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QUEBRANDO A BANCA – RECEITA FEDERAL

Língua Portuguesa

Sumário

INTRODUÇÃO.............................................................................................3
LÍNGUA PORTUGUESA..................................................................................5
ESPANHOL ............................................................................................... 11
RACIOCÍNIO LÓGICO-QUANTITATIVO........................................................... 15
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA............................................................. 21
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................... 29
ANÁLISE SISTEMÁTICA – QUESTÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL............... 38

DIREITO ADMINISTRATIVO......................................................................... 40
ANÁLISE SISTEMÁTICA – DIREITO ADMINISTRATIVO..................................... 44
DIREITO TRIBUTÁRIO................................................................................ 46
DIREITO PREVIDENCIÁRIO......................................................................... 51
AUDITORIA............................................................................................... 55
CONTABILIDADE GERAL E PÚBLICA ............................................................. 59
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA FEDERAL............................................................. 75
COMÉRCIO INTERNACIONAL E LEGISLAÇÃO ADUANEIRA................................ 79

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INTRODUÇÃO
Futuro servidor da Receita Federal do Brasil,

Quando o concurso público é para a área fiscal de âmbito federal, a banca sempre
foi, é e será a Escola de Administração Fazendária. A ESAF é órgão específico
singular subordinado diretamente ao Gabinete do Ministro de Estado da Fazenda
e está instalada em terreno próprio de 422.000 m², em área nobre do Distrito
Federal, localizada a 7 quilômetros do centro do poder da República. Trata-se,
Gabriel Granjeiro portanto, de um gigante em matéria de instalações voltadas exclusivamente para
Diretor-presidente seleção, formação, capacitação e atualização dos servidores que atuam nessa
importante atividade do governo brasileiro.
Sobre o autor:
Banca séria, extremamente profissional e das mais tradicionais na organização
Graduado em
de concursos públicos, a Escola de Administração Fazendária merece todo o
Administração e Marketing
pela Leonardo N. Stern nosso respeito. Merece, igualmente, a máxima dedicação de nossa equipe,
School of Business da New preocupada em conhecê-la bem e traduzi-la nos pormenores para os nossos
York University, fundador do amigos candidatos à carreira fiscal e tributária.
Gran Cursos Online e A ESAF se caracteriza pela metodologia peculiar e pelo formato próprio de
da GG Educacional. cobrança dos conteúdos nos concursos que organiza. Além disso, é possível
identificar nela algumas “manias”. Cientes disso, pensamos em uma forma de
oferecer a você, candidato ao concurso da Receita, algumas informações que
podem fazer a diferença no dia da prova. Nossos mestres avaliaram os últimos
certames – 2005, 2009, 2012 e 2014 – de Auditor-Fiscal e de Analista-Tributário
da Receita Federal do Brasil, para, em seguida, traduzir em números, gráficos,
dados e comentários a forma como a ESAF se comporta em relação aos
disputados concursos dessa área.
Desde logo, fica a primeira constatação: ao contrário do CESPE, seu principal
concorrente, a ESAF não pune o candidato descontando pontos por erros no
sistema “uma errada anula uma certa”. Todavia, costuma exigir nota mínima em
cada prova e nos grupos de provas.
É por essas e outras que recomendamos no mínimo três leituras do edital,
sobretudo da parte que explica os critérios de avaliação e de desempate para
definição da classificação final. Você precisa estar a par de cada uma das regras
do certame. É o mínimo. O fato é que não conseguimos vencer batalhas – e, ao
fim e a cabo, uma guerra – se não conhecemos bem o nosso inimigo; se não
sabemos quais são suas fraquezas e suas virtudes, seus pontos negativos e
seus pontos positivos.
Com isso em mente, a equipe do Gran Cursos Online presenteia você, candidato
amigo, com este e-book. Nele, reunimos informações e dados sobre a ESAF que
farão toda a diferença para você se sair bem na prova. Para elaborar o material
nele contido, nossos experientes professores quebraram aquela banca. Sem
falsa modéstia, podemos afirmar que o material é de grande riqueza de detalhes
e contém uma análise rara e de extrema utilidade.

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O intuito do nosso minucioso trabalho é oferecer o maior número de subsídios para


que você seja capaz de elaborar o seu próprio plano de batalha para conquistar a
sonhada vaga como Auditor ou Analista-Tributário da Receita Federal.
Leia com atenção os comentários e as dicas dos nossos professores:
- Clayton Natal, de Língua Portuguesa;
- Joyce Asevedo, de Espanhol;
- Josimar Padilha, de Raciocínio Lógico, Matemática Financeira e Estatística;
- Bruno Eduardo, de Administração Geral e Pública;
- Aragonê Fernandes, de Direito Constitucional;
- Rodrigo Cardoso, de Direito Administrativo;
- Liziane Meira, de Direito Tributário;
- Carlos Mendonça, de Direito Previdenciário;
- Marcelo Aragão, de Auditoria;
- Claudio Zorzo, de Contabilidade Geral e Pública;
- Vilson Cortez, de Legislação Tributária Federal; e
- Liziane Meira, de Comércio Internacional e Legislação Aduaneira.

Nosso desejo é que este material lhe seja muito útil e o ajude a conquistar
preciosos pontos na próxima prova do concurso da Receita Federal.
Nós, aqui, do Gran Cursos Online, esperamos que, passada a prova, você possa
retornar à nossa coluna Cheguei lá para contar a sua experiência de aprovação
e de felicidade por ter conquistado a estabilidade financeira.

Deseje, mentalize, trabalhe, conquiste!


Vamos juntos até a posse!

Gabriel Granjeiro
Diretor-Presidente do Gran Cursos Online e da GG Educacional

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Língua Portuguesa

LÍNGUA PORTUGUESA

Para vencer qualquer batalha, é necessário conhecer detalhadamente o oponen-

te. Aqui, no Quebrando a Banca, ajudaremos você a compreender as idiossincrasias

da ESAF. Vamos conhecer, sobretudo, as manias do nosso inimigo. Chamamos de

“manias” aquelas abordagens que são cobradas reiteradas vezes em provas. As

provas elaboradas por essa banca possuem características muito particulares que

as diferenciam das provas produzidas por outras instituições. As questões são bas-

tante extensas; todavia, não se assuste, pois a maioria das abordagens não exige

do candidato conhecimento profundo de Língua Portuguesa. Vocês já ouviram falar

daquela expressão “só tem tamanho”. É exatamente assim (risos). Por exemplo,

aquelas temíveis questões que cobram do candidato a alternativa gramaticalmente

correta são bastante extensas e exigem do candidato muita atenção, pois, nesse

tipo de questão, temos de estar atentos a qualquer aspecto gramatical.

No entanto, como dito anteriormente, para detectar os erros gramaticais desse

tipo de abordagem, você não precisa de conhecimento profundo; mas precisa de

bastante treino e atenção. Falamos em treino, porque, ao resolver várias provas,

você notará que os tipos de erros se repetem. A abordagem que comentarei abaixo

se repetiu seis vezes na última prova para Auditor da Receita/2014 e sete vezes na

penúltima prova para Auditor da Receita/2009. Observe:

(ESAF/AUDITOR-FISCAL/2014)

Os trechos abaixo constituem um texto adaptado. (Acesso em 17 de março de 2014)

Assinale a opção transcrita de forma gramaticalmente correta.

a) No transcorrer da história, desde os escritos de Aristóteles, passando por Políbio,

depois Locelo, Russeau e Montesquieu, sempre houve a preocupação de limitação do

poder para a construção de um governo moderado, em que há um contraponto dentro

do próprio exercício da soberania, de modo a mantê-la dentro de algumas balizas.

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Língua Portuguesa

b) Desta forma, o poder de tributar nada mais é que um aspecto da soberania

estatal, ou uma parcela desta. Neste contexto, antes, a tributação era realizada

de modo tirânico: o monarca, que reinvindicava a soberania para si, “criava” os

tributos e os súditos deviam suportá-los, sem qualquer garantia ou possibilidade

de resistência.

c) O Estado é entidade soberana. No plano internacional representa a nação em

sua relação com as outras nações, e, no plano interno, têm o poder de governar

todos os indivíduos que se encontrem em seu território. Logo, a soberania é um

poder que não reconhece outro que lhe seja superior, e no exercício dessa sobera-

nia, ele exige que os indivíduos lhe forneçam os recursos de que necessita: institui

tributos.

d) Neste contexto, o constitucionalismo pode ser concebido como movimento ide-

ológico e filosófico que pregam a limitação do poder para a garantia de direitos,

tendo reformulado, na evolução histórica, a concepção de Direito e de Estado, o

que haveria de repercutirem no poder de tributar.

e) Conforme foram sagrando-se vitoriosos, os movimentos constitucionais, atra-

vés do constitucionalismo clássico e da evolução do Estado, a tributação também

se altera, a exemplo das contribuições, que são tributos que somente se justificam

na compreensão de um Estado Social intervencionista, em que a uma consolidação

da máquina pública para propiciar prestações positivas aos cidadãos.

COMENTÁRIOS

Agora, para não me estender muito, apontarei somente um erro em cada alter-

nativa para mostrar-lhe que é possível gabaritar prova. Então, vamos lá!

a) Texto correto

b) Há um erro de grafia no vocábulo “reinvindicava”. O correto é reivindi-

cava. Cuidado! Geralmente, os erros de ortografia passam longe dos nossos

olhos. Só para registrar: esse erro já apareceu em provas repetidas vezes.

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Língua Portuguesa

c) Nesta alternativa, identificamos erros de concordância. Comento aqui o

primeiro: a forma verbal “têm” deve ser flexionada na terceira pessoa do

singular (tem) para concordar com o sujeito “O Estado”.

d) Há novamente erros de concordância. Aponto o primeiro: deve-se subs-

tituir a forma verbal “pregam” por prega a fim de que a concordância seja

estabelecida com o referente do pronome relativo “que” (movimento ideoló-

gico e filosófico).

e) Agora identificamos nessa alternativa um erro de pontuação. Vocês já ou-

viram falar que não se separa o sujeito do predicado. Dessa forma, a vírgula

imediatamente após o vocábulo “vitoriosos” está gramaticalmente incorreta.

Falei que apontaria apenas um erro por alternativa, mas não resisti (risos).

Então, vamos ao outro erro: no trecho “em que a uma consolidação da má-

quina pública…”, o vocábulo “a” deve ser substituído por há.

Você notou que, apesar de as alternativas serem longas, os erros não envol-

vem regras complexas. É fato que, para que você constate os erros gramaticais,

precisará treinar muito, como o jogador de futebol que é o batedor de faltas de um

time. Ele treina bastante, até a exaustão. Isso o levará à “perfeição”. Meu caro,

advirto: a prova da ESAF não é difícil, como muitos dizem por aí. Ela é, sim, traba-

lhosa. Podemos dizer, também, que é uma das instituições mais coerentes. Sempre

digo que a coerência, na maioria das vezes, anda com a previsibilidade. Então, em

razão dessa previsibilidade da banca, é importante que você resolva provas exaus-

tivamente como aquele jogador que se aperfeiçoa no treinamento. Para facilitar a

sua preparação, fizemos uma análise das últimas provas da Receita Federal. Você,

a partir de agora, focará nos conteúdos mais cobrados. Lembre-se do que falei no

início: precisamos conhecer o nosso oponente. Então, mexa-se!

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Língua Portuguesa

ANÁLISE SISTEMÁTICA – ÁREA FISCAL

ANÁLISE SISTEMÁTICA – LÍNGUA PORTUGUESA

Coesão, Regência, Análise de


Provas Número de Compreensão Morfossintaxe coerência conjunções, fragmentos
Pontuação Crase
– Área – Ano questões e interpretação (aspecto geral) e correção pronomes (correção gra-
gramatical relativos matical)

Auditor-Fiscal –
Área tributária e
20 3 5 4 4 1 3 0
Aduaneira/
Ano 2005

Analista
Tributário/ 20 2 5 5 4 1 3 0
Ano 2009

Auditor-Fiscal da
Receita Federal/ 20 2 2 4 4 1 7 0
Ano 2009

Analista
Tributário / 20 1 2 6 6 2 2 1
Ano 2012

Auditor-Fiscal
da Receita 20 1 1 5 4 2 6 1
Federal/2014

Nível de dificuldade da prova.


Provas – Área – Ano
Escala de 1 a 3

Auditor-Fiscal – Área tributária e Adu-


02
aneira/Ano 2005 NÍVEL DE DIFICULDADE:
1. Média
Analista Tributário /Ano 2009 02
2. Difícil
Auditor-Fiscal da Receita Federal/ Ano
02 3. Muito difícil
2009

Analista Tributário /Ano 2012 02

Auditor-Fiscal da Receita Federal/2014 02

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Língua Portuguesa

IMPORTANTE!

Aspecto Geral (Morfossintaxe)


Neste grupo de questões, o examinador cobrará, em cada alternativa, o co-

nhecimento de diversos aspectos morfossintáticos (concordância, pontuação,

regência, crase, colocação pronominal).

Coesão, Coerência e Correção

Esse tipo de questão pede que o candidato aponte a sequência coesa e coe-

rente – e, em alguns casos, o candidato terá que se atentar, também, para

a correção gramatical.

Análise de Fragmentos (Correção Gramatical)

Agora, o examinador não especifica o conteúdo gramatical a ser cobrado.

Esse modelo de questão exige que o candidato esteja atento a qualquer tipo

de transgressão à norma culta. Esclareço: os erros mais comuns são de con-

cordância e pontuação.

Transcrevo um enunciado: “Assinale a opção em que o trecho do texto foi

transcrito de forma gramaticalmente correta”.

ANÁLISE GRÁFICA – LÍNGUA PORTUGUESA

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Língua Portuguesa

CLAITON NATAL
Bacharel e licenciado em Língua Portuguesa, é conhecido principalmente
por ser especialista em provas para concursos públicos. Já lecionou
em escolas, cursos pré-vestibulares e faculdades. Atualmente, atua em
preparatórios para concursos públicos e ministra cursos e palestras em
empresas, órgãos públicos e faculdades.

Autor

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Espanhol

ESPANHOL

Nós, os seres humanos, nos comunicamos através da linguagem, que é a ca-

pacidade que temos de expressar nossos pensamentos, opiniões e sentimentos. O

sistema de linguagem ou expressões utilizado por um mesmo grupo de um país ou

região é denominado idioma.

Assim constituem-se os diferentes idiomas que conhecemos hoje, através dos

quais cada grupo expressa sua cultura, seus costumes, seu pensamento e tudo o

que existe ao seu redor e em sua sociedade, com domínio e fluidez, o que possibi-

lita uma comunicação adequada.

A língua espanhola originou-se do Latim vulgar falado por parte da população

que constituía a Península Ibérica. Mais tarde, recebeu o nome de castellano (cas-

telhano) ou língua castellana (castelhana), porque o reino mais importante da pe-

nínsula ibérica era o reino de Castela. Nos dias de hoje, embora o nome ainda seja

referência, após a constituição da Espanha como nação e a tentativa de uniformizar

o idioma do país, a língua foi oficializada como “espanhol”. Isso significa que os dois

termos, espanhol e castelhano, servem para denominar o mesmo idioma.

Atualmente o espanhol é língua oficial nos seguintes países: Argentina, Bolívia,

Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, Mé-

xico, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico, República Dominicana, Uruguai,

Venezuela, além de língua oficial na Guiné Equatorial (por ter sido colônia Espanhola

na África), nas Filipinas (por terem sido colônia espanhola na Ásia) e na Espanha.

É a terceira língua mais falada no mundo em número de falantes. No Brasil, a

proximidade com as fronteiras de países hispanofalantes e o aumento das relações

comerciais impulsionadas pelo MERCOSUL levaram o governo a introduzir a língua

espanhola como oferta obrigatória nas escolas, por meio da Lei n. 11.161, de 05

de agosto de 2005.

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Espanhol

Sendo assim, a prova de espanhol pode ser o diferencial para a sua aprovação.

O domínio do vocabulário e da gramática te ajudarão a interpretar os textos de for-

ma eficaz, sem cair nas “pegadinhas” inteligentes que a banca costuma usar.

A ESAF tem por hábito colocar nas provas textos de jornais de grande circulação

na Espanha e nos países latino-americanos.

Fontes dos textos:

Prova de 2009: El Mundo, Excélsior, El Mercurio e El Nacional.

Prova de 2012: Cinco Días, El Universal e Ámbito.

Prova de 2014: El Espectador, El Mundo, El País e La República.

Os textos são dos três meses anteriores à aplicação da prova. No site

http://www.prensaescrita.com, você terá acesso aos links desses jornais online.

A maioria dos textos se refere à economia, por isso, é importante ler pelo menos

um por dia para se familiarizar com o vocabulário específico. Dica de leitura número

1: leia o texto com o dicionário aberto. A cada palavra desconhecida, busque no

dicionário o seu significado. Dica de leitura número 2: se o que você leu não fez

sentido mesmo que acredite saber o significado de todas as palavras, é possível

que você esteja diante de um ou mais falsos cognatos, os famosos falsos amigos

que tanto dificultam a compreensão do texto. Mais uma vez, é importante recorrer

ao dicionário e verificar a tradução de cada palavra.

A prova é composta de dez questões de múltipla escolha e apresenta de três a

cinco textos. Esses são curtos, mas de linguagem difícil, por isso é importante ler

bastante durante o período de preparação.

A ESAF costuma cobrar mais interpretação de texto, no entanto, haverá, pelo

menos, uma questão de vocabulário e uma de expressão idiomática ou gramática.

As “pegadinhas” mais usadas nas provas são de vocabulário. Veja um exemplo:

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Espanhol

En el texto se dice que la situación en España:

a) se parece a una barahúnda.

b) incluye factores diversos e interrelacionados.

c) es bien común.

d) está controlada.

e) se restringe a los bancos.

Nessa questão, se o candidato não souber o que significa a palavra barahúnda,

provavelmente a errará. Novamente a dica para fugir desse tipo de pegadinha é a

leitura prévia de textos relacionados à economia.

É importante ler o comando da questão, prestar atenção aos tempos verbais, ler

o texto mais de uma vez e eliminar os itens menos prováveis.

Leia bastante, só assim se aprende vocabulário de maneira eficaz; estude tam-

bém expressões idiomáticas, elas, sem dúvida, vão cair na prova.ja atento aos si-

nônimos presentes nos itens: a banca costuma colocar palavras sinônimas que são

totalmente diferentes do português.

ANÁLISE SISTEMÁTICA – ÁREA FISCAL

ANÁLISE SISTEMÁTICA – QUESTÕES LÍNGUA ESPANHOLA

Nº de Interpretação Nível de dificuldade da prova.


Provas – Ano Gramática Vocabulário
itens de texto Escala de 1 a 3

Auditor-Fiscal da Receita
10 6 2 2 3
Federal – 2009

Auditor-Fiscal da Receita
10 8 1 1 2
Federal/2012

Auditor-Fiscal da Receita
10 7 2 1 3
Federal/2014

NÍVEL DE DIFICULDADE:
1. Média
2. Difícil
3. Muito difícil

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Espanhol

Caro candidato, espero que essas dicas tenham sido úteis. No mais, tenho cer-
teza de que a prova de espanhol será pan comido, você vai tirar de letra.
No te olvides jamás de que el éxito está en ti.
Saludos!

ANÁLISE GRÁFICA - ESPANHOL

JOICE ASEVEDO
Graduada em letras e literaturas espanhola e hispano-americana pela
Universidade de Brasilia – UnB, com especializações em ensino de
Espanhol como língua estrangeira. Masteranda do curso Máster de Español
como Lengua Extrajera pela UIMP – Universidad Internacional Menéndez
Pelayo em Santander – Espanha. É também professora de Ensino Médio
e profissionalizante. Trabalha com classificação, elaboração e revisão de
provas e simulados do PAS, Enem e Vestibulares desde 2007. Foi professora
efetiva da SEDF de 2003 a 2012, além de coordenadora da equipe de
Autora
espanhol do Centro Educacional Leonardo da Vinci de 2007 a 2011.
Atualmente, leciona no Centro Educacional Sigma para alunos do Ensino
Médio e Fundamental e é Diretora de Marketing da Cooplem Idiomas.

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Raciocínio Lógico-Quantitativo

RACIOCÍNIO LÓGICO-QUANTITATIVO

Este artigo tem o objetivo de apresentar a você, leitor, uma análise sistemática

das disciplinas de Raciocínio Lógico-Matemático, Matemática Financeira e Estatísti-

ca, expondo os principais conteúdos exigidos nos concursos da área fiscal.

Após análise das últimas provas realizadas pela banca examinadora ESAF – Es-

cola de Administração Fazendária – responsável por esse processo seletivo há mais

de 20 anos, torna-se interessante buscar indícios comuns às diversas edições, para

que o aluno gran online possa, de maneira mais efetiva, se preparar e tornar-se

mais competitivo.

Nós, aqui do Gran online, com o intuito de “quebrar a banca”, isto é, entender

de maneira mais sistemática a estrutura e a essência dos assuntos exigidos pelos

examinadores e as habilidades necessárias que deverão ser inerentes aos nossos

alunos, aceitamos o desafio de “destrinchar” as últimas provas e apresentar, de

maneira estatística, os principais tópicos e suas relevâncias dentro de cada cargo.

Sabemos que não é fácil, e foi pensando em você que aceitamos o desafio de,

juntos, traçarmos estratégias fundamentadas nas provas já realizadas. Espero que

goste, uma vez que o sucesso é um sonho que desejamos compartilhar e alcançar

com você.

Os assuntos exigidos dentro de cada disciplina, segundo o edital, são:

1. Raciocínio Lógico-Quantitativo:

1. Estruturas Lógicas. 2. Lógica de Argumentação. 3. Diagramas Lógicos. 4.

Trigonometria. 5. Matrizes, Determinantes e Solução de Sistemas Lineares. 6. Ál-

gebra. 7. Combinações, Arranjos e Permutação. 8. Probabilidade. 9. Compreensão

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Raciocínio Lógico-Quantitativo

e elaboração da lógica das situações por meio de: raciocínio matemático (que en-

volva, entre outros, conjuntos numéricos racionais e reais – operações, proprieda-

des, problemas envolvendo as quatro operações nas formas fracionária e decimal;

conjuntos numéricos complexos; números e grandezas proporcionais; razão e pro-

porção; divisão proporcional; regra de três simples e composta; porcentagem);

10. Raciocínio sequencial; orientação espacial e temporal; formação de conceitos;

discriminação de elementos. 11. Geometria básica.

2. Matemática Financeira:

12. Juros Simples e Compostos, Taxas de Juros, Desconto, Equivalência de Ca-

pitais, Anuidades e Sistemas de Amortização.

3. Estatística:

13. Variáveis Aleatórias, Principais Distribuições de Probabilidade, Estatística

Descritiva, Amostragem, Teste de Hipóteses e Análise de Regressão.

As provas selecionadas para a realização da análise, segundo os cargos,

foram:

a) Auditor-Fiscal – Área tributária e Aduaneira/2005;

b) Analista Tributário/2009;

c) Analista Tributário/2012;

d) Auditor-Fiscal da Receita Federal/2014.

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Raciocínio Lógico-Quantitativo

ANÁLISE SISTEMÁTICA – ÁREA FISCAL

ANÁLISE SISTEMÁTICA – QUESTÕES ESTATÍSTICA

Inferencial – Medidas de
Descritiva –
Nº de Teste Hipóteses, Correlação e dispersão – Desvio
Provas – Área – Ano Medidas Índices Probabilidades
itens intervalo de Regressão padrão, Variância e
Centralidade
confiança. Covariância

Auditor-Fiscal –

Área tributária

e Aduaneira/ 07 2 2 1 1 1 0

Ano 2005

Analista Tributário/
02 0 0 0 1 1 0
Ano 2009

Auditor-Fiscal da

Receita Federal/ 06 1 0 0 1 1 3

Ano 2009

Analista Tributário/
01 0 0 0 0 1 0
Ano 2012

Auditor-Fiscal da
02 0 1 0 0 1 0
Receita Federal/2014

Nível de dificuldade da prova.


Provas – Área – Ano
Escala de 1 a 3

Auditor-Fiscal – Área tributária e


3
Aduaneira/Ano 2005
NÍVEL DE DIFICULDADE:
Analista Tributário /Ano 2009 2 1. Média
Auditor-Fiscal da Receita Federal/ 2. Difícil
3
Ano 2009 3. Muito difícil

Analista Tributário /Ano 2012 1

Auditor-Fiscal da Receita Federal/


3
2014

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QUEBRANDO A BANCA – RECEITA FEDERAL
Raciocínio Lógico-Quantitativo

Mas, então, a pergunta que nunca se cala é: o que devo estudar com mais afinco?
Para ajudá-lo nessa dúvida, fizemos uma relação de conteúdos relevantes se-
gundo as provas analisadas para cada um dos cargos abaixo:

1. Auditor-Fiscal da Receita Federal 2009 e 2014:


1.1. Quanto à disciplina de Raciocínio Lógico Matemático: a quantida-
de de questões é significante, com ênfase em geometria, lógica matemáti-
ca, álgebra linear, análise combinatória, probabilidade e diagramas lógicos.
1.2. Quanto à disciplina de Matemática Financeira: tivemos apenas
uma questão, nas duas edições, referente a fluxo de caixa.
1.3. Quanto à disciplina de Estatística: é importante, já que houve
ocorrências frequentes de questões de estatística inferencial: correlação e
regressão e teste de hipóteses.

2. Auditor-Fiscal/Área tributária e Aduaneira em 2005:

2.1. Quanto à disciplina de Raciocínio Lógico Matemático: não tive-

mos nenhuma questão nessa prova.

2.2. Quanto à disciplina de Matemática Financeira: a quantidade de

questões é significante, com ênfase em fluxo de caixa, capitais equivalen-

tes, taxas e financiamentos.

2.3. Quanto à disciplina de Estatística: a quantidade de questões é

significativa, ressaltando estatística descritiva (centralidade e dispersão),

teste de hipóteses, índices, correlação e regressão.

3. Analista Tributário 2009 e 2012:

3.1. Quanto à disciplina de Raciocínio Lógico Matemático: é impor-

tante devido à ocorrência de muitas questões envolvendo geometria, es-

truturas lógicas, lógica matemática, inferências lógicas, análise combinató-

ria e probabilidade.

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QUEBRANDO A BANCA – RECEITA FEDERAL
Raciocínio Lógico-Quantitativo

3.2. Quanto à disciplina de Matemática Financeira: temos poucas


questões nas duas edições, apenas 02 itens referentes a juros simples e
descontos.
3.3. Quanto à disciplina de Estatística: também poucas questões envol-
vendo correlação, regressão e medidas de dispersão.

Acreditamos que, tendo consciência dos conteúdos mais frequentes nos pro-
cessos, podemos direcionar melhor os nossos estudos. É notável que o nível de
dificuldade referente às provas de Auditor apresentou-se superior às de Analistas.
É isso aí, caro aluno. Estamos convencidos de que artigo poderá oferecer uma
análise de grande valia em sua preparação.
Bons estudos e contem sempre conosco. Um abraço!

ANÁLISE GRÁFICA - RACIOCÍNIO LÓGICO-QUANTATIVO

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Raciocínio Lógico-Quantitativo

JOSIMAR PADILHA
Professor do Gran Cursos Online. Ministra aulas presenciais,
telepresenciais e online de Matemática Básica, Raciocínio Lógico,
Matemática Financeira e Estatística para processos seletivos em
concursos públicos estaduais e federais. Além disso, é professor de
Matemática e Raciocínio Lógico em várias faculdades do Distrito
Federal. É servidor público há mais de 20 anos. Autor de diversas obras
Autor e palestrante.

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QUEBRANDO A BANCA – RECEITA FEDERAL
Administração Geral e Pública

ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA

“No meio da dificuldade encontra-se a oportunidade.”


Albert Einstein

Olá, pessoal! Estamos aqui para ajudá-los neste grande desafio de gabaritar a

disciplina de Administração Pública. Utilizaremos as últimas provas realizadas pela

ESAF para cargos de carreira fiscal. O objetivo é demonstrar o quantitativo de cada

disciplina e direcionar os estudos sobre os assuntos abordados. Sempre digo que

Administração Pública não é difícil, e não será diferente com a prova da ESAF; mas

tenho que prepará-los para a realidade: é uma prova cansativa.

A disciplina de Administração Pública é algo mais recente nesse estilo de prova

e, em razão disso, o aluno deve se preparar também com outras provas elaboradas

pela própria banca. Recomendo utilizar como referência provas mais recentes, já

que, analisando as provas aplicadas às carreiras fiscais, encontramos 10 itens em

cada prova, no entanto, a disciplina de Administração foi encontrada apenas nas

mais atuais.

Em 2012, a ESAF abordou apenas Administração Geral, em 2014, porém, abor-

dou Administração Geral e Administração Pública. Nessa última prova, foram divi-

didos os itens em 5 questões para cada disciplina.

Considerando a baixa quantidade de questões, o candidato deve estar prepa-

rado para estilos de julgar os itens em verdadeiro ou falso e escolher a sequência

correta. Nessa abordagem, a ESAF consegue cobrar mais de um tema por questão,

por exemplo, colocando assertivas de Gestão de Projetos e Processos em um mes-

mo item.

Percebi que em ambas as provas foram abordados os temas de Funções da Ad-

ministração (que envolve Planejamento, Organização, Direção e Controle), além de

questões de Planejamento, de Controle e de Comunicação (Direção).

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Administração Geral e Pública

Essas são as funções básicas da Administração Geral, assim, recomendo um

reforço nos estudos, pois, caso o candidato possua apenas uma base, sentirá difi-

culdade na resolução dos itens, principalmente no que se refere ao Planejamento

Geral de uma organização.

Se considerarmos o edital de 2012, houve previsão do assunto de Gestão de

Pessoas e, por isso, um foco maior em temas como Motivação, Liderança, Compe-

tências e Comunicação, assuntos que atualmente são cobrados na função Direção.

Isso indica que as provas mais recentes estão deixando de cobrar Gestão de Pes-

soas para aprofundar o tema dessa função. Assim, eu enfatizo: estude as Funções

da Administração!

Em Administração Pública, é comum a abordagem da Evolução da Administra-

ção e do DASP. Apesar de as provas avaliadas não abordarem o DASP, consegui

identificar uma questão sobre a evolução da Administração Pública Brasileira (Pa-

trimonialista, Burocrática, Gerencial e Paradigma Pós-burocrático). Essas questões

tendem a ser exaustivas, porém, seu nível é médio/baixo. Lembre-se de estudar as

transformações do DASP e a evolução do Gerencialismo.

Outros assuntos que foram abordados e são fáceis de serem confundidos são

o de Governança, Governabilidade e Accountability. Por se tratarem de temas re-

lacionados, podem ser cobrados numa mesma questão. A ESAF, em nossa análi-

se, colocou um item para Governança e outro para Accountability. Sabemos que

a Accountability se relaciona com o Controle, então, percebemos que essa banca

“gosta” do tema Controle. Reforce a função Controle e Accountability, ainda mais

considerando os últimos acontecimentos, no Brasil, sobre o processo de impea-

chment em 2016. Ali podemos identificar os três tipos de Accountability: vertical,

horizontal e societal.

Ah, quase nos esquecemos: os Indicadores de Desempenho são critérios esta-

belecidos no Planejamento e executados pelo Controle. Aqui fizemos uma junção

dos temas, mas vale ressaltar que os Indicadores estão associados ao Controle.

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Administração Geral e Pública

Além das provas em análise, pesquisamos a prova aplicada ao concurso da FU-


NAI, em 2016, na qual também foram abordados temas de Administração Pública.
Verificamos referência ao Contrato de Gestão e Parcerias Público-privadas. Esses
temas podem ser obtidos com o PDRAE de Bresser Pereira. Também identificamos
menção direta ao Decreto-Lei n. 200, importante tentativa de reforma adminis-
trativa que trata de assuntos gerenciais. Em outra questão, foram abordados o DL
200/67, o DASP e o PDRAE (Gerencialismo).
Ainda na prova da FUNAI, verificamos uma questão para Accountability, uma
para Controle, uma para E-gov e outra sobre Processo Decisório. Isso confirma a
tese sobre a exaustão do tema de Controle. #ficaadica!
Para concluir, recomendamos sempre o estudo completo do edital e reforçamos
que, por mais que haja, numa mesma questão, apenas uma assertiva a ser julgada
sobre projeto, processo e comunicação, essa questão pode ser o diferencial para
você. Numa prova da ESAF, não é aprovado aquele que marca todas as questões,
mas aquele que marca o máximo delas com êxito. As questões de Administração
não são tão difíceis, são apenas cansativas e, vez por outra, de difícil interpretação.
Isso exige do aluno um preparo mais aprofundado sobre os temas.
Confira algumas questões que foram abordadas:

“Selecione a opção que melhor representa o conjunto das afirmações, consi-


derando C para a afirmativa correta e E para a afirmativa errada.
I – Objetivos estratégicos são afirmações amplas que descrevem
onde as organizações desejam estar no futuro.
II – O planejamento estratégico consiste no estabelecimento de
planos gerais que moldam o destino da organização.
III – O planejamento estratégico é realizado no nível operacional.”.

Comentário
Nessa questão, considerada fácil no âmbito da Administração, podemos per-
ceber o aprofundamento sobre o Planejamento Geral e os Níveis do Plane-
jamento.

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QUEBRANDO A BANCA – RECEITA FEDERAL
Administração Geral e Pública

“Considerando-se os modelos teóricos de administração pública: patrimonia-

lista, burocrático e gerencial, é correto afirmar que:

a) a Administração Pública burocrática acredita em uma racionalida-

de absoluta, pregando o formalismo, a rigidez e o rigor técnico.

b) a Administração Pública burocrática pensa na sociedade como um

campo de conflito, cooperação e incerteza, na qual os cidadãos defendem

seus interesses e afirmam suas posições ideológicas.

c) a Administração Pública burocrática prega a descentralização, com

delegação de poderes, atribuições e responsabilidades para os escalões in-

feriores.

d) a Administração Pública Gerencial é autorreferente e se concentra

no processo, em suas próprias necessidades e perspectivas, sem considerar

a alta ineficiência envolvida.

e) a Administração Pública Gerencial assume que o modo mais seguro

de evitar o nepotismo e a corrupção é pelo controle rígido dos proces-

sos com o controle de procedimentos.”

Na questão acima, podemos considerar as palavras destacadas como pala-

vras-chave de cada Administração.

Em resumo, muito reforço nas questões da ESAF e não deixe de aprofundar

nosso tema de Administração Geral e Pública. Estaremos juntos nessa missão de

verificar quais são os assuntos mais abordados pelas bancas e vamos rumo à apro-

vação, à sua aprovação!

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Administração Geral e Pública

ANÁLISE SISTEMÁTICA – ÁREA FISCAL

ANÁLISE SISTEMÁTICA – QUESTÕES ADMINISTRAÇÃO GERAL

Gestão Gestão
Provas – Nº de Planeja- Processo Teoria Gestão de Gestão de Indicadores de Comuni-
Liderança por de Controle
Área – Ano itens mento Decisório Motivacional Projetos Processos Desempenho cação
Competências Pessoas

Auditor-Fiscal –

Área tributária
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
e Aduaneira/

Ano 2005

Analista

Tributário/ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Ano 2009

Auditor-Fiscal

da Receita
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Federal/

Ano 2009

Analista

Tributário/ 10 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0

Ano 2012

Auditor-Fiscal

da Receita 5 1 1 0 0 1/2 0 1/2 0 0 0 1

Federal/2014

Nível de dificuldade da prova.


Provas – Área – Ano
Escala de 1 a 3

Auditor-Fiscal – Área tributá-


00
ria e Aduaneira/Ano 2005
NÍVEL DE DIFICULDADE:
Analista Tributário /Ano 2009 00 1. Média
Auditor-Fiscal da Receita 2. Difícil
00
Federal/ Ano 2009 3. Muito difícil

Analista Tributário /Ano 2012 02

Auditor-Fiscal da Receita
02
Federal/2014

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Administração Geral e Pública

ANÁLISE SISTEMÁTICA – ÁREA FISCAL

ANÁLISE SISTEMÁTICA – QUESTÕES ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Evolução
Provas – N. de Convergências
Accountability da Adm. Governança Ética
Área – Ano itens e Divergências
Pública

Auditor-Fiscal –
Área tributária e
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Aduaneira/
Ano 2005

Analista Tributário
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
/Ano 2009

Auditor-Fiscal da
Receita Federal/ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Ano 2009

Analista Tributário
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
/Ano 2012

Auditor-Fiscal da
Receita Federal/ 4 1/2 1/2 1 1 1 0 0 0 0 0
2014

Nível de dificuldade da prova.


Provas – Área – Ano
Escala de 1 a 3

Auditor-Fiscal – Área tributá-


00
ria e Aduaneira/Ano 2005
NÍVEL DE DIFICULDADE:
Analista Tributário /Ano 2009 00 1. Média
Auditor-Fiscal da Receita 2. Difícil
00
Federal/ Ano 2009 3. Muito difícil

Analista Tributário /Ano 2012 00

Auditor-Fiscal da Receita
02
Federal/2014

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Administração Geral e Pública

ANÁLISE GRÁFICA - ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA

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QUEBRANDO A BANCA – RECEITA FEDERAL
Administração Geral e Pública

BRUNO EDUARDO
Bacharel em Administração pela UnB e especialista em Gerência de
Projetos pela POSEAD. É administrador registrado no CFA/CRA-DF,
servidor público federal de cargo efetivo no Superior Tribunal Militar
desde 2005, exercendo a função de gestor do serviço médico. Além
disso, é professor efetivo em empresa de capacitação de servidores
públicos federais, estaduais, distritais e municipais, e também professor
Autor em preparatórios para concursos públicos no Distrito Federal desde
2005. Professor colaborador na ENAP – Escola Nacional de Administração
Pública, vinculada ao MPOG – Ministério de Planejamento.

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Direito Constitucional

DIREITO CONSTITUCIONAL

Olá, meu amigo!

Nesta edição do Quebrando a Banca, eu analiso com você as provas anteriores

dos concursos da Receita Federal, nos cargos de Auditor e Analista, além de traçar

um perfil da ESAF.

Estou na preparação dos candidatos para concursos públicos há dez anos. Fui

concurseiro durante outros dezesseis, mas já pendurei “minhas chuteiras”. Durante

todo esse tempo, convivi, como professor e como candidato a uma vaga, com as

mais diferentes bancas examinadoras.

Posso dizer, sem medo de errar, que entre as grandes (CESPE, ESAF, FCC,

FGV...), a ESAF é a que traz provas mais desafiadoras. Isso porque ela consegue

fazer uma mescla entre a Doutrina, a “lei seca” e, também, a Jurisprudência, o que

exige muita perspicácia daqueles que estão sendo examinados.

Chamo sua atenção, por exemplo, para a importância do conhecimento do texto

literal das normas, pois, muitas vezes, há trocas pontuais que confundem e alteram

o significado. No entanto, tudo isso é feito de forma sutil, de modo a não ficar na

cara, como vemos em provas elaboradas por outras instituições.

A cobrança da doutrina, em minha disciplina, não avança sobre pontos espinho-

sos, ficando mais nos temas pacíficos. Mas não se engane: há uma boa dose de

complexidade nas questões. Se não fosse assim, não seria ESAF...

Mas o ponto que mais me parece importante, sem dúvida, é o crescimento da

importância dada à jurisprudência, especialmente do STF – embora o STJ também

seja muito lembrado.

As questões relacionadas ao entendimento dos Tribunais giram em torno de jul-

gados sempre recentes e de repercussão, normalmente presentes nos Informativos

de Jurisprudência, divulgados periodicamente pelo próprio Tribunal.

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Direito Constitucional

Nesse ponto, destaco que o acompanhamento da jurisprudência renderá a você

bons frutos não apenas no constitucional, mas também nas outras áreas do Direito,

igualmente cobradas na sua prova.

Contudo, recebo regularmente queixas dos alunos dizendo que leem os Infor-

mativos, mas entendem pouca coisa, em razão da linguagem muito rebuscada. Eu

compreendo a queixa, pois ela é fundada, principalmente em relação ao STF, por

conta do uso excessivo do juridiquês.

Nos Informativos do STJ, de periodicidade quinzenal, temos uma linguagem

mais simples, com a tese destacada e em negrito logo no início do texto.

De todo modo, se eu puder dar um conselho a você, pediria para acompanhar

o site www.dizerodireito.com.br, pois eles decifram e traduzem os informativos de

maneira bem mais acessível.

Voltando especificamente para a ESAF, lembro que um fator será essencial para

a sua aprovação: a gestão de tempo. Digo isso atentando para a extensão dos

textos e dos cadernos de prova, capazes de complicar a vida até mesmo dos con-

curseiros mais calejados.

Para não passar apuros neste aspecto, recomendo fortemente que você treine

não só a resolução de questões separadas por assuntos ou disciplinas; é essencial

que você reproduza o ambiente do Dia D, enfrentando provas anteriores comple-

tas, de modo sério e profissional. Em outras palavras, desligue seu celular, coloque

uma garrafinha de água ao seu lado e faça as questões com toda a atenção, sem

consultar nenhum tipo de anotação ou gabarito. Separe algumas horas do seu dia,

saia de casa, vá a uma biblioteca. Cronometre o tempo, leve a sério!

Essas dicas ganham ainda mais relevo dentro de um cenário de vacas magras,

como o que estamos enfrentando. A seca na área dos concursos faz crescer o inter-

valo entre uma prova e outra. Quem quer se sagrar vencedor tem que se dedicar

um pouco mais.

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QUEBRANDO A BANCA – RECEITA FEDERAL
Direito Constitucional

Sei que é um clichê, mas adoro essa frase: “A diferença entre o ordinário e

o extraordinário está exatamente no EXTRA!”.

Não se contente em seguir a receita do colega ao lado. Abrace esse projeto com

empenho. Afinal, é o seu futuro e boa parte de seus sonhos que serão colocados

em xeque naquele dia.

Volto a falar: estou na preparação de candidatos para concursos há uma déca-

da. Nos cursinhos, já dei aula para turmas desde Módulo Básico até para exames de

alto rendimento na área de Direito – Magistratura, Ministério Público, Defensoria,

Cartórios etc.

Costumo dizer que os melhores candidatos, porém, estão nos concursos fora

da área do Direito, que buscam remunerações de dois dígitos, de preferência com

o primeiro começando na casa do 2 ou do 3...

Nessas disputas, há possibilidade de candidatos das mais diversas formações

concorrerem a pouquíssimas vagas. Ou seja, só passa quem é verdadeiramente

diferenciado. Aqui não há lugar para amadores!

Avançando sobre os editais passados de Analista, percebo um conteúdo enxu-

to demais para os padrões hoje exigidos. Acredito, sinceramente, que o próximo

exame para esse cargo traga, ao menos no Direito Constitucional, um conteúdo

programático bem mais extenso.

Se fosse para apostar, eu chegaria até o artigo 135 da CF. Sendo ainda mais

claro, trabalharia com a ideia de estudar desde os Princípios Fundamentais (artigos

1º ao 4º) até as Funções Essenciais à Justiça (artigos 127 a 135). Mais do que isso,

acredito que não seja o caso.

Você verá que na análise que fiz das provas anteriores, os Direitos e Deveres

Individuais e Coletivos (artigo 5º) se sobressaíram anos-luz como o assunto mais

cobrado. Ainda, o domínio dos Direitos e Garantias Fundamentais foi, de fato, fun-

damental.

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Direito Constitucional

Lembro também o destaque devido à Organização do Estado, em especial, à

repartição de competências (o famoso “Compete a tal Ente legislar sobre...”).

Agora, se sua meta for o concurso de Auditor-Fiscal, pode se preparar... Aqui é

que realmente se separam os homens dos meninos...

No direito constitucional, o edital é complexo – e a prova é ainda mais! Cobra-se

praticamente de um tudo, exigindo-se o domínio da Teoria da Constituição e boa

base em Controle de Constitucionalidade.

Dentro do texto constitucional, há um mix bem distribuído de questões. Merece

atenção a parte final da Constituição (Ordem Econômica e Social, artigos 170 a

232), normalmente deixada de lado pelos concurseiros tradicionais.

Mas não se esqueça: você está longe de ser um candidato qualquer!

Você é quem não esmorece só de ler o edital, como acontece com a esmagadora

maioria! Não é aquela pessoa que solta um “Deus me livre!” quando se depara com

Contabilidade, Economia, Tributário, Direito Interplanetário (já e já será cobrado…

rsrs).

Então, largue a preguiça de lado e comece “para ontem” a se dedicar com afinco,

de forma alentada, mas ciente de que estamos diante de um enorme desafio, a ser

vencido paulatinamente ao longo de vários e vários dias.

Não se contente em dar um gás apenas quando o edital estiver publica-

do! Isso é o ordinário! Você aprendeu que precisa fazer algo EXTRA para

ocupar, muito em breve, um CARGO EXTRAORDINÁRIO NA RECEITA FEDE-

RAL DO BRASIL!

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Direito Constitucional

ANÁLISE SISTEMÁTICA – ÁREA FISCAL

ANÁLISE SISTEMÁTICA – QUESTÕES DIREITO CONSTITUCIONAL

Princípios Direitos e Organização


Direitos Direitos políticos
fundamen- deveres do estado e
N. de sociais Nacionalidade e partidos polí- Adm. Pública
Provas tais individuais e Repartição de
itens (art. 6º a (art. 12 e 13) ticos (art. 37 a 41)
(art. 1º a coletivos competência
11) (art. 14 a 17)
4º) (art. 5º) (art. 18 a 36)

ANALISTA
10 1 6 1 1 1
2009

ANALISTA
12 0,5 6 1 1 0,5 2,5 0,5
2012

TOTAL 22 1,5 12 2 2 0,5 3,5 0,5

AUDITOR
20 1 2 1 0,5 0,5 1
2005

AUDITOR
10 0,33 1,5 0,5 0,5 0,5
2009

AUDITOR
10 1
2012

AUDITOR
9 1 2
2014

TOTAL 49 2,33 3,5 1,5 1 1 3 1

ANÁLISE SISTEMÁTICA – QUESTÕES DIREITO CONSTITUCIONAL

Ordem econômica
Funções essenciais Controle de
Legislativo Executivo Judiciário Defesa do Estado e financeira / Teoria da
Provas à Justiça Constituciona-
(art. 44 a 75) (art. 76 a 91) (art. 92 a 126) (art. 136 a 144) Ordem social CF
(art. 127 a 135) lidade
(art. 170 a 232)

ANALISTA

2009

ANALISTA

2012

TOTAL

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Direito Constitucional

AUDITOR
1 1 1 6 2 3
2005

AUDITOR
0,33 0,33 1 2 3
2009

AUDITOR
1 2 1 1 1 1 2
2012

AUDITOR
1 2 1 1 1
2014

TOTAL 3,33 3 4,33 2 1 8 5 9

Nível de dificuldade da prova.


Provas – Área – Ano
Escala de 1 a 3

ANALISTA 2009 01

ANALISTA 2012 02 NÍVEL DE DIFICULDADE:


1. Média
2. Difícil
AUDITOR 2005 03
3. Muito difícil
AUDITOR 2009 02

AUDITOR 2012 02

AUDITOR 2014 03

 Obs.: Quando aparecer fração significa que, na mesma questão de múltipla esco-

lha, foram cobrados dois (0,5 para cada) ou três itens (0,33 para cada).

Análise das provas vista por outro ângulo:

 Analista 2009:

1 – princípios fundamentais/direitos fundamentais

6 – art. 5º

1 – direitos sociais

1 – nacionalidade

1 – repartição de competências

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Direito Constitucional

 Analista 2012:

1 – princípios fundamentais/repartição de competências


6 – art. 5º
1 – repartição de competências/art. 5º/adm. Pública
1 – direitos sociais
1 – nacionalidade
1 – repartição de competências
1 – organização do Estado

Para ANALISTA,

22 questões, sendo:

– 2 sobre princípios fundamentais (artigos 1º a 4º);

– 12 sobre o artigo 5º;

– 2 sobre direitos sociais (artigos 6º a 11);

– 2 sobre nacionalidade (artigos 12 e 13);

– 3 sobre repartição de competências/organização do Estado (artigos 18 a 32);

– 1 sobre administração pública.

 Auditor 2014:

1 – princípios fundamentais
1 – judiciário – CNJ
1 – judiciário – competência dos tribunais
1 – controle de constitucionalidade
1 – funções essenciais à justiça – MP
1 – organização do estado
1 – poder legislativo – processo legislativo
1 – ordem econômica e financeira
1 – repartição de competências

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Direito Constitucional

 Auditor 2012:

1 – teoria da constituição – classificação das constituições


2 – controle de constitucionalidade
1 – poder executivo
1 – organização do estado
1 – judiciário (STF)
1 – poder executivo – conselhos de defesa e da república
1 – funções essenciais à Justiça – AGU
1 – legislativo – CPI
1 – defesa do estado e das instituições democráticas – estados de defesa e de sítio

 Auditor 2009:

1 – teoria da constituição – classificação das constituições


1 – teoria da constituição – poder constituinte
3 – controle de constitucionalidade
1 – legislativo/princípios fundamentais/judiciário
2 – direitos fundamentais – misturado
1 – remédios constitucionais
1 – ordem econômica

 Auditor 2005:

1 – teoria da constituição – variados temas


1 – teoria da constituição – poder constituinte
3 – controle de constitucionalidade
1 – princípios fundamentais
1 – Legislativo

1 – Executivo

1 – Judiciário

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Direito Constitucional

2 – art. 5º

1 – direitos sociais

1 – direitos políticos/nacionalidade

2 – ordem econômica/social

4 – ordem social

1 – administração pública

Para AUDITOR,

49 questões, sendo:

– 2 sobre princípios fundamentais (artigos 1º a 4);

– 7 sobre direitos e garantias fundamentais (artigos 5º a 17);

– 3 sobre organização do estado/repartição de competências (artigos 18 a 32);

– 1 sobre administração pública (artigos 37 a 41);

– 4 sobre poder legislativo (artigos 44 a 75);

– 3 sobre poder executivo (artigos 76 a 91);

– 4 sobre poder judiciário (artigos 92 a 126);

– 2 sobre funções essenciais à justiça (artigos 127 a 135);

– 1 sobre defesa do estado e das instituições democráticas (136 a 144);

– 8 sobre ordem econômica e financeira e ordem social (artigos 176 a 232);

– 5 sobre teoria da constituição;

– 9 sobre controle de constitucionalidade.

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Direito Constitucional

ANÁLISE GRÁFICA – DIREITO CONSTITUCIONAL

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Direito Constitucional

ARAGONÊ FERNANDES
Atualmente, atua como Juiz de Direito do TJDFT. Contudo, em seu
qualificado percurso profissional, já se dedicou a ser Promotor de
Justiça do MPDFT; Assessor de Ministros do STJ; Analista do STF; além
de ter sido aprovado em vários concursos públicos. Leciona Direito
Constitucional em variados cursos preparatórios para concursos.

Autor

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QUEBRANDO A BANCA – RECEITA FEDERAL
Direito Administrativo

DIREITO ADMINISTRATIVO

Atendendo a pedidos, seguimos com a série Quebrando a Banca. Desta vez,


foi realizada ampla pesquisa sobre as questões da Banca ESAF elaboradas para o
concurso da Receita Federal do Brasil (Auditor/Analista). Sabemos que a ESAF é a
mais conceituada e importante banca examinadora para a carreira fiscal. O presen-
te estudo tem como objetivo analisar as últimas provas para o concurso da Receita
Federal do Brasil aplicadas pela banca ESAF, a fim de identificar o que ela cobra em
matéria de Direito Administrativo, matéria básica em concursos públicos. Conside-
rado por muitos professores e alunos como um dos assuntos mais difíceis, o Direito
Administrativo tem mesmo algumas características que dificultam seu estudo: ele
não é codificado, compõe-se de inúmeras leis e atos normativos e se norteia por
muitos princípios; sem contar que sofre alterações com frequência. Em resumo, o
concurseiro precisa se esforçar muito para se manter atualizado e competitivo fren-
te aos demais candidatos.
Nosso objetivo é facilitar a sua vida! Queremos fornecer a você instrumentos
que lhe permitam direcionar os estudos para os assuntos que são, de fato, mais
explorados nas provas. Num primeiro momento, este trabalho em equipe será o
empurrãozinho que faltava para você conquistar a estabilidade financeira e o su-
cesso profissional. Em última análise, ele também ajudará este nosso imenso Brasil
a ter uma Administração Pública mais eficiente, isto é, totalmente voltada para Sua
Excelência o Senhor cidadão, que será usuário de um serviço público de qualidade.
Para o relato de hoje, nos debruçamos sobre os seguintes concursos organiza-
dos pela ESAF:
• Analista Tributário da Receita Federal do Brasil (2009);
• Analista Tributário da Receita Federal do Brasil (2012);
• Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (2014);

• Auditor-Fiscal (2009);

• Auditor-Fiscal (2005).

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QUEBRANDO A BANCA – RECEITA FEDERAL
Direito Administrativo

Depois de interpretar 33 questões extraídas de três provas, entregamos o resul-

tado a você. Esperamos que faça bom uso das informações.

As primeiras conclusões a que chegamos em nossa análise diz respeito à dis-

tribuição dos temas mais cobrados nas provas. Tal distribuição foi a seguinte: dis-

positivos constitucionais aplicados aos servidores públicos – Administração Pública

– arts. 37 a 41 da CF/1988: 7 itens; Lei n. 8.429/1992 – improbidade administra-

tiva: 2 itens; poderes administrativos: 6 itens; Lei n. 8.112/1990: 9 itens; organi-

zação administrativa do Estado brasileiro: 11 itens; atos administrativos: 11 itens;

Lei n. 9.784/1999: 5 itens; serviços públicos – Lei n. 8.987/1995: 4 itens; Lei n.

8.666/1993 e Lei n. 10.520/2002 – Lei do Pregão: 5 itens; bens públicos: 1 item;

Lei n. 12.527/2011: 2 itens; Decreto n. 6.170/2007: 1 item; Responsabilidade

Civil do estado: 3 itens.

Note que as leis básicas do Direito Administrativo (Leis n. 8.112/1990, n.

8.666/1993, n. 9.784/1999, n. 8.429/1992 e n. 12.527/2011) respondem por qua-

se 50 % de todas as questões abordadas nas provas que corrigimos como amostra.

Desse modo, é bom que você fique atento a essas Leis.

É sempre bom enfatizamos a importância da resolução do maior número possí-

vel de questões de provas anteriores aplicas pela ESAF. O treino leva o candidato à

retenção e ao domínio da técnica de feitura de provas, além de lhe conferir segu-

rança e rapidez na resolução da prova. Você deve aliar teoria e exercício, essa é a

receita para a sua aprovação.

Continue nos acompanhando, pois não o decepcionaremos. Bons estudos e

GRAN sucesso!

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Direito Administrativo

ANÁLISE SISTEMÁTICA – ÁREA FISCAL

ANÁLISE SISTEMÁTICA – DIREITO ADMINISTRATIVO

Administra- Organização
N. de ção Pública – Lei n. Poderes Admi- Lei n. administrativa Atos Admi- Lei n.
Provas – Área – Ano
itens art. 37 a 41 8.429/1992 nistrativos 8.112/1990 do Estado bra- nistrativos 9.784/1999
da CF/1988 sileiro

Auditor-Fiscal – Área
tributária e Adua- 20 2 0 3 4 4 5 0
neira/Ano 2005

Analista Tributário /
10 4 0 1 1 0 0 2
Ano 2009

Auditor-Fiscal da
Receita Federal/ Ano 10 0 1 1 2 1 2 1
2009

Analista Tributário /
10 0 1 0 1 1 1 1
Ano 2012

Auditor-Fiscal da
13 3 0 0 1 3 2 1
Receita Federal/2014

Nível de dificuldade da prova.


Provas – Área – Ano
Escala de 1 a 3
Auditor-Fiscal – Área tributária
02
e Aduaneira/Ano 2005 NÍVEL DE DIFICULDADE:
Analista Tributário /Ano 2009 02 1. Média
Auditor-Fiscal da Receita 2. Difícil
02
Federal/ Ano 2009 3. Muito difícil
Analista Tributário /Ano 2012 03
Auditor-Fiscal da Receita
02
Federal/2014

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Direito Administrativo

ANÁLISE SISTEMÁTICA – ÁREA FISCAL

ANÁLISE SISTEMÁTICA – DIREITO ADMINISTRATIVO

Lei n.
8.666/1993
Provas – N. de Serviços Públicos – Bens Lei n. Decreto Responsabilidade
e Lei n.
Área – Ano itens Lei n. 8.987/1995 públicos: 12.527/11 n. 6.170/07 Civil do Estado
10.520/2002 –
Lei do Pregão

Auditor-Fiscal –
Área tributária
1 0 0 0 0 1
e Aduaneira/
Ano 2005

Analista
Tributário/ 1 0 0 0 0 01
Ano 2009

Auditor-Fis-
cal da Receita
1 0 0 0 1
Federal/
Ano 2009

Analista
Tributário/ 1 2 0 1 1
Ano 2012

Auditor-Fiscal
da Receita 0 2 1 0 0
Federal/2014

Nível de dificuldade da prova.


Provas – Área – Ano
Escala de 1 a 3
Auditor-Fiscal – Área tributária
03
e Aduaneira/Ano 2005 NÍVEL DE DIFICULDADE:
Analista Tributário /Ano 2009 --- 1. Média
Auditor-Fiscal da Receita 2. Difícil
02
Federal/ Ano 2009 3. Muito difícil
Analista Tributário /Ano 2012 02
Auditor-Fiscal da Receita
---
Federal/2014

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Direito Administrativo

ANÁLISE GRÁFICA – DIREITO ADMINISTRATIVO

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Direito Administrativo

RODRIGO CARDOSO
Rodrigo Cardoso é graduado em Direito pela Universidade Católica
de Brasília e especialista em Direito Administrativo e Constitucional.
Ministra aulas de Direito Administrativo. Servidor do Tribunal Regional
do Trabalho da 10ª Região. Coautor do livro Direito Administrativo
Simplificado – 6ª Edição. Palestrante.

Autor
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Direito Tributário

DIREITO TRIBUTÁRIO

Como sabemos, a banca que elabora as provas para Analista e Auditor da Re-

ceita Federal é a Escola de Administração Fazendária (ESAF). Na maior parte das

questões da ESAF, devemos escolher uma dentre cinco assertivas. Algumas ques-

tões, inclusive nas provas de Direito Tributário, apresentam três ou quatro asser-

tivas, para o candidato verificar quais são verdadeiras ou falsas e então escolher

dentre cinco alternativas que combinam V (verdadeiras) e F (falsas). As questões

da ESAF normalmente são longas e detalhadas, o que, além de conhecimento,

exige concentração, agilidade na interpretação do texto e visão lógico-sistemáti-

ca da matéria e da própria prova. O que se alcança com estudo e, também, com

a resolução de muitas questões dessa banca. Cabe observar que as questões de

Previdenciário em algumas provas, como a de AFRFB/2014, estão incluídas em

Direito Tributário, mas em outras provas, como a prova AFRFB/2009, Previdenci-

ário constitui disciplina independente. Para não desequilibrar a análise, deixamos

todas as questões de Previdenciário no item “Seguridade social/previdenciário”.

Pudemos verificar que, afora o item de Previdenciário, a matéria mais cobrada foi a

relativa a princípios constitucionais tributários, inclusive nos aspectos doutrinários

e jurisprudenciais. Outro item bastante cobrado é a “Legislação Tributária”. Com

isso, observamos que é muito importante estudar com atenção os fundamentos

dessa matéria, tanto para se desenvolver em pontos mais específicos quanto para

responder as numerosas questões gerais e principiológicas da banca. Importante

ressaltar que a jurisprudência dos tribunais superiores, normalmente com questões

atuais, está presente em todas as provas e merece especial atenção do candidato.

Para o relato de hoje, analisamos os seguintes concursos da ESAF/RFB:

• AFRF 2005;

• ATRFB 2005;

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Direito Tributário

• AFRFB 2009;

• ATRFB 2009;

• AFRFB 2012;

• ATRFB 2012; e

• AFRFB 2014.

Ou seja, examinamos, interpretamos e traduzimos 7 provas, 135 questões e

574 assertivas.

ANÁLISE SISTEMÁTICA – ÁREA FISCAL

Análise sistemática – Questões de Direito Tributário

Questões Questões Questões Juris- Nível dificuldade


Provas/Cargo/Ano N. de Questões
Doutrinárias Literais (CF) prudenciais da prova (0 a 10)

AFRF 2005 20 4 15 1 4

ATRFB 2005 20 2 16 2 4

AFRFB 2009 20 5 12 3 5

ATRFB 2009 10 5 4 1 5

AFRFB 2012 30 10 15 5 6

ATRFB 2012 20 4 14 2 5

AFRFB 2014 15 6 6 3 5

• Administração tributária – 10;

• Aplicação da legislação tributária – 1;

• Contribuições – 7;

• Competência tributária – 18;

• Seguridade social/previdenciário – 79;

• Certidão Negativa – 5;

• CSLL – 15;

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Direito Tributário

• Dívida ativa – 11;

• Domicílio tributário – 5;

• Empréstimo compulsório – 5;

• Equidade 5;

• Extrafiscalidade – 5;

• Elisão fiscal – 5;

• Fato Gerador – 13;

• ICMS – 20;

• Imposto de importação – 12;

• Imposto de renda – 16;

• Imunidades – 15;

• IOF – 8;

• IPI – 15;

• IPTU – 13;

• Isenção, Anistia, não incidência – 24;

• ISS – 10;

• ITCD – 7;

• Lançamento tributário – 26;

• Legislação tributária – 41;

• Obrigação tributária e crédito – 26;

• PIS/PASEP e COFINS – 13;

• Princípios constitucionais tributários – 65 ;

• Prescrição e decadência – 7;

• Responsabilidade tributária – 31;

• Restituição tributária – 5;

• Retroatividade tributária – 5;

• Sigilo Fiscal – 10;

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Direito Tributário

• Simples – 10;
• Suspensão da exigibilidade – 1;
• Taxas – 5;
• Tratados internacionais – 1;
• Vigência e aplicação da legislação tributária – 9.

ANÁLISE GRÁFICA - DIREITO TRIBUTÁRIO

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Direito Tributário

LIZIANE MEIRA
É Auditora-Fiscal da Receita Federal do Brasil, além de conselheira do
Conselho Administrativo de Recursos Fiscais e doutora e mestre em
Direito Tributário (PUC/SP). Mestre em Direito com concentração em
Direito do Comércio Internacional e especialista em Direito Tributário
Internacional (Universidade de Harvard). Professora e coordenadora da
pós-graduação stricto sensu em Direito da Universidade Católica de
Autora Brasília. É professora e coordenadora do curso de pós-graduação em
Direito Tributário do Instituto Brasiliense de Direito Público. É, ainda,
professora conferencista do Instituto Brasileiro de Estudos Tributários e
professora do Gran Cursos Online.

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QUEBRANDO A BANCA – RECEITA FEDERAL
Direito Previdenciário

DIREITO PREVIDENCIÁRIO

“Nunca lhe dão um desejo sem também lhe dar o poder de realizá-lo.”
(Richard Bach)

Muitos candidatos concentram seus esforços em angariar conhecimentos para

uma prova e não se preocupam em estabelecer uma estratégia de como superar os

desafios de um concurso. Pensando nisso, estamos aqui para municiá-lo com uma

série de informações que vão ajudá-lo a compreender melhor o estilo de prova da

banca ESAF.

Como é do conhecimento de todos, a ESAF (Escola de Administração Fazendá-

ria) é a instituição que seleciona os futuros servidores do Ministério da Fazenda,

dentre eles os Auditores-Fiscais da Receita Federal, sonho de consumo de milhares

de candidatos.

Até 2007, a responsabilidade pela arrecadação, fiscalização e normatização das

contribuições previdenciárias era da auditoria fiscal do INSS, razão pela qual o

concurso priorizava o direito previdenciário, tanto a parte de custeio quanto a de

benefícios. Contudo, a criação da Receita Federal do Brasil pela Lei n. 11.457/2007

mudou essa realidade, pois os auditores do INSS foram transferidos para a Receita

Federal, o que reduziu o conteúdo de direito previdenciário ao custeio e a uma pe-

quena parte dos benefícios.

Diante da nova realidade, o estudo do direito previdenciário deve ser concentra-

do na Lei n. 8.212/1991, notadamente por conta das contribuições sociais para a

seguridade social. Todavia, é imperioso destacar que uma das maiores dificuldades

dessa parte da matéria é a profusa construção jurisprudencial que gravita em torno

das contribuições sociais. Um alerta: o candidato nunca pode tentar descobrir o que

é mais ou menos importante em uma prova. Tudo é importante. Aliás, quem nunca

ficou encucado com o olhar clarividente de uma banca de perguntar exatamente

aquela parte da matéria que não estudou?

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QUEBRANDO A BANCA – RECEITA FEDERAL
Direito Previdenciário

Em 2012 e 2014, a ESAF inseriu o conteúdo do Direito Previdenciário na parte

de Direito Tributário, destacando os seguintes tópicos:

“26. Seguridade social. 26.1. Conceituação. 26.2. Organização e princípios cons-

titucionais. 27. Regime Geral de Previdência Social. 27.1. Segurados obrigatórios.

27.2. Conceito, características e abrangência: empregado, empregado doméstico,

contribuinte individual, trabalhador avulso, segurado especial. 27.3. Segurado fa-

cultativo: conceito, características. 28. Empresa e empregador doméstico: conceito

previdenciário. 29. Financiamento da seguridade social. 29.1. Receitas da União.

29.2. Receitas das contribuições sociais: dos segurados, das empresas, do empre-

gador doméstico, do produtor rural, do clube de futebol profissional, sobre a receita

de concursos de prognósticos, receitas de outras fontes. 29.3. Salário de contri-

buição. 29.3.1. Conceito. 29.3.2. Parcelas integrantes e parcelas não-integrantes.

29.4. Arrecadação e recolhimento das contribuições destinadas à seguridade social.

29.4.1. Obrigações da empresa e demais contribuintes. 29.4.2. Prazo de recolhi-

mento. 29.4.3. Recolhimento fora do prazo: juros, multa e atualização monetária.

29.4.4. Obrigações acessórias. Retenção e Responsabilidade solidária: conceitos,

natureza jurídica e características.”

Nas duas últimas provas realizadas, 1/3 das questões de direito tributário abor-

daram questões afetas ao direito previdenciário, distribuídas pelos seguintes tópicos:

• 2 questões – 28. Empresa e empregador doméstico: conceito previdenciário.

• 5 questões – 26. Seguridade social. 26.1. Conceituação. 26.2. Organização e

princípios constitucionais.

• 3 questões – 29.4. Arrecadação e recolhimento das contribuições destinadas

à seguridade social.

• 1 questão – 27. Regime Geral de Previdência Social.

• 1 questão – 29.3. Salário de contribuição.

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Direito Previdenciário

Repare que todos os tópicos foram abordados, ou seja, do item 26 ao 29. Por
essa razão, é imprescindível que o candidato estabeleça um cronograma de estudo
que aborde todo o conteúdo programático, começando por conhecer e entender
bem a literalidade dos dispositivos legais pertinentes: art. 167, XI, 194 ao 204,
art. 239 e art. 248 da CRFB/88, art. 11 ao 14 da Lei n. 8.213/91 e Lei n. 8.212/91.
Após o estudo aprofundado das normas, o candidato deve se debruçar sobre um
bom livro de doutrina, pois nele os meandros da matéria serão descortinados e a
jurisprudência será apresentada de forma cadenciada.
Todavia, uma peculiaridade recorrente da ESAF é misturar, na mesma questão,
lei, doutrina e jurisprudência dos tribunais superiores. Em virtude disso, o candi-
dato não pode resolver questões por impulso, baseado apenas na letra da lei, pois
muitos preceitos normativos foram flexibilizados pela jurisprudência ou interpreta-
dos de forma diversa pela doutrina. Nas duas últimas provas, 55% das questões
poderiam ser respondidas apenas pela literalidade dos dispositivos legais, mas o
restante das questões envolvia doutrina (30%) e jurisprudência (15%).
Um erro comum do candidato é estudar apenas a jurisprudência mais recente,
negligenciando as decisões mais antigas. Para evitar esse erro, o candidato deve
ter um material escrito de apoio muito bom.
Vale destacar que é incomum a ESAF elaborar questões com “pegadinha”, sendo
certo que suas questões envolvem muito raciocínio, além de calma em sua resolução.
Como exemplo, citamos a seguinte questão da prova de 2014:

Sobre o recolhimento das contribuições previdenciárias em atraso, assinale


a opção incorreta.
a) No lançamento de ofício, aplica-se, a título de multa, um percentual sobre
a totalidade ou diferença de contribuição nos casos de falta de pagamento ou
recolhimento, de falta de declaração e nos de declaração inexata.

b) Os juros constituem verdadeira indenização a ser paga pelo sujeito passivo,

em razão de sua disponibilidade financeira indevida, obtida pela empresa ao

não recolher o devido em época própria. Possuem, portanto, caráter punitivo.

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QUEBRANDO A BANCA – RECEITA FEDERAL
Direito Previdenciário

c) Caso o sujeito passivo, uma vez notificado, efetue o pagamento, a com-

pensação ou o parcelamento de seu débito, será concedida a redução da

multa de lançamento de ofício.

d) A rescisão do parcelamento implica restabelecimento do montante da

multa proporcionalmente ao valor da receita não satisfeita.

e) A correção monetária tem como função única a atualização da expressão

monetária utilizada, de tal maneira que inexiste qualquer alteração no valor

real da contribuição devida, que permanece imutável no seu equivalente em

poder de compra.

Justificativa: juros é o rendimento que se obtém quando se empresta di-

nheiro por um determinado período. A resposta é a letra B, item incorreto

por afirmar que os juros possuem natureza punitiva, o que é inverídico, mas

confunde o candidato com a multa de mora, essa, sim, punitiva.

CARLOS MENDONÇA
Ex-Presidente do Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS), é
detentor de notório conhecimento em legislação previdenciária, além de
ser conhecido nacionalmente por suas contribuições como Procurador
Federal do INSS há mais de 15 anos. Carlos Mendonça exerceu, ainda,
a função de Procurador-Chefe Nacional da Procuradoria Federal do
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), coordenador
Autor geral de Contencioso Judicial da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA)
e chefe da Divisão de Contencioso do Instituto Brasileiro de Turismo
(Embratur). É, ainda, professor do Gran Cursos, professor universitário
e autor.

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QUEBRANDO A BANCA – RECEITA FEDERAL
Auditoria

AUDITORIA

Um primeiro aspecto a ser destacado no estilo adotado pela ESAF em provas de


auditoria é que, das cinco alternativas ou itens de cada questão, geralmente o can-
didato bem preparado fica em dúvida em dois itens, sendo os três restantes bem
absurdos. Quero dizer com isso que, quando o enunciado da questão pede que se
assinale o item correto, três alternativas são claramente erradas. Logo, o candidato
que leu e estudou as principais normas de auditoria identifica com certa facilidade
o item correto ou enfrenta o desafio de escolher entre dois itens.
Ainda quanto ao estilo da banca organizadora, podemos dividir as questões de
auditoria em dois tipos: questões elaboradas literalmente com base nas normas de
auditoria e questões elaboradas com base na doutrina (livros técnicos especializa-
dos). Verifica-se uma tendência da ESAF de elaborar questões baseadas nas nor-
mas, sendo raras as questões fundamentadas na doutrina. Logo, a melhor estraté-
gia para o estudo da auditoria é ler e compreender suas normas, especialmente as
que se relacionam aos temas expressamente indicados no edital do concurso.
Passamos à análise dos temas abordados nas três provas anteriores de audito-
ria para o concurso de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB: provas
de 2009, 2012 e 2014.

Tabela – Análise Sistemática

Cabe ressaltar que nossa análise se restringe às provas de AFRFB por dois moti-
vos: primeiro, porque são poucas as provas de auditoria elaboradas pela ESAF nos
últimos oito anos; segundo, porque o conteúdo de auditoria em provas para AFRFB
é muito específico, baseado especialmente em normas de auditoria independente
das demonstrações contábeis. Outras provas de auditoria da ESAF, como por exem-
plo, para o concurso da Controladoria Geral da União – CGU, priorizam as normas
de auditoria governamental e outros assuntos como controle interno segundo o
COSO e governança pública, que não caem em prova de AFRFB.

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QUEBRANDO A BANCA – RECEITA FEDERAL
Auditoria

As 40 (quarenta) questões de auditoria dos concursos para AFRFB (2009, 2012

e 2014) estavam assim distribuídas por tópicos:

Percebe-se que a maioria dos assuntos indicados nos editais foi cobrada pela

ESAF, com destaque para os seguintes tópicos: execução dos trabalhos de audito-

ria – 6 questões (15% do total); amostragem – 5 questões (12,5%); relatórios de

auditoria – 6 questões (15%) e controle de qualidade – 3 questões (7,5%). Esses

quatro temas juntos corresponderam a exatamente a metade das questões (50%).

Por outro lado, não foram elaboradas questões relativas ao tema “Normas e

Procedimentos de auditoria emitidas pelo IBRACON”, tendo sido feita uma única

questão relativa ao tema “Auditoria no Setor Público Federal”, que tratou do tópico

“Formas e Tipos de auditoria”.

ANÁLISE SISTEMÁTICA – ÁREA FISCAL

TABELA 1: ANÁLISE SISTEMÁTICA – QUESTÕES DE AUDITORIA

Objetivos
Conceitos Execução da
gerais do Fraudes e a
sobre a Controle auditoria / Materialidade Auditoria de
Provas – N. de auditor / Documentação responsa-
pessoa do de Testes e e relevância estimativas
Ano – Assunto Questões risco de de auditoria bilidade do
auditor e ética qualidade procedimen- em auditoria contábeis
auditoria auditor
profissional tos

Auditor-Fiscal
da Receita 20 1 0 0 0 1 5 0 1
Federal/2009

Auditor-Fiscal
da Receita 10 0 1 0 2 0 0 0 0
Federal/2012

Auditor-Fiscal
da Receita 10 1 0 1 1 0 1 1 1
Federal/2014

Total de
40 2 1 1 3 1 6 1 2
Questões

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QUEBRANDO A BANCA – RECEITA FEDERAL
Auditoria

TABELA 2: ANÁLISE SISTEMÁTICA – QUESTÕES DE AUDITORIA (CONTINUAÇÃO)

Utilização
Auditoria Outros temas
Independência Relató- Eventos Continui- dos tra-
Provas – N. de Amostragem no Setor não abordados
nos trabalhos de rios de subse- dade ope- balhos da
Ano – Assunto Questões em auditoria Público expressamente
auditoria auditoria quentes racional auditoria
Federal no edital
interna

Auditor-Fiscal
da Receita 20 2 0 3 1 2 0 0 4
Federal/2009

Auditor-Fiscal
da Receita 10 2 1 2 0 0 0 1 1
Federal/2012

Auditor-Fiscal
da Receita 10 1 0 1 1 0 1 0 0
Federal/2014

Total de
40 5 1 6 2 2 1 1 5
Questões

Nível de dificuldade da prova.


Provas – Área – Ano
Escala de 1 a 3

Auditor-Fiscal da Receita NÍVEL DE DIFICULDADE:


02
Federal/ Ano 2009 1. Média
Auditor-Fiscal da 2. Difícil
03
Receita 2012 3. Muito difícil

Auditor-Fiscal da
02
Receita Federal 2014

Caro (a) candidato (a), vamos ficando por aqui, na expectativa de que nossa

análise seja de grande valia para o direcionamento de seus estudos a fim de que

você tenha um bom desempenho na disciplina de auditoria para o concurso de Au-

ditor-Fiscal da Receita Federal.

Bons estudos e sucesso!

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QUEBRANDO A BANCA – RECEITA FEDERAL
Auditoria

ANÁLISE GRÁFICA - AUDITORIA

MARCELO ARAGÃO
Auditor Federal de Controle Externo do TCU desde 2006. Foi Analista de
Finanças e Controle do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo
Federal (SCI) durante 14 anos. No Tribunal, exerce atualmente a
função de Ouvidor e já ocupou, entre outras, as funções de assessor do
Secretário-Geral de Controle Externo, coordenador do projeto Controle
Externo do Mercosul, chefe do Serviço de Coordenação de Redes de
Autor Controle, coordenador das Ações de Controle sobre os projetos da
Copa do Mundo FIFA 2014 e secretário de Controle Externo no estado
de Alagoas. É professor das disciplinas Controle Interno e Externo e
Auditoria Geral e Governamental em diversas instituições de ensino.
Além disso, é autor de dois livros de auditoria pela editora Método.
Graduado em Administração pela Universidade Federal Fluminense,
possui especialização em Administração Pública (FGV) e Auditoria
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Interna e Controle Governamental (ISC/CEFOR). 58 de 82
QUEBRANDO A BANCA – RECEITA FEDERAL
Contabilidade Geral e Pública

CONTABILIDADE GERAL E PÚBLICA

Prezado estudante,

Tudo bem?

Sou o professor Claudio Zorzo e quero, por meio deste material, apresentar-lhe as

questões e os assuntos mais cobrados pela ESAF nos concursos da Receita Federal

do Brasil – RFB. Meu objetivo não é predizer quais as questões que serão cobradas

nas futuras provas para a RFB, mas sim, com base na análise dos itens de provas

anteriores, auxiliá-lo na melhor forma de se preparar para o pleito.

Entendo que o concurso da RFB é um dos, senão o mais, exigentes no tocante ao

conteúdo, à complexidade e à profundidade das questões cobradas; como costumo

dizer, “não é um concurso para iniciantes”, por isso, requer preparação antecipada.

A exigência imposta pelo edital é o primeiro selecionador, pois muitos estudan-

tes que não buscam se preparar com qualidade, abandonam a ideia de concorrer

aos cargos assim que tomam conhecimento do conteúdo programático previsto.

Para não se abater diante das dificuldades do edital, é importantíssimo se preparar

antes de sua divulgação, mesmo que se corra o risco de estudar disciplinas que

serão alteradas ou assuntos não cobrados, pois, nas provas, sempre existe uma

correlação de conhecimento entre as disciplinas.

“Para um concursando, ler, estudar e resolver questões de provas é uma obri-

gação.”

Como combustível para os momentos de dedicação, apresento uma frase do

mestre Albert Einstein: se quiser viver uma vida feliz, amarre-se a uma meta, não

a pessoas nem a coisas.

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QUEBRANDO A BANCA – RECEITA FEDERAL
Contabilidade Geral e Pública

Para aplicar o ensinamento de “Einstein”, é importante saber que metas são

tarefas específicas, temporais, para as quais se estipulam prazos. Elas ajudam a

alcançar os objetivos, que são descrições concretas de onde se está querendo che-

gar, isto é, de qual o propósito. Por exemplo:

• 1ª meta: aprender contabilidade;

• 2ª meta: conseguir resolver as questões de contabilidade na prova;

• 3ª meta: passar no concurso;

• 4ª meta: ficar entre as vagas;

• 5º objetivo: ser nomeado e tomar posse.

Para atingir o objetivo estabelecido, minha orientação é que você faça uma

análise de SWOT (identifique suas forças, fraquezas, oportunidades e ameaças).

Tomando por base o edital passado, identifique suas forças (matérias que tem

certo domínio) e fraquezas (disciplinas com pouco conhecimento e que exigem

mais de você), depois, com base na análise do ambiente interno (o seu potencial),

avalie as oportunidades (bons cursos e materiais para melhorar o desempenho) e

as ameaças (pouco tempo para estudar, dúvidas, falta de expertise em relação ao

concurso).

Com o conhecimento de como você se encontra em relação ao concurso, esta-

beleça metas de estudo e divida seu tempo por matéria: as que tem mais domínio,

estimule o conhecimento por meio da resolução de questões de provas anteriores,

pode ser de outra banca mesmo, desde que sejam atuais; as disciplinas para as

quais possua mais dificuldade, procure aprofundar o conhecimento por meio de

material teórico direcionado, e resolva muitas questões de provas.

Vá de meta em meta, evite se “perder” no momento de estudar, passando de

um assunto a outro sem entendê-los, pois, tenho certeza de que com dedicação e

metas bem direcionadas, você atingirá o seu objetivo.

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QUEBRANDO A BANCA – RECEITA FEDERAL
Contabilidade Geral e Pública

Uma vez que não há um edital ainda, meu intuito, aqui, é ajudá-lo com uma

análise sobre as questões de Contabilidade Geral e Avançada que foram cobra-

das nas últimas provas elaboradas pela ESAF para o concurso da Receita Federal

do Brasil – RFB .

Faz-se necessário destacar que, desde o ano 2000, tivemos concurso para Audi-

tor da Receita Federal do Brasil nos anos de 2002, 2003, 2005, 2009, 2012 e 2014,

e para Analista Tributário, nos anos 2006, 2009 e 2012.

Note que é normal a realização de concursos em espaço de tempo médio de 2

anos, assim, como estamos em 2017, é bem provável que ainda no primeiro se-

mestre seja divulgado o edital para o concurso da RFB, pois o PLOA (Projeto de Lei

Orçamentária) 2017 prevê 400 vagas para a Receita Federal que devem ser dis-

tribuídas entre os cargos de Auditor-Fiscal, Analista tributário e Assistente Técnico

Administrativo (ATA).

Outro ponto importante a destacar é que a contabilidade foi bastante modifica-

da a partir do ano de 2008, com a convergência das normas nacionais às normas

internacionais do IASB. Essas modificações começaram a ser cobradas pela ESAF

no concurso de 2012, o que causou uma grande discussão, pois a banca mantinha

uma lógica na cobrança dos assuntos contrária às demais bancas. Lembro que a

maior discussão foi sobre a classificação da conta “duplicata descontada”, que era

sempre tratada como conta redutora do ativo circulante, e sobre a forma de divul-

gação dos “juros a transcorrer”, inclusive apresentei o seguinte recurso em relação

ao tema:

Questão 14 – pedir a troca do gabarito para a letra “A”.

14. A empresa Redesconto S.A. trabalha com o desconto de duplicatas. Conside-

rando que a operação de desconto foi realizada com duplicatas que tinham venci-

mento em 30, 60, 90 e 120 dias, o valor dos juros descontados a serem reconhe-

cidos no ato da operação devem ser contabilizados como:

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QUEBRANDO A BANCA – RECEITA FEDERAL
Contabilidade Geral e Pública

a) Conta redutora das duplicatas descontadas no Passivo.

b) Conta redutora das Receitas, no Resultado.

c) Despesa antecipada, no Ativo Circulante.

d) Despesas financeiras no Resultado.

e) Conta redutora das duplicatas descontadas no Ativo.

Gabarito inicial Letra “C”.

Na minha visão, as taxas cobradas no desconto de duplicatas devem ser trata-

das como custo de um empréstimo e devem aparecer no passivo como conta redu-

tora de duplicatas descontadas.

Quando a entidade vende, desconta ou transfere um ativo financeiro (venda

ou desconto de carteira de recebíveis, por exemplo), só pode baixá-lo se transferir

substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade do ativo financeiro e

se não mantiver envolvimento continuado com ele. Caso contrário, a entidade deve

manter os instrumentos financeiros no ativo e tratar o valor recebido como em-

préstimo. A essência da transação é que deve ser retratada contabilmente. Assim,

as duplicatas descontadas (parcela recebida do desconto) são agora classificadas

como passivo, sendo que a duplicata a receber continua a ser mantida no ativo até

o seu efetivo recebimento.

Segundo a primazia da essência de um fato sobre a forma jurídica, atualmente

o desconto de duplicata é tratado como um empréstimo; assim, os encargos finan-

ceiros devem ser tratados como um custo do empréstimo.

Encargos financeiros são a soma das despesas financeiras, dos custos de tran-

sação, dos prêmios, dos descontos, dos ágios, dos deságios e de assemelhados,

o que representa a diferença entre os valores recebidos e os valores pagos (ou a

pagar) a terceiros.

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QUEBRANDO A BANCA – RECEITA FEDERAL
Contabilidade Geral e Pública

Os custos envolvidos com o desconto da duplicata devem ser tratados como

conta redutora da obrigação e não mais como despesa antecipada no ativo.

Segundo o CPC 20 R1, que trata de custos de empréstimos, custos de emprés-

timos são juros e outros custos que a entidade incorre em conexão com o emprés-

timo de recursos.

Os custos de empréstimos incluem:

a) encargos financeiros calculados com base no método da taxa efetiva de ju-

ros. Como descrito nos Pronunciamentos Técnicos CPC 08 – Custos de Transação e

Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários.

A entidade deve capitalizar os custos de empréstimos que são diretamente atri-

buíveis à aquisição, à construção ou à produção de ativo qualificável como parte do

custo do ativo. A entidade deve reconhecer os outros custos de empréstimos como

despesa no período em que são incorridos.

Mesmo não anulando a questão, a partir dessa prova, a banca começou a tratar

a conta “duplicata descontada” como um passivo, e o registro do custo da transa-

ção como redutor do passivo.

Desde 2014, última prova para a RFB, a ESAF elaborou algumas provas nas

quais foram exigidas questões de contabilidade; destaco como as mais importan-

tes, para fins de análise de conteúdo, as provas aplicadas em 2016 para contador

da Funai, em que caíram 40 questões na prova específica, sendo 16 de contabilida-

de geral e avançada, e a de especialista área 3 da ANAC, contendo 18 questões de

contabilidade geral e avançada.

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Contabilidade Geral e Pública

Nessas duas provas, foram cobrados assuntos dos mais genéricos possíveis,

tais como a classificação de contas, os princípios contábeis, as operações com

mercadorias, o patrimônio líquido, a venda de bens depreciados, o fluxo de caixa,

o custo na transação com empréstimos, a avaliação de investimentos, o teste de

recuperabilidade, o valor adicionado e, principalmente, os registros de operações

para apuração do Balanço. Perceba que não houve um assunto específico, mas uma

amplitude de conhecimentos, conforme a ciência contábil exige.

Ao avaliar, de forma abrangente, as questões que foram cobradas nessas duas

provas, é difícil tentar prever um ou outro assunto específico que poderá estar pre-

sente em pleitos futuros, uma vez que é costume da ESAF explorar todos os tó-

picos do edital. Contudo, destaco a necessidade de saber a “teoria claudiana”,

que consiste em identificar, classificar e compreender as contas que envolvem

os fatos contábeis.

Entenda que não há como responder uma questão sobre participações societá-

rias, o teste de recuperabilidade, o fluxo de caixa e de avaliação patrimonial se você

não souber identificar as contas envolvidas nos fatos. Acompanhe meu raciocínio

nesta questão de 2014 para “AFRFB”:

11. O lucro obtido na Venda de Imobilizado e o Resultado de Equivalência Patrimo-

nial representam, na Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC):

a) Ingresso de caixa na atividade de investimento.

b) Aumento de atividades operacionais.

c) Ajustes do resultado na elaboração da DFC.

d) Ingressos por Receita Operacional.

e) Aumento de investimentos.

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Contabilidade Geral e Pública

Para responder essa questão, o candidato deve:

1. Identificar as contas envolvidas:

a) Lucro na venda de imobilizado;

b) Ganho na equivalência patrimonial.

2. Classificar as contas envolvidas (como a questão trata da DFC, deve-se classi-

ficar os fatos de acordo com as atividades: operacional, investimento ou financia-

mento):

a) Lucro na venda é receita com entrada de dinheiro, afeta diretamente o caixa por

atividade de investimento;

b) Ganho na equivalência é receita sem entrada de dinheiro, afeta o lucro.

3. Compreender o que as contas apresentam (avaliar o impacto da conta no pa-

trimônio):

a) Lucro com entrada de dinheiro é uma receita que afeta o caixa diretamente de

forma positiva, e como foi pela venda do imobilizado, é uma atividade de investi-

mento, por isso, a receita deve ser ajustada ao Lucro, no método indireto, para se

apurar o fluxo operacional. Lembre-se: o ganho obtido não foi com as atividades

operacionais da empresa.

b) Ganho na equivalência é uma receita que não afeta o caixa diretamente, contu-

do, como aumentou o lucro sem entrada de dinheiro, o valor deve ser ajustado ao

resultado apurado na DRE para que seja identificado o montante do resultado que

afetou o caixa nas atividades operacionais.

Note que após a aplicação da “teoria claudiana” ficou fácil ver que ambas as

contas devem ser ajustadas ao resultado do exercício na elaboração da DFC, pelo

método indireto.

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Contabilidade Geral e Pública

Esse método de estudo é ímpar e ajuda muito. Não se esqueça: identificar,

classificar e compreender.

Para ser mais efetivo em relação ao próximo concurso para a “RFB”, vou utili-

zar como base para a análise das questões, o primeiro ano de aplicação das novas

normas de contabilidade pela ESAF; em razão disso, analisarei a composição das

provas de Auditor de 2012 e 2014 e a de Analista, também de 2012. Não que as

demais provas não sejam importantes para fins de treinamento, fui eu que decidi

direcionar as análises conforme os novos conceitos contábeis e ajudar no direcio-

namento para estudo de acordo com provas mais atuais.

No concurso público para Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil –

2012, prova 3 de gabarito 1, foram cobradas 30 questões de contabilidade

com peso 3, que estavam distribuídas da seguinte forma:

Questão 1 – Características qualitativas das informações contábeis, conceitua-

ção da comparabilidade;

Questão 2 – Operação com participações societárias – Equivalência patrimonial,

registro de equivalência patrimonial negativa superando o valor dos investimentos;

Questão 3 – Erro contábil – omissões em exercícios anteriores – conceito;

Questão 4 – Propriedade para investimento – conceito e identificação de conta;

Questão 5 – Ações em tesouraria – classificação do ganho na venda;

Questão 6 – Balancete de verificação – teoria sobre as informações evidencia-

das no balancete;

Questão 7 – Operação com participações societárias – identificação de contas e

valores registrados;

Questão 8 – Operação com participações societárias – teoria sobre classificação

e operacionalidade nas relações societárias;

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Contabilidade Geral e Pública

Questão 9 – Operação com participações societárias – registro das contas en-

volvidas na aquisição de investida;

Questão 10 – Teste de recuperabilidade – cálculo do valor recuperável e registro

do efeito;

Questão 11 – Teste de recuperabilidade e depreciação – cálculo da depreciação,

apuração do valor recuperável e evidenciação do resultado;

Questão 12 – Gastos com aquisição de peças para reparo do imobilizado (iden-

tificação e classificação das contas);

Questão 13 – Custo de transação – emissão de debêntures – classificação da

conta relacionada, gastos efetuados até o lançamento;

Questão 14 – Desconto de duplicatas e custo da transação – classificação da

conta relacionada com os juros cobrados;

Questão 15 – Folha de pagamento – correção de lançamento indevido (identifi-

cação de contas);

Questão 16 – Arrendamento mercantil – conceito e classificação do arrenda-

mento;

Questão 17 – Operações com mercadorias – classificação dos gastos com trans-

porte feitos pelo comprador;

Questão 18 – Propriedade para investimento e imobilizado – identificação e

classificação de contas patrimoniais conforme interesse de utilização pela empresa;

Questão 19 – Lançamento contábil – Registro a débito e a crédito do fato com

identificação e separação de contas do intangível e despesas;

Questão 20 – Ativo diferido – destinação do saldo existente;

Questão 21 – Distribuição de dividendos – teoria conforme artigo 202 da Lei n.

6.404/76;

Questão 22 – Conjunto completo das demonstrações contábeis – teoria, con-

forme orientação do CPC/CFC, envolvendo notas explicativas;

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Contabilidade Geral e Pública

Questão 23 – Identificação de contas – classificação de contas do passivo;

Questão 24 – DRE – apuração do lucro líquido com base em informações forne-

cidas sobre participações nos lucros;

Questão 25 – DRE – cálculo da participação nos lucros com base no lucro apu-

rado;

Questão 26 – DRA – resultado abrangente – teoria sobre quais contas são evi-

denciadas na DRA;

Questão 27 – DFC – método indireto – identificar os ajustes com base em infor-

mações apresentadas no “BP” e na “DRE”;

Questão 28 – DFC – método direto – identificar os fatos que afetaram o caixa

com base em informações apresentadas no “BP” e na “DRE”;

Questão 29 – DVA – valor adicionado – identificação de contas classificadas

como valor adicionado recebido em transferência;

Questão 30 – Analise as demonstrações – importante saber identificar as contas

para formar o Balanço.

No concurso público para Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil –

2014, prova 2 de gabarito 1, foram cobradas 20 questões de contabilidade

com peso 2, que estavam distribuídas da seguinte forma:

Questão 11 – DFC – método indireto – exigiu conhecimento sobre a classificação

de fatos para fins de ajuste de contas no ajuste ao resultado;

Questão 12 – DVA – valor adicionado – classificação de contas com relação à

forma de registro das riquezas recebidas e da distribuição de riquezas geradas;

Questão 13 – Ativo não circulante mantido para venda – teoria para fins de

identificação e classificação;

Questão 14 – Análise das demonstrações contábeis;

Questão 15 – Análise das demonstrações contábeis;

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Contabilidade Geral e Pública

Questão 16 – Análise das demonstrações contábeis;

Questão 17 – Folha de pagamento – cálculo da folha com identificação das contas

que afetam as despesas com salários;

Questão 18 - Teste de recuperabilidade – teoria: conceito e aplicabilidade;

Questão 19 – Venda de imobilizado – identificação, registro e impacto das con-

tas envolvidas no ativo;

Questão 20 – Duplicata descontada – impacto do registro de desconto de dupli-

catas no ativo;

Questão 21 – Duplicata descontada – lançamento do fato, com identificação das

contas debitadas e creditadas;

Questão 22 – Duplicata descontada – classificação dos juros cobrados na operação;

Questão 23 – Reserva legal – cálculo com base na identificação de várias contas

e apuração do resultado do exercício;

Questão 24 – Dividendos – cálculo do valor a ser distribuído com base nas mes-

mas informações da questão anterior;

Questão 25 – DRE – cálculo da participação nos lucros com base nas mesmas

informações da questão anterior;

Questão 26 – Patrimônio Líquido – cálculo de reservas, participação nos lucros e

distribuição do resultado com base nas mesmas informações da questão anterior;

Questão 27 – Propriedade para investimento – classificação de conta com base

na identificação da natureza do fato;

Questão 28 – Patrimônio Líquido – reservas de lucro, teoria e classificação de

contas;

Questão 29 – Operação com participações societárias – equivalência patrimonial

– identificação das relações e registro contábil do ajuste de receita não realizada;

Questão 30 – Operação com participações societárias – equivalência patrimonial

– registro da distribuição de dividendos pela investida.

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Contabilidade Geral e Pública

No concurso público para Analista Tributário da Receita Federal do Brasil –


2012, prova 2 de foram cobradas 10 questões de contabilidade que esta-
vam distribuídas da seguinte forma:
Questão 21 – Classificação de contas em origem e aplicação. Apuração da dife-
rença final do balancete com base nas contas e fatos devedores e credores;
Questão 22 – Operações com mercadorias – cálculo do valor total da compra
com tributos envolvidos;
Questão 23 – Operações com mercadorias – cálculo do “CMV” com base no mé-
todo do custo médio ponderado;
Questão 24 – Estimativa para devedores duvidosos – cálculo do valor a ser re-
gistrado como estimativa para perda;
Questão 25 – Desconto de duplicatas – lançamento a débito e a crédito das
contas envolvidas no fato;
Questão 26 – Classificação de contas – apuração do total das contas com saldo
credor com base em um balancete apresentado;
Questão 27 – Teoria contábil – conceituação de participação societária, leasing,
capital social e tributos;
Questão 28 – Classificação de contas – apuração do total do ativo circulante
com base em um balancete apresentado;
Questão 29 – Depreciação – cálculo da depreciação pelo método linear para fins
de apuração do valor contábil do bem;
Questão 30 – Apuração do resultado do exercício – cálculo do resultado com
base na classificação do imposto e das participações no lucro;
Como foi apresentado, nas três provas foram cobradas 60 questões de contabi-
lidade de todos os tipos de assuntos inerentes à disciplina: é lógico que a banca
vai continuar cobrando os mesmos assuntos, contudo, exigindo um co-
nhecimento diferente. Essa pluralidade de cobrança é algo inerente à ESAF, no
entanto, podemos ver que alguns assuntos são mais recorrentes, e estes destaco
abaixo:

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QUEBRANDO A BANCA – RECEITA FEDERAL
Contabilidade Geral e Pública

a) Participações Societárias

• Estude o seguinte:

–– Conceitos de coligada e controlada;

–– Apuração da equivalência patrimonial – cálculo e registro contábil;

–– Registro contábil da distribuição de dividendos pela investida.

b) Fluxo de Caixa

• Estude o seguinte:

–– Métodos de apresentação;

–– Classificação das atividades: operacional, investimento e financiamento;

–– Ajustes das atividades operacionais ao resultado do exercício.

c) Teste de Recuperabilidade e Depreciação

• Estude o seguinte:

–– Conceito e abrangência;

–– Cálculo da depreciação e do valor recuperável;

–– Registro contábil da depreciação e do ajuste ao valor recuperável;

–– Registro da venda de um bem depreciado.

d) Desconto de Duplicatas

• Estude o seguinte:

–– Lançamento contábil do desconto;

–– Tratamento dos juros/custo da transação;

–– Registro em caso de não pagamento da duplicata pelo cliente no banco.

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Contabilidade Geral e Pública

e) Demonstrações Contábeis

• Estude o seguinte:

–– Quadro completo das demonstrações;

–– Conceito e objetivo de cada demonstração;

–– Normalmente a ESAF cobra conceitualmente a DVA ou DRA.

f) Apuração do Resultado Líquido

• Estude o seguinte:

–– Cálculo do lucro bruto (Deduções e CMV);

–– Cálculo das participações nos lucros (DEAPF);

–– Cálculo do IR para fins de apuração do resultado (exclusão das participa-

ções “DEF” no LALUR).

g) Patrimônio Líquido

• Estude o seguinte:

–– Composição do PL;

–– Classificações e composição do CAPITAL SOCIAL;

–– Cálculo da reserva de lucro LEGAL (é muito exigido em prova o cálculo da

reserva legal para fins de exclusão dos dividendos obrigatórios).

Espero que este material tenha ajudado a direcionar os seus estudos. Não se

esqueça: independentemente do assunto cobrado, você deve saber identificar,

classificar e compreender o que o fato ou a transação está apresentando.

Por fim, lembre-se: não existe obra sem alicerce.

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Contabilidade Geral e Pública

ANÁLISE SISTEMÁTICA – ÁREA FISCAL

ANÁLISE SISTEMÁTICA – QUESTÕES CONTABILIDADE

Teste de
Fluxo Operações
Provas – N. de Participações Desconto de Patrimônio Recupera- Classificação
DRE de com Dividendos
Área – Ano itens societárias duplicatas líquido bilidade de contas
Caixa mercadorias
imobilizado

Auditor-Fiscal
da Receita 30 3 1 1 2 3 2 1 1 2
Federal/Ano 2012

Analista Tributário/
10 0 1 0 1 1 0 2 0 3
Ano 2012

Auditor-Fiscal da
Receita 20 2 3 3 1 2 1 0 1 0
Federal/2014

ANÁLISE SISTEMÁTICA – QUESTÕES CONTABILIDADE – continuação

DVA Propriedade Lança- Arrendamento Aná-


Teoria
Provas – Área – DRA para investi- mento Folha de Mercantil lise das
contábil Total
Ano Demons- mentos – ANC Contábil pagamento Custo de demons-
conceitos
trações para venda Diferido transações trações

Auditor-Fiscal da
Receita Federal/ 3 3 2 2 1 2 1 30
Ano 2012

Analista
Tributário/ 1 1 0 0 0 0 0 10
Ano 2012

Auditor-Fiscal
da Receita 0 1 2 0 1 0 3 20
Federal/2014

Nível de dificuldade da prova.


Provas – Área – Ano
Escala de 1 a 3

Auditor-Fiscal da Receita NÍVEL DE DIFICULDADE:


03
Federal/ Ano 2012 1. Média
Analista Tributário/ 2. Difícil
01 3. Muito difícil
Ano 2012

Auditor-Fiscal da Receita
02
Federal/2014

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Contabilidade Geral e Pública

ANÁLISE GRÁFICA - CONTABILIDADE GERAL E PÚBLICA

CLÁUDIO ZORZO
Bacharel em Ciências Contábeis, pós-graduado em Análise Gerencial,
Docência para Nível Superior, Auditoria e Perícia Contábil. É ex-servidor
público do Executivo Federal – Ministério do Exército – e ex-servidor
público do Legislativo Federal. Assessor Parlamentar. Atualmente, é
professor de Contabilidade e Auditoria Pública e Privada.

Autor

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QUEBRANDO A BANCA – RECEITA FEDERAL
Legislação Tributária Federal

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA FEDERAL

Se você chegou até aqui, já percebeu que não é fácil passar nesse certame, e
uma das disciplinas que tem “pegado” bastante os candidatos, não só pelo volume
de informações, mas também pelas pegadinhas da Banca ESAF, é a Legislação Tri-
butária. Nessa disciplina temos as legislações dos dois impostos mais importantes
da União: o Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR) e o
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Como se não bastassem os mais de
1.500 artigos dos regulamentos desses dois impostos, ainda temos as instruções
normativas, as leis extravagantes e a jurisprudência. Não fica fácil para o aluno,
mas a ideia não é deixá-lo abandonado em sua preparação. Nós, aqui no Gran Cur-
sos, gravamos um excelente curso de Legislação para ajudá-lo; além disso, através
de gravações extras, procuramos manter o material sempre atualizado.
Mas, professor, por onde começar? Comece assistindo as aulas, veja quais são
os artigos mais importantes. Não subestime esta disciplina, pois ela não é impor-
tante somente por estar na prova 2, ter um peso maior e haver muitas questões
sobre seu conteúdo, mas pelo fato de esses tributos fazerem parte do dia a dia das
carreiras de Auditor e Analista da Receita Federal do Brasil.
Outro ponto relevante é que, em virtude do tamanho da disciplina, não é possí-
vel adiar o início da preparação, isto é, não é possível ler o conteúdo na véspera da
prova. Assim, comece antes e você terá um excelente resultado.
Existe um ditado que diz que “boi lerdo bebe água suja”, ou seja, boi que sai na
frente sempre vai tomar a água limpinha (rsrs).
Como o nome já justifica, essa disciplina possui relação direta com o Direito Tri-
butário, no entanto, vai obrigar os futuros auditores e analistas da Receita Federal
do Brasil a adentrarem mais especificamente nas minúcias e nos detalhes dos dois
impostos federais mais importantes: IR e IPI. Observe que, à primeira vista, você

pode pensar em dar uma olhada no Regulamento do IR (aprovado pelo Decreto

n. 3000/1999) e no Regulamento do IPI (aprovado pelo Decreto n. 7210/2010),

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QUEBRANDO A BANCA – RECEITA FEDERAL
Legislação Tributária Federal

mas os certames anteriores têm demonstrado que os conteúdos cobrados na prova

(valendo muitos pontos, diga-se de passagem) vão desde leis extravagantes a ins-

truções normativas da Secretaria da Receita Federal do Brasil. Para melhor prepará-lo,

vamos analisar as últimas provas realizadas.

ANÁLISE SISTEMÁTICA – ÁREA FISCAL

ANÁLISE SISTEMÁTICA – LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA FEDERAL

Princípio da Imposto Imposto


Número
Provas – Incidência Anterioridade Critérios Princípios Conceito de Renda de Renda
de ques- IPI
Área – Ano do IPI e Noventena – Orientadores Constitucionais de Renda Pessoa Pessoa
tões
IPI e IR Física Jurídica

Auditor-Fiscal –
Área tributária e
1 1
Aduaneira/Ano
2005

Analista
Tributário/ 1 1
Ano 2009

Auditor-Fiscal da
Receita Federal/ 4 2 1 1
Ano 2009

Analista
Tributário/ 19 3 7 1 3 5
Ano 2012

Auditor-Fiscal
da Receita 13 1 4 3 5
Federal/2014

Nível de dificuldade da prova.


Provas – Área – Ano
Escala de 1 a 3

Auditor-Fiscal – Área tributária


01
e Aduaneira/Ano 2005
NÍVEL DE DIFICULDADE:
Analista Tributário /Ano 2009 01 1. Média
Auditor-Fiscal da Receita 2. Difícil
01 3. Muito difícil
Federal/ Ano 2009

Analista Tributário /Ano 2012 02

Auditor-Fiscal da Receita
03
Federal/2014

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QUEBRANDO A BANCA – RECEITA FEDERAL
Legislação Tributária Federal

Você pode tirar suas conclusões: a Legislação Tributária Federal já era cobrada

nos concursos da Receita Federal do Brasil anteriores a 2003, e nunca deixou de

cair nas questões de Direito Tributário. Por exemplo, na última prova de Analista da

RFB, em 2012, houve 19 questões sobre o IR e o IPI, e na prova de Auditor-Fiscal

da RFB, 13 questões, todas com um grau de dificuldade elevado, o que fez com que

muitos bons candidatos perdessem a sua aprovação, uma vez que não consegui-

ram a nota de corte exigida nessa disciplina.

Mas estamos aqui para ajudá-lo em sua preparação.

“Nós vamos invadir a Receita Federal do Brasil!”

Bons estudos,

Fique com Deus!

ANÁLISE GRÁFICA - LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA FEDERAL

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QUEBRANDO A BANCA – RECEITA FEDERAL
Legislação Tributária Federal

VILSON CORTEZ
Fiscal do ICMS de São Paulo, graduado pela Escola Naval como Bacharel
em Ciências Navais com ênfase em Engenharia Eletrônica, em 1991.
Graduado em Engenharia Naval – ênfase em Estruturas – pela Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo em 1997. Bacharel em Direito
pela Universidade Metodista de Piracicaba em 2002. Especialista
em Direito Tributário pela Escola Superior da Procuradoria-Geral do
Autor Estado de São Paulo em 2008. Capitão-Tenente da Marinha do Brasil,
atualmente na reserva em virtude de ter sido aprovado no concurso para
Agente Fiscal de Rendas do Estado de SP em 1997, onde exerce suas
atividades na Delegacia Tributária de Campinas. Leciona, há mais de
15 anos, as disciplinas Direito Tributário, Legislação Tributária Federal,
Estadual e Municipal, Matemática, Matemática Financeira e Raciocínio
Lógico-Matemático em diversos Estados. É também autor de diversos
livros e apostilas preparatórias para concursos.

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QUEBRANDO A BANCA – RECEITA FEDERAL
Comércio Internacional e Legislação Aduaneira

COMÉRCIO INTERNACIONAL E LEGISLAÇÃO ADUANEIRA

A banca que elabora as provas para Auditor e Analista Tributário da Receita Fe-
deral é a ESAF. Na maior parte das questões feitas por ela, devemos escolher uma
dentre cinco assertivas. Algumas, ainda, apresentam três ou quatro assertivas para
o candidato verificar quais são verdadeiras ou falsas e, então, escolher dentre cinco
alternativas que combinam V (verdadeiro) e F (falso).
As questões da ESAF normalmente são longas e detalhadas, o que, além de
conhecimento, exige concentração, agilidade na interpretação do texto e visão ló-
gico-sistemática da matéria e da própria prova.
Vamos aos resultados de nossa investigação. Os assuntos mais cobrados em
Comércio Internacional e Legislação Aduaneira foram em questões que se relacio-
navam aos organismos internacionais ALADI, Mercosul e Organização Mundial do
Comércio. Trata-se de um assunto relevante, atual e também imprescindível para
se entender aspectos mais específicos da matéria, como Medidas de Defesa Comer-
ciais, item igualmente muito cobrado nas provas.
Na Legislação Aduaneira, verificamos que valoração aduaneira e regimes adu-
aneiros especiais e atípicos (como o regime de Admissão Temporária e a Zona
Franca de Manaus) são muito recorrentes. Nesse sentido, cabe mencionar que o
candidato deve tentar entender os aspectos fundamentais da matéria (como ter-
ritório aduaneiro e zona primária), posteriormente, precisa manter o foco e usar a
memória para os detalhes dos itens mais importantes e mais presentes nas provas.
Para o relato de hoje, analisamos os seguintes concursos da ESAF/RFB:
• AFRF 2005;
• TRF 2005;
• AFRFB 2009;
• ATRFB 2009;
• AFRFB 2012;
• ATRFB 2012; e
• AFRFB 2014.

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Comércio Internacional e Legislação Aduaneira

Ou seja, examinamos, interpretamos e traduzimos 7 provas, 82 questões e 395


assertivas.

Análise sistemática – Questões Legislação Aduaneira e Comércio Internacional

N. de Questões Questões Questões Nível dificuldade


Provas/Cargo/Ano
Questões Doutrinárias Literais (CF) Jurisprudenciais da prova (0 a 10)

AFRF 2005 11 4 7 0 5

TRF 2005 10 3 7 0 5

AFRFB 2009 10 4 6 0 5

ATRFB 2009 5 1 4 0 5

AFRFB 2012 15 4 9 0 5

ATRFB 2012 16 2 14 0 5

AFRFB 2014 15 3 11 1 5

Quantidade de Questões por Tema

• Organização Mundial do Comércio (OMC) e GATT – 7


• ALADI e Mercosul – 8
• Tarifa Externa Comum (TEC) e Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) – 3
• Medidas de Defesa Comercial – 5
• Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias – 1
• Sistema Geral de Preferências (SGP) e Sistema Global de Preferências Co-
merciais (SGPC) – 4
• Regras de Origem – 2
• Contratos de Comércio Internacional – 1
• Convenção das Nações Unidas sobre Contratos de Compra e Venda Interna-
cional de Mercadorias – 2
• Exportação – 1
• Sistema administrativo e instituições intervenientes no comércio exterior no
Brasil – 3
• Jurisdição e Controle Aduaneiros – 4
• Procedimentos de importação – 2
• Classificação de Mercadorias – 1

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• Valoração Aduaneira – 7

• Tributos sobre o Comércio Exterior – 1

• Imposto de Importação – 4

• IPI – 2

• Contribuição para o PIS/PASEP Importação e COFINS Importação – 3

• ICMS – 1

• Imposto de Exportação – 1

• Cide-combustíveis – 1

• Regimes Aduaneiros Especiais e Regimes Aplicados em Áreas Especiais – 8

• Regime de Tributação Especial, Regime de Tributação Especial e Regime de

Tributação Unificada – 3

• Bagagem – 1

• Infrações e Penalidades Aduaneiras – 4

• Denúncia Espontânea – 2

• SISCOMEX e SISCOSERV – 1

ANÁLISE GRÁFICA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E LEGISLAÇÃO ADUANEIRA

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LIZIANE MEIRA
É Auditora-Fiscal da Receita Federal do Brasil, além de conselheira do
Conselho Administrativo de Recursos Fiscais e doutora e mestre em
Direito Tributário (PUC/SP). Mestre em Direito com concentração em
Direito do Comércio Internacional e especialista em Direito Tributário
Internacional (Universidade de Harvard). Professora e coordenadora da
pós-graduação stricto sensu em Direito da Universidade Católica de
Autora Brasília. É professora e coordenadora do curso de pós-graduação em
Direito Tributário do Instituto Brasiliense de Direito Público. É, ainda,
professora conferencista do Instituto Brasileiro de Estudos Tributários e
professora do Gran Cursos Online.

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