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OS DEZ MANDAMENTOS
Deuteronômio 5.1-21

Há compromissos assumidos que são temporários, ou seja, vigoram até que se


cumpra um determinado prazo. Outros, no entanto, são de caráter permanente, não
podendo ser revogados em tempo algum. Por isso, torna-se necessário relembrá-los
ou renová-los sempre que for preciso.

Quanto à lei de Deus acontece o mesmo. O antigo Israel recebeu leis que vigoraram
até à vinda de Cristo, isto é, leis temporais. Essas eram as leis cerimoniais,
circunstanciais ou cultuais, que eram exclusivas daquele povo e para o seu tempo.

Porém, a lei moral, que segundo a tradição reformada, desde João Calvino, refere-se
aos Dez Mandamentos, é de caráter permanente. O novo Israel de Deus, que são os
cristãos, estão obrigados a obedecê-la, em consequência de sua fé e seu
compromisso com Cristo.

O comentarista J. A. Thompson, em seu comentário de Deuteronômio, Editora Mundo


Cristão, declara que "no Novo Testamento enfatiza-se o fato de que a salvação não
vem pela lei, mas somente em Deus que nos salva por sua graça soberana. Contudo,
o cristão não pode ser um antinomiano, isto é, uma pessoa oposta à observância da
lei... A observância dos Dez Mandamentos deveria ser um efeito natural da nova vida
em Cristo, o resultado de termos a lei escrita nas tábuas de carne do coração".

Este estudo tem o objetivo de nos lembrar, mais uma vez, que os Dez Mandamentos
fazem parte da aliança firmada entre Deus e seu povo. É preciso renovar sempre essa
aliança, lembrando que não podemos desprezar essa lei moral, pois fazê-lo, ou
mesmo desprezá-la em um só ponto, torna-nos culpados de todos (Tg 2.10,11).

O povo que estava para se estabelecer na terra da promessa necessitava saber que a
lei precisava ser observada em todos os seus aspectos.

O texto que está sendo estudado no ensina sobre:

1 - RESPONSABILIDADE PESSOAL NA ALIANÇA COM DEUS


Antes de repetir ao povo de Israel os Dez Mandamentos, Moisés declara: "Não foi com
nossos pais que fez o Senhor esta aliança, e, sim, conosco, todos os que hoje
estamos aqui vivos" (5.3). Com esta afirmação, ele revela que a aliança não havia sido
firmada apenas com aqueles que saíram do Egito (Êx 13.20) e morreram no deserto,
mas foi firmada também com os que estavam vivos, prestes a possuir a Terra
Prometida.

A lei dada aos antepassados era extensiva aos filhos e a todos os que viessem a fazer
parte do Novo Israel de Deus. A experiência do Sinai não foi apenas um
acontecimento do passado, mas era uma realidade bem presente na vida de todos,
por isso, não podia ser ignorada. As exigências de Deus, contidas em sua lei moral,
foram apresentadas a todas as gerações, incluindo as vindouras.

O texto enfatiza a responsabilidade pessoal na aliança. Ninguém pode viver apenas


das lembranças do que foi apresentado aos seus antepassados.

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É preciso que haja um envolvimento pessoal, considerando que a responsabilidade


diante de Deus é pessoal. Ninguém é salvo por hereditariedade, isto é, pelo fato de ter
pai, mãe ou algum antepassado cristão.

João Batista mostrou aos fariseus e saduceus que o procuravam para serem
batizados, sem o arrependimento, que não era suficiente dizer que eram filhos de
Abraão, porque isto não os justificava diante de Deus. Eles precisavam se arrepender
e assumir um compromisso pessoal com o Senhor, para que pudessem receber o
batismo (Mt 3.8-10).

2 – O RELACIONAMENTO COM DEUS A PARTIR DA ALIANÇA


FIRMADA
Os Dez Mandamentos estão divididos em duas partes. A primeira delas, que abrange
os quatro primeiros mandamentos, trata do relacionamento do homem com Deus.
Esse relacionamento se evidencia da seguinte maneira:

A exclusividade de Deus: "Não terás outros deuses diante de mim" (v.7). O povo
exclusivo, que é propriedade exclusiva, precisava compreender que o Deus (Javé) que
o tirou do Egito é Deus exclusivo. Ele não divide a sua glória com deuses criados
pelos homens. Aqueles que saíram do Egito saíram de uma terra que possuía uma
variedade muito grande de deuses. Os que estavam para entrar na terra da promessa
haveriam de se estabelecer numa terra que também estava infestada de deuses.
Tanto estes como aqueles foram orientados quanto à exclusividade de Deus.

A proibição quanto à idolatria: "Não farás para ti imagem de escultura..." (v.8). Não
se pode fabricar ídolos para serem objetos de adoração, pois a adoração é devida
somente a Deus. Isso é algo abominável aos olhos de Deus (o Estudo n« 06, desta
série, trata exclusivamente deste assunto).

A santidade do nome de Deus: "Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em


vão..." ( v. 11). O nome de Deus não pode ser usado levianamente, nem pode ser
usado para se cometer injustiças. A História revela que muitas injustiças já foram
praticadas em nome de Deus.

O descanso para a glória de Deus: "Guarda o dia de sábado para o santificar..."


(v.12). O povo que viveu no Egito não sabia o que era descanso. Todo homem tem
direito ao descanso. O trabalho escravo não é aprovado pelo Deus que liberta. Esse
dia de descanso, que no Novo Testamento passou a ser o Domingo (At 20.7; 1Co
16.1,2), é para o descanso físico e para uma atenção maior às atividades espirituais.
Sábado, na Bíblia, quer dizer "descanso" e não necessariamente o último dia da
semana. Cristo, que ressuscitou no Domingo, é o nosso descanso.

Assim, um dos pilares da aliança é esse tipo de relacionamento com Deus, que
reconhece a sua exclusividade e não dá espaço para a idolatria; que santifica o seu
nome e experimenta o descanso, como povo que não é escravo, mas livre, para que o
nome de Deus seja glorificado.

3 - O RELACIONAMENTO COM O PRÓXIMO COMO


DEMONSTRAÇÃO DA ALIANÇA FIRMADA

A outra parte dos Dez Mandamentos, que vai do quinto ao décimo mandamento, trata
do relacionamento com o próximo. Esse relacionamento precisa ser construído sobre
cinco pontos principais:

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O respeito pelos pais: "Honra a teu pai e a tua mãe... "(v. 16). Esse é o mandamento
para uma vida familiar saudável. Honrar significa dar o devido valor e prestigiar os
genitores. A honra aos pais é algo tão sério que, no conceito bíblico, qualquer
agressão ou maldição aos pais era razão suficiente para a condenação à pena de
morte (Ex 21.15,17; Lv 20.9).

O respeito pela vida: "Não matarás" (v. 17) Um dos direitos fundamentais do ser
humano é o direito à vida. É preciso entender esse mandamento não apenas no seu
sentido literal. Muitas vezes, mata-se alguém com palavras, calúnias, atos prejudiciais,
insultos etc. (Mt 5.21 -26). A vida precisa se evidenciar em todos os seus aspectos:
físico, emocional, espiritual e social. Esse mandamento condena também todo sistema
que impede a manifestação da vida, levando as pessoas a uma condição subumanas
(Bíblia Sagrada Edição Pastoral, p. 92).

O respeito pela relação matrimonial: "Não adulterarás" (v. 18) É o respeito que se
deve à própria família e à família do próximo. "O adultério é uma falsidade contra o
amor puro, contra a lealdade e fidelidade matrimonial, contra o lar e contra a
estabilidade social e emocional de uma sociedade" (H.U. Reifler)

O respeito às coisas alheias: "Não furtarás" (v. 19)." Não se trata apenas de atos
isolados de roubos entre pessoas; o mandamento condena qualquer sistema social
que se estrutura a partir do roubo, seja o roubo da força de trabalho (salário mal pago),
seja do produto do trabalho (impossibilidade de usufruir do fruto do próprio trabalho)".
(Bíblia Sagrada Edição Pastoral, p. 92)

O respeito pela verdade: "Não dirás falso testemunho contra o teu próximo" (v.20). O
Catecismo Maior de Westminster afirma que "os deveres exigidos no nono
mandamento são: conservar e promover a verdade entre os homens".

Não se pode cometer injustiças contra quem quer que seja, com o objetivo de
prejudicá-lo para se tirar proveito pessoal de uma situação.

O controle sobre os desejos impróprios: " Não cobiçarás..." (v.21). Não se trata
apenas dos maus desejos do coração, mas também dos impulsos interiores que levam
à ação de apropriar-se indevidamente daquilo que pertence ao próximo. O
mandamento está relacionado com a avareza, isto é, o querer sempre mais. É preciso
estar contente com aquilo que se possui e trabalhar honestamente, sem qualquer
cobiça, para conseguir prosperar. Dois relatos tristes na Bíblia são a cobiça e o
adultério de Davi (1 Sm 11), e a cobiça de Acabe pela vinha de Nabote (I Rs 21.1-7).

Em tudo isso, percebe-se que a aliança de Deus com seu povo é renovada com base
nestes princípios básicos: responsabilidade pessoal, relacionamento saudável com
Deus e relacionamento fraterno com o próximo.

DISCUSSÃO
01. Quais são as implicações de uma renovação da aliança com Deus?
02. A sua igreja precisa renovar a aliança com Deus? Por quê?

AUTOR: REV. SÉRGIO PEREIRA TAVARES

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