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Hoje: Conceito da obrigação, caraterística mais relevante da obrigação, eficácia externa das
obrigações
Sexta-feira: Analisamos um conjunto dos acórdãos que relevante a matéria da eficácia externa das
obrigações, conceito das obrigações naturais e analisar jurisprudência relevante a esta matéria.
Aula 1.2
Conceito da obrigação
Em sentido amplo:
- Toda e qq situação jurídica passiva, isto é, toda e qq situação em existência na pessoa de
alguém de um dever jurídico(geral ou específico), ou uma situação de sujeição ou uma
situação de ónus.
Dever
Geral
Específico
Sujeição
Ónus
- Há uma completa sinonímia entre o conceito da obrigação e conceito da situação jurídica passiva.
Do Art 397º e 398º, concluir que para efeitos técnicos ou jurídicos, uma obrigação não
corresponde nem :
Dever geral
Em que os deveres gerais tem com contraponto a existência de Dtos absolutos.
Imagina um dever de respeitar um Dto de propriedade privada de uma certa
pessoa, este dever geral em que se encontra adstrito uma determinada pessoa,
não corresponde obrigação pq do lato activo, não temos uma pessoa certa e
determinada, o que temos aqui é uma situação em que todos estão adstritos
em cumprir essa mesma obrigação em sentido amplo.
Isso não é aquilo no Art 397º, se caracteriza pela existência de uma relação
entre 2 pessoas certas e determinadas, o devedor é adstrito a realização de
prestação, e o credor é a pessoa que tem o Dto de exigir ou de pretender essa
mesma prestação.
- ≠sujeição
É outra situação jurídica passiva.
= caracteriza-se pelo facto de alguém poder sofrer na sua esfera jurídica uma determinada
consequência imposta pelo normal exercício de um determinado dto se encontra numa
esfera jurídica alheia.
Contraponto o Dto Protestativo
V.g. Dto de requerer um divócio, Dto de requerer a resolução ou modificação do
contrato, etc.
Distingue-se porque a violação da obrigação gera responsabilidade civil, gera
responsabilidade contratual, e isso não acontece no estado de sujeição obviamente não
se quer violável, não há possibilidade de violar o estado de sujeição.
- Do Art 397º e 398ºCC, possa retirar que uma obrigação em sentido estrito não é simples ónus,
não corresponde ao estado de sujeição, corresponde a uma situação de dever não geral, mas
dever específico.
- Obrigação consiste na necessidade de realizar uma determinada prestação.
- Autonomia da obrigação
Durante muito tempo, as obrigações nascem com as fontes das obrigações.
Fonte das obrigações: contratos, negócios unilaterais, gestão dos negócios,
enriquecimento sem causa, e responsabilidade civil.
Tb merecem identifica qualificação as obrigações que nascem fora do Dto das obrigações.
V.g. obrigação de alimentos, que nasce no âmbito de Dto da Família.
V.g. obrigações que nascem no contrato casamento.
V.g. o herdeiro que tem obrigação de cumprir junto dos demais interessados de
herança, beneficiários com legados ...., nasce no Dto das Sucessões.
Hoje em dia, concluir que estas todas são obrigações, pq se olhar na sua perspectiva
estrutural, não há diferença entre uma obrigação que nasce no Dto das obrigações ou
obrigação que nasce noutros ramos do Dto.
2. Deveres laterais de conduta em relação a prestação principal que são impostos pelo
princípio de boa’fé
Dever de cuidado
Dever de segurança
Dever de aviso, dever de informação
Dever de proteção e cuidado relativamente a pessoa e património de contraparte
Imagina: entrou uma loja e comprou uma garrafa, mas o chão está molhado e 滑倒 e pois
Todos eles, deveres principais, dever secundários, acessórias ou acidentais, ou com prestação
própria (sucedâneo ou coexistente); laterais e outros elementos incorrem situações de sujeição,
ónus, Dtos protestativos, todos eles formam uma relação jurídica obrigacional complexa.
- CASO do professor:
que nunca exigiu durante 15 anos, em que antigamente tinha um longo prazo.
Assim, esta empresa A seria violar algum destes deveres laterais que resulta do Princípio
de boa fé, pq começou a agir em má fé, roubou os clientes, até no final terá incorrer em
responsabilidade civil, legitimando que outra empresa possa excepcionar o não
cumprimento da obrigação de A para justificar o não cumprimento de si do pagamento
dessas mesmas facturas.
Conslusão:
Se alguns destes deveres for incumprido, eu posso legitimamente dizer que “embora a
prestação principal seja cumprida, outras prestações decorrentes de mesma obrigação
não foram”. Em consequência, possa sujeita a responsabilidade civil.
Todos estes formam o conceito da obrigação.
≠Dto Absoluto:
V.g. um Dto de personalidade, um Dto real
Imagina: Eu sou proprietário do relógio, significa eu tenho uma relação directa com o relógio,
ou seja, eu não preciso ninguém para que eu possa efectivemente beneficiar a
utilidade do relógio.
Diferença: Dto de crédito é relativo e outro é absoluto.
- Oponibilidade:
O Dto de crédito diz-se relativa pq se eu sou credor do A, só tem o Dto de exigir ao A, não
tem o Dto de exigir a mais alguém.
≠Dto absoluto:
sou proprietário deste relógio, tem o Dto de exigir todos respeitem no âmbito de
dever geral de respeito a minha titularidade.
O seu dto pode ser oponível a todas as pessoas, portanto todo e qq pessoa pode
cometer a violação deste mesmo dto.
- Argumentos de natureza teórica:
Os Dtos de crédito estão sujeito ao Princípio de autonomia privada, as obrigações
nascem livremente daquele que encontrou entre as pessoas, e o comércio jurídico.
Ao contrário dos Dtos reais, que estão sujeito ao Princípio de tipicidade no sentido em que
só são Dtos reais aqueles que a lei expressamente qualificada como tal.
Princípio de tipicidade - Art 1306ºCC
Qd ao Princípio de autonomia privada, dizia que o Dto de crédito, ao contrário dos Dtos
reais, não são congnoscíveis.
Pq as obrigações e os correlativos dtos de créditos, graças ao autonomia privada,
significa que eles não são publicicáveis.
Os Dtos reais ou contratos de Dto de crédito, estão sujeito ao Princípio de tipicidade e são
congnoscíveis pq tem um registo em caso alguns dos Dtos reais.
- Mais argumento:
O credor fica numa situação desprotegida, não só pq se o terceiro concorrer para violação
de obrigação, ou terceiro é responsável como existem situações em que o próprio
ordenamento jurídico lhe confere proteção e lhe dá tutela, mesmo nos casos em que o
devedor não pode ser responsabilizado.
Imagina: A destruiu a garrafa que eu queria entregar ao B.
Há um terceiro que concorrer a sua conduta para o incumprimento desta obrigação
pq o objecto é destruído, e o credor(B) pode ser responsabilizado pelo facto de não
ter entrega a coisa?
Não pode e não tive, pq não tem culpa.
Agora, se esta garrafa for muito valiosa e tivesse seguro, e foi destruído, eu ia receber
uma indemnização de companhia de seguros, chamada “Commodum de
representação” que está previsto no 794ºCC, que diz que (B) na qualidade de minha
credor, tem o Dto de exigir que a indemnizão do produto seja lhe directamente
entrega. B 有權要求保險公司直接賠償俾佢
Não só o terceiro sabe de relação obrigacional como é ele a fazer com que o devedor não
cumpre, aí o prof. Almeida Costa (os prof. mais velhas)dizia que neste caso, admitiu a
responsabilidade de terceiro, não pq existir uma eficácia externa das obrigações, mas ao
abrigo do Princípio de proibição de Abuso do Dto (Art 334ºCC).
Art 334ºCC, Abuso de Dto, dizendo que aquele exercício manifestamente excessivo,
contrário a boa-fé, bons costumes ou pelo fim social ou económico que faria
excecionalmente o terceiro fosse directamente responsabilizada pelo tratamento.