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Morais 1
1- INTRODUÇÃO
2- MACLAÇÃO
α α
H H' F
5' ˚ ˚ ˚ ˚ ˚ ˚ ˚ ˚ ˚
4' . . . . . . . . .
3' ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ A'
2' d .d . . . . . . . .
d
2h 1' • • • • • • • • •
X 0 • • • • • • • • • Y
2
A
3
Fig. 1_Mecanismo da maclação
4 ( Lacombe).
Gilberto A. Morais 2
F 5
Chamamos taxa de cizalhamento à relação 1
s = nd = d [1]
nh h
que exprime o valor da translação nd, sofrida pela n-ésima fileira de átomos,
situada à distância nh de xy. A taxa de cizalhamento é a mesma para todas as camadas
atômicas. Em outras palavras, podemos dizer que o valor do deslocamento de matéria é
proporcional a distância ao plano de maclação. As translações sempre são efetuadas de
modo que os átomos de fileiras homólogas, 1 e 1', 2 e 2' ... n e n' ocupam posições
simétricas em relação a xy. Se, levantarmos por 0 uma perpendicular ao plano de
maclação, o primeiro átomo da fileira 1' deve se deslocar de uma distância d tal que sua
nova posição seja simétrica da inicial, em relação à perpendicular. A fileira 0H, inclinada
inicialmente em um ângulo α sobre a perpendicular a xy, sofrerá um giro β = 2 α ,
colocando-se em 0H', simétrica de 0H em relação a essa perpendicular.
Obtém-se, assim, para a parte superior, um novo cristal A' simétrico do cristal A,
parte não deformada do cristal inicial, em relação ao plano de maclação. A direção xy é a
direção de maclação. O plano perpendicular ao plano do papel e que contém xy é o plano
de maclação. Da mesma forma que no escorregamento associado a discordâncias, o pano de
maclação e a direção de maclação tem dados cristalográficos bem definidos, que estão
resumidos na tabela 1.
A figura 2 mostra o cizalhamento, por maclação, de um monocristal. Em A temos
o cristal submetido às tensões cizalhantes. Em B temos a forma fina do cristal, resultante da
maclação.
A figura 3 ilustra a diferença entre a maclação e o escorregamento. Esse último
ocorre em planos particulares como mostrado em B. O cizalhamento, nesse caso, pode ser
muitas vezes maior do que os espaçamentos da rede e depende do mecanismo de
multiplicação de discordâncias. O cisalhamento associado com maclação, visto em A, é
distribuído uniformemente pelo volume da região afetada, cada átomo movendo-se apenas,
uma fração da distância inter-atômica, relativamente aos átomos de um plano vizinho.
(A) (B)
(A) (B)
3 - TRANSFORMAÇÕES MARTENSÍTICAS.
3.1 - Generalidades
Para que a transformação martensítica possa realizar-se sem difusão deve haver
uma relação cristalográfica entre o plano da fase original e aquele da martensita, na inter-
face comum. Diz-se que as duas fases são coerentes. Vejamos a relação que existe, no caso
dos aços. Em temperatura elevada a fase estável, a austenita, é uma solução sólida
intersticial do C no Fe de estrutura CFC. A figura 4 mostra, em a , duas células unitárias,
nas quais aparecem quatro átomos de C, indicados por X. Uma outra forma de descrever
esse reticulado é considerá-lo como tetragonal de corpo centrado, TCC, cuja célula unitária
está assinalada em a e em b, à esquerda. Em b, à direita, vê-se uma célula unitária da
martensita, TCC, obtida por pequena deformação do retículo original, com ligeiras
alterações nos parâmetros. Ao passo que na célula unitária da esuqerda, TCC, a relação c/a
é igual a √2 na martensita, também TCC, à direita, ela depende do teor de C, podendo ser
expressa pela relação 2
c = 1 + 0, 0467 x ( % C)
a
Gilberto A. Morais 4
Z
[001] A [001]M
[810]M
Y [010] A
[100]M
X [100] A
(a)
ao
C
ao a
√2 (b)
Fig. 4 _ Células unitárias da austerita (a e b) e da martensita (c) - ( Shewman)
C
2,95- Fig. 5 _ Variação dos parâ-
matros cristalinos
2,90- da martensita com
a percentagem atômica
2,85- a=b do C ( Chalmers).
2 4 6
Gilberto A. Morais 5
% de c
Sistema Composição Transformação no Relação entre os Relação entre as
resfriamento Planos cristalinos direções cristalinas
Fe - C 0,5 - 1,4% C CFC TCC {111}A//{110}M <110>A // <111>M
Austenita
(a) (b)
Martensita Martensita
Austenita
(c) Interfaces _ (d)
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Ms
Temperatura
Mf
0 % Martensita 100
°C
Temperatura (°C)
500 -
400 -
Md · 300 - Ms
Ms · 200 -
100 - Mf
Mf - 0-
-100 -
Deformação 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 %C
5_ A martensita sempre é mais dura que a fase que a originou. Somente nos
aços, entretanto, a martensita tem a dureza extrema que a torna tão útil para inúmeros
empregos de aço onde se necessita de elevada resistência ao desgaste e à tração.
. . . . . . .
Resistência em 10ˉ 5 (ohms)
1800-
1400-
1000- "Bunst"
600- As=390°C
200- . . . . . . .
-100 0 100 200 300 400 500
Temperatura, °C
Fig. 10_ Variação da resistência elétrica com a temperatura, de uma liga Fe-Ni (29,5%)
(Ksufman e Cohen, segundo Reed-Hill).