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POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (PNMA) – LEI Nº 6.

938/81

Introdução:

A Política Nacional do Meio Ambiente é uma lei que define os mecanismos e


instrumentos de proteção do meio ambiente no Brasil. Tal legislação é anterior à Constituição
de 1988, apesar de ter sido prevista nos incisos VI e VII do artigo 23 e no artigo 225 da Carta,
em que, neste último, se coloca que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao
Poder Público e à coletividade o dever de defende-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações”. O texto que dispõe acerca da Política Nacional do Meio Ambiente é a Lei nº 6.938,
de 31 de agosto de 1981. Ao todo, são 21 artigos, modificados por diversas leis desde a sua
criação.

1. Conceito:

A PNMA vem disciplinada pela Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 e foi


recepcionada pela Constituição Federal de 1988. É a referência mais importante na proteção
ambiental. Ela dá efetividade ao artigo Constitucional 225. O Direito que está preceituado
neste artigo é referente ao meio ambiente equilibrado simultaneamente ao dever de
responsabilidade, quando uma atividade gerar dano ambiental. Portanto, esse dispositivo
Constitucional, regulador do meio ambiente, determina o não uso indiscriminado de
determinado bem, quando sua utilização colocar em risco o equilíbrio ambiental.

A ação governamental objetiva a manutenção do equilíbrio ecológico, sendo certo que


o meio ambiente é um patrimônio público de uso coletivo e deve ser necessariamente
protegido. Por isso é que a preservação, a recuperação e a revitalização do meio ambiente há
de constituir uma preocupação do Poder Público e, consequentemente, do Direito, porque ele
forma a ambiência na qual se move, desenvolve, atua e expande a vida humana.

2. Objetivo:

A Política Nacional do Meio Ambiente tem como objetivo tornar efetivo o direito de
todos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, como prevê o princípio matriz contido
no caput do art. 225 da Constituição Federal. E por meio ambiente ecologicamente equilibrado
se entende a qualidade ambiental propícia à vida das presentes e das futuras gerações.

Além disso, viabilizar a compatibilização do desenvolvimento socioeconômico com a


utilização racional dos recursos ambientais, fazendo com que a exploração do meio ambiente
ocorra em condições propícias à vida e à qualidade de vida.

Na verdade, a Política Nacional do Meio Ambiente possui objetivo geral e objetivos


específicos, estando o primeiro previsto no caput do art. 2º da Lei nº 6.938/81. Dizendo que
Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação
da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no país, condições ao
desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da
dignidade da vida humana.

Dessa maneira, o objetivo geral da Política Nacional do Meio Ambiente está dividido em:

 Preservação,
 Melhoramento,
 Recuperação do meio ambiente.

Por sua vez, os objetivos específicos estão disciplinados pela lei em questão de uma forma
bastante ampla no art. 4º da Lei em comento:

Art. 4º – A Política Nacional do Meio Ambiente visará:

I – à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade


do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;

II – à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio


ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios
e dos Municípios;

III – ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas relativas


ao uso e manejo de recursos ambientais;

IV – ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnológicas nacionais orientadas para o uso


racional de recursos ambientais;

V – à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e


informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de
preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico;

VI – à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à utilização racional e


disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propicio
à vida;

VII – à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os


danos causados, e ao usuário da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins
econômicos.

Tanto o objetivo geral quanto os objetivos específicos conduzem à concepção de que a


Política Nacional do Meio Ambiente, ao tentar harmonizar a defesa do meio ambiente com o
desenvolvimento econômico e com a justiça social, tem como primeira finalidade maior a
promoção do desenvolvimento sustentável e como última finalidade maior a efetivação do
princípio da dignidade da pessoa humana.

3. Instrumentos:

Dos Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente mencionados no artigo 9º da


Lei n.º 6.938/81 e definidos nas Resoluções do CONAMA, é importante discorrer com mais
detalhes sobre os Padrões de Qualidade, o Zoneamento Ambiental, a Avaliação de Impacto
Ambiental, Estudo e Relatório de Impacto Ambiental, o Licenciamento Ambiental e a Auditoria
Ambiental, em que se pese não estar prevista na Política Nacional, é instrumento de aferição
financeira em relação ao controle ambiental.

3.1. Padrões de qualidade ambiental

Entre os instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, estão os Padrões de


Qualidade Ambiental (artigo 9º, I), que envolve a gestão dos componentes do meio ambiente,
que são a qualidade do ar, das águas e dos padrões de ruído. Veremos:
A Resolução do CONAMA n.º 5 de 1989, criou o Programa Nacional de Controle de
Qualidade do Ar (PRONAR), que estabelece os limites de poluentes no ar atmosférico, para
proteção à saúde. A Resolução n.º 3 de 1990 define poluente como qualquer forma de matéria
ou energia com intensidade e em quantidade de concentração que possam afetar a saúde.

Em relação às águas, a Resolução n.º 357 de 2005, classifica as águas em: doce, salgada
e salina. Esta classificação tem por objetivo dar destinação ao uso da água fixando os critérios
de uso, que são estabelecidos pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos. Quanto à
qualidade dos ruídos, a Resolução n.º 1 de 1990 do CONAMA, deu validade à NBR n.º 10.152
da ABNT, que avalia a intensidade dos ruídos em áreas habitadas, onde deverá ser obedecido
o interesse à saúde e ao sossego público.

3.2. Zoneamento ambiental

A intervenção estatal no domínio econômico procura organizar a relação espaço-


produção, regulando recursos, interferindo nas atividades, incentivando condutas, para
possibilitar o uso ordenado do território. O zoneamento ambiental (artigo 9º, II), é fonte
vigorosa do Poder Estatal.

Zoneamento consiste na repartição do território municipal à vista da destinação da


terra e do uso do solo, definindo, no primeiro caso, a qualificação do solo em urbano, de
expansão urbana, urbanizável e rural; e no segundo dividindo o território do Município em
zonas de uso.

3.3. Avaliação de impactos ambientais (A. I. A.)

Como instrumento da PNMA, o AIA tem caráter preventivo para assegurar que um
determinado projeto, possível de causar danos ambientais seja analisado, levando-se em
consideração as probabilidades de causar impactos ao meio ambiente e que o potencial dano
seja levado em consideração para o processo de aprovação de licença ambiental. Os
procedimentos devem garantir a adoção de medidas de proteção em caso de aprovação para
implantação do empreendimento.

Avaliação de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental previstos no


artigo 9º, inciso III, estão definidos na Resolução CONAMA n.º 237, artigo 1º, inciso III:

“Art. 1º Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições: [...]

III. Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais
relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou
empreendimento, apresentado como subsídio para a análise de licença requerida, tais como:
relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar,
diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada e análise
preliminar de risco.[...]

Art. 3º A licença ambiental para empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou


potencialmente causadoras de significativa degradação do meio dependerá de prévio estudo
de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente (EIA/RIMA), ao
qual dar-se-á publicidade, garantida a realização de audiências públicas, quando couber, de
acordo com a regulamentação”.

3.4. Estudo de impacto ambiental (EIA) e relatório de impacto ambiental (RIMA)

O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) foi instituído dentro da Política Nacional do Meio
Ambiente, por meio da Resolução CONAMA, n.º 001/86 de 23 de janeiro de 1986. É
documento técnico, onde são avaliadas as consequências para o ambiente decorrentes de um
determinado projeto. Nele encontram-se identificados e avaliados de forma imparcial e
técnica os impactos que um determinado projeto poderá causar no ambiente, assim como
apresentar medidas para minimizar os possíveis impactos.

O objetivo de se estudar os impactos é o de avaliar as consequências das ações, para


prevenir danos que o ambiente poderia sofrer devido à execução dos projetos. Está previsto
no artigo 225, § 1º, inciso IV da Constituição Federal e deve atender ao que exige a Lei da
Política Nacional do Meio Ambiente, que estão elencados no artigo 5º da Resolução CONAMA
n.º 001/86:

“Artigo 5º - O estudo de impacto ambiental, além de atender a legislação, em especial os


princípios e objetivos expressos da Lei de Política Nacional do Meio Ambiente, obedecerá as
seguintes diretrizes gerais:

I – Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização de projeto, confrontando-as


com a hipótese de não execução do projeto;

II – Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases de


implantação e operação da atividade;

III – Definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos,
denominada área de influência do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia
hidrográfica na qual se localiza;

IV – Considerar os planos e programas governamentais, propostos e em implantação na área


de influência do projeto, e sua compatibilidade.”

Como modalidade de avaliação ambiental o EIA é considerado um dos mais notáveis


instrumentos de desenvolvimento econômico-social, com a preservação da qualidade
ambiental.

Todas essas exigências para o EIA, são de suma importância e devem fazer parte do
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), para que não sejam levantadas possíveis nulidades.

O RIMA deverá ser divulgado, apresentando as conclusões para que sejam discutidas
junto à população em audiência pública, que permite o esclarecimento de dúvidas e a
apresentação de opiniões da sociedade, principalmente as pessoas do lugar afetado pelo
empreendimento.

A partir desse momento, o órgão ambiental fará sua manifestação a respeito da


atividade e de suas implicações, positivas ou não, e logo a seguir tomará a decisão da emissão
ou não da licença ambiental.

3.5. Licenciamento ambiental

O Licenciamento Ambiental já havia sido previsto na Lei n.º 6.938/81, em seu artigo 9º,
inciso IV, como um dos Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente. A Resolução
CONAMA 237/97, definiu que o órgão do SISNAMA é que verificará quando da necessidade
das licenças ambientais específicas de acordo com a natureza, características e peculiaridades
das atividades ou empreendimentos a serem realizados, que tenham potencial para interferir
no meio ambiente.

A própria Resolução n.º 237/97, traz em seu texto a definição de Licenciamento


Ambiental:
“Art. 1º - Para efeitos desta Resolução são adotadas as seguintes definições:

I – Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual ao órgão ambiental


compete licença e localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e
atividades utilizadora de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente
poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma possam causar degradação ambiental,
considerando as disposições legais e regulares e as normas técnicas aplicáveis ao caso”.

O Licenciamento Ambiental é ato complexo que envolve vários agentes e deve ser
precedido do EIA/RIMA, que constatará a significância do impacto que será causado pelo
empreendimento.

Na Resolução CONAMA, constam os tipos de Licenças Ambientais, que são: Licença


Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO). Estabelece ainda, que os
estudos necessários ao processo de licenciamento, deverão ser realizados por profissionais
habilitados. As despesas que envolvam os procedimentos ficarão a cargo do empreendedor.

Toda a atividade que possa gerar algum dano ao meio ambiente, terá como requisito o
licenciamento ambiental. Essas atividades estão elencadas nos anexos da Resolução CONAMA
n.º 237/97.

A ausência de licença caracteriza crime previsto na Lei n.º 9605/98, que dispõe sobre
as sanções penais e administrativas para as condutas lesivas ao Meio Ambiente. A
competência para a concessão das licenças ambientais é dos órgãos que compõem o
SISNAMA, descritos no artigo 6º, da Lei n.º 6.938/81.

3.6. Auditoria ambiental

Auditoria pode ser definida como um instrumento de verificação de condição


financeira de determinada instituição, desta forma, auditoria ambiental pode ser vista como
avaliação da gestão ambiental, ou seja, de seu comportamento em relação ao meio ambiente.
Ela é uma consequência da qualidade utilizada pela empresa (pública ou privada), que busca a
certificação de sua gestão. No entanto não está determinada como instrumento pelo artigo 9º
da Lei de Política Nacional do Meio Ambiente. Porém, tendo em vista uma gama de
instrumentos nacionais que visam a proteção dos bens ambientais, a auditoria ambiental deve
seguir os direitos e deveres determinados pela legislação pátria, para que sejam alcançados os
fins a que se destinam.

Pode-se verificar que as auditorias ambientais são realizadas por diversos motivos, não
somente como anteriormente para assegurar adequação às leis ambientais, evitando punições
ou imposições de indenizações. São hoje recomendadas em caráter regular e sistemático com
a finalidade de auferir o desempenho ambiental das instituições públicas ou privadas, haja
vista a imagem veiculada dos produtos e serviços fazer frente à população.

Em alguns Estados as auditorias ambientais são obrigatórias e utilizadas pelo setor


público, como instrumento de ação, controle e apoio para concessão de licenças ambientais,
por meio da contratação de empresas privadas para sua realização. Os Estados do Rio de
Janeiro (Lei n.º 1.898/91); em Minas Gerais (Lei n.º 15.017/04); Paraíba (Portaria n.º 04/04);
dentre outros.

Para que a PNMA tenha consistência, é necessário que seus instrumentos sejam peças
práticas e desempenhem seus papéis específicos. Os instrumentos foram criados, acreditando-
se ser o caminho a trilhar para a consecução da finalidade da política nacional que é a
sustentabilidade ambiental. Resta verificar se esses instrumentos são deveras eficazes.
Conclusão:

Com a finalidade de controle de fiscalização das atividades potencialmente poluidoras,


a Politica institui a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA), conferido pelo IBAMA,
essa taxa é devida pelos estabelecimentos e os valores fixados em lei e devidos de acordo com
o porte da empresa, ou seja, microempresa e empresa de pequeno porte, empresa de médio
porte (receita bruta anual superior a R$ 1.200.000,00 e igual ou inferior a R$ 12.000.000,00),
empresa de grande porte (receita bruta anual superior a R$ 12.000.000,00). Com base no
artigo 225 da Constituição Federal de 1988, a Lei 6938/1981 destaca, em todo seu conteúdo,
menciona formas de obter o ambiente equilibrado nos quais todos têm direito de forma que
possa minimizar impactos ao meio ambiente causados direta ou indiretamente pelo homem.

Referências

INFOESOLA. Política nacional de meio ambiente . Disponível em: < www.infoescola.com/meio-


ambiente/politica-nacional-de-meio-ambiente/amp/ >. Acesso em: 10
dez. 2017.JUSBRASIL. Política nacional do meio ambiente (pnma) - lei nº 6938/81 conceito,
objeto e instrumentos. . Disponível em:
< https://nathymendes.jusbrasil.com.br/noticias/321528492/politica-nacional-do-meio-
ambiente-pnma-lei-n-6938-81 >. Acesso em: 10 dez. 2017.PORTAL EDUCAÇÃO. Resumo
descritivo da Política Nacional de Meio Ambiente - Lei 6938/1981 . Disponível em:
< https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/cotidiano/resumo-descritivo-da-
politica-nacional-de-meio-ambiente-lei-6938-1981/23871 >. Acesso em: 10 dez. 2017.

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