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Empoderamento

e novas
E-BOOK 2
INSTITUTO CORES E-BOOK 2:
PROJETO ESCOLA DE SER empoderamento E
NOVAS

Escritório Nacional Textos:


Caroline Arcari e Nathália Borges
Rua Guanabara, quadra 13 lote 01
Bairro Primavera - Rio Verde – GO Capa:
Isabela Santos
CEP: 75904-432
Projeto gráfico:
Telefone: (64) 3613-1456
Caroline Arcari
www.institutocores.org.br
Revisão técnica:
Nathália Borges
O que queremos ressaltar aqui é que ninguém nasce
preconceituoso ou machista. Os comportamentos
que produzem as desigualdade são fruto de uma
intensa vivência de aprendizado do que é
ser menina/mulher e do que é ser menino/
Homem. Mas onde se aprende tudo isso? pode até
Parecer difícil de acreditar, mas a
escola é uma das principais propaga-
doras de preconceitos sexistas, assim como
Embora tenhamos avançado bastante na conquista dos
direitos das mulheres, no dia-a-dia a cultura machista as mídias e até mesmo a própria família.
ainda é dominante. É preciso entender que as mudanças
em direção à igualdade de gênero dependem da
articulação de políticas públicas, do fortalecimento da
legislação, do engajamento de instituições nacionais e
internacionais de promoção e garantia de direitos
humanos, entre outros. Mas é fundamental o esforço
educativo na disseminação de valores de igualdade e
respeito. No e-book anterior relamos diversas situações
em que há abuso de poder relacionado ao gênero, como
a sobrecarga das tarefas domésticas para as meninas, a
subnotificação da violência sexual contra meninos, o
abuso sexual e relacionamentos abusivos sofridos por
menina e, como consequência disso, o constante medo
de serem agredidas em qualquer espaço tanto público
quanto privado e ainda os casamentos infantis sofridos
também por meninas.
empoderamento E NOVAS
Por isso, discutir gênero nos
espaços educativos e também
nas instituições escolares é
importante e urgente: afinal, o
papel do ambiente escolar e da
família é preparar a criança e o
adolescentes para a vida e
promover a cidadania e a
responsabilidade social.

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Vários estudos sobre a desigualdade no tratamento de
meninas e meninas dentro do ambiente doméstico
mostra que elas passam mais tempo realizando tarefas
domésticas enquanto os meninos têm mais liberdade
para brincar e sair de casa. Muitos estudos também
O Caderno Empoderamento de Meninas (2015) destaca demonstram o controle parental sendo exercido mais
que o trabalho doméstico revela como as famílias frequente sobre as meninas, provavelmente visando a
atribuem papéis culturais distintos e bem delimitados adiar o início da vida sexual e o aumento das cobranças
para homens e mulheres, que se não forem e exigências em relação às atividades domésticas. Esse
desconstruídos tendem a ser reproduzidos em outras gráfico da Plan Internacional mostra como as meninas
gerações (ANDREUCCI; TEIXEIRA, 2011). Em uma se sentem em relação ao tempo para brincadeiras:
pesquisa apresentada nessa publicação de Santos, Silva
e Barbieri (2014), as diferenças das condições e das
possibilidades oferecidas aos irmãos meninos em
relação às meninas foi o principal motivo de
ressentimento das participantes nas questões de gênero
dentro de casa. Para elas, tais diferenças se revelam no
que é permitido às meninas e aos meninos em termos de
diversão, lazer e relacionamentos afetivos. As meninas
relatam que os irmãos têm muito mais liberdade para
sair e para se divertir sem pedir permissão para os
familiares e sem que estes regulem a hora de voltar e as
companhias, como fazem com as meninas.

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Esse infográfico apresenta os dados da
pesquisa “Trabalho Remunerado e
Trabalho Doméstico – Uma Tensão
Permanente”, realizada em parceria com o
Data Popular e SOS Corpo, dentro do
Projeto Mais Direitos e Mais Poder,
apoiado pela ONU Mulheres. O estudo
destaca a percepção feminina de como a
presença cada vez maior da mulher no
mercado profissional – trabalhando tantas
horas quanto os homens – não se refletiu
em uma divisão mais justa das tarefas
domésticas, nem na criação de políticas
públicas igualitárias.
Sabe-se que o cotidiano da família é
fortemente influenciado pela organização
de gênero que vigora para além do espaço
doméstico, abrangendo as relações
intrafamiliares. Mas, além da família,
existem outros agentes socializadores,
como veremos nas próximas páginas.

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Por isso mesmo é essencial
que educadores e educadoras
se conscientizem das questões
O espaço escolar é atravessado e delimitado pelas
de gênero e das relações de
questões de gênero. Na maioria das vezes, quando você
entra numa escola nota rapidamente que grande parte poder que elas envolvem, pois a escola
das professoras são mulheres, que geralmente quem pode ser tanto um espaço reforçador
cuida da segurança é um homem. Em algumas de todos os estereótipos e preconceitos
instituições, ainda há fila de meninos e meninas de gênero, como pode também
separadamente. No recreio as divisões também são ser ambiente profícuo para o
nítidas e quanto mais se aproxima da adolescência mais enfrentamento das violências de
visível isso fica: frequentemente meninas ficam gênero. Afinal, depois dos
conversando entre si e meninos vão para atividades dados apresentados
esportivas. Quantos professores homens de educação
no ebook anterior, é
infantil você já conheceu? Já reparou também que as
crianças mais próximas das professoras e ajudantes da
sala geralmente são meninas? Isso porque a
socialização da menina se encaixa no que é exigido
geralmente pelas escolas: docilidade e disciplina.
Contraditoriamente, os meninos são sempre os mais
indisciplinados e maioria no fenômeno de evasão
escolar, possuindo, por vezes, dificuldade em se adaptar
ao que é exigido pela escola. urgente empoderar meninas e
construir novas masculinidades.
Concordam? Vamos juntas(os)?

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Cabe aqui lembrar que esses padrões de beleza são
racistas ao estabelecerem uma beleza que, para ser
alcançada, demanda clareamentos de pele ou
alisamento de cabelos. Essa mesma mídia faz
manuais ensinando a agradar um homem na cama (e
até a fingir orgasmos), mas não ensinam as mulheres
a se satisfazerem sexualmente nem se lembram de
que não são todas as mulheres que são
Revistas e sites voltados para o público feminino, em sua heterossexuais ou têm uma vulva, como é o caso,
maioria, ensinam as mulheres a se enquadrarem em um respectivamente, das mulheres lésbicas e das
modelo bastante opressivo. Inventam que elas só devem transexuais. É possível perceber que na sociedade
se preocupar com assuntos sérios (como direitos) depois ocidental atual, o machismo e o capitalismo estão
que lutarem para obter corpos perfeitos, pois estes serão intimamente ligados.
o passaporte para se casar ou obter uma promoção no É preciso que os espaços educativos façam a crítica
emprego. Já, os conteúdos que se dirigem ao público e a reflexão sobre esses conteúdos veiculados pelas
masculino, exaltam o homem corajoso, forte, sexualmente mídias e redes sociais. É necessário principalmente
potente, valente e agressivo, além de bem sucedido divulgar e incentivar abordagens não machistas e
financeiramente. Para os homens, são estimuladas mostrar que é possível um mundo diferente, mais
habilidades de controle, poder e sucesso financeiro. Às diversificado e respeitoso em relação a direitos
mulheres cabem as habilidades domésticas, como humanos.
cozinhar, decorar o lar, administrar a limpeza de um lar
perfeito para dar prazer aos parentes, filhos e marido. Leia o texto completo aqui:
Para elas, a mídia cria “defeitos” estéticos para fazerem-
nas se sentirem inseguras, para que consumam produtos http://www.revistaforum.com.br/2013/01/09/midia-a-
que as ajudem a garantir uma proximidade aos padrões maior-propagadora-do-machismo/
de beleza estabelecidos.

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Os produtos culturais impõe um tipo ideal de mulher à sociedade, a todas às outras cabe a
marginalidade e a tentativa incansável de se atingir esta meta. A mensagem veiculada é unidirecional,
pois é impositiva por parte da mídia. A “verdadeira” mulher, portanto, está ligada à submissão, altruísmo,
abnegação, maternidade, família e ao homem. Tudo isso, sem abandonar o objetivo de ser bela.
Em nosso trabalho e estudos na Esola de Ser, temos observado que por volta dos 9 aos 11 anos as
meninas começam a perder a sua autoconfiança e respondem de forma rígida e cristalizada aos papeis
a elas determinados. Concomitantemente, há uma erotização compulsória que sofrem pela TV e
músicas. Isso pode ser facilmente observado pela abrangência que o termo “novinha” tem tido. Isso
pode gerar sofrimento psíquico devido às formas impostas de padronização do ser.

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A desigualdade de gênero em diferentes Muitas pessoas acreditam que defender os
espaços assume muitas formas, direitos de meninas e mulheres é defender
dependendo do contexto. Embora a que os homens percam os seus direitos,
desigualdade de gênero afete as meninas e mas isso não é verdade. Defender os
meninos, mulheres e homens, são as direitos de meninas e mulheres é defender
meninas e mulheres que estão mais que, assim como os homens, elas também
frequentemente em desvantagem. sejam respeitadas, valorizadas e tenham
acesso a oportunidades para um futuro
Entre os obstáculos no caminho das saudável e sem violências. Assim, defender
mulheres e meninas na capacidade de os direitos de meninas e mulheres nada
exercer o seu direito de participação na mais é do que defender que a sociedade se
sociedade, e de beneficiar da educação, torne mais justa, igualitária e pacífica
estão a pobreza , o isolamento geográfico, a
condição de minoria, deficiência, o
casamento precoce e a gravidez, a violência
doméstica e atitudes tradicionais sobre o
status e o papel das mulheres.

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A Fundação das Nações Unidas publicou 5 De acordo com a UNESCO, entre 1990 e 2009,
motivos que justificam a urgência de 2,1 milhões de crianças com menos de 5 anos
empoderar meninas no mundo todo e porque foram salvas devido à melhoria da educação
tantos esforços tem sido aplicados por das meninas. Se as demandas referentes ao
diferentes organismos internacionais de planejamento familiar fossem atendidas, 225
garantia de direitos de crianças e milhões de meninas e mulheres que querem
adolescentes. Confira: adiar ou evitar a gravidez, mas não estão
usando anticoncepcionais modernos, teriam
acesso a condições que reduziriam as mortes
1. É direito dela. maternas em 67% e as mortes de recém-
nascidos em 77%.
Fundamentalmente, empoderar meninas
trata-se de uma questão de direitos
humanos. A discriminação não tem lugar no 3. As meninas empoderadas são
século XXI, e todas as meninas têm o direito fundamentais para quebrar o ciclo de
de ir à escola, de se manterem à salvo da pobreza das famílias ao redor do mundo.
violência, de terem acesso a serviços de
saúde e de participar plenamente na sua Pesquisas da Brookings Institution descobriram
comunidade. que cada ano adicional de escola aumenta os
salários eventuais das mulheres em uma média
2. Meninas empoderadas significam de 12% - ganhos que ela investe de volta em
famílias mais saudáveis. sua família. As meninas educadas têm filhos
mais saudáveis, com melhores estudos e
Quando as meninas são educadas, salários mais altos - ajudando a quebrar o ciclo
saudáveis e capacitadas, as famílias são da pobreza.
mais saudáveis.

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4. Empoderar meninas é sobre direitos mulheres no mercado de trabalho fosse o
humanos mesmo que os homens, isso adicionaria 28
trilhões de dólares ao GDP global anual em
Investir em meninas é uma das coisas mais
2025.
inteligentes que podemos fazer para
promover um mundo mais saudável e Mas além dessas justificativas de atuação
próspero. Toda menina tem o direito de ser mais global, é preciso entendermos o
responsável pelo seu futuro e pelo seu impacto do empoderamento das meninas
destino, e temos a obrigação coletiva de nos espaços educativos. É através do
proteger os seus direitos e promover o seu empoderamento pessoal que diversas
bem-estar. mulheres estão vencendo barreiras
impostas pelos padrões sociais, por meio de
um maior conhecimento sobre as causas
femininas, da auto-estima, do sentimento de
5. As meninas fortalecidas fortalecem as coletividade e de reflexões sobre seus
economias. direitos.
De acordo com um novo relatório da É fundamental que que as meninas tenham
Brookings, "Aumentar o número de acesso a espaços que as ensinem a
mulheres que terminam o ensino secundário desconstruir o estereótipo da feminilidade
em apenas 1 por cento poderia aumentar o submissa e docilizada, entendo que elas não
crescimento econômico de um país em 0,3 precisam se adequar a nenhum padrão de
por cento." Além disso, um relatório recém comportamento, beleza e projeto de vida.
divulgado pelo McKinsey Global Institute
constatou que, se a participação das

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Parece que não, mas os meninos também É urgente educar meninos para que descubram
sofrem com a rigidez dos estereótipos de novas masculinidades, novas formas de se
gênero. Um exemplo é que muitos deles são relacionarem e se posicionarem no mundo,
vítimas e assistem à violência doméstica. para que se consiga de maneira eficaz diminuir
Contraditoriamente, por falta de modelos e os dados de violência doméstica, sexual e de
alternativas, acabam repetindo comporta- gênero.
mentos que outrora tanto lhes prejudicaram.
É preciso ensinar a eles que não precisam Educar um menino para não ser machista
ser agressivos ou territorialistas para serem pressupõe, antes de tudo, educarmos as
masculinos. pessoas adultas que cresceram nesse mesmo
contexto, que riram de piadas machistas, viram
Engolir o choro, provar que é “homem”, não os homens relaxarem depois do churrasquinho
poder expressar os medos, dissimular de domingo enquanto as mulheres lavavam a
sentimentos, cumprir ritos sociais agres- louça da família toda, que cresceram achando
sivos, mostrar-se valente, heróico, exercer o que as cantadas abusivas eram um elogio, que
controle, competir… tudo isso é uma carga julgaram as roupas e comportamento das
que para um menino é pesada sim. As mulheres que um dia sofreram violência sexual.
exigências sociais que os meninos cumprem
os afastam de sua humanidade, do potencial
de contribuírem para uma sociedade com
menos violência e mais igualdade entre os
gêneros.
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Sejam mães, pais, responsáveis, professores ou professoras, a educação
de meninos para a equidade de gênero é posterior a uma reflexão dos
próprios adultos responsáveis por ela, que, se tiverem a oportunidade,
podem desconstruir os valores com os quais foram socializados, a fim de
promover uma educação engajada que diminuirá a violência, como
dissemos antes.
É um trabalho que requer persistência, pois ao mesmo tempo que
ensinamos um menino que ele não precisa adotar certos tipos de
comportamentos para ser “homem”, ele também recebe uma série de
estímulos machistas vindos dos mais variados veículos como músicas,
filmes e até mesmo da família e amigos. Esses elementos são de grande
impacto em sua vivência.
As vantagens dessa educação para a igualdade são para todos. Até para a
próxima geração que terá pais (plural de pai) mais presentes na educação
dos filhos e um modelo de relação familiar mais saudável, com menos
violência doméstica. E quando dizemos que é pra todo mundo, queremos
dizer que a economia e desenvolvimento global estão intimamente ligados
à equidade de gênero. O próprio enfrentamento da pobreza depende
disso, como sugere o Fórum Econômico Mundial, que estabelece o
Ranking sobre Equidade de Gênero dos países do mundo. .

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8 COISAS QUE AS CRIANÇAS
DEVEM SABER SOBRE GÊNERO
Ninguém deve ser discriminado
por ser menina ou ser menino, do Não existem brinquedos de
mesmo modo que por questões menino e brinquedos de
de raça ou classe social. menina, ou coisas de menino
e de menina. Todo mundo
pode brincar do que gosta.
Meninas e meninos têm os
mesmos direitos. Em casa, na
escola, na quadra, em qualquer Tanto as meninas quanto os
lugar. meninos precisam de
cuidados. E cuidar – da casa,
das crianças, dos
O machismo é ruim para as animais, por
meninas e para os meninos exemplo – é algo
também, pois restringe a para todas as pessoas.
liberdade e o potencial das
pessoas.

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sobre
8 COISAS QUE AS CRIANÇAS
DEVEM SABER SOBRE GÊNERO

Meninos e meninas têm


direitos iguais de usar os espaços
públicos, de expressar seus
desejos e opiniões O machismo é ruim para
as meninas e para os meninos
também, pois restringe a
liberdade e o potencial das
Ninguém tem o direito de pessoas.
tocar o corpo delas sem
autorização. Cada criança é dona
de seu próprio corpo e precisa ter
autonomia sobre ele.

Lista construída colaborativamente em


workshop promovido pela Plan International
Brasil com educadores e pedagogos de SP.

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sobre
9 COISAS QUE SE DEVE EVITAR
NA EDUCAÇÃO das meninas e meninos
Dizer que homem não chora,
principalmente se o menino está
sentindo medo, dor ou
constrangimento. Todo ser humano Falar “seja macho” ou “aja
pode (e deve) chorar, com ou sem como homem”. Essas frases exigem
motivo aparente. Chorar não diminui o da criança que ela se comporte
valor do ser humano, nem é coisa com agressividade e uso de poder.
inerente à feminilidade. Porém, cada ser humano tem
características próprias e deveria
ter a possibilidade de se expressar
Dizer que quando um menino da maneira que lhe convier, com
belisca ou puxa o cabelo de uma liberdade.
menina é porque está apaixonado por
ela. Se você disser isso, está
naturalizando que amor pressupõe
violência.

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9 COISAS QUE SE DEVE EVITAR
NA EDUCAÇÃO das meninas e meninos

Dizer “segurem suas cabritas


que meu bode está solto”.
Deixar as tarefas domésticas Essa frase é a tradução da
somente para as meninas. Para limpar a cultura do estupro. Autoriza meninos a
casa, lavar roupa e cozinhar não precisa assediarem, avançarem o sinal, agirem
usar o órgão genital, apenas as mãos. E como pegadores, enquanto sugere que
mãos, meninos e meninas têm, não é meninas que não estiverem protegidas,
mesmo? Além disso, todos utilizam e podem ser pegas pelo bode com
sujam os ambientes da casa. Nada mais impulso sexual incontrolável. Não é à
justo todos participarem e ninguém toa que a sociedade, perante um caso
ficar sobrecarregado! de estupro, culpabilize a vítima ao
comentar de sua postura e sua
vestimenta, ao invés de se indignar com
o crime em si, cujo responsável é tão
somente o estuprador.

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9 COISAS QUE SE DEVE EVITAR
NA EDUCAÇÃO das meninas e meninos

Dizer que homem


Dizer que futebol é coisa de
tem que ser “cavalheiro” com as
homem ou que dançar é coisa de
mulheres. A real é que homens
mulher. As brincadeiras e esportes são
devem tratar as mulheres da
atividades lúdicas que a criança escolhe
mesma forma que devem tratar
simplesmente porque gosta. Para um
qualquer pessoa: com respeito e
bebê, qualquer objeto é fonte de prazer
gentileza.
para o brincar: uma garrafa pet, um
pote, um balão. Deixar que as crianças
experimentem atividades e tenham
novas experiências, aumenta o
repertório de amizades e satisfação
pessoal.

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sobre
9 COISAS QUE SE DEVE EVITAR
NA EDUCAÇÃO das meninas e meninos

Dizer para a menina que cozinha


“já pode casar”. Por que o ato de
Falar que meninas devem “se dar o
cozinhar deve estar vinculado ao
respeito”. Já parou pra pensar que
matrimônio e à função de uma
nunca falamos que “menino deve se
esposa? Hoje em dia, quando
dar o respeito”? É porque
alguém cozinha um quitute na
entendemos que respeito é algo que
Escola, falamos: “ah, já pode
já é deles por direito. Da mesma
estudar fora” ou “nossa! já pode
forma, mulheres e meninas não
cozinhar para os amigos!” ou ainda
precisam se dar o respeito porque
“uau, pode morar sozinho(a)
ele já é delas e está garantido por lei.
hein?”.

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Vamos E NOVAS
sobre
orientam o que cada faixa-
etária deve saber e refletir
sobre o tema, como veremos
na tabela a seguir:

A publicação da UNESCO “Orientação técnica


internacional sobre educação em sexualidade: uma
abordagem baseada em evidências para escolas,
professores e educadores em saúde” é um guia que
elenca diretrizes para o trabalho de educação para a
sexualidade de crianças e jovens da faixa etária de 5 a
18 anos. Dentre as áreas organizadas pelo guia, o tema
gênero é destacado como conteúdo fundamental a ser
desenvolvido nos espaços educativos, com o objetivo de
propiciar a compreensão sobre o assunto e discutir como
as normas sociais de gênero limitam as vivências de
homens e mulheres. Assim, o guia destaca conceitos-
chave que

empoderamento E NOVAS
5 a 8 anos 9 a 12 anos 12 a 15 anos 15 a 18 anos
• Famílias, escolas, amigos, • As normas sociais e culturais • Os estereótipos de gênero • Estereótipos de gênero
meios de comunicação e a influenciam as expectativas de gênero. influenciam de forma negativa prejudicam a vida de homens
sociedade são fontes de • Estereótipos de feminilidade a vida das pessoas. e mulheres.
aprendizado sobre normas e associam às mulheres características • Os valores pessoais muitas • Existe um amplo
expectativas de gênero. como passividade, afetividade, vezes reforçam o preconceito, a entendimento de que a
• As atividades exclusivas fragilidade, emotividade e habilidade discriminação e a violência de orientação sexual e a
para meninos e meninas são para cuidar. gênero. identidade de gênero são
impostas pela cultura e • Estereótipos de masculinidade • A igualdade de gênero influenciadas por muitos
podem ser alteradas. associam aos homens características promove uma tomada de fatores.
• As tarefas domésticas como agressividade, força, decisão equânime em relação • Existem diferentes formas
cotidianas, de maneira geral, objetividade, racionalidade, ao comportamento sexual e ao de ser homem e mulher.
podem ser executadas por competitividade e habilidade para a planejamento reprodutivo. • A desigualdade de gênero
homens e por mulheres. vida pública. • Padrões de comportamento pode aumentar o risco de
• Meninos e meninas podem • Os estereótipos relacionados ao diferentes e desiguais às vezes coação, abuso e violência
participar igualmente das feminino e ao masculino limitam as são aplicados a homens e sexual.
mesmas brincadeiras e vivências de homens e mulheres. mulheres.
jogos. • Existem desigualdades de gênero em
• Existem diferentes formas famílias, relacionamentos amorosos,
de ser menina e menino. amizades, comunidades e sociedade.
• Todas as pessoas são responsáveis
por superar a desigualdade de gênero.
• Os direitos humanos promovem a
igualdade entre todas as pessoas.

“Orientação técnica internacional sobre educação em sexualidade: uma abordagem baseada em evidências
para escolas, professores e educadores em saúde” UNESCO - 2015

empoderamento E NOVAS
No próximo e-book, vamos sugerir materiais, livros e
pensar sobre situações cotidianas que podem promover
uma educação não-machista. Vamos continuar? Ah, se
você tem NETFLIX, assista The Mask You Live In. É um
documentário incrível que mostra como a masculinidade
vigente está prejudicando o desenvolvimento dos
meninos e das meninas.

Vamos sobre

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