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HISTÓRIA, CULTURA E ECONÔMIA DO MUNICIPIO DE ÓBIDOS NO PERIODO COLONIAL, CONTEÚDO

PARA A 6ª SÉRIE.

Organizado pelo Professor Esp. em Met. do Ens. da Hist. e Geografia Carlos Augusto Sarrazin Vieira

1 – História, cultura e economia do Município no Período Colonial.

No ano de 1697, o governador da Província do Grão-Pará, Antônio de Albuquerque Coelho de


Carvalho, no intuito de conhecer a realidade da população nativa e verificar de perto os problemas
que dificultavam a extensão mais rápida da colonização da Amazônia, a fim de tomar as providencia
necessárias para manter a soberania portuguesa na região, que era constantemente visitada por
missionários e piratas franceses e espanhóis, e de outras nacionalidades que por aqui passavam em
busca das chamadas “Drogas do Sertão”, e da mão-de-obra indígena, subiu o Rio Amazonas
juntamente com uma grande comitiva, composta de autoridades provinciais e padres da Ordem de
Santo Antônio, Carmo e Capuchinhos da Piedade, até o forte de São José do Rio Negro, hoje Manaus.

Ao passar na parte mais estreita do grande rio, justamente onde hoje está localizada a
Cidade de Óbidos, observou o que outros aventureiros já tinham assinalado ser o local ideal para a
construção de uma fortaleza, o que certamente garantiria o domínio português na região. Na
ocasião, determinou a Manoel da Mota Siqueira, que trabalhava para a coroa portuguesa na
construção de algumas fortificações, que em vez de construir o forte de Acaqui, construísse uma
fortaleza nas margens esquerda do Rio Amazonas, onde o rio mais se estreita, a pouca distancia da
entrada do Rio Trombetas.

A construção do primeiro forte só foi possível, com a ajuda dos nativos, possivelmente da
Tribo dos Pauxis que viviam nas proximidades do núcleo militar. Ao ser concluído, o forte recebeu o
nome de “O Presídio de Pauxis” ou “Forte Pauxis”. A povoação teve inicio com índios que residiam
nas redondezas e outros trazidos por religiosos ou militares do Rio Negro, Rio Trombetas e de outras
localidades. Com o passar dos tempos, o forte que antes tinha por objetivo combater os corsários
espanhóis, franceses e holandeses, passou a ser utilizado como posto de fiscalização das
embarcações que subiam e descia o Rio Amazonas à procura do índio para mão-de-obra na lavoura,
e coleta das chamadas “Drogas do Sertão”. Toda embarcação que por aqui passava, era obrigada a
parar e pagar uma determinada importância em forma de dízimos ao governo português.

Durante muito tempo, o forte Pauxis reduziu-se a um posto de fiscalização. Constantes eram
os confrontos entre militares e religiosos da Ordem dos Capuchinhos da Piedade que defendiam os
nativos contra os abusos cometidos pelos militares. Ao chegar a Óbidos, no dia 23 de Março do ano
de 1758, o Governador da Província, Mendonça Furtado, dois dias depois (25 de Março), reuniu a
população local, mandou abrir uma praça e nela implantou um pelourinho, e, em um cerimonial
elevou a Aldeia dos Pauxis a categoria de Vila com o nome de Óbidos, em homenagem a cidade de
Óbidos de Portugal, por apresentar características topográficas semelhantes. Em seguida, nomeou e
empossou a primeira Câmara de Óbidos. Declarou todos os nativos homens livres e maiores de idade
(naquele tempo, os nativos de acordo com a lei vigente eram considerados de menor de idade,
devido suas condições culturais).
Naquele tempo, a grande maioria da população era composta por analfabetos, e os poucos
que sabiam ler e escrever passaram a ocupar cargos políticos importantes. A administração local era
realizada por um Diretor, nomeado diretamente pelo Governador da Província, e tinha como
responsabilidade cuidar dos indígenas, promover os descimentos e organizar a produção local.

A Vila de Óbidos foi com muita dificuldade evoluindo devidos aos confrontos políticos das
autoridades locais. Durante os primeiros 65 anos de história, a administração da Vila passou por
muitas dificuldades financeiras. A população indígena vivia uma vida miserável, mal alimentada e mal
vestida, e no ano de 1762, os habitantes não passavam de 300 pessoas, e suas residências eram
cobertas de palha, com parede de barro.

No ano de 1788, Dom frei Caetano Brandão em sua visita a Óbidos, assim descreveu: “Óbidos
é uma das povoações mais opulentas do Estado: conta para cima de novecentas almas entre índios,
moradores brancos... e como a terra é própria para o cacau, não há negligencia em cultivá-la, vai aqui
fazendo este ramo de negócio um vulto mui considerável. São pela maior parte, moradores
honrados, entretidos nas suas lavouras... exentos de vícios escandalosos... A vila está sobre uma
colina olhando para o Amazonas... casas arruadas... cobertas de palha... uma formosa praça no meio;
seu forte em maravilhosa posição, mas destituído de todos os recursos para sua defesa. A igreja é
demasiadamente pequena, para o número de fregueses; está, porém asseada...”.

Durante o período colonial, a economia do município de Óbidos esteve baseada na caça,


pesca plantações de algodão, arroz, cacau, mandioca e frutas nativas ou trazidas da Europa. A
religião predominante era a católica, e Nossa Senhora Sant’Ana foi escolhida para ser a padroeira do
povo obidense. E com esse panorama, chegamos ao ano de 1822 e com isso, o inicio do período
Imperial.

ATIVIDADES COMPLEMENTARES

1ª) Leia com atenção o texto e responda:

a)Qual o motivo da viagem do Governador da Província, Antonio de Albuquerque Colho de Carvalho


no ano de 1697, em nossa região?

b) O que buscavam os franceses, espanhóis e holandeses na Amazônia?

c) Qual foi a base da economia do Município de Óbidos durante o período Colonial?

2ª) Explique:

a) Porque existiam constantes conflitos entre religiosos e militares, na Aldeia dos Pauxis?

2 – Patrimônio histórico-cultural. Identidade : Museu Contextual ou Museu de Rua.

O Museu contextual ou Museu de rua como é conhecido, foi uma realização da Secretaria
Executiva do Estado, através do Secretário Paes Loureiro, em parceria com a Universidade Federal do
Pará e a Prefeitura Municipal de Óbidos, na Administração do Prefeito Haroldo Heráclito Tavares da
Silva. Os velhos casarões do centro histórico da cidade, construídos nos séculos XVIII e XIX,
receberam em suas fachadas painéis relatando um pouco da história do prédio, desde sua
construção até os dias atuais.

Através do Museu Contextual, o povo obidense, está em contato um pouco com sua história
escrita em mais de trezentos e dez anos de existência. A leitura dessa história se faz paralelamente
com a evolução urbana, primeiro determinado pelo colonizador português do século XVII ao século
XIX, que impôs através da “força” (Forte Pauxis), e da ideologia (Missão de Santana), a fixação do
povo indígena em torno desses dois pontos, destruindo sua vida coletiva tribal.

Neste Museu, constituído por um conjunto de painéis colocados em frente dos prédios de
valor histórico-cultural, nos logradouros públicos, constam informações acessíveis aos estudantes,
turistas e comunidade em geral os prédios foram contextualizados em seu tempo histórico, através
da descrição histórica e arquitetônica, mostrando que sua construção, uso, estilo e ocupação se
diferenciam conforme o poder aquisitivo das classes sociais.

As famílias enriquecidas foram construindo suas casas nas ruas próximas ao porto, e
ao setor comercial, as quais, em conseqüência das condições das pessoas que as ocupavam,
tornaram-se as ruas mais nobres da cidade. É o caso das ruas Marcos Rodrigues de Souza, antiga Rua
do Príncipe; Rua Deputado Raimundo Chaves, antiga Rua São Francisco; Rua Alexandre Rodrigues de
Souza, antiga Rua São Matheus, entre outras.

Essas casas serviram de residências a seus proprietários e familiares, e, posteriormente, eram


alugadas a pessoas que prestavam serviços em Óbidos, e aos oficiais militares.

Hoje são referencias históricas que retratam os vários momentos protagonizados pelas
gerações que nelas residiam e ainda hoje residem. São geralmente herdeiros ou pessoas que já
adquiriram de herdeiros, com seus tombamentos como Patrimônio Histórico Municipal, esperamos
que continuem mantendo suas características, geralmente de estilos europeu., com isso,
perpetuando um pouco da história do povo obidense.
Relação de alguns prédios que formam o Museu Contextual: Antigo posto médico cabano; Forte
Pauxis; Quartel de Óbidos; Defesa Gurjão ou Fortaleza Gurjão; Agência do Correio Municipal e casas
residenciais, como: residência do senhor Antônio Brito de Souza; Casa da Doceira Balbina; Casa do
Músico João Pará; residência do Coronel Tito Valente do Couto; casa do Coronel Alexandre Rodrigues
de Souza; Hotel de Dona Miquita; residência do professor José Tostes; Igreja Matriz de Santana;
Capela do Bom Jesus; Prelazia de Óbidos; antiga Cadeia Pública; Solar do Barão do Solimões;
Mercado Municipal; Prefeitura Municipal de Óbidos, etc.

ATIVIDADES COMPLEMENTARES

1º) Após a leitura e a interpretação do texto, responda as seguintes questões:

a) O Museu Contextual ou Museu de Rua da cidade de Óbidos, só foi possível sua efetivação
com a participação de três órgãos. Quais foram esses órgãos?
b) Qual a importância do Museu Contextual para a história do Município de Óbidos?

2ª) Faça um pesquisa, e elabore um pequeno texto sobre o Forte Pauxis e o Quartel de Óbidos.

3 – Aspectos econômicos do Município.


3.1 - As Drogas do Sertão:

É o nome dado as especiarias extraídas do sertão do Brasil e da Amazônia, no decorrer do


século XVII. Essas especiarias quando foram descobertas em nossa região, tornaram-se alvos de
corsários franceses, ingleses, espanhóis e holandeses, para serem vendidas na Europa a altos
custos, já que não eram encontrados em seu território.

As especiarias denominadas “Drogas do Sertão”, eram: o cravo, a canela, a pimenta, a


salsaparrilha, o urucum, o cacau, a baunilha, a manteiga de ovos de Tartarugas, a copaíba, o
guaraná e o anil.

Conforme as “Drogas do Sertão” foram tornando-se conhecidas, os interesses dos europeus


aumentaram. Começaram a visitar a nossa região e por meio da escravização indígena iniciaram o
processo de colheita das especiarias. Em algumas missões religiosas comandadas por padres
jesuítas, buscavam a colheita dessa drogas usando o trabalho indígena, que eram forçados a
entrar nas matas em busca das especiarias.

Para combater esse contrabando, o governo português iniciou a acupação efetiva da


Amazônia, no ano de 1616 com a construção do Forte do Presépio, hoje Belém, e em seguida,
construindo fortificações na região, entre elas, o Forte Pauxis no ano de 1697.

3.2 – O trabalho indígena.

Desde a chegada nos portugueses no Município de Óbidos, no ano de 1697, o nativo passou
a ser disputado por religiosos e militares, tanto para a catequese como para servirem de mão-de-
obra nas construções, no cultivo da lavoura ou até mesmo nos afazeres domésticos. A população
indígena predominou durante aproximadamente um século, através dos Descimentos, os índios
eram trazidos de suas aldeias da região do Rio Trombetas e das localidades mais próximas,
passando a viver nos aldeamentos administrados por militares ou mesmo por religiosos, como
mão-de-obra para a lavoura, caça, pesca e coleta das chamadas “Drogas do Sertão”. Através da
catequese, os padres e missionários os convertiam a religião católica.

Ao chegarem às povoações eram obrigados a conviver em regime de semi-escravidão. O


tratamento dispensado pelos militares era combatido pelos padres Capuchinhos da Piedade,
causando com isso, inúmeros transtornos entre a Ordem religiosa e os militares.

No ano de 1729, surge um conflito de grandes proporções entre frei Francisco de São
Marcos, e o cabo comandante do Forte, Inácio Leal de Moraes, chegando a ser ventilada a
extinção do aldeamento. Para que tal fato não acontecesse foi necessário que o superior dos
Missionários escrevesse ao Rei de Portugal, colocando-o a par das arbitrariedades cometidas
contra os índios, usados como verdadeiros escravos, sendo necessário que o Forte Pauxis não
servia apenas para a defesa contra povos de outras nacionalidades, mais a fiscalização de
embarcações que subiam e desciam o Rio Amazonas à caça do braço indígena e em busca das
Drogas do Sertão.

Segundo Fragoso (Presença Franciscana em Óbidos), devido aos maus tratos recebidos, os
índios Pauxis, passaram a fugir do aldeamento, e o índio Caboré, liderou uma rebelião juntamente
com o cacique Adoena. No entanto, o chefe principal desse movimento foi o cacique Manocassary
que mandava colher todos os fugitivos da aldeia, formando mocambos no Rio Trombetas.

No dia 08 de Junho do ano de 1832, a Câmara da Vila de Óbidos aprova uma lei que
determina em seu Art. 7º - “Fica proibido aos índios, empregados no serviço de embarcações,
andarem de noite em terra, sobre qualquer pretexto: os infratores serão multados pela primeira
vez em três dias de prisão, e pela reincidência em oito”.

Aos poucos os índios foram voltando a seu local de origem, e os poucos que restaram
possivelmente permaneceram como serviçais dos grandes fazendeiros locais.

3.3 – O trabalho negro.

Os primeiros negros que chagaram a Amazônia, foram trazidos pelos ingleses. No Município
de Óbidos, os primeiros escravos africanos chegaram através dos portugueses para trabalhar na
lavoura do cacau ou como escravos domésticos. Devido a um número bastante reduzido pouco
contribuiu na formação social e econômica do Município. No ano de 1888, quando ocorreu a
Abolição da Escravatura no Brasil,o número oficial de escravos existentes na Província do Pará,
era de 10.535, na cidade de Óbidos, somava-se 349 escravos.

Muitos dos escravos trazidos para o município resistiam à escravidão. Quando tinham
oportunidades, fugiam de seus senhores para formarem mocambos no Rio Trombetas, ou na
região do Igarapé Grande, onde ainda hoje temos algumas áreas de remanescentes quilombolas.

Várias foram às expedições organizadas com o objetivo de recapturá-los, no entanto, os


êxitos foram parciais. No ano de 1827, foram formadas duas expedições com mais de cem
homens do Município de Óbidos, Santarém e Alenquer, que se dirigiram para o Rio Trombetas e
para a Vila do Curuá destruindo os quilombos ali organizados. No Quilombo do Curuá, havia
apenas 10 escravos: dois foram recapturados, dois foram mortos e seis conseguiram fugir.

Muito embora em número pequeno, não deixaram de ter o mesmo tratamento cruel e
desumano de outros escravos distribuídos por todo o Brasil. Após a fuga, para sobreviverem,
plantavam roças e colhiam frutos silvestres que eram vendidos a regatões ou mesmo, durante a
noite, desciam de canoas até o porto de Óbidos para comercializar as escondidas os seus
produtos.

Como forma de policiar a vida dos escravos existentes no município, assim como evitar
ajuntamentos o que poderia causar rebeliões, a Câmara da Vila de Óbidos aprovou em sessão
extraordinária realizada no dia 22 de Abril de 1832 uma lei, que terminava em alguns de seus
textos: Art. 3º - “Os escravos que forem encontrados fazendo desordens, serão conduzidos a
cadeia, dando-se imediatamente parte ao Juiz de Paz, e a seus senhores para estes mandares dar
nos motores cinqüenta açoites; e se recusarem fazê-lo, sofrerão a multa de 10.000 réis e oito dias
de cadeia: os que não forem considerados motores, sofrerão metade desta pena, bem como os
senhores que deixarem de castigar. (Reis, 1979)
No art. 6º - “Todo escravo que for encontrado desde as sete horas da tarde em diante,
examinar-se-á se vai a mando do seu senhor, e quando não vá, sofrerá pena de oito dias de
prisão”. (Reis, 1979)

Em outra lei aprovada pela Câmara Municipal, no dia 08 de Junho de 1932, determinada no
Art. 6º - “Todo escravo que for encontrado das oito horas da noite em diante sem cédula de seu
senhor, contendo esta o nome do escravo, dia mês e ano será recolhido à prisão, e castigado a
arbítrio de seu senhor”. (Reis, 1979)

E assim permaneceram os escravos em nosso Município até a Abolição da Escravatura no


Brasil, no dia 13 de Maio do ano de 1888.

Segundo o historiador Benedito Monteiro (2006), “Tal é a importância dos componentes


negros na mão-de-obra na época colonial e imperial na Amazônia, que o que resta de vestígios
desse contingente étnico no Pará são os mocambos, que marcaram também a reação dos
africanos e afro-brasileiros contra a escravidão. Os mocambos os quilombos que se formaram em
conseqüência dessa reação, ainda hoje podem ser encontrados nas comunidades negras
existentes nos municípios de Alenquer, no Pacoval, Oriximiná, em Óbidos, Tucuruí, Cametá,
Gurupi e Anajás.”

3.4 – Óbidos no contexto da borracha.

A borracha é extraída do látex, uma espécie de resina, retiradas da seringueira. Ela teve
grande importância econômica em nossa região nos fins do século XIX e inicio do século XX.

A borracha atraiu para a Amazônia muitos imigrantes, principalmente nordestinos, que


buscavam conseguir fortuna, e foram bastante explorados por seringalistas (donos dos seringais).
No Município de Óbidos praticamente inexistia a seringueira, fato este que levava muitos
obidenses a se deslocarem para outros municípios em busca de trabalho nos seringais, como
Santarém; Xapuri e Brasiléia, estas duas últimas, no Estado do Acre.

Com a crise da borracha, devido à concorrência feita pela borracha produzida em alguns
países asiáticos, muitas cidades que viviam da extração do látex entraram em crise. Óbidos, no
entanto, não sofreu com a crise da borracha, devido à existência de outras fontes de renda, como:
o plantio da juta, a pesca e o extrativismo e beneficiamento da castanha-do-pará.

ATIVIDADES COMPLEMENTARES

1ª)Responda:

a) O que eram as chamadas “Drogas do Sertão”.


b) O que fez o governo português para combater o contrabando na Amazônia?
c) Em que era utilizado o trabalho indígena na vila Pauxis?
d) Onde se refugiavam os escravos fugidos da Aldeia Pauxis?

2ª) Explique:

a)Após a fuga, o que faziam os escravos para sobreviver?


b)Por que a crise da borracha, não trouxe conseqüências econômicas para o Município de
Óbidos?

3º) Faça uma pesquisa e explique quais as bases econômicas do Município de Óbidos nos dias de
hoje?

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- REIS, Arthur César Ferreira. História de Óbidos. Editora Civilização brasileira. 2ª Edição.Rio de
Janeiro. 1979.

- BRANDÃO, Francisco Manoel. Terra Pauxi. SECULT-PÁ.1979.

-MONTEIRO, Benedito. História do Pará, Editora Amazônia. Belém, 2006.

- Site Xupa Osso.


CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA 6ª SÉRIE, PARA A SEGUNDA AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA DE
ÓBIDOS.

ASSUNTO: A formação da sociedade obidense a partir da catequização: Prelazia de Óbidos e


Seminário São Luiz Gonzaga.

- Introdução a Educação Sistemática no município: Escola Brasil (professor José Tostes); Escola
Santa Maria (professora Maria Magdalena da Pina Printes); Colégio São José; Colégio São
Francisco e Colégio José Veríssimo.

Organizado pelo professor Especialista Carlos Vieira.

1 – A formação da Sociedade obidense a partir da catequização.

Com a chegada dos portugueses no ano de 1697, e o inicio do povoamento da Aldeia dos
Pauxis, coube aos Capuchos da Piedade a tarefa da catequização dos nativos. Passaram a
converter os silvícolas na fé cristã, e iniciaram sua experiência evangelizadora sobre a gentilidade.
Organizaram o aldeamento Pauxis e de outros grupos que aos poucos foram sendo trazidos para
aumentar o povoado nascente a sombra do Forte, e outro, a meia hora de distância do qual foi
instalado.

Os capuchos da Piedade, a exemplo das demais ordens religiosas, eram hábeis no


convencimento dos nativos, trazendo-os dos Rios trombetas e Nhamundá, aumentando com isso
a população do aldeamento, que chamaram de “Aldeinha”. Segundo Reis (1979), só no ano de
1727, com a ajuda do comandante do Forte Pauxis, trouxeram quinze tribos do Rio Trombetas.
Com isso, a Aldeia dos Pauxis logo se tornou um local de importância pela proximidade do Forte,
que amparava os missionários toda vez que requisitavam ajuda nas excursões de
convencimentos.

Aos poucos a povoação foi aumentando, e sua população sempre esteve direcionada para a
fé católica. Segundo o naturalista inglês Henry Walter Bates, que chegou à Vila de Óbidos no ano
de 1849, “O domingo era religiosamente respeitado em Óbidos: pelo menos todas as lojas se
mantinham fechadas e quase tosa a população ia à igreja”.

Ainda hoje, a maioria da população obidense é católica muito embora já se note um gradual
aumento das religiões evangélicas, fato esse que pode ser claramente observado devido ao
aumento de igrejas instaladas não só na sede como na zona rural do Município.

1.1 – Prelazia de Óbidos: Segundo Fragoso, com a elevação da Aldeia dos Pauxis à categoria de
Vila de Óbidos, esta começou a progredir. A missão foi elevada a condição de Paróquia, sendo seu
primeiro Vigário o Padre José Cosme de Alfonseca. Com a expulsão dos Franciscanos da Ordem
dos Frades Menores da Amazônia, pelo Primeiro Ministro português, Marquês de Pombal,no ano
de 1759, passou a Paróquia de Óbidos a ser atendida pelos Padres Seculares. Os religiosos
franciscanos, que já haviam realizado um trabalho missionário no norte do Amazonas, só
voltaram em 1909, escolhendo Óbidos para o centro de suas atividades.
A Prelazia de Óbidos foi criada no dia 10 de Abril de 1957, através da bula papal “cum sit
animorum”, do Papa Pio XII, e em seguida, desmembrada da Prelazia de Santarém. Foi confiada
pela Santa Sé aos cuidados da Ordem dos Frades Menores – OFM, e é organizada em sete
Paróquias: Óbidos, Oriximiná, Juruti, Curuá, Alenquer, Faro e Terra Santa. É uma circunscrição
eclesiástica da Igreja Católica no Brasil, pertencente à Província de Belém do Pará e ao Conselho
Episcopal Regional Norte II, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

A sé episcopal (sede episcopal, que se refere a uma catedral, lugar onde o bispo tem sua
cátedra) está na Catedral de Santana, na cidade de Óbidos. Seu primeiro bispo foi Dom Floriano
Loewenau, de 1957 a 1972; o segundo bispo foi Dom Constantino Lüers, de 1973 a 1976; o
terceiro bispo foi Dom Martinho Lamnres, de 1976 a 2009, e o bispo atual é Dom Frei Bernardo
Johannes Bahlmann, desde 2009.

1.2 – Seminário São Luiz Gonzaga:

No ano de 1846, Dom Afonso de Moraes Torres, 9º Bispo do Pará, para satisfazer as
necessidades educacionais da população obidense, funda um Seminário com o nome de São Luiz
de Gonzaga, recebendo para isso, ajuda financeira da população e do Governo Imperial.

No ano de 1854, foi transformado em Colégio São Luiz de Gonzaga, e entregue a


responsabilidade dos padres da Província da Imaculada Conceição do Sul, e da Província de Santo
Antonio do Nordeste.

No ano de 1909 retornaram os padres da Ordem dos Franciscanos, que haviam sido expulsos
do Brasil por determinação de Marquês do Pombal. No ano de 1911, chega a Óbidos Frei André
Noirhomme, da Província do Sul para ajudar nos trabalhos paroquiais. Ele era um grande
entusiasta dos problemas educacionais, e considerava que a igreja tinha como uma de suas
metas, educarem as crianças para formar bons católicos, sem medir conseqüências, tomou a
iniciativa de fundar o Colégio São Francisco, para atender crianças do sexo masculino,
substituindo assim o Colégio São Luiz de Gonzaga.

2 – Introdução a educação sistemática no Município.

Devido à ausência de documentos que prove a data de fundação do Grupo Escolar de Óbidos,
podemos afirmar que a educação sistemática começa com a fundação do Colégio São Francisco, e
Colégio São José, no ano de 1911. Mesmo porque, desde o inicio de sua colonização, Óbidos
assim como os demais municípios do Brasil, teve como primeiros educadores os padres de
diversas Ordens Religiosas. Óbidos em particular, a educação religiosa começou com os padres da
Ordem dos Capuchinhos da Piedade, quando chegaram juntamente com os primeiros
conquistadores no ano de 1697.

Muitas escolas particulares no inicio do século XX em Óbidos, supriram a carência de escolas


públicas estaduais e municipais. Seus funcionamentos e pedagogias não se diferenciavam muito
das escolas oficiais. Por vezes, os educadores tanto das escolas particulares como das escolas
públicas, extrapolavam nos rigores das punições físicas (herança da educação colonial), usavam
palmatórias e outros artifícios violentos, para “corrigir os desvios” do comportamento e do
caráter das crianças.
2.1 – Escola Santa Maria

Um de nossos primeiros educandários particulares do século XX, foi a Escola Santa Maria, de
propriedade da Professora Maria Magdalena da Pinna Printes. A Escola Santa Maria ficava
localizada na Praça da Matriz de Santana, onde Madalena Printes desempenhou durante muitos
anos a função de educadora, sendo preceptora de muitas gerações, desde a idade dos 18 anos. A
Professora Madalena Printes foi nomeada para ocupar as funções de Professora Pública de 2ª
Entrância do Ensino Primário, tendo prestado compromisso na Diretoria de instrução Pública de
Belém.

Madalena Printes nasceu em Óbidos, no dia 25 de Maio de 1837 e faleceu no dia 12 de


Novembro de 1930.

No dia 08 de Abril de 1953, o prefeito de Óbidos, Dr. Raimundo da Costa Chaves, em


homenagem aos serviços prestados na área educacional, deu o nome de Maria Magdalena de
Pinna Printes, a escola situada à Rua Dr. Picanço Diniz, na cidade de Óbidos.

2.2 – Colégio Brasil:

Fundado pelo professor José Barroso Tostes, no ano de 1918, onde lecionou até o ano de
1922. Ficava localizado em sua residência, á Praça Barão do Rio Branco (Praça de Santana),
esquina coma Rua Alexandre Rodrigues de Souza.

Além de exercer a profissão de professor, José Tostes era também diretor do jornal “A folha
de Óbidos”, que tinha como redator o Dr. Francisco Moreira dos Santos, e como Secretário-
Gerente, o Sr. Olívio Almeida. A redação e oficina deste jornal ficavam localizadas na antiga Rua
São Mateus, hoje, Rua Alexandre Rodrigues de Souza.

No ano de 1944, o professor José Tostes transferiu para a cidade de Belém, onde exerceu a
cadeira de professor de Português, no Colégio Moderno. No ano de 1947, transferiu-se para o
Território do Amapá, posteriormente foi para Macapá, aonde veio a falecer no dia 21 de janeiro
de 1963.

2.3 – Colégio Estadual de Ensino Médio São José.

O prédio foi inaugurado no mês de Maio do ano de 1911, pelo Bispo Dom Amando
Bahlman, e em seguida, entregue a responsabilidade das Irmãs Franciscanas Missionárias
de Maria Auxiliadora, portuguesas, que regressaram a seu país no ano de 1920. De inicio,
funcionou exclusivamente o Curso Primário. Está localizado na Rua Deputado Raimundo
Chaves, canto com a Travessa Rui Barbosa e Rua Justo Chermont, no Bairro Centro. A
partir de 1921, as Irmãs Franciscanas foram substituídas pelas Irmãs Missionárias de
Imaculada Conceição. No ano de 1943, o Curso Primário foi incorporado pelo Governo do
Estado do Pará. No ano de 1950, foi outorgado o mandato de funcionamento do Curso
Normal Regional, onde funcionou ininterruptamente atendendo o Município de Óbidos,
assim como outros Municípios da região.

Em Julho de 1961, foi solicitada a verificação prévia das instalações para o


funcionamento do Curso Ginasial. Tendo sido designado o Inspetor através da Ordem de
Serviço nº 62, de 20 de Outubro de 1961, procedendo à verificação no período de 08 a 11
de Dezembro do mesmo ano.

Durante o período de 1922 a 1970, a organização administrativa foi de


responsabilidades da Congregação das Irmãs Missionárias de Imaculada Conceição, com
sede na cidade de Santarém, que mantiveram um externato misto e um internato
feminino. Nesse período, o Colégio possuiu as seguintes nomenclaturas: Colégio
Paroquial São José; Instituto São José; Orfanato São José; Escola Normal Regional;
Educandário São José e Ginásio São José. No inicio da década de 70, o colégio foi fechado,
reabrindo no ano de 1974 já sob a responsabilidade do Governo do Estado do Pará.

De 1974 até a presente data, sob a responsabilidade do Governo do Estado do Pará,


através da 7ª Unidade Regional de Educação – URE, o Colégio São José possuiu as
seguintes denominações: Ginásio São José; Escola Estadual de 2º Grau São José; Escola
Estadual de 1º e 2º Grau São José; Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio São
José e finalmente, Escola Estadual de Ensino Médio São José.

A partir da administração do professor Davi Cordeiro, o corpo administrativo da


Escola passou a ser eleito através do voto direto da comunidade escolar, e através de lista
tríplice encaminhado pelo Conselho Escolar a Secretaria Estadual de Educação – SEDUC,
para ser oficializada através de Decreto.

Professores que administraram o colégio, após ter sido entregue ao Estado: Marlene
Picanço de Farias; Maria Isa de Souza Assis Prado, Otavio Augusto de Souza Simões
Rodrigues; Elza do Carmo Barbosa de Albuquerque, Rossivaldo Cesar Soares Branco
Martins; Mario Henrique de Souza Guerreiro; Davi Cordeiro; Maria Edilza Rocha da Silva;
Paulo Henrique Vieira de Barros; Roniel de Lima Brelaz e Jesimiel de Souza Guimarães.

Atualmente o colégio funciona no primeiro, terceiro e quarto turnos, atendendo uma


clientela de mais de dois mil alunos, considerado o maior colégio em número de alunos
sob a responsabilidade da 7ª URE, e é administrado pelo Professor Jesimiel de Souza
Guimarães, auxiliado pelo Professor Sidomar Figueira da Silva e as Professoras Cristina
Lúcia Picanço de Barros Barreto e Ana Sandra Sarrazin Teixeira, eleitos pela comunidade
estudantil, para o triênio 2009, 2010 e 2011. Possui um corpo docente formado por 52
professores, todos com nível superior; 06 técnicos além de vigias, serventes e pessoais de
apoio na secretaria.

2.4 – Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor José Tostes.


A escola foi inaugurada no dia 09 de Março de 1968, e está localizada na Rua
Marechal Rondon, nº 53, canto com a Travessa Dr. Machado, no Bairro de Lourdes.
Iniciada na administração do Prefeito Antônio Brito de Souza e concluída na
administração do Prefeito Haroldo Heráclito Tavares da Silva, com o nome de “Grupo
Escolar Professor José Tostes”. De inicio, atendeu o curso primário de 1ª a 5ª séries, e era
mantida pelo Governo do Estado do Pará.

A estrutura física da escola já sofreu várias reformas. No ano de 1972, na


administração do Prefeito José Carlos Ferrari, foi construído um segundo pavilhão com
três salas de aula. A recuperação total do prédio foi feita durante o Governo de Jáder
Barbalho, através da Secretaria Estadual de Educação – SEDUC, sob a responsabilidade do
engenheiro Zoran.

Para administrar a referida escola, já passaram várias diretoras, entre elas as


professoras: Maria José Tavares Caluff, Ana Maria Tavares Chocron, Maria Laura Pinheiro
Vieira, Maria Lúcia Florenzano de Oliveira, Maria Duarte Sales, Marli Uchoa de Figueiredo,
Emilza Maria Guimarães Savino, Paula Andréia Gomes de Aquino, Valdeci dos Santos
Barbosa, Lins Maria Duarte de Aquino, Iolane Fausto da Silva e Odenilma de Farias Canto.

A última reforma foi realizada durante a última administração do Prefeito Haroldo


Heráclito Tavares da Silva entre os anos de 2002 e 2003. Atualmente a Escola Municipal
Professor José Tostes possui sete salas de aulas, atendendo uma clientela que vai do
maternal II até o 5º anos, distribuídos no primeiro e terceiro turnos.

2.5 – Escola Municipal de Ensino Fundamental José Veríssimo:

Provavelmente, o “Grupo Escolar de Óbidos”, foi fundado pelos Padres Seculares ou


Franciscanos no decorrer do século XIX ou início do século XX, e durante muito tempo
funcionou em residências particulares, dirigido por professoras leigas, entre elas: Wulphilda
Leão de Moraes Rêgo , em 1931, e Josefina Barbosa de Oliveira, como diretora interina, em
1934. Nos meados do século XX, o Grupo Escolar foi transferido para a Praça Frei Rogério, ou
Praça do Bom Jesus (pracinha do Ó), onde atualmente está localizada a residência oficial do
Bispo Prelado de Óbidos. No ano de 1949, assumiu a direção do Grupo Escolar, a professora
Raimunda Assunção dos Santos, e no ano de 1950, Maria de Nazaré Vieira. No ano de 1951,
retornou a professora Josefina Barbosa de Oliveira. No ano de 1953, Maria de Lourdes C.
Costa e em 1954, assumiu a direção a professora Maria José Alves do Carmo.

No dia 08 de Abril de 1952, foi fundada a Escola José Veríssimo, sendo inaugurada no
mês de Abril de 1954, para onde foram transferidos os alunos do Grupo Escolar. O prédio da
Escola José Veríssimo, foi construído com recursos próprios, e está situado a Travessa Dr.
Machado, canto com a Rua Justo Chermont, no Bairro Centro. Iniciado na gestão do Prefeito
Guilherme Lopes de Barros e concluído na gestão do Prefeito Dr. Raimundo da Costa Chaves.
Na inauguração esteve presente o senhor Governador do Estado do Pará, General de Divisão
Alexandre Zacarias de Assunção. Constituindo assim, em um grande passo para o progresso
educacional do Município.

O nome da Escola foi escolhido como justa homenagem ao filho ilustre de Óbidos,
José Veríssimo Dias de Matos, nascido no dia 08 de Abril do ano de 1857, e falecido no dia
02 de Janeiro de 1916, na cidade do Rio de Janeiro. Foi professor, jornalista, historiador,
novelista, crítico literário e um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras – ABL.

Professores que administraram a Escola José Veríssimo, no decorrer de sua


existência: Maria Gessi de Andrade Ferrari, Maria Pinto Bentes, Isaura Moreira dos Reis,
Marly Uchoa Diniz de Figueiredo, Manuelina Vasconcelos de Andrade, Doracila Maria
Picanço Lopes, Maria Gracilda de Azevedo Silva, Maria do Carmo Gomes Ebrahin, Davi
Cordeiro, Crizeuda Alves da Costa, Valdete Amorim Ribeiro, Aluisio Menezes de Barros Junior
Irmã Rosania Lucia Salgado e Aldarlice de Almeida Teixeira.

Atualmente funcionam o 1º e 3º turnos, atendendo uma clientela de 400 alunos,


regularmente matriculados (ano de 2010), divididos em: Educação infantil (maternal, Pré I e
Pré II), e Educação Fundamental, séries iniciais (1º ao 5º ano). Além da Direção, Corpo
técnico, docente e de apoio, a Escola possui ainda um Conselho Escolar, eleito
democraticamente pela Comunidade Escolar, para um período de três anos.

2.6 – Escola Municipal de Ensino Fundamental São Francisco:

“No ano de 1911 chega a Óbidos Frei André Noirhomme da Província do Sul,
mandado pelo Padre Comissário para ajudar nos trabalhos paroquiais. Frei André era um
entusiasta e idealista do problema educacional e considerava que a igreja tinha por uma de
suas metas educarem as crianças para torná-las católicos. Nesse mesmo ano, tomou a
iniciativa e fundou a Escola São Francisco, m que de inicio se destinou atender 40 crianças do
sexo masculino.

A problemática escolar de Óbidos, como de toda a região, se tornava mais difícil de


ser enfrentada pela falta de professores. Foi esse grave problema que Frei André subestimou
e que, no decorrer de sua longa existência, a Escola por diversas vezes, teve que suspender
suas atividades. Com muita dedicação os frades procuraram preencher a lacuna, servindo de
professores, porém, nem sempre tinham disponibilidade para esse atendimento. Mas de
certo modo, o funcionamento da escola estava dentro do figurino da época.

Para os frades e notadamente para o Bispo Dom Amando Bahlmann ao qual os


franciscanos estavam subordinados, a escola pública não era confiável e apresentava certos
perigos para a formação católica da criança. O ideal era a igreja, através de suas escolas,
promoverem a instrução e a formação dos futuros católicos “(Frei Hugo Fragoso e João
Santos, 1983).
A escola São Francisco começou a funcionar no dia 1º de Junho em uma das
dependências da Matriz de Santana, passando depois para uma das dependências de um
prédio anexo ao Convento dos Franciscanos (Irmã Rosana Paiva, 1991). No ano de 1913, o
Intendente Graciliano Negreiros, juntamente com o Dr. Juiz de Direito, Alcibíades Buarque,
concederam licença para que os padres pudessem lecionar a doutrina cristã nas escolas
públicas municipais.

No dia 27 de agosto de 1917 o Reverendo Padre Provincial, foi aconselhado a


construir um prédio próprio, que viesse atender as normas de ventilação e higiene, da
época.

No dia 10 de Agosto de 1919, foi inaugurado o prédio da Escola São Francisco,


medindo 21 metros de comprimento por 61 metros de largura. Localizado na Travessa Acioli
Lins, canto com a Rua Dr. Picanço Diniz, Bairro de Lourdes. Na oportunidade, participaram
das cerimônias de inauguração, parte da sociedade obidense, autoridades municipais, além
do Dr. Machado “Barão do Solimões”, que na oportunidade ocupava o cargo de Governador
do Estado do Amazonas, e o Intendente local, Dr. Augusto Corrêa Pinto. A benção do prédio
foi dada por Frei Rogério. Ficando a Direção do novo prédio, sob a responsabilidade de Frei
Estanislau.

Entre os anos de 1928 a 1930, a Escola São Francisco permaneceu fechada por falta
de corpo docente. Voltando a funcionar no ano de 1932, sob a responsabilidade do vigário
Frei Ricardo Havert.

REFERENACIAS BIBLIOGRÁFICAS

-Reis, Arthur César. A História de Óbidos. 2ª Edição. Editora Civilização Brasileira. Belém,
1979.

- HTTP:// pt.wikipedia.org/wiki/Prelazia_de_Óbidos. Em 24/04/2010 às 21h30min h.

- HTTP:// pt.wikipedia.org. /wiki/Sé_episcopal. Em 24/04/2010, às 22h05min h.

- BATES, Henry Walter. Um naturalista no Rio Amazonas. Editora Itatiaia. São Paulo, 1979.

- WWW.lindaobidos@Hotmail.com, dia 18/05/2010 às 22 h.

-FRAGOSO, Hugo. SANTOS, João. Presença Franciscana na Prelazia de Óbidos. Revista Santo
Antônio, 1983.

- Informativo Histórico-Cultural. Escola Estadual São Francisco, 1991.


CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA 6ª SÉRIE, PARA A 3ª AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA HISTÓRIA DE
ÓBIDOS.

ASSUNTO: A participação do negro na história de Óbidos: Trabalho escravo; Resistência a


escravidão; Religiosidade; Cultura: folias, costumes e racismo.

O negro africano chegou ao Brasil no século XVI, para substituir a mão-de-obra indígena. Na
Amazônia, foram trazidos primeiramente pelos ingleses, no século XVII. No município de Óbidos,
vieram através dos portugueses no decorrer do século XVIII, vindos principalmente de Cacheu e
Bissau para trabalhar na lavoura do cacau, nas construções de residências e templos religiosos,
assim como, nos trabalhos domésticos. Devido a um número bastante reduzido, pouco contribuiu
na formação social e econômica do município. No entanto, o tratamento dispensado aos escravos
foi o mesmo em todo o território nacional. Vestiam-se e alimentavam-se mal, trabalhavam muito,
eram submetidos a castigos físicos e considerados como patrimônio particular. Aos homens
geralmente ficavam os trabalhos mais pesados, e as mulheres eram utilizadas nos trabalhos
domésticos.

Com o passar dos tempos, os escravos começaram a resistir à escravidão, fugindo da casa
dos senhores, procuravam refúgios nas regiões mais longínquas do município, como a região do
Igarapé Grande, Mondongo, etc. ou no Rio Trombetas e seus afluentes, onde aos poucos foram se
organizando em Mocambos, e passavam a viver uma vida comunitária com organização social
própria. Constantemente eram perseguidos por expedições formadas por homens vindo de
Alenquer, Santarém e juntavam-se a cidadãos do município. Os mocambos ou quilombos que se
formaram em conseqüência dessa reação, ainda hoje podem ser encontrados nas comunidades
remanescentes e existentes no município de Óbidos: Igarapé Açu dos Lopes, Pataua do Mirizal,
Nossa Senhora das Graças, Peruana, Muratubinha, Mondongo, Arapucú, Castanhanduba, Apuí,
Silêncio, Matá, São José e Cuecé. Hoje se encontram organizados em várias associações:
ARQMOB, ARQMIM, ARQCONSGPAB, ARCONECAB, e ARQCA.

As expedições organizadas para resgatar os escravos fugidos, nem sempre tinham o êxito
esperado. Segundo Reis (1979) “Ainda em 1827, duas expedições avançaram até o Trombetas e
ao Curuá, batendo os quilombos ali montados. No quilombo do Curuá, havia apenas 10 escravos,
dos quais dois foram mortos e dois presos. Para a aventura, Santarém, Óbidos e Alenquer tinham
mobilizado cento e tantos homens”.

Segundo ainda Reis (1979), “Ao tempo em que Tavares Bastos percorreu as duas províncias
amazônicas, o número de quilombolas, entrando no censo, por viverem nos mocambos,
desertores e criminosos, só no Trombetas era avaliado em dois mil. Os negros industrializados
talvez pelos outros companheiros de desterro, vivem debaixo de um governo despótico eletivo;
com efeito, eles nomeiam o seu governador, e diz-se que os delegados e subdelegados são
também eletivos. Imitam nas designações de suas autoridades os nomes que conhecem nas
nossas povoações. Os mocambos atraem os escravos; nomearam-me uma senhora que viu em
pouco fugirem para ali 100 dos que possuía; outros proprietários há que contam 20 e 30 perdidos
desse modo. Os negros cultivam a mandioca e o tabaco (o que eles vendem passa pelo melhor);
colhem a castanha, a salsaparrilha, etc. às vezes descem em canoas e vem ao próprio porto de
Óbidos, á noite, comerciar ás escondidas; com os regatões que sobem o Trombetas, eles o fazem
habitualmente. Diz-se que também permutam com holandeses da Guyana os seus produtos por
outros, e principalmente pelos instrumentos de ferro e armas”.

No inicio do século XIX, precisamente no ano de 1827, a contagem populacional indicava


dentre os 3.588 habitantes do município de Óbidos, 1.295 eram escravos, e no ano de 1888, com
a promulgação da Lei Áurea, que aboliu a escravatura no Brasil, dos 10.535 escravos oficialmente
existentes na Província do Pará, Óbidos contava somente com 349 (Reis, 1979).

Devido à discriminação e separação social entre homens livres e escravos, os negros como
forma de conservar sua milenar cultura, assim como perpetuar suas crenças, costumes e
tradições organizaram as Folias de Santos, que são verdadeiros rituais religiosos dedicados os
seus santos protetores. Entre as folias, as que resistiram até os dias atuais, são: a Folia de São
Tomé (comunidade do Arapucu), a Folia de Santa Luzia (comunidade da Costa Fronteira), a Folia
de Santa Maria (comunidade de Nossa Senhora das Graças, Paraná de Baixo), a Folia de São João
(comunidade do Flexal), e a Folia de São Benedito (Comunidade do Silêncio).

ATIVIDADES COMPLEMENTARES

1º) Responda:

a)De onde vieram, e por quem foram trazidos os primeiros escravos negros do Município de
Óbidos?

b) Por que os escravos negros pouco contribuíram para a formação social e econômica do
Município de Óbidos?

c) Como eram tratados os escravos no Município de Óbidos? E onde eram utilizados?

d) O que faziam os escravos no Município de Óbidos, como forma de resistir à escravidão?

e) Quais as comunidades do Município de Óbidos, que hoje são consideradas remanescentes de


quilombos?

f) O que faziam os quilombolas para sobreviver?

g) O que fizeram os escravos negros para perpetuar sua cultura milenar?

A FOLIA DE SÃO TOMÉ

É realizada na comunidade do Arapucú com mais de 100 anos de existência. Segundo relatos
orais, tudo começou com os antepassados da família Gonçalo, que foi uma das primeiras famílias
a habitar o local. Durante determinado período do ano, o santo era levado para dar a benção das
roças, e depois era transportado para as residências onde eram celebradas as ladainhas em latim.

Devido a uma grande peste que ocorreu na região, devastando a maioria das lavouras e
levando seus proprietários a grandes prejuízos, o povo começou a acreditar nos milagres, pois as
roças visitadas e abençoadas por São Tomé, não eram afetadas pela peste. Fato este que levou os
moradores da comunidade na crença das benções do santo. A partir de então, a visita do santo
protetor foi sendo solicitadas por podas as famílias da comunidade.
Com o falecimento da matriarca dos Gonçalos, foi convidado o senhor Manoel da Silva e sua
esposa, a senhora Rosa Silva, a assumirem o comando da romaria. Com os Silvas no comando da
Folia, foi introduzida no batuque, a Caixinha e a Bandeira Branca como símbolo da Folia, assim
como, as ofertas do almoço e jantar dos foliões, sendo também retomadas as derrubadas do
Mastro de Oferendas, e a procissão fluvial conhecida por Mar a Baixo.

Com o passar dos anos, a responsabilidade da Folia foi repassada ao senhor José Gonçalves
de Freitas e sua esposa a senhora Rosalina Freitas, que como novidade, aumentou o número de
foliões; os dias de visitação do santo nas roças; introduziram a Caixa Grande ou Caixa de Resposta
para dar suporte a Caixinha, e a outros instrumentos que sustentam o ritmo das toadas. Surgiu
também a Bandeira Vermelha, como símbolo da fertilidade e os bailes nas residências onde o
santo pernoitava. O baile era animado por músicos locais, integrantes ou não da Folia, com
instrumentos rústicos de Pau e Corda, conhecidos por Espanta Cão, e executavam diversos ritmos
de musica.

Com o avançar da idade, os Freitas repassaram o comando para o senhor Antonio Pereira da
Silva e sua esposa a senhora Alice Viana Barbosa, carinhosamente conhecida por Lili, que no
período de 1954 a 1987, mantiveram os festejos de São Tomé ininterruptamente com todos os
requisitos da tradição.

No ano de 1987, com o falecimento do senhor Antonio Pereira da Silva, assumiu como
Capitão Folião o senhor Francisco Gomes de Sena, que permaneceu até o seu falecimento no dia
28 de Maio, do ano de 2008. Com a morte do senhor Francisco Gomes de Sena, o comando da
folia passou para o jovem Douglas Sena dos Santos, neto do senhor Francisco Gomes,
permanecendo até os dias atuais.

COMPONENTES DA FOLIA

A Folia de São Tomé é composta pelos seguintes foliões: Capitão Folião, é o tocador da
Caixinha ou Repique, é o puxador dos versos da Folia, e determina o cumprimento dos castigos do
folião que comete infração, inclusive o seu próprio castigo; Mantenedora, protege a imagem do
santo, observa o comportamento de cada folião para informar ao Capitão que determinara o
castigo, que de acordo com a gravidade receberá o cruzamento de bandeiras ou o toque de caixa
a cada sinal da cruz; Porta Bandeira Branca, também chamada de guia, é a baliza da caminhada,
nenhum folião pode passar a sua frente; Porta Bandeira Vermelha indica colheita fértil, e serve
como auxiliar da Bandeira Branca; Caracacha; Porta Bandeira do Santo; Banjista; Caixa Grande
(Caixa de resposta/ Marcação do ritmo); Reco-Reco e demais membros que complementam os
ritmos.

SIGNIFICADOS DAS FOLIAS

Folias são toadas cantadas em verso de acordo e a critério do Capitão Folião, que é
acompanhado pelos auxiliares com seus respectivos instrumentos.

Foliões são os componentes que integram a Folia, e auxiliam nos cânticos e nos ritmos
através dos instrumentos musicais.
Mastro de Oferendas simbolizam a colheita fértil e demonstram as formas como eram
trabalhados os puxiruns (mutirão), e a partilha dos alimentos entre os mordomos e comunitários.

Mordomos simbolizam a irmandade, a partilha, a administração dos bens comuns a todos, e


principalmente a dignidade de um povo simples e ordeiro.

FOLIA DE SANTA LUZIA

A Folia de Santa Luzia teve inicio ainda da primeira metade do século XX. O senhor Francisco
de Souza Nunes ainda criança, vivia na Comunidade do São José, região do Igarapé-Grande, onde
festejavam São José, como padroeiro da comunidade. Muito observador, foi aos pouco sendo
seduzido pelas Ave-Marias cantadas.

No ano de 1926, com a idade de 16 anos o senhor Francisco convidou alguns colegas e
organizou a Folia. Os primeiros instrumentos musicais foram latas, as bandeiras feitas de folha de
bananeira e o santo, uma garrafa enfeitada. Com a folia organizada, aos pouco caminhavam por
entre as arvores entoando cantos e dando inicio aos rituais. Durante a Folia, as casas que
permanecem com as portas abertas, estão indicando a paz, com isso, recebem a visita da santa.
As casas com portas fechadas, por não simbolizarem a paz, não recebem a visita da santa.

O estandarte da Folia é uma bandeira vermelha, acompanhada de uma bandeira branca


simbolizando a paz. Como instrumentos musicais, usam: Caixa Grande, Reque-reque, Pandeiro,
Caixa Pequena, Caracacha.

FOLIA DE SANTA MARIA

A Comunidade de Nossa Senhora das Graças, localizada na região do Paraná de Baixo,


considerada remanescente de quilombos, conserva a tradição da Folia de Santa Maria.

A primeira líder da Folia foi à senhora Martinha, que durante muito tempo, liderou um grupo
de homens da comunidade. Com o falecimento da senhora Martinha, assumiu o comando da
Folia a senhora Maria Azevedo, que também liderou um grupo de homens e por muito tempo,
manteve a tradição.

Com o falecimento da senhora Maria Azevedo, assumiu o comando no ano de 1988 como
Capitão Folião, o senhor Oscar Bentes Gomes. No entanto, devido a seu deslocamento para a
Sede do Município, a Folia de Santa Maria ficou reduzida a pequenas romarias na zona urbana.
Enquanto isso na comunidade, a senhora Josefa Bentes de Azevedo, na frente de um grupo de
mulheres assumiu o comando da Folia como Capitã Foliã. Conseguiram seus próprios
instrumentos e como novidade, os integrantes da folia passaram a serem todos do sexo feminino.

A Folia de Santa Maria é composta pelos seguintes instrumentistas: Capitã Foliã na Caixinha,
e as demais foliãs com os seguintes instrumentos: Caixa Grande, Maracá e Reque-Reque. Quanto
a outros componentes do grupo: porta bandeira branca, porta bandeira vermelha, mantenedora e
demais puxadores do ritmo.

Como significado das indumentárias: a bandeira branca representa a paz; a bandeira


vermelha, a força da luta do trabalhador; Mantenedora, protege e guarda a imagem da santa;
Capitã Foliã, puxadora dos versos da Folia e as demais integrantes chamados de foliãs.
A evolução é feita pelo Mar a Baixo (passeio fluvial); canto de chegada; canto de reza;
gradecimentos de mesa; canto de beijada e o canto de encerramento.

A FOLIA DE SÃO BENEDITO OU AI UÊH A SÃO BENEDITO

A Folia de São Benedito também conhecida como “Ai Uêh a São Benedito”, teve suas
origens da comunidade do Silencio. O povoado foi formado no decorrer do século XIX com os
negros escravos que aos poucos fugiam da região do Paraná de Baixo e foram se estabelecendo
na região formando verdadeiros quilombos.

O aumento da população foi acompanhado por suas crenças, costumes e tradições. As


brincadeiras eram realizadas com instrumentos musicais feitos de madeira (bambu) tambores de
peles de animais silvestres. Com uma mistura das ladainhas trazidas pelos padres da Ordem dos
Capuchinhos da Piedade, e as tradições repassadas através das gerações surgiu na comunidade à
devoção a São Benedito.

Um dos primeiros precursores da Folia, foi um cidadão chamado Wenceslau que juntamente
com mais doze negros, deram inicio a manifestação cultural hoje conhecida como Folia de São
Benedito.

A festa ocorria a partir do dia 28 do mês de Setembro, e o santo era levado de casa em casa
dos comunitários, assim como a outras comunidades até sua chegada a cidade de Óbidos no dia
28 de Outubro, para ser reverenciado na Capela de São Benedito, que ficava localizada na atual
Avenida Dom Floriano, próximo a Rua Dr. Picanço Diniz. Essa romaria continuou por muitos anos,
até ser proibida pelo vigário local, trazendo com isso, sérias conseqüências sociais. Os negros
inconformados continuaram a romaria mesmo contra as determinações da igreja.

A romaria retornou no ano de 1952, como promessa do senhor Manoel Francisco dos
Santos, que em suas andanças pelo estado do Amazonas, havia adquirido uma enfermidade e
recorreu a São Benedito, que caso viesse a melhorar, mandaria rezar uma ladainha ao santo. Ao
retornar a Óbidos, o senhor Manoel Francisco dos Santos, procurou os antigos integrantes,
reorganizou com o nome de “Ai Uêh a São Benedito, a imagem foi cedida pela senhora Lucidéia
Savino, permanecendo a tradição, até os dias atuais.

ATIVIDADES COMPLEMENTARES

1º) Explique:

a) Qual a diferenças do significado das bandeiras branca e vermelha da Folia de São Tomé.
b) Os trabalhos realizados pelo senhor José Gonçalves de Freitas e sua esposa, como
responsáveis pela Folia de São Tomé.

2ª) Responda:

a) O significado de: Folia, Foliões, Mastro de Oferendas e Mordomos, na Folia de são Tomé?
b) Quais os componentes da Folia de São Tomé?
c) Quem foi o fundador da Folia de Santa Luzia?
d) Em que comunidade é realizada a Folia de Santa Maria? E qual sua primeira Capitã Foliã?
e) Como também é conhecida a folia de São Benedito?
f) Por que o senhor Manoel Francisco dos Santos, reorganizou a folia de São Benedito no ano de
1952? E quem doou o santo a Folia?

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

- REIS, Arthur Cezar Ferreira. História de Óbidos. 2ª Edição. Editora Civilização Brasileira. Rio de
Janeiro. 1979.

- RICARTE, Jean Sávio da Silva. FERREIRA, Luiz Augusto de Jesus. Artigo: “Ai Uêh: Manifestação
Negra que se constitui como eixo de resistência a escravidão”. Propriedade da Secretaria
Municipal de Cultura.

- SENA, Mauro. Histórico da comunidade do Arapucu e Folia de São Tomé.Propriedade da


Secretaria Municipal de Cultura.

- Secretaria Municipal de Cultura. Histórico da Folia de Santa Maria, Comunidade Nossa Senhora
das Graças, Paraná de Baixo.

- FIGUEIREDO, Haroldo. EBRAHIN, Maria do Carmo. BENTES, Ana Cleide do Couto. Folia de Santa
Luzia, Costa Fronteira. Propriedade da Secretaria Municipal de Cultura.
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