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Reticências psicológicas

Síndrome de Burnout
Profa. Maria Leolina Couto Cunha

Centro de Combate à Violência Infantil (Cecovi)

Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) – PUCweb

Copyright - PUCPR - Versão 1.0 - junho 2009


Reticências psicológicas 2

INTRODUÇÃO
Estamos vivendo na pós-modernidade, onde 1. A Síndrome de Burnout
a relação do ser humano com o trabalho
sofreu grandes transformações. Enquanto
para alguns trabalhadores, devido à A Síndrome de Burnout foi estudada pela
globalização e ao avanço tecnológico, as primeira vez na década de 1970 pelo
relações humanas estão cada vez mais psicólogo Herbert Fregenbauer. Ele
distanciadas, para outros existem os empregou o termo burnout ao perceber o
chamados profissionais de “alto contato” esgotamento intenso de certos pacientes,
que, por conta da atividade que como se estivessem “queimando” toda sua
desempenham, acabam por se envolver energia vital.
excessivamente com os problemas de seu
público-alvo. Maslach e Jackson (1981) desenvolveram o
modelo tridimensional da Síndrome de
Na área do enfrentamento da violência Burnout. Esse modelo é mundialmente
contra crianças e adolescentes são aceito e se organiza em torno de três
exemplos de profissionais de “alto contato”: dimensões:
conselheiro tutelar, assistente social,
psicólogo, policial, professor, médico, juiz, a) Esgotamento emocional – o profissional
promotor de Justiça, advogado, entre outros. fica sem energia e entusiasmo, com
sensação de sobrecarga emocional;
A Síndrome de Burnout é um fenômeno
associado ao desequilíbrio entre o b) Despersonalização – o trabalhador
trabalhador e o trabalho. Geradora de tornar-se insensível e frio, distanciando-se
esgotamento mental e físico, essa síndrome de seus clientes (pacientes) e colegas,
vitimiza principalmente o profissional de “alto adotando postura impessoal e até mesmo
contato”, ou seja, aquele permanentemente cínica;
exposto aos dramas, crises e problemas das
pessoas com que interage. c) Redução da realização pessoal – o
profissional passa a fazer uma avaliação de
si mesmo muito negativa. Acha-se
incompetente e desenvolve sentimentos de
OBJETIVO infelicidade e frustração, tornando-se
descontente consigo mesmo e com os
Estudar a Síndrome de Burnout, apontando demais que o rodeiam.
seu conceito, características, grupos de risco
e formas de enfrentamento. Dentro de cada pequeno problema há um
grande problema que luta para sair.

Paul Hughes

Profa. Maria Leolina Couto Cunha


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Síndrome de Burnout 3

2. Características
Sintomas defensivos
Segundo Benevides-Pereira (2002), a
Síndrome de Burnout se caracteriza por: ● Tendência ao isolamento;
● Sentimento de onipotência;
● Desinteresse pelo trabalho e lazer;
● Insônia; e
● Cinismo.

Sintomas físicos
● Fadiga constante e crescente; 3. Grupo de risco
● Distúrbios no sono;
● Dores musculares;
● Enxaquecas;
● Problemas gastrintestinais; Segundo Freudenberger (1974) e Moreno &
● Deficiência imunológica; Oliver (1993), os profissionais mais
● Problemas cardiovasculares; suscetíveis a sofrer da Síndrome de Burnout
● Distúrbios do sistema respiratório; são justamente aqueles mais dedicados e
● Disfunções sexuais; e comprometidos com o trabalho que
● Alterações menstruais, nas mulheres. desenvolvem.

Esses profissionais são geralmente


idealistas, sonhadores e trazem dentro de si
expectativas muito elevadas. Entretanto, a
convivência diária com um ambiente cheio
de crises, sofrimentos e alto estresse,
Sintomas psíquicos associado à incapacidade de solução de
● Dificuldade de concentração; todos os desafios que se apresentam, acaba
● Lapsos de memória; por minar as emoções desse profissional,
● Pensamento lento; que substitui suas atitudes de dedicação e
● Solidão, impaciência e desânimo; compromisso, passando a adotar postura
● Depressão; e desinteressada e omissa dentro do ambiente
● Desconfiança e paranóia. de trabalho.
Depois de escalar um grande morro,
descobrimos apenas que há muitos
outros morros a escalar.

Nelson Mandela
Sintomas
comportamentais
● Falta ou excesso de escrúpulos;
● Agressividade e irritabilidade crescentes;
● Incapacidade de relaxar;
● Não aceita mudanças;
● Comodismo; e
● Pensamentos suicidas.

Pro-reitoria Comunitária e de Extensão


Diretoria de EAD / PUCweb
Profa. Maria Leolina Couto Cunha
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Reticências psicológicas 4

Kobasa, Maddi e Khan (1982) afirmam que


essa personalidade resistente (hardiness) se
4. Enfrentamento da desenvolve em decorrência de três atitudes
Síndrome de Burnout do profissional:

É preciso deixar claro que nem todos os a) Compromisso – resulta na capacidade


profissionais submetidos a situações de de se engajar e acreditar no trabalho que
permanente estresse desenvolvem um desenvolve, bem como na qualidade de
quadro de Burnout. valorizar e apoiar a si mesmo, reconhecendo
sua competência no exercício da profissão.
Por oito anos, Kobasa (1979) realizou um
estudo com um grupo de executivos b) Controle – convicção de que pode
expostos a grande estresse devido a influenciar os acontecimentos com suas
mudança de emprego. No decorrer na atitudes. Esse tipo de profissional não se
pesquisa, ele identificou dois tipos de contenta só em transferir para terceiros a
profissionais: os que não tinham grande responsabilidade de explicar e solucionar os
dificuldade em lidar com as situações de problemas; ele sabe que é responsável
estresse e os que, apesar do estresse, se também e exerce ações proativas para
apresentavam com postura saudável e solucionar as adversidades próprias de seu
proativa em seus ambientes de trabalho. ambiente de trabalho.

A estes, que demonstraram uma c) Desafio – acredita que a mudança é uma


“personalidade resistente” diante das oportunidade para o crescimento individual e
situações estressantes, ele deu o nome profissional. Logo, visualiza a mudança, não
de hardiness. como uma ameaça, mas como um fato
gerador de experiências positivas. Agindo
assim, esse profissional consegue enfrentar
com mais energia e tolerância as situações
de conflitos dentro de seu local de trabalho.

Profa. Maria Leolina Couto Cunha


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