA, Amélia Eloy Santana, MELIÁ, 1979, p. 9, 1999. Disponível em internet.


http://www.ucb.br/ Acesso em 26 março. 2016.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil:


promulgada em 5 de outubro de 1988. Contém as emendas constitucionais posteriores.
Brasília, DF: Senado, 1988.Art. 205.

BRASIL. Lei nº 8.069/90. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá


outras providências. Senado Federal, Brasília, 2011.

BRASIL. LEI N° 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da


educação. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccvil 03/leis/L9394.htm. Acesso
10/04/2016.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio


de Janeiro: Paz e Terra, 1997b.

VEIGA, Z. de P. A. “As instâncias colegiadas da escola” op. cit., p. 15). IN: RESENDE,
L. M. G. de & VEIGA, I. P. A. (orgs.). Escola: espaço do projeto político-pedagógico ,

PPP- Plano político pedagógico da escola (2015)


Regimento da escola indígena (2014)
Documentos e Legislação da Educação Escolar Indígenadisponível em :
www.ufpe.br/remdipe/index.php?option=com_content&view....

http://escolakaninde-indio.blogspot.com.br/p/origem-historica-do-povo-
kaninde.htmlpt.wikipedia.org/wiki/Canindés

20
Anexos

21
Prédio Escolar

22
Ampliação

23
Diretor

Jovens Lideranças

24
Alunos e professores

25

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