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CONSAGRADOS AO SENHOR
Levítico 8.1-12

A temática da consagração, no pensamento comum, geralmente está associada com o


religioso, com a fé e a com a experiência mística do sagrado. O dicionário Aurélio
afirma que consagrar é: "Tornar sagrado; oferecer aos deuses ou santos por meio de
culto ou voto; dedicar; separar". Todavia, a ideia de consagração transcende esta
redoma religiosa.

Uma pessoa pode consagrar, separar ou destinar parte do seu tempo diário à família,
ou a um esporte promotor de saúde. Ou, ainda, pode-se consagrar uma determinada
quantia do seu sustento, a fim de socorrer pobres e carentes.

Há, hoje em dia, monumentos consagrados à genialidade humana, à lembrança de


fatos históricos etc.

Todavia, quando se pensa neste termo à luz da religião, pensa-se em consagração


associada ao tornar-se sagrado.

O sagrado tem relação com separação, ou seja, com o retirar-se do uso comum e
aplicar uma finalidade específica. Assim ocorreu com a família de Arão. Foram
consagrados ao Senhor!

O livro de Levítico tem início apresentando o fato de que Deus é extremamente


exigente quanto à utilização de elementos/pessoas para o seu serviço.

Os capítulos iniciais deste livro apresentam a consagração dos objetos ao Senhor:


tabernáculo, candelabro, mesas, altares etc. No capítulo 8, a abordagem continua
sendo a consagração; todavia, não mais referente a objetos e coisas inanimadas, mas
recaindo sobre as pessoas.

Tumbull, ao abordar esta passagem, tece o seguinte comentário: "Antes de Arão e


seus filhos poderem dar início aos seus deveres sagrados no tabernáculo, tinham de
ser oficialmente separados por Deus dos seus deveres seculares para os deveres
específicos do serviço a Deus. O capítulo 8 nos oferece a descrição desses atos de
consagração. Tais fatos constituem, por si mesmos, um verdadeiro comentário sobre a
santidade de Deus" (Estudando o Livro de Levítico e a Epístola aos Hebreus CER
1981, p.45).

Ao analisarmos o texto, percebemos que a cerimônia de consagração foi composta,


inicialmente, de quatro momentos:

a) lavagem (8.6);
b) investidura (8.7-9);
c) unção (8.10-13)
d) sacrifícios (8.14-36).

Diante desta celebração de consagração ao Senhor, podemos destacar as seguintes


lições:

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1 - O VALOR DA CONSAGRAÇÃO
É comum vermos, hoje em dia, o destaque que muitas pessoas dão a algo
consagrado. No meio religioso, podemos citar a água benta, a rosa ungida, a fita do
Senhor do Bonfim, o óleo santo de Israel, a medalhinha de Santa Clara etc.

Muitas pessoas se apegam a estes objetos como se os tais possuíssem um poder


sobrenatural. Imputam-lhe um valor absurdo, que evidencia superstição em um
amuleto e uma imensa falta de conhecimento.

0 valor da consagração não está associado ao objeto/ser que é consagrado. 0 valor


não é inerente às coisas em si, mas ao ato de separá-las do uso comum para uma
finalidade distinta e única. É assim que percebemos que o sagrado do matrimônio está
na disposição voluntária dos cônjuges em separar-se um para o outro, e não apenas
no enlace cerimonial.

Deus separa, conforme Levítico 8, uma família para servi-lo. Toda a descendência de
Abraão, por inferência, fazia parte do chamado de Deus. Todas as tribos de Israel
eram chamadas de povo do Senhor. Todavia, Deus separou, dentre eles, um grupo
específico para realizar uma obra distinta.

Este grupo seria separado das atividades seculares e cotidianas para uma finalidade
especial: cuidar da obra do Senhor. Para tanto, eles foram consagrados, postos à
parte.

A ideologia imediatista e pragmática, que domina o contexto evangélico atual, tem


reduzido o valor da consagração a uma oração de transferência de poder a objetos
inanimados com capacidade de produzir felicidade instantânea.

E esta é uma visão distorcida do valor da consagração, pois, enquanto objetos são
cultuados pelo seu suposto poder de consagrados, a vida humana é menosprezada e
deixada de lado. Paulo afirma que nós somos "o santuário da habitação do Espírito
Santo".

Jesus denuncia o indiferentismo e o desprezo pela vida humana, na Parábola do Bom


Samaritano. Enquanto muita gente está preocupada com a unção de objetos
inanimados, a vida é marginalizada e desvalorizada dentro das próprias igrejas.

2 - O TEMPO DA CONSAGRAÇÃO
Um outro aspecto curioso relacionado à ideia comum de consagração, é que basta um
ato de oração, ou uma cerimônia ritual, e a realidade das coisas muda. É assim que,
para alguns, o pão transmuta-se em carne de Cristo, e o vinho torna-se,
milagrosamente, o sangue de Jesus, na Ceia do Senhor.

O valor da consagração está associado com o tempo. No Antigo Testamento,


encontramos o nazireu, que era consagrado ao Senhor desde o ventre materno.
Sansão era um nazireu. Sua consagração requeria também que não tocasse em
defunto, não bebesse bebida forte e nem cortasse os seus cabelos. Sansão perdeu
sua força, que era resultante de sua consagração, por não guar- dar puro o seu
caminho.

O mesmo ocorre com cada área de nossa vida que, com o passar do tempo, deixa de
ser separada para uma finalidade específica. O casamento se desfaz quando não há
mais a consagração de um para o outro.

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A piedade acaba na vida do clérigo que se envolve com os negócios desta vida. E,
também a igreja, torna-se sem sabor diante da sociedade (Mt 5.13-16; Jo 17.15).

Jesus afirma aos que desejam segui-lo: "se alguém quer vir após mim, a si mesmo se
negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me" (Lc 9.23 ). O destaque que este versículo
apresenta não é o seguir, nem o negar-se a si mesmo. A ênfase está no tomar a cruz
dia a dia. Isto requer permanência, continuidade e perseverança. O ramo que não
permanece em Cristo não pode dar fruto (Jo 15.1-8).

3 - O OBJETIVO DA CONSAGRAÇÃO
Pode-se consagrar uma coisa, ou alguém, a todo tipo de situação. Alguns pais
consagram seus filhos ao futebol desde pequeninos. Outros consagram seus
rendimentos à construção de seus sonhos materiais. Outros consagram seu tempo ao
trabalho, de maneira devotada e servil.

Os filósofos do passado viam o bem atrelado à função para a qual algo ou alguém fora
criado. O machado fora criado para cortar árvores, não para socar a terra fofa. A
excelência do machado, então, dava-se no exercício do corte de árvore. O homem foi
criado por Deus para a sua glória. O Breve Catecismo de Westminster faz a seguinte
pergunta: Qual é o fim principal do homem? Glorificar a Deus e gozá-lo para sempre.

Biblicamente, o homem foi criado e consagrado a Deus. Mas a tendência deste


homem é não viver para Deus. Vive para tantas outras coisas, menos para Deus.

Arão e sua casa eram separados para o serviço ao Senhor. A obediência à sua voz
traria a excelência deste serviço. O objetivo de vida daquela família era promover a
vontade de Deus entre o povo.

Mas, em Levítico 10, vemos a tragédia dos filhos de Arão, Nadabe a Abiú, que
conspiraram contra o objetivo de consagração - servir a Deus. A separação desta
família se voltaria exclusivamente para ouvir e executar a voz de Deus. Não serviriam
aos seus próprios desejos - mesmo os religiosos. Tal questão impunha restrições,
orientações e observações.

É a partir do ouvir e obedecer à voz de Deus que se consuma na vida humana sua
consagração. O tornar-se sagrado não se impõe apenas com rituais, mas com uma
vida de obediência, serviço abnegado e espontâneo (I Pe 5.1-4).

Discussão
• Como cultivar uma vida consagrada ao Senhor, sem cair no fanatismo religioso?

AUTOR: REV. CARLOS DE OLIVEIRA ORLANDI JR

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