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OS CONSELHEIROS DE JÓ
Para Decorar: "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de
misericórdias e Deus de toda consolação. É ele que nos conforta em toda a nossa
tribulação, para podermos consolar aos que estiverem em qualquer angústia, com a
consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus" (2 Co 1.3,4).

Introdução
Os três amigos de Jó procuraram aconselhá-lo com respeito à sua aflição e também
interpretaram as palavras de Jó como se estivessem progredindo para uma solução.

Na verdade, a condição espiritual de Jó estava em declínio sob o falso


aconselhamento deles. O cristão sábio aprenderá com os erros dos conselheiros de
Jó.

1 - MÉDICOS DA ALMA QUE NÃO SABEM CONSOLAR


(Jó 2.11-13; 16.1-5; 26.1-4)

Os conselheiros de Jó não estavam completamente errados. Existem vários aspectos


de seu ministério que precisam ser reconhecidos:

• Sua visita para confortar Jó (Jó 2.11);


• Seu reconhecimento silencioso do sofrimento de Jó (2.12,13);
• O fato de levarem diretamente a Jó sua opinião em lugar de dizê-la a outrem; e
• Sua lealdade a Jó e posterior submissão (42.7-11).

O propósito de Elifaz, Bildade e Zofar era consolar Jó (Jó 2.11). Quando os três
homens chegaram à casa de Jó, imediatamente reagiram ao sofrimento que lhes foi
dado ver.

Choraram alto, rasgaram suas vestes, jogaram poeira para o ar e permitiram que esta
caísse sobre o seu rosto (v. 12). Esses atos indicavam sua participação no sofrimento
intenso do amigo.

Quando os amigos de Jó descobriram que o sofrimento dele era inexplicável e


inexprimível, guardaram para si mesmos os seus pensamentos, mantendo-se em
silêncio durante sete dias e sete noites (v. 13).

Talvez o silêncio mudasse de uma simpatia inexprimível para uma admissão de


fracasso durante esses sete dias e noites. O discurso de Elifaz acusou Jó de ser
presunçoso em sua afirmativa de inocência (Jó 15.1-35).

A resposta de Jó foi seca: "Tenho ouvido muitas cousas como estas; todos vós sois
consoladores molestos" (Jó 16.2). O desinteresse de Jó pelo conselho dos amigos
estava-se tornando bastante evidente.

Tinha ouvido as mesmas frases feitas de todos eles. A superficialidade deles só


merecia o seu desprezo. Tinham tido a idéia de consolar, mas só aumentavam o seu
desconforto.

Jó, a seguir, acusa seus conselheiros de proferirem palavras sem nenhum conteúdo e
terem uma atitude negativa (Jó 16.3).

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Por seu lado, Jó afirmava que ele fortaleceria e confortaria os amigos se estivessem
no seu lugar, e isso apesar de poder também falar de maneira pouco consoladora
como eles estavam fazendo (w. 4,5). (Veja 2 Co 1.3-7 e 1 Ts 5.14,15.)

Depois do último discurso dos conselheiros (Jó 25.1-6), Jó mais uma vez se refere ao
ministério ineficaz dos mesmos (Jó 26.1-4). As palavras dos amigos não tinham-lhe
dado nem força, nem compreensão, nem sabedoria (vv. 1-3).

Voltando-se para Bildade, Jó pergunta: "Com a ajuda de quem proferes tais palavras?
E de quem é o espírito que fala em ti?" (v. 4). Esses conselheiros na verdade não
deram nenhum consolo à alma de Jó. (Veja Jr 23.30.)

2 - FALSOS MÉDICOS DA ALMA


(Jó 6.14-30; 21.34)

O desespero de Jó aumentou ainda mais com o fracasso dos amigos em encontrar um


meio de impedi-lo de abandonar, gradualmente, o "temor do Todo-Poderoso" (Jó
6.14).

Os três companheiros de Jó eram tão desapontadores quanto os ribeiros do Oriente


Próximo (w. 15-20). Os amigos de Jó estavam cheios de simpatia até que se puseram
a falar. Agora, quando ele mais precisava da compreensão deles, estavam secos e
não lhe davam consolo.

Os três conselheiros tinham medo de consolar Jó, porque temiam que tal identificação
pudesse levá-los a serem condenados com ele (v. 21). Jó não pediu ajuda financeira
(v. 22) nem um grande ato de heroísmo (v. 23). Tudo o que pediu foi o seu conselho
compreensivo.

Os conselheiros de Jó só encontraram falta em suas palavras, pois não puderam ver


nenhuma falta em sua vida diária. Entretanto, os discursos de Jó eram fruto do seu
desespero. Suas palavras não indicavam na verdade a sua condição espiritual antes
do sofrimento (v. 26). Jó pediu aos três homens que o observassem mais de perto e
lhe dessem instruções cuidadosas (w. 24,28).

Uma parte da falsidade desses homens estava na afirmação irreal de que Jó


prosperaria novamente se confessasse os seus pecados e se afastasse deles. Provar
que ele era perverso era desonesto, mas foi o que tentaram fazer.

Apesar de todas as acusações hipócritas, Jó manteve-se irredutível na defesa de sua


inocência. Se houvesse pecado em sua vida, ele com certeza o saberia (w. 29,30).

3 - MÉDICOS DA ALMA INSENSATOS


(Jó 12.1-6; 13.1-12)
Além de não darem consolo e de faltarem com a verdade, os conselheiros de Jó não
mostraram sabedoria. O fato de recorrerem à desonestidade provou sua falta de
sabedoria. A maneira como apresentaram seus conselhos pouco sábios se relaciona
especificamente às suas filosofias individuais com respeito à vida espiritual.

Elifaz, Bildade e Zofar tinham tanta confiança na retidão da sua crença, que Jó
comentou com sarcasmo: "Na verdade, vós sois o povo, e convosco morrerá a
sabedoria" (Jó 12.2). Esta resposta foi dirigida especialmente a Zofar, que baseava
suas convicções religiosas em suas próprias suposições.

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Zofar era um consumado dogmatista religioso. Devido à sua visão rígida da


Providência, Zofar concluiu com presunção: Jó é um homem cheio de pecado.
Dogmatismo religioso de Zofar: Jó 11.6-20; 20.4,5.

Jó respondeu com o argumento de que possuía tanto conhecimento religioso quanto


qualquer de seus amigos (Jó 12.3; 13.1,2). A experiência de Elifaz era a mesma de Jó.
As tradições de Bildade eram idênticas às aprendidas por Jó. Este, porém, não chegou
às mesmas conclusões específicas desses homens, mas usou a experiência, a
tradição e as suposições de maneira a desenvolver as suas crenças, que provaram
ser corretas com grande surpresa dos três amigos (Jó 42.7).

Como moralista religioso que era, Elifaz fez uso do raciocínio dedutivo, para chegar à
sua visão extremamente rígida da Providência. Ele deduziu: se Jó não tivesse pecado,
não estaria sofrendo tanto.

Bildade era um legalista religioso. Suas crenças tinham base na tradição. Como
tradicionalista, a visão de Bildade sobre a Providência era também muito estreita. A
inferência de Bildade foi esta: Jó deve ter pecado, portanto, ele é um hipócrita.

Os três consoladores se tinham transformado em juízes em lugar de irmãos. Todos


concluíram que o sofrimento de Jó era punitivo. Exigiram que ele confessasse um
pecado que não tinha cometido e acabaram por levá-lo a uma atitude errada em
relação ao seu sofrimento e ao seu Deus. (Veja Jó 33.8-11; 34.36,37; 35.15,16.)

Em vista de suas falsas filosofias, os amigos de Jó começaram a zombar dele e


desprezá-lo (Jó 12.4,5). Muito pior, entretanto, foi sua provocação a Deus (v. 6). (Veja
Gl 6.1-10.)

A seguir, Jó passou a apresentar seu caso a Deus, uma vez que os amigos tinham
demonstrado tão pouca simpatia (Jó 13.3,4). Finalmente, ele clamou desesperado:
"Vós, porém, besuntais a verdade com mentiras, e vós todos sois médicos que não
valem nada" (v. 4). Em lugar de serem bons médicos, os conselheiros de Jó
mostraram-se inúteis como médicos da alma.

As defesas da experiência, da tradição e da suposição são como argila diante do Deus


da verdade. Nenhuma das três é completamente errada, mas todas falham, quando
alguém se baseia explicitamente nelas e deixa de lado a revelação divina.

A experiência, o tradicionalismo (que, segundo as declarações de Bildade, é


geralmente autoritário e legalista) e o humanismo são sistemas errados. Eles são
ineficazes quando se trata de satisfazer as necessidades das pessoas. Não
proporcionam consolo, são inverídicos e pouco sábios. Os que se preocupam
realmente com os seus irmãos na fé rejeitarão esses sistemas imaginados pelo
homem.

Os conselheiros espirituais devem demonstrar preocupação sincera e constante,


assim como proporcionar o consolo necessário, a verdade e a sabedoria.

1. Você está sempre disposto a consolar outros?


2. Ê possível determinar a razão do sofrimento de alguém?
3. Quais as qualificações necessárias a um conselheiro espiritual?
4. Para julgar a condição de alguém, num sentido espiritual, podemos nos apoiar na
tradição e no legalismo?

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