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OS CONSELHEIROS DE JÓ
Para Decorar: "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de
misericórdias e Deus de toda consolação. É ele que nos conforta em toda a nossa
tribulação, para podermos consolar aos que estiverem em qualquer angústia, com a
consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus" (2 Co 1.3,4).
Introdução
Os três amigos de Jó procuraram aconselhá-lo com respeito à sua aflição e também
interpretaram as palavras de Jó como se estivessem progredindo para uma solução.
O propósito de Elifaz, Bildade e Zofar era consolar Jó (Jó 2.11). Quando os três
homens chegaram à casa de Jó, imediatamente reagiram ao sofrimento que lhes foi
dado ver.
Choraram alto, rasgaram suas vestes, jogaram poeira para o ar e permitiram que esta
caísse sobre o seu rosto (v. 12). Esses atos indicavam sua participação no sofrimento
intenso do amigo.
A resposta de Jó foi seca: "Tenho ouvido muitas cousas como estas; todos vós sois
consoladores molestos" (Jó 16.2). O desinteresse de Jó pelo conselho dos amigos
estava-se tornando bastante evidente.
Jó, a seguir, acusa seus conselheiros de proferirem palavras sem nenhum conteúdo e
terem uma atitude negativa (Jó 16.3).
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Por seu lado, Jó afirmava que ele fortaleceria e confortaria os amigos se estivessem
no seu lugar, e isso apesar de poder também falar de maneira pouco consoladora
como eles estavam fazendo (w. 4,5). (Veja 2 Co 1.3-7 e 1 Ts 5.14,15.)
Depois do último discurso dos conselheiros (Jó 25.1-6), Jó mais uma vez se refere ao
ministério ineficaz dos mesmos (Jó 26.1-4). As palavras dos amigos não tinham-lhe
dado nem força, nem compreensão, nem sabedoria (vv. 1-3).
Voltando-se para Bildade, Jó pergunta: "Com a ajuda de quem proferes tais palavras?
E de quem é o espírito que fala em ti?" (v. 4). Esses conselheiros na verdade não
deram nenhum consolo à alma de Jó. (Veja Jr 23.30.)
Os três conselheiros tinham medo de consolar Jó, porque temiam que tal identificação
pudesse levá-los a serem condenados com ele (v. 21). Jó não pediu ajuda financeira
(v. 22) nem um grande ato de heroísmo (v. 23). Tudo o que pediu foi o seu conselho
compreensivo.
Elifaz, Bildade e Zofar tinham tanta confiança na retidão da sua crença, que Jó
comentou com sarcasmo: "Na verdade, vós sois o povo, e convosco morrerá a
sabedoria" (Jó 12.2). Esta resposta foi dirigida especialmente a Zofar, que baseava
suas convicções religiosas em suas próprias suposições.
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Como moralista religioso que era, Elifaz fez uso do raciocínio dedutivo, para chegar à
sua visão extremamente rígida da Providência. Ele deduziu: se Jó não tivesse pecado,
não estaria sofrendo tanto.
Bildade era um legalista religioso. Suas crenças tinham base na tradição. Como
tradicionalista, a visão de Bildade sobre a Providência era também muito estreita. A
inferência de Bildade foi esta: Jó deve ter pecado, portanto, ele é um hipócrita.
A seguir, Jó passou a apresentar seu caso a Deus, uma vez que os amigos tinham
demonstrado tão pouca simpatia (Jó 13.3,4). Finalmente, ele clamou desesperado:
"Vós, porém, besuntais a verdade com mentiras, e vós todos sois médicos que não
valem nada" (v. 4). Em lugar de serem bons médicos, os conselheiros de Jó
mostraram-se inúteis como médicos da alma.
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