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TEXTO 8

Biologia Molecular
REGULAÇÃO GÊNICA EM BACTÉRIA

O Sistema Operon
A Descoberta do Sistema Operon
O repressor do operon Lac
A descoberta de um gene operador
Biologia Molecular e o Operon Lac
Refinamentos na Regulação Gênica em bactérias
Repressão Catabólica em E. coli
O papel do AMP cíclico
A descoberta da proteína CAP
Controle da Expressão do Operon Gal
Atenuação e Controle do Operon Trp
O mecanismo de atenuação
Exercícios
Parte A: Revendo conceitos básicos
Parte B: Ligando conceitos e fatos
Parte C: Aplicando conceitos
Parte D: Resolvendo problemas
Biologia Molecular · Texto 8 Regulação Gênica em Bactéria 2

Apresentação

O que estudamos até o momento nos permite concluir que a estrutura e o funcionamento
de uma célula são determinados pelas proteínas que ela contém. Como as proteínas são a
expressão da atividade gênica, pode-se concluir que as células se diferenciam no tempo e no
espaço em decorrência da atividade diferencial dos genes. Os estudos visando a compreensão
da expressão e da regulação gênicas foram feitos inicialmente em bactérias e bacteriófagos.
O conhecimento adquirido nesses estudos foi fundamental para a compreensão da regulação
gênica em eucariontes, que é muito mais complexa. Nesse texto veremos como foi descoberto
o sistema operon na bactéria Escherichia coli e alguns exemplos do refinamento da regulação
gênica nessa bactéria.

O Sistema Operon
A Descoberta do Sistema Operon
Mutações em genes estruturais alteram a atividade enzimática, enquanto que mutações em genes reguladores
alteram a resposta da célula bacteriana às modificações do ambiente. A identificação desse último tipo de mutação
em bactérias foi crucial para o começo da compreensão de como ocorre a regulação da expressão gênica. Por
meio de experimentos de conjugação, transdução e transformação, foi possível fazer transferência de genes em
E. coli e estudar os efeitos de mutações em genes estruturais e em genes reguladores. O resultado desses estudos foi
a descoberta de uma nova unidade de funcionamento genética, a unidade operacional, ou operon.
O operon é definido como um conjunto de genes estruturais organizados em sequência e sob o controle de
um único promotor. A polimerase do RNA transcreve, a partir do promotor comum, todos os genes estruturais
em uma única molécula de RNA policistrônico, a qual é traduzida nas proteínas codificadas pelos genes.
Os experimentos mais importantes sobre a regulação gênica em bactérias, que culminaram com a concepção
do operon por Jacob e Monod em 1961, foram realizados com o sistema Lac de E. coli, o qual envolve três enzimas
indutíveis que atuam no metabolismo da lactose.
Quando E. coli é cultivada em meio de cultura isento de glicose e contendo um indutor, ou seja, lactose ou
algum β-galactosídeo semelhante, a concentração intracelular das três proteínas aumenta dramaticamente. Essas
enzimas são uma β-galactosidase, que quebra a lactose em glicose e galactose, uma permease, que aumenta
a absorção de lactose pela célula, e uma transacetilase, cuja função parece ser a de transferir um grupo acetil,
proveniente da acetil-coenzima A, para os beta-galactosídeos. Foi demonstrado que cada uma dessas enzimas é
codificada por um gene específico e que a ordem desses três genes no cromossomo bacteriano é: gene Z, gene Y
e gene A. (Fig. 1)

Figura 1. Indução enzimática em Escherichia


coli. A taxa de síntese (linha interrompida) e
a concentração intracelular (linha contínua)
das enzimas necessárias ao metabolismo da
lactose aumentam rapidamente na presença
desse açúcar. A remoção do açúcar faz
com que a síntese das enzimas pare
rapidamente, enquanto sua concentração
diminui gradualmente por diluição em
função da multiplicação celular.
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O repressor do operon Lac

A constituição das bactérias selvagens é: Z+Y+A+ e, a partir delas, foram selecionados mutantes para cada um
desses genes. Esses mutantes se caracterizavam pelo fato de não produzir a forma ativa da enzima codificada por
cada um, quando cultivados em meio com indutor.
Uma descoberta muito importante foi a de certos mutantes que eram selvagens quanto aos três genes estruturais
(Z+Y+A+), mas haviam perdido a capacidade de regulá-los, ou seja, eles produziam as três enzimas mesmo na
ausência de indutor. Esses mutantes foram chamados de constitutivos, em contraste com as bactérias selvagens,
chamadas de indutivas.
Descobriu-se que uma classe de mutantes constitutivos possuía alterações em um gene não muito distante
dos genes estruturais, o qual foi denominado gene I, de indutibilidade. O genótipo de uma bactéria normal é
representado por I+ e o desses mutantes constitutivos, por I−.
A relação funcional entre os diversos mutantes para os genes envolvidos no metabolismo da lactose foi inves-
tigada por meio de experimentos de conjugação em que eram usadas bactérias doadoras F'lac, ou seja, bactérias
com um fator F portador de um pedaço de cromossomo bacteriano contendo os genes relacionados com o
metabolismo da lactose.
Foi demonstrado que mutações nos três genes estruturais se complementavam e que, portanto, cada um desses
genes representava uma unidade funcional ou cistron. Por exemplo, uma bactéria Z+Y− / F’Z−Y + apresenta
fenótipo selvagem, ou seja, produz β-galactosidase e permease indutivamente, mostrando a complementação
entre os alelos Z+, presente no cromossomo, e o alelo Y+, presente no fator F'. Note a simbologia usada, ela
indica que a bactéria é um diploide parcial e possui os alelos Z+ e Y− no cromossomo e os alelos Z− e Y + no
fator F'. A tabela 1 resume o resultado dos testes genéticos com os dois tipos de genes.
Tabela 1. Genótipos e fenótipos de mutantes Z e Y de E. coli.

Fenótipos
Genótipos Enzima β-gal Enzima permease
Z+Y+ + +
ZY − +
− +
Z+Y− + −
Z−Y− / F'Z+Y+ + +
Z−Y+ / F'Z+Y− + +

Foram realizados diversos testes de complementação envolvendo os genes I e Z e I e Y. Os resultados desses


experimentos são apresentados nas tabelas 2 e 3. Note que os diploides parciais I−Z+/F'I+Z− e I− Y+/F'I +Y −
necessitam do indutor para produzir as enzimas beta-galactosidase e permease. Portanto, o gene I+ presente no
plasmídeo F' é capaz de controlar a expressão dos genes estruturais localizados no cromossomo. Isso sugere que o
gene I+ tenha um produto difusível capaz de reprimir a expressão de genes localizados no cromossomo bacteriano
quando o indutor não está presente no meio.
Tabela 2. Genótipos e fenótipos de mutantes I e Z de E. coli (as bactérias são selvagens
quanto aos outros genes)

Fenótipos (atividade de β-gal)


Genótipos indutor presente indutor ausente
I+Z+ + −
I−Z+ + +
IZ + −
− −
I−Z− / F'I+Z+ + −
I Z / F'I Z
− + + −
+ −
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Tabela 3. Genótipos e fenótipos de mutantes I e Y de E. coli (as bactérias são selvagens
quanto aos outros genes)

Fenótipos (atividade de permease)


Genótipos indutor presente indutor ausente
I+Y+ + −
I−Y+ + +
IY + −
− −
I−Y− / F'I+Y+ + −
I Y / F'I Y
− + + −
+ −

A existência de um repressor difusível produzido pelo gene I+ foi confirmada por meio de um experimento
de conjugação. Nesse experimento, bactérias Hfr I+Z+ foram misturadas com bactérias receptoras I− Z− em um
meio isento de indutor. Nenhum dos dois tipos de bactéria produz beta-galactose nesse meio; a doadora porque a
atividade do gene Z+ está inibida pelo produto do gene I+ e a receptora por ser mutante Z−. Cerca de uma hora
e meia após as bactérias terem sido misturadas, as doadoras foram mortas. Isso foi feito adicionando-se um tipo de
bacteriófago T na mistura ao qual as bactérias doadoras eram sensíveis; as receptoras eram resistentes a esse fago.
Cerca de duas horas após o início do experimento, a mistura de conjugação foi dividida em dois frascos e em um
deles foi adicionado o indutor. (Fig. 2)

Figura 2. Experimento de conjugação entre mutantes lac que confirmou a natureza


difusível do repressor.

Note que nas primeiras duas horas, mesmo na ausência de indutor, ocorre síntese de beta-galactosidase; no
entanto, essa síntese é interrompida nessa época, só continuando no caso de indutor ser adicionado ao meio.
Como as bactérias doadoras tinham sido mortas pelo fago, logo após a transferência dos genes I+ e Z+, foram
as bactérias receptoras (merozigotos) que produziram beta-galactosidase e depois pararam de sintetizá-la na
ausência do indutor.
Para explicar esses resultados, os pesquisadores sugeriram que as células doadoras, na ausência do indutor, conti-
nham um produto do gene I+ que impedia a transcrição do gene Z+. Este produto não estaria presente nas células
receptoras porque o seu gene I− era inativo. Assim, quando o gene Z+ entrou na célula receptora e encontrou
um ambiente desprovido do produto do gene I+, ele começou a produzir beta-galactosidase. Porém, o gene I+
também tinha sido doado às células receptoras. Com o passar do tempo e na ausência do indutor, o produto do
gene I+ começou a se acumular nos merozigotos e a atividade do gene Z+ foi suprimida. Assim, esses resultados
corroboraram a hipótese da existência de um produto difusível do gene I+ que agiria como repressor da atividade
dos genes estruturais.
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A descoberta de um gene operador

A outra classe de mutantes constitutivos do sistema Lac se caracterizava pelo fato de terem o alelo selvagem
do gene I, ou seja, eram I+, e produzirem as três enzimas mesmo na ausência de indutor. Esses mutantes foram
denominados Oc (de operador constitutivo), pois o gene em questão foi denominado gene O (de operador).
O comportamento desses mutantes nos testes de complementação mostraram que o sítio O é o local onde se liga
o repressor produzido pelo gene I.
A tabela 4 mostra testes de complementação envolvendo o gene operador e o gene estrutural Z.
Tabela 4. Genótipos e fenótipos de mutantes O e Z de E. coli (as bactérias são selvagens
quanto aos outros genes)

Fenótipos (atividade de beta-gal)


Genótipos indutor presente indutor ausente
O+Z+ + −
OZc +
+ +
OcZ− − −
O+Z+ / F'OcZ + −
O+Z− / F'OcZ+ + +

Note que não há complementação entre Oc e Z+. Apesar de terem os mesmos genes, os diploides parciais O+Z+/
F'Oc Z− e O+Z− /F'Oc Z+ apresentam fenótipos diferentes, o primeiro é indutivo, enquanto o segundo é constitutivo.
Isso mostra que o gene O atua apenas sobre o gene Z+ localizado na mesma molécula de DNA que ele.
A tabela 5 mostra o resultado de testes de complementação envolvendo o gene operador e o gene estrutural Y.
Note que também não ocorre complementação entre Oc e Y+; os diploides parciais O+Y+/F'Oc Y− e O+Y−/F'Oc
Y+, apesar de terem os mesmos genes, apresentam fenótipos diferentes, o primeiro é indutivo, enquanto o segundo
é constitutivo. Isso mostra que, como no caso anterior, o gene O atua apenas sobre o gene Y + localizado na mesma
molécula de DNA que ele.
Tabela 5. Genótipos e fenótipos de mutantes O e Y de E. coli (as bactérias são selvagens
quanto aos outros genes)

Fenótipos (atividade de permease)


Genótipos indutor presente indutor ausente
O+Y+ + −
OYc +
+ +
OcY− − −
O+Y+ / F'OcY− + −
O+Y− / F'OcY+ + +

Neste ponto dos experimentos, havia dois tipos de mutação que resultavam na produção constitutiva das três
enzimas do sistema Lac: as mutações do gene regulador (I) e as mutações do gene operador (O). As mutações do
gene O agiam em cis, ou seja, afetavam apenas os genes localizados na mesma molécula de DNA, enquanto que
as mutações do gene I agiam em trans, ou seja, afetavam tanto os genes situados na mesma molécula de DNA
quanto em outra molécula de DNA presente na mesma célula.
Como visto anteriormente, Z e Y são unidades de complementação diferentes já que codificam produtos
funcionalmente distintos. No entanto, os resultados obtidos com mutantes O demonstraram que este pertence a
uma unidade mais abrangente, que inclui Z e Y, já que O interfere na expressão das duas unidades de complemen-
tação. Isto significa que havia uma entidade genética formada por O, Z e Y. Esta unidade genética cuja expressão
é coordenada por O pode ser vista como hierarquicamente superior às unidades de complementação tomadas
individualmente. Jacob e Monod deram a ela o nome de unidade operacional ou operon.
A interpretação de Jacob e Monod foi que uma unidade funcional, ou cistron, corresponderia à sequência de
DNA traduzida em uma única cadeia polipeptídica, enquanto a unidade operacional, ou operon, corresponderia
à sequência de DNA transcrita em uma única molécula de uma suposta molécula intermediária entre o DNA e
a proteína. Jacob e Monod imaginaram que o hipotético intermediário seria um RNA e sugeriram chamá-lo de
RNA mensageiro. Assim, cistron seria a unidade de tradução e operon, a unidade de transcrição.
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Na época em que eles propuseram essa hipótese, o RNA mensageiro ainda não havia sido descoberto.
Na verdade, tanto a ideia da existência de um produto intermediário entre o DNA e a proteína, quanto o nome
de mensageiro para essa hipotética entidade foram concebidos por Jacob e Monod. Por esse trabalho eles ganharam
o prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia.

Biologia Molecular e o Operon Lac


Jacob e Monod propuseram em 1961 que a molécula repressora codificada pelo gene lacI regula a transcrição
do segmento de DNA que codifica para as três enzimas envolvidas no metabolismo da lactose. Eles também suge-
riram que um intermediário, uma molécula de RNA mensageiro contendo a informação do DNA determinava
a síntese das enzimas pela maquinaria de síntese de proteínas da célula. Eles propuseram ainda que a função do
repressor era regular a síntese desse RNA mensageiro. (Fig. 3)

Figura 3. Modelo de expressão do


operon Lac. (a) Na ausência do indutor, o
repressor, produto do gene I, se liga ao
operador, impedindo assim a transcrição
do operon.(b) Na presença do indutor, este
se liga ao repressor que perde afinidade
pelo DNA e se dissocia do operador, e
o operon é transcrito em moléculas de
RNAm policistrônicas que são traduzidas
em proteínas.

O repressor lac seria antagonizado pelo indutor; a ideia era que a lactose se ligaria à molécula repressora inati-
vando-a, isto é, impedindo que ela impedisse a atividade dos genes estruturais.
Essa hipótese foi corroborada pela descoberta de mutantes do gene I que, apesar de terem os genes estruturais
intactos, produziam quantidades mínimas das três enzimas mesmo na presença do indutor. Esses mutantes foram
chamados de mutantes não induzíveis e representados por I s. A explicação para o comportamento desses mutantes
foi a de que eles perderam a afinidade pelo indutor, mas não a capacidade de inibir a expressão dos genes estru-
turais; os mutantes I−, ao contrário, perderam a capacidade de inibir a expressão dos genes estruturais. A tabela 6
mostra os resultados de testes de complementação de mutantes I s com outros mutantes lac.
Tabela 6. Genótipos e fenótipos de mutantes lac de E. coli (os genes não representados são selvagens)

Fenótipos (β-gal)
Genótipos indutor presente indutor ausente
I sO+Z+ − −
I O Z
s + −
− −
I sOcZ+ + +
I O Z / I O Z
s + + + + +
− −
I sOcZ / I+O+Z+ − −
I O Z / I O Z
s c + + + −
+ +
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Medidas da quantidade de RNAm complementares aos genes Z, Y e A forneceram apoio experimental para
a hipótese de Jacob e Monod. Experimentos de hibridação RNA-DNA com plasmídeos contendo os genes do
sistema Lac mostraram que células normais de E. coli crescendo na presença de lactose contêm grandes quantidades
do RNAm para as enzimas envolvidas no metabolismo da lactose. Na ausência do indutor, as células contêm muito
pouco RNAm complementar ao DNA do operon lac.
A descoberta de mutantes sensíveis à temperatura no gene I indicaram que o seu produto deveria ser uma
proteína, porque as proteínas são muito mais sensíveis ao calor do que os ácidos nucléicos. Além disso, descobriu-se
que certas mutações do gene I podiam ser corrigidas por mutações supressoras em RNAt que permitem o reco-
nhecimento de códons sem sentido.
Verificou-se também que O (operador), na realidade, não é um gene como foi denominado inicialmente e sim
o sítio de ligação da molécula repressora, o qual é formado por cerca de 25-30 pares de bases do DNA ao redor
do sítio de iniciação da transcrição do gene da beta-galactosidase (Z). A molécula repressora proposta por Jacob
e Monod foi purificada e a sequência completa de seus 360 aminoácidos foi determinada. Os mutantes I− não
produzem a proteína repressora ou sintetizam um polipeptídeo incapaz de se ligar ao sítio O.
O sítio operador O sobrepõe-se parcialmente ao promotor do operon, de modo que a presença da proteína
repressora ligada a O funciona como barreira à iniciação da síntese do RNAm pela RNA polimerase. Existem
evidências de que a polimerase do RNA se liga à região promotora mesmo na presença do repressor, mas ela
não consegue iniciar a síntese do RNAm. Assim, o repressor impede a iniciação da transcrição e não a ligação da
polimerase do RNA. (Fig. 4)

Figura 4. Arranjo das sequências promotoras e operadora do operon Lac.

Os pontos de contato entre o DNA e a proteína repressora foram identificados através de experimentos de
footprinting, semelhantes àqueles usados para identificar os sítios de ligação da polimerase do RNA ao promotor.
Esses estudos demonstraram que a proteína repressora normal tem pontos de contato com o DNA e que as
mutações Oc são, em geral, alterações na sequência de bases do DNA dessas regiões. Essas alterações no DNA
impedem a ligação da proteína repressora e levam à síntese constitutiva das enzimas do operon Lac.
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Refinamentos na Regulação Gênica em bactérias


Repressão Catabólica em E. coli
A glicose é o açúcar mais utilizado pela bactéria E. coli, ela entra no metabolismo celular sem necessidade de
indução de qualquer nova enzima. As enzimas que participam do metabolismo da glicose são produzidas constitu-
tivamente e utilizadas também nas vias de degradação de outros tipos de açúcares.
As bactérias desenvolveram no curso de sua evolução um mecanismo de regulação gênica que lhes permite
se beneficiar do fato de terem de produzir as enzimas do metabolismo da glicose constitutivamente; nenhuma
outra enzima relacionada com o metabolismo de açúcares é induzida no caso de glicose estar presente no meio.
Aparentemente, a glicose, ou produtos de sua degradação (catabolitos), impede a síntese de RNAm para enzimas
metabolizadoras de outros açúcares. Esse fenômeno é conhecido como repressão catabólica.

O papel do AMP cíclico


O mecanismo de repressão catabólica começou a ser desvendado quando se descobriu que bactérias
cultivadas em meio isento de glicose apresentavam um aumento acentuado na síntese de um nucleotídeo
não usual, a adenosina-3’, 5’-monofosfato, conhecido também como AMP cíclico ou cAMP. Essa
molécula havia sido descoberta originalmente em vertebrados onde participam como segundo mensageiro
no mecanismo de ação de diversos hormônios. O aumento do nível de cAMP na bactéria parece ser um sinal
de “alerta” de um estresse metabólico.
Foi verificado que a adição de cAMP ao meio de cultura das bactérias anula a repressão catabólica. Por exemplo,
uma bactéria cultivada em meio contendo glicose e lactose simultaneamente não produz as enzimas relacionadas
com o metabolismo da lactose em função da repressão catabólica. No entanto, se a esse meio for adicionado cAMP,
o operon Lac entra em atividade. O mesmo acontece em relação às enzimas indutíveis de diversos açúcares.

A descoberta da proteína CAP


Quando o efeito do AMP cíclico na transcrição de enzimas indutíveis foi descoberto, supôs-se que uma ou
mais proteínas deveriam mediar sua ação sobre os genes. Caso isso fosse verdade, mutantes para essa hipotética
proteína não responderiam ao cAMP.
Foram encontrados mutantes de E. coli, incapazes de utilizar lactose, galactose, maltose ou arabinose. Esses
mutantes, no entanto, readquiriam a capacidade de utilizar qualquer desses açúcares com uma segunda mutação.
Esse fato mostrava que a primeira mutação estava restrita a um único gene responsável pela capacidade do mutante
de utilizar diversos tipos de açúcares.
Foi verificado que cerca de metade desses mutantes podia utilizar açúcares diferentes da glicose se cAMP
fosse adicionado ao meio de cultura. O defeito desses mutantes era, portanto, decorrente de uma incapacidade de
produzir cAMP. Eles apresentam erros no gene que codifica uma enzima chamada adenilciclase, a qual catalisa a
reação de conversão de ATP em cAMP.
A outra metade dos mutantes não conseguia metabolizar açúcares diferentes da glicose mesmo na presença
de cAMP; na verdade, esses mutantes tinham o gene da adenilciclase intacto e conseguiam produzir cAMP
normalmente. Essa observação sugeria que esse segundo grupo de mutantes apresentava defeito em uma proteína
mediadora do efeito do cAMP. Essa ideia foi comprovada pelo isolamento de uma proteína bacteriana capaz
de se ligar ao cAMP. Esta proteína está presente em células selvagens e ausente no segundo grupo de mutantes
mencionado acima. Essa proteína foi denominada CAP (do inglês, catabolite activator protein).
Evidências conclusivas de que a atividade dos operons que codificam enzimas relacionadas com o metabolismo de
açúcares é controlada pelo AMP cíclico e pela proteína CAP foram obtidas em experimentos de transcrição in vitro.
Em extratos livres de células, contendo polimerase do RNA e DNA purificado do operon Lac, a síntese de RNAm
na ausência de cAMP ou da proteína CAP foi apenas cerca de 5% do obtido na presença dessas duas substâncias.
O operon Lac, assim como outros operons relacionados com o metabolismo de açúcares, está sujeito, portanto, a
um controle duplo: a proteína repressora atua negativamente sobre a transcrição do operon, enquanto o complexo
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CAP-cAMP atua positivamente, fornecendo as condições básicas para a transcrição. Hoje se sabe que complexo
CAP-cAMP liga-se ao promotor Lac e dobra o DNA dessa região, o que permite que ele seja reconhecido pela
polimerase do RNA. Na ausência de cAMP ou da proteína CAP, a transcrição não ocorre porque a polimerase do
RNA não reconhece o promotor Lac. Quando o complexo CAP-cAMP está presente, o promotor é reconhecido
pela polimerase do RNA, que se liga a ele, mas a transcrição só ocorrerá se não houver proteína repressora ligada
ao sítio operador, pois ela impede o deslocamento da polimerase. A proteína CAP é, portanto, um ativador e o
cAMP um efetor.

Figura 5. Ação da proteína CAP e do cAMP sobre a transcrição de operons envolvidos no metabolismo de açúcares. Á direita, representação
esquemática do modo de ação do repressor Lac e do complexo proteína CAP-cAMP sobre a transcrição do operon Lac. Á direita, a proteína CAP,
na ausência de cAMP tem uma configuração espacial que não permite a sua ligação com o DNA. Ao se combinar com o cAMP, a proteína CAP
sofre uma modificação em sua forma espacial (alteração alostérica) e pode se ligar a sequências de bases específicas do DNA. Quando o complexo
proteína CAP- cAMP se liga ao DNA, a hélice sobre uma distorção (quadro) na região promotora, tornando-a acessível à polimerase do RNA.

A proteína CAP é necessária para a transcrição de outros operons relacionados com o metabolismo de açúcares
pelo mesmo motivo descrito acima, ou seja, os promotores desses operons só são reconhecidos pela polimerase do
RNA quando ligados ao complexo CAP-cAMP. Assim, na presença de glicose, esses operons não são transcritos,
mesmo quando seus indutores estão presentes, pois a polimerase do RNA não reconhece seus promotores. Já na
ausência de glicose, todos eles se tornam acessíveis à polimerase de RNA e a transcrição só dependerá da presença
do indutor específico no meio.

Controle da Expressão do Operon Gal


Quando a bactéria E. coli é colocada em um meio isento de glicose e suplementado com o açúcar galactose,
ocorre aumento da síntese das três enzimas relacionadas com o metabolismo da galactose: uma epimerase (E), uma
transferase (T) e uma quinase (K). Na verdade, essas três enzimas são produzidas constitutivamente pela célula, mas
na condição induzida sua síntese é 10 a 15 vezes maior (No caso do operon Lac, o aumento de síntese das enzimas
na condição induzida é cerca de 1000 vezes).
Na presença de glicose, ou seja, sob repressão catabólica, a síntese das três enzimas relacionadas ao metabolismo
da galactose volta a seu nível basal, ou seja, ela é 10 a 15 vezes menor do que no estado induzido. Assim, existe um
nível basal de síntese dessas enzimas que é independente da fonte de carbono que está sendo utilizada pela célula.
Isso poderia ser considerado um desperdício, pois, em princípio, as enzimas não teriam função em uma bactéria
vivendo em um meio onde a fonte de carbono não fosse a galactose. A bactéria, no entanto, têm benefícios fisio-
lógicos em usar, nesse caso, uma estreita faixa de indução; a razão é que uma das enzimas codificadas pelo operon
Gal, a epimerase, é responsável pela produção de um precursor direto da biossíntese da parede bacteriana; assim,
essa enzima é necessária à célula independentemente da fonte de carbono que está sendo utilizada.
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O mecanismo de regulação do operon Gal é um paradigma para outros sistemas complexos de regulação da
atividade gênica. O operon Gal possui dois promotores parcialmente sobrepostos (PG1 e PG2) e dois sítios separados
para iniciação da transcrição. O promotor PG2 se liga à polimerase do RNA, permitindo a transcrição dos genes gal,
mesmo quando glicose está presente e galactose ausente; ele é responsável pela síntese constitutiva das três enzimas.
Já o promotor PG1 só se liga à polimerase do RNA na presença do complexo CAP-cAMP; assim, esse promotor
só tem capacidade de iniciar transcrição quando não existe glicose no meio. (Fig. 6)
O complexo CAP-cAMP inibe a ligação da polimerase do RNA ao promotor PG2. Já o promotor PG1
complexado com CAP-cAMP tem afinidade pela polimerase do RNA. A síntese de mRNA gal é maior quando
PG1 é usado (ou seja, na condição induzida) do que quando PG2 é usado.

Figura 6. O operon Gal da bactéria E. coli tem dois promotores sobrepostos e dois sítios de iniciação de síntese de RNA. Um dos promotores
(PgG2) é constitutivo, ou seja, promove iniciação da transcrição na ausência de galactose, mesmo quando a glicose está presente. O segundo
promotor, PG1 (indutivo) requer a presença da galactose, da proteína CAP e de altos níveis de cAMP.

Atenuação e Controle do Operon Trp


A regulação do operon Trp é um excelente exemplo dos sofisticados processos de regulação que uma célula
pode utilizar para se adaptar às condições ambientais e poupar ao máximo o desperdício de energia.
O operon Trp codifica as proteínas necessárias à síntese do aminoácido triptofano. Esse operon tem regulação
negativa e a proteína repressora só é ativa em associação com um correpressor que é o próprio triptofano. Assim,
quando existe triptofano disponível, a transcrição do operon é interrompida; na ausência de triptofano, a proteína
repressora é incapaz de se ligar ao operador e a transcrição ocorre.
A regulação do operon Trp é suplementada e refinada por um segundo mecanismo independente, que deter-
mina se a transcrição do operon, uma vez iniciada, deve ser interrompida ou deve ser continuada. Esse mecanismo
é chamado atenuação.
Entre o promotor e o primeiro gene estrutural (trpE) do operon Trp, existe uma sequência de 162 pares de
nucleotídeos denominada região líder. Nessa sequência existe um conjunto de 45 pares de nucleotídeos que
codificam um peptídeo de 14 aminoácidos, denominado peptídeo líder.
O RNAm transcrito a partir da região líder contém, próximo do final da região de codificação do peptídeo
líder, dois códons consecutivos que especificam o aminoácido triptofano. Além disso, a região líder contém quatro
segmentos ricos em GC. Os códons que especificam triptofano e essas quatro sequências ricas em GC participam
do processo de atenuação. (Fig. 7)
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Figura 7. Acima, sequência de bases da porção inicial do RNAm transcrito pelo Operon Trp. (a) Posição do segmento
codificador do peptídeo líder, das quatro regiões ricas em GC (indicadas pelos números nos círculos) e do início da
região codificadora do gene trpE.(b) Alças formadas pelo emparelhamento entre as sequências 1 e 2 e entre as
sequências 3 e 4.(c) Alça formada pelo emparelhamento entre as sequências 2 e 3. Ao lado, organização geral do
operon Trp, mostrando as posições do promotor (P), do operador (O), dos genes estruturais (E, D, C, B e A), da região
líder (L) e do atenuador.
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O mecanismo de atenuação

As quatro sequências ricas em GC da região líder do RNAm podem se emparelhar e formar uma ou duas
estruturas secundárias alternativas.
A primeira configuração secundária possível envolve a formação de duas alças no RNAm; uma pelo empare-
lhamento das sequências 1 e 2, e outra pelo emparelhamento das sequências 3 e 4.
A alça 1-2 é uma estrutura típica de pausa de transcrição. Já a alça 3-4 é seguida de uma série de Us sendo,
portanto, um sinal de término de transcrição independente de fator rho. Esse sinal de término de transcrição é
incomum, pois está localizado antes do primeiro gene do operon Trp.
A segunda configuração secundária possível envolve a formação de uma única alça no RNAm, pelo
emparelhamento das sequências 2 e 3. Essa alça só se forma no caso da sequência 1 não estar disponível para se
emparelhar com a 2.
Durante a transcrição da região líder, a polimerase do RNA sofre uma pausa quando a alça 1-2 é formada.
Enquanto a polimerase está parada, um ribossomo inicia a tradução do RNAm codificador do peptídeo líder. Essa
região de codificação começa pouco antes da alça 1-2.
Na presença de triptofanil-RNAt, o ribossomo e a polimerase do RNA se movem praticamente na mesma velocidade.
À medida que o ribossomo traduz a sequência 1, ele desfaz a alça 1-2 e permite que a polimerase continue e
transcreva a sequência 3. Quando o ribossomo encontra o códon de terminação (pare) do peptídeo líder, presente
dentro da porção 1, ele se desacopla do RNAm e a alça 1-2 se refaz. A polimerase do RNA continua a transcrever
a sequência 4, que forma então uma alça com a sequência 3.
A formação dessa alça é um sinal de parada de transcrição e
faz com que a polimerase se dissocie do DNA molde antes que
os genes estruturais do operon Trp sejam transcritos.
Quando existe pouco triptofano na célula, o ribossomo e a
polimerase do RNA não se movem em sincronia. O ribossomo
para quando atinge os dois códons que especificam triptofano na
sequência 1 do RNAm, pois há relativamente pouco triptofa-
nil-RNAt na célula. Nessa circunstância, a polimerase do RNA,
que havia sido liberada do sítio de pausa pela ruptura da alça 1-2
pelo ribossomo, transcreve as sequências 3 e 4.
Enquanto o ribossomo está parado, esperando pela chegada
de um triptofanil-RNAt, e a sequência 1 está recoberta por ele,
parte da sequência 2 forma uma alça com a sequência 3. Uma
vez que a alça 2-3 é mais estável do que a alça 3-4, a sequência
3 não se emparelhará com a 4 para formar a alça de término
de transcrição. Assim, a polimerase do RNA passa pelo sítio
potencial de término de transcrição e o restante do operon Trp
é transcrito. (Fig. 8)
A atenuação parece ser um mecanismo de regulação recente
na história evolutiva e é encontrado apenas em bactérias entéricas
como a E. coli (atenuação não ocorre em eucariontes pois nesses
organismos os processos de transcrição e tradução são separados
pela existência da membrana nuclear).
O mecanismo de atenuação regula diversos operons em
E. coli, como os operons Phe, Thr, His, Leu e Ile. Alguns operons,
como o Trp, combinam atenuação com repressão, enquanto que
outros, como o His, são regulados apenas por atenuação.
Os peptídeos líder dos operons cujos genes estão envolvidos na
síntese de aminoácidos podem conter até sete códons que espe- Figura 8. Acima, representação do mecanismo de atenuação do
operon Trp, que provoca terminação prematura da transcrição em
cificam o aminoácido na síntese do qual o operon está envolvido. decorrência da presença de alta concentração de triptofano na célula.
Nessa condição, o ribossomo se move na mesma velocidade que
O RNAm do peptídeo líder do operon da histidina contém a polimerase do RNA. (a) Quando o ribossomo atinge o códon de
16 códons, 7 dos quais codificam o aminoácido histidina. término do peptídeo líder ele se desacopla, permitindo a reconstituição
da alça 1—2 no RNAm. (b) Após o desacoplamento do ribossomo,
O RNAm do peptídeo líder do operon da fenilalanina contém a polimerase transcreve a sequência 4 que se emparelha com a
sequência 3, formando a alça que determina o término de transcrição.
14 códons, 7 dos quais codificam o aminoácido fenilalanina.
Biologia Molecular · Texto 8 Regulação Gênica em Bactéria 13

EXERCÍCIOS

Parte A: Revendo conceitos básicos


Preencha os espaços em branco nas frases de 1 a 3 usando o termo abaixo mais apropriado:
(a) gene operador (c) gene estrutural
(b) gene promotor (d) gene regulador

1. Um segmento de DNA capaz de interagir com proteínas que impedem ou estimulam a ação da
polimerase do RNA é chamado ( ).

2. A região do DNA onde se liga a polimerase do RNA é chamada ( ).

3. ( ) é aquele que codifica proteínas que participam diretamente do metabolismo e crescimento celulares.

Preencha os espaços em branco nas frases de 4 a 6 usando o termo abaixo mais apropriado:
(a) enzima indutível
(b) indutor
(c) RNAm policistrônico
(d) operon

4. ( ) é aquela sintetizada em resposta à presença de seu substrato no meio.

5. ( ) é um conjunto de genes transcritos em uma mesma molécula de RNAm.

6. Uma molécula de baixo peso molecular que se combina com proteínas específicas modificando sua
afinidade pelo operador é chamada ( ).

Preencha os espaços em branco nas frases de 7 a 12 usando o termo abaixo mais apropriado:
(a) Gene O (c) Gene I (d) Gene Z
(b) Gene P (e) Gene Y (f) Gene A

7. O local do cromossomo da bactéria E. coli onde se liga a proteína repressora Lac é chamado ( ).

8. ( ) é o local da região Lac do cromossomo da bactéria E. coli onde se liga a polimerase do RNA.

9. A sequência de bases do DNA da bactéria E. coli que codifica a enzima beta-galactosidase é chamada ( ).

10. ( ) é a seqüência de bases do cromossomo da bactéria E. coli que codifica a enzima permease.

11. A enzima transacetilase é codificada por uma região do cromossomo da E. coli conhecida como ( ).

12. A sequência de bases do cromossomo da bactéria E. coli que codifica a proteína repressora do operon
Lac é chamada ( ).
Biologia Molecular · Texto 8 Regulação Gênica em Bactéria 14

Parte B: Ligando conceitos e fatos


Para cada uma das frases de 13 a 15 escreva no parênteses a letra V, caso a afirmação seja verdadeira, ou a letra
F, no caso dela ser falsa.
13. Genes envolvidos na mesma via metabólica estão frequentemente agrupados nos cromossomos dos
procariotos, geralmente, na mesma sequência das reações que eles controlam. Além disso, os genes
dentro de um grupo são expressos ao mesmo tempo. ( )

14. A mutação I− afeta o repressor em sua região de ligação ao DNA, impedindo a transcrição do
operon Lac, mesmo na presença do indutor. ( )

15. A mutação I s afeta a proteína repressora em sua região de ligação ao indutor, reprimindo assim a
transcrição, mesmo na ausência do indutor. ( )

Indique a alternativa mais apropriada para completar as frases de 16 a 18.

16. Os genes de um mesmo operon, em geral, codificam


a. enzimas que atuam em uma mesma via metabólica.
b. proteínas reguladoras que controlam a expressão de genes afins.
c. enzimas que atuarão fora da célula.
d. proteínas cromossômicas.

17. Sobre as taxas de síntese das proteínas codificada por um operon pode-se dizer que são
a. idênticas pois a tradução é feita a partir de uma mesma molécula de RNAm.
b. idênticas pois um operon só tem um promotor.
c. podem ser diferentes pois cada região codificadora do RNAm único tem seu próprio sítio de
ligação ao ribossomo.
d. podem ser diferentes pois a tradução é feita a partir de diferentes moléculas de RNAm.

18. O termo indução enzimática em bactérias refere-se ao fato de


a. a atividade gênica ser controlada por enzima.
b. as reações metabólicas serem controladas por enzimas.
c. enzimas serem sintetizadas em resposta a um substrato no meio.
d. os operons codificarem enzimas que atuam sobre um mesmo substrato.

Use as alternativas abaixo para responder as questões de 19 a 22.


(a) mutação I− (c) mutação Y−
(b) mutação P− (d) mutação Z−

19. Uma bactéria perde a capacidade de sobreviver em meio onde a única fonte de carbono é a lactose,
apesar de manter a capacidade de absorver esse açúcar em decorrência de uma ( ).

20. Uma ( ) faz com que a bactéria não consiga sobreviver em um meio onde a única fonte de
carbono seja a lactose, pois ela se torna incapaz absorver esse açúcar, apesar de manter a capacidade
de metabolizá-lo.

21. Uma bactéria que perdeu a capacidade de absorver e metabolizar lactose em função de um único
erro no DNA é portadora de uma ( ).

22. A ( ) faz com que a bactéria passe a produzir as enzimas envolvidas no metabolismo da lactose
constitutivamente.
Biologia Molecular · Texto 8 Regulação Gênica em Bactéria 15

23. A presença de indutor causa grande aumento na síntese de beta-galactosidase em bactérias com genótipo
(a) I+OcZ+ (c) I+OcZ−/I−O+Z+
(b) I−O+Z+ (d) I+OcZ+/I+O+Z+

Parte C: Aplicando conceitos


24. Determine o fenótipo de cada um dos diploides parciais a baixo, em termos da produção das
enzimas β-galactosidase e permease (sintetiza ou não sintetiza; a síntese é indutiva ou constitutiva).
Justifique sua resposta com base no modelo de funcionamento do operon Lac.
(a) I− P+ Oc Z+ Y− / I+ P+ O− Z− Y+
(b) I+ P− Oc Z− Y+ / I− P+ Oc Z+ Y−
(c) Is P+ O+ Z+ Y− / I+ P+ O+ Z− Y+
(d) Is P+ O+ Z+ Y+ / I− P+ O+ Z+ Y+
(e) I− P+ Oc Z+ Y− / I− P+ O+ Z− Y+
(f  ) I− P− O+ Z+ Y+ / I− P+ Oc Z+ Y−
(g) I+ P+ O+ Z− Y+ / I− P+ O+ Z+ Y−

Parte D: Resolvendo problemas


25. Um controle gênico do tipo que atua no operon Lac é uma regulação negativa, pois na ausência do
indutor, a proteína reguladora impede a transcrição dos genes estruturais. Quando a regulação de um
operon é positiva?

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