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5 Analise de Resultados

Após a medição dos valores práticos, a importância do estudo da ciência dos meio
dielétricos ficou evidente. Inicialmente, um exemplo de engenharia é a explicação do
aumento da probabilidade de ruptura entre os condutores fase de um a linha de tensão,
quando ocorrem queimadas em áreas próximas. Como observado no experimento, cada
material possui características próprias que o identificam como dielétricos, e no caso das
queimadas, sabe-se que o Ar atmosférico é uma composição de vários elementos, entretanto
quando misturado com fuligens, carbonetos, e o monóxido de carbono apresenta uma
mudança quanto a sua ruptura. Especificamente, nessa ocasião a tensão de ruptura será
também afetada pelo brusca variação da temperatura. Desta forma, pode-se observar
que alguns fatores influenciam na rigidez dielétrica dos gases, dentre eles estão:

∙ Pressão

∙ Temperatura

∙ Umidade

Considerando-se que o comportamento dos dielétricos é diretamente relacionado


com o fenômeno da avalanche, sabe-se que a avalanche é o aumento gradual do fluxo
de elétrons no gás. Desta forma, aplicando-se um campo elétrico E através do gap, os
elétrons livres serão acelerados em direção ao ânodo, recebendo uma energia U, de acordo
com a relação:

𝑚𝑣2
𝑈 =𝑒·𝐸·𝑥= (5.1)
2
Se a energia tornar-se suficientemente grande poderá haver a ionização de uma
molécula, caso haja choque, ou seja, poderá ser retirado um elétron da molécula deixando
para trás um íon positivo. O novo elétron, juntamente com o primeiro, será acelerado pelo
campo elétrico, aumentando a sua energia com o tempo, e novas ionizações ocorrerão, até
que uma avalanche de elétrons atinja o ânodo.
Caso aplique-se um nível elevado de energia, além da avalanche pelo efeito pri-
mário, pode-se observar a avalanche pelo efeito secundário, portanto os íons positivos
produzidos nas avalanches primárias não possuem energia cinética suficiente no campo
Capítulo 5. Analise de Resultados 15

elétrico para ionizar as moléculas de gás. No entanto, os íons apresentam uma energia
potencial suficiente para liberar elétrons, após o choque com o cátodo.
Analogamente, as moléculas excitadas nas avalanches ao retornarem ao estado
normal liberam a energia recebida na colisão, emitindo fótons. A radiação emitida pelos
fótons poderá descer até o cátodo produzindo a fotoemissão de elétrons, os quais podem
começar uma nova avalanche.
Dito isso, além da descrição sobre a avalanche, é necessário definir quais as di-
ferenças entre os termos ruptura e descargas em gases. A transição do estado isolante
para o estado condutor em um dielétrico gasoso é denominada de ruptura elétrica. Desta
forma, o termo descarga em gases é utilizado para descrever a passagem de corrente elé-
trica através de um meio gasoso. As exigências para que haja passagem de corrente são
que algumas partículas sejam ionizadas e que exista um campo elétrico para dirigi-las,
produzindo assim uma forma de corrente, que pode chegar a valores muito elevados.
Uma descarga de corona é formada pela emissão de elétrons por eletrodos de alta
tensão, no qual chocam-se com átomos do dielétrico adjacente ao eletrodo. O choque
provoca a liberação de novos elétrons, formando um processo chamado de avalanche de
Townsend. É o conjunto de fenômenos associados às ionizações locais que antecedem a
descarga através dos gases em campos muito divergentes.
O efeito corona é provocado por campos elétricos de grande intensidade, produzido
por altas tensões, os campos elétricos intensos são capazes de fornecer a energia 𝑊𝑖 neces-
sária para ionizar as partículas do gás. Segundo o experimento descrito anteriormente, os
valores para as tensões de ruptura alternada e continua são agrupadas na Tabela 01 e 02
respectivamente, variando-se a distancia dos eletrodos. A partir das Figura 3 e Figura 4,
pode-se obter o gráfico que relaciona a tensão alternada com a contínua, um para cada
distância entre os eletrodos.
Usando os dados das tabelas anteriores, é possível plotar um gráfico mostrando os
campos de ruptura com a distancia dos eletrodos, para isso basta usar a Equação 5.2.

𝑉
𝐸= (5.2)
𝑑
Assim,
Em relação ao efeito corona, como descrito anteriormente, as Tabela 3 e Tabela 4
compõem os resultados obtidos experimentalmente.
Portanto, de acordo com os valores medidos na Tabela 3 e Tabela 4, percebe-se
que a configuração positiva ou negativa da ponta influencia consideravelmente o compor-
tamento do experimento. A fim de propor uma explicação para esse fenômeno considere
a Figura 7.
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30
Tensão de Ruptura (kV)

25

20

15 Tensão Alternada
Tensão Continua
10

0
1 2 3 4 5
Leitura

Figura 3 – Tensões de ruptura para d = 10mm

70

60
Tensão de Ruptura (kV)

50

40

30 Tensão Alternada
Tensão Continua
20

10

0
1 2 3 4 5
Leitura

Figura 4 – Tensões de ruptura para d = 20mm


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40
35
Campo Elétrico (kV/cm)

30
25
20
Tensão Alternada
15
Tensão Continua
10
5
0
1 2 3 4 5
Leitura

Figura 5 – Campo de ruptura experimental, para d = 10mm

35

30
Campo Elétrico (kV/cm)

25

20

15 Tensão Alternada
Tensão Continua
10

0
1 2 3 4 5
Leitura

Figura 6 – Campo de ruptura experimental, para d = 20mm


Capítulo 5. Analise de Resultados 18

Figura 7 – (a) Ponta negativa-plano positivo e (b) Ponta positiva-plano negativo

Na figura acima, a primeira informação que se pode notar é que a presença dos íons
positivos, na região 1 da Figura 7(a), faz com que o campo elétrico nos pontos dessa região
seja menor que o campo elétrico em pontos correspondentes na região 1 da Figura 7(b).
Entretanto, a região 2 apresenta comportamento inverso. Na Figura 7(a) o campo
elétrico em pontos da região 2, comporta-se de forma mais intensa do que o campo elétrico
em pontos correspondentes na região 2 da Figura 7(b). Desta forma, para a configuração
ponta positiva as cargas positivas diminuem o campo próximo a ponta, mas aumentam
o campo no gás, necessitando de uma tensão menor para ocorrer a ruptura. Para a
configuração ponta negativa as cargas positivas aumentam o campo próximo à ponta,
mas diminuem o campo no gás, por isso a tensão de ruptura é maior.
Experimentalmente, verificou-se que quando a configuração ponta positiva foi uti-
lizada, percebeu-se o inicio do efeito corona devido a incidência de uma luz próxima
ao eletrodo juntamente com um som característico que aumentará gradativamente até o
momento da ruptura.
Analogamente, no caso da configuração ponta negativa, o primeiro sinal é o ruído, e
em seguida observa-se o aparecimento da luz, o qual aumenta até que ocorra o rompimento
do dielétrico. A coloração da luz observada foi avermelhada na região do eletrodo, isto
ocorre devido o campo elétrico ser mais intenso nas proximidades da ponta e menos intenso
próximo ao plano negativo.
A diferença de cores é explicada pelo fato de que quanto maior a energia menor
o comprimento de onda e consequentemente maior a frequência e, portanto a cor azul é
mais energética que a vermelha e isto pôde ser observado através da tensão de iniciação
do efeito corona.
Por fim, o conceito da variação da tensão de ruptura sobre a pressão aplicada no
dielétrico foi testada. Com os valores obtidos representados na Tabela 5.
Graficamente podemos representar os valores da Tabela 5 da seguinte forma:
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30

Tensão de Ruptura (Kv)


25

20

15
Tensão
10

0
1 2 3
Pressão (atm)

Figura 8 – Tensão de Ruptura em função da Pressão.

Teoricamente, os valores obtidos devem corresponder com a Curva de Paschen


representada na Figura 9 (porém foram medidos poucos pontos, e não foi possível usar
pressões menores que 1𝑎𝑡𝑚). Para pressões altas, a quantidade de moléculas do gás é
bastante elevada. Desta forma, o número de choques entre as moléculas é muito grande, o
caminho médio livre é pequeno, assim a energia dos choques é pouco ionizante, então para
haver a ruptura torna-se necessário um aumento na tensão aplicada e assim, os elétrons
livres podem adquirir a energia necessária à ionização no mesmo caminho médio livre.

Figura 9 – Curva de Paschen para diversos gases.

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